Fisiologia do oócito Flashcards

1
Q

Quais os componentes do sistema reprodutor feminino que participam na produção de hormonas?

A

Os ovários

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2
Q

Quais os órgãos que estão envolvidos na ovulação, fertilização e desenvolvimento do embrião?

A

Ovulação - Ovários, que expulsam o oócito e os ovidutos que o recebem

Fertilização - Oviduto (onde acontece), útero e vagina (onde passam os espermatozóides)

Desenvolvimento do embrião - Útero

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3
Q

Qual a diferença entre os carateres reprodutivos primários e secundários?

A

Os caratéres sexuais primárias são as estruturas internas do sistema reprodutivo

Os caratéres secundários distinguem fisicamente o sexo feminino do masculino

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4
Q

Qual as principais funções dos ovários?

A

Produção de gâmetas femininos e a secreção de hormonas como estrogénio, progesterona e inibina.

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5
Q

Como se relacionam os ovários estrutual e funcionalmente com o restante sistema reprodutivo?

A

Os ovários ligam-se ao útero pelo ligamento ovariano, ao pavimento pélvico pelos ligamentos suspensórios e são cobertos pelo ligamento largo, juntamente com o útero e ovidutos. Funcionalmente, as hormonas produzidas pelos ovários regulam a função dos restantes órgãos ao longo do ciclo e durante a gravidez

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6
Q

Como se caracteriza histologicamente a parede uterina?

A

O endométrio é caracterizado por um epitélio, glândula uterina, artérias basais e vasos sanguíneos uterinos, sendo que se divide em perimétrio, miométrio e endométrio.

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7
Q

Quais as diferenças entre o córtex e a medula ovarianos?

A

O córtex é composto por tecido conectivo denso e contém as células germinais femininas, enquanto que a medula ovariana é composta por tecido conectivo menos denso e contém vasos sanguíneos espirais e largos, assim como vasos linfáticos e nervos.

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8
Q

Quantos tipos de folículos são encontrados num ovário e como se relacionam com as fases do ciclo ovárico?

A

Folículos primordiais, primários, secundários e terciários que se encontram em desenvolvimento ao longo de vários ciclos ováricos, até que um folículo terciário é expulso mensalmente na ovulação

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9
Q

Como se caracteriza estruturalmente a zona pelúcida?

A

Esta é uma membrana fina transparente que se encontra entre o oócito e a parede folicular e é secretada pelo mesmo, desempenhando um papel importante na fertilização.

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10
Q

Qual a estrutura dos folículos primordiais, onde se localizam e com que frequência sofrem maturação?

A

Os folículos primordiais consistem num oócito cercado pela membrana granulosa. Estes folículos encontram-se na periferia do córtex ovariano e maior parte nunca sai deste estado de desenvolvimento, mas alguns crescem todos os dias tornando-se eventualmente folículos primários

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11
Q

Em que fase da maturação se forma a teca e qual a sua função?

A

A teca forma-se no folículo secundário, a partir de células percursoras fibroblásticas encontradas no estroma circundante e encontra-se externamente à membrana granulosa. Quando as células da teca se encontram ativas produzem hormonas cruciais, durante a maturação folicular, para a comunicação hormonal entre a granulosa e os oócitos. Além disso as células da teca também protegem o folículo, dando suporte estrutural e vascular até à ovulação. Após a ovulação as células tornam-se a origem e suporte hormonal para a gravidez.

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12
Q

Qual a estrutura de um folículo terciário e quais os seus diferentes tipos?

A

Membrana granulosa com várias camadas de células, teca está agora diferenciada em interna e externa. Uma massa de células da granulosa, cumulus oophorus, projeta-se para o líquido antral e acompanha o oócito. Uma esfera de células do cumulos, a corona radiata, permanecerá circundando o oócito durante a ovulação. Os folículos continuam a crescer durante um período de aproximadamente 3 ciclos menstruais e podem ser divididos em categorias com base no tamanho e estado de desenvolvimento. Os folículos terciários iniciais começaram a acumular líquido antral, mas os espaços ainda não se fundiram em uma única cavidade antral. Durante esta fase, os folículos crescem de menos de 1 mm a 5 mm de diâmetro. Os folículos terciários tardios têm um único antro e continuam a aumentar de 10 a 14 mm de diâmetro. Os maiores e mais maduros desses folículos são chamados de folículos de Graaf, que têm 15 a 25 mm de diâmetro. A teca dos folículos de Graaf é extremamente vascularizada. Apenas um desses grandes folículos durante cada ciclo menstrual será “selecionado” para a maturação final. Este folículo pré-ovulatório torna-se tão grande que forma uma protuberância semelhante a uma bolha na superfície do ovário antes de ser ovulado. Todos os outros folículos terciários tornam-se atrésicos e morrem

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13
Q

Após a conversão do colesterol em pregnenolona, a esteroidogénese folicular pode seguir duas vias. Quais são e o que as distingue?

A

Na via delta 5, que ocorre predominantemente em grandes folículos terciários, a pregnenolona é convertida em 17-hidroxipregnenolona, depois em DHEA (desidroepiandrosterona) e finalmente, em androstenediona.

Na via delta 4, a pregnenolona é convertida em progesterona, depois em 17-hidroxipregnenolna, que é então alterada para androstenediona. Esta via é predominante no corpo lúteo, que é formada no folículo após a ovulação

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14
Q

Para além das enzimas que catalisam a conversão de moléculas esteroides durante o processo de esteroidogénese folicular, há uma proteína que é considerada importante e também limitante para estre processo. Qual é e qual o seu papel?

A

O primeiro passo (rate limitating step) é o transporte de colesterol da membrana mitocondrial externa para a interna, uma função fornecida por uma proteína chamada StAR (steroid acute regulatory).

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15
Q

Quais as 3 principais classes de hormonas estróides e qual o seu papel?

A

Estrogénios - importantes no desenvolvimento e funcionalidade do sistema reprodutor feminino

Progesterona - Secretada pelo corpo lúteo, serve como precursor de outros esteróides e também entra na corrente sanguínea e atua em tecidos alvo, como o útero e as glândulas mamárias.

Androgénios - Precursores de estrogénios

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16
Q

Cada célula do folículo terciário expressa todas as enzimas necessárias para a via esteroidogénica? Explica como é feita essa coordenação

A

No folículo ovariano em crescimento, nenhum tipo de célula expressa todas as enzimas da via esteroidogénica. Desta forma, as células da granulosa e da teca coordenam-se para completar a esteroidogénese. As células da teca e da granulosa diferem na sua atividade enzimática esteroidogénica, e a sua cooperação é necessária para a produção normal de esteroides pelo ovário.

17
Q

Como é controlada a secreção de hormonas pelo folículo?

A

O crescimento folicular e a secreção da hormona esteroide são controlados por duas gonadotrofinas hipofisárias: a FSH e a LH

18
Q

As células que constituem o folículo terciário têm recetores para diferentes hormonas. Quais são e de que forma isso se altera com a ovulação?

A

As células da teca possuem recetores LH, sendo que esta hormona promove a produção de androsterona nos folículos secundários tardios e nos terciários, como explicado anteriormente. Assim, nos folículos grandes em crescimento, as células da granulosa e da teca dependem, respetivamente, da LH e da FSH para a esteroidogénese.
À medida que os folículos terciários crescem, libertam maiores quantidades de hormonas esteroides; o
único folículo terciário dominante produz a maior parte do estrogénio que circula na corrente sanguínea da mulher. No entanto, pouco antes da ovulação, a síntese hormonal pelo ovário muda. Neste momento, as células da
granulosa do folículo dominante adquirem recetores de LH, que faz com que essas células da granulosa sintetizem
um novo conjunto de enzimas esteroides: as células mudam para a via Δ4, para que comecem a secretar progesterona. Este processo denomina-se de luteinização.

19
Q

O que é a atrésia folicular?

A

É a degeneração de folículos ováricos antes da maturação dos mesmos ser atingida. Esta morte folicular pode ocorrer em qualquer estádio da foliculogénese, sendo necessária para manter a saúde reprodutiva na mulher.

20
Q

Em que medida coexistem a apoptose e a autofagia a nível da atrésia folicular?

A

A autofagia apresenta um papel importante na indução da atrésia folicular nos ovários logo após o nascimento, e a apoptose na atrésia folicular nos dias seguintes. É de notar que no caso de falta de fatores de crescimento, a autofagia é induzida através de uma cascata de sinalização para sustentar a sobrevivência das células. No entanto, sob condições de stress extremo, a autofagia excessiva pode induzir morte celular através de um efeito combinado da autofagia e apoptose. A autofagia em folículos pré-antrais ocorre principalmente em oócitos, enquanto a autofagia em folículos antrais ocorre principalmente nas células da granulosa e está intimamente relacionada com a apoptose celular. Como resultado, a autofagia induz resultados diferentes em cada estadio do desenvolvimento folicular, seja atresia folicular ou ovulação

21
Q

O que determina a atrésia folicular no estado pré e pós antral?

A

No estado pré antral a atrésia folicular é regulada por fatores genéticos e/ou metabólicos locais (independente de hormonas)

No estado pós antral a causa da atrésia é a redução nos níveis de FSH (devido à elevada expressão de estrogénio por parte do folículo maduro) e a perda de capacidade de transformação de androgénios, que se acumulam no líquido folicular, em estrogénios, devido à redução da atividade da aromatase. Simultaneamente, ocorre a redução da atividade mitótica das células da granulosa, por deficiência em estrogénios

22
Q

Que etapas constituem a atrésia folicular?

A

1 - As células da granulosa começam a morrer

2 - As células da granulosa começam a separar-se

3 - A cor do núcleo e do citoplasma altera-se como consequência da morte do oócito

4 - Fagocitose das células mortas

23
Q

Que moléculas extra e intracelulares podem estar envolvidas na neutralização da atrésia folicular?

A

Moléculas anti apoptóticas

Fatores extracelulares como gonadotropinas, esteróides, certas citocinas e fatores de crescimento.

Fatores intracelulares, que incluem reguladores da progressão do ciclo celular como ciclinas, Akt, anti caspase 8, Bcl-2, …

24
Q

Que outros fatores externos podem desencadear atrésia folicular?

A

Administração/exposição a xenobióticos (compostos citotóxicos, metais pesados, radiação, …)

25
Q

Quais as fases essenciais para coordenar a maturação e a libertação do oócito?

A

1 - A linhagem de células do cumulus diferencia-se a partir da camada da granulosa e é estabelecida comunicação com o oócito

2 - O pico de LH inicia múltiplas cascatas de sinalização originadas nas células da granulosa que ativam processos paralelos de maturação oócitária e expressão génica ovulatória

3 - Os fatores derivados da granulosa e das células do cumulus atuam em conjunto para romper o ápice folicular e libertar o oócito totalmente maduro.

26
Q

Quais são as cascatas de sinalização iniciadas pela LH essenciais para a maturação do oócito?

A

O pico de LH da hipófise é o trigger que inicia e coordena tanto os estágios finais da maturação como a rutura folicular. O LH circulante liga-se ao LH-R, recetor nas células da granulosa de folículos maduros, desencadeando a ativação de múltiplas vias de sinalização intracelular, incluindo a proteína quinase A, Erk1/2, proteína quinase C e Ras.

27
Q

O que acontece à estrutura do folículo após o pico de LH?

A

A estrutura do folículo é remodelada para permitir a ovulação. Ocorrem processos paralelos como a dissolução da membrana basal folicular, a neovascularização, formação de uma matriz única no complexo de células do cumulus que circundam o oócito e retomo da divisão meiótica. Os produtos genéticos essenciais que medeiam esses processos envolvem um conjunto de redes de sinalização intrafoliculares secundárias, bem como uma variedade de proteínas efetoras essenciais, como proteases e a matriz extracelular recém sintetizada (ECM)

28
Q

Qual a importância das células da granulosa no processo de ovulação?

A

Estas produzem um conjunto de genes inflamatórios (PTGS2), matriz e proteases (ADAMTS-19) que são essenciais para a ovulação e que são biomarcadores de qualidade do oócito