Filosofia Flashcards
Teoria do milagre grego
O surgimento na Grécia antiga foi um evento singular e extraordinário, destaca a portância da cultura grega e das condições históricas únicas como democracia, comercio e contato com outras civilizações para o desenvolvimento da filosofia; em vez de um ruptura abrupta entre mito e logos, ela enfatiza a continuidade e influencia mútua
Continuidade entre mito e logos
Continuidade e interdependência entre dois modos de pensamento
Os primeiros filósofos gregos construíram sobre os mitos existentes reinterpretando através de uma abordagem mais racional e critica
Mito noetico e o surgimento político da filosofia
Mito noetico= narrativas místicas que descrevem a ordem cósmica e as origens do mundo
Surgimento politico= emergências das cidades estado greg e a necessidade de pensar criticamente sobre questões politicas. E éticas, os primeiros filósofos muitas vezes envolviam em debates sobre o governo da cidade e o papel do indivíduo na sociedade refletindo assim a intersecção entre mito política e filosof
Hipótese aristotelica do surgimento da filosofia
Aristóteles a partir da sua obra ‘metafísica’ sugere que a filósofa tem suas raizes no ‘espanto’, onde os primeiros filósofos ficaram maravilhados com as mudanças e contradições encontradas na natureza e nos cosmos
Esse estado de espanto os levou a questionar e buscar explicações para fenômenos que observavam
Aristoteles- metafísica
Considera como ‘’filosofia primeira’’ porque busca entender as causas e os princípios mais fundamentais do ser
Para ele, a metafísica estuda o ser enquanto ser, ou seja, quilo que é comum a todas as coisas
Aristoteles-substância e acidente
Substância=é aquilo que existe em si mesmo e nao em outro , é a essência de uma coisa, aquilo que faz com que ela seja o que é
Acidente= é uma característica que pode variar sem mudar a substância fundamental de uma coisa, como cor ou posição
Aristoteles-substância e acidente
Substância=é aquilo que existe em si mesmo e nao em outro , é a essência de uma coisa, aquilo que faz com que ela seja o que é
Acidente= é uma característica que pode variar sem mudar a substância fundamental de uma coisa, como cor ou posição
Aristoteles- matéria e forma
Para explicar a composição das substancia
Matéria=substrat que pode receber forma
Forma= atualidade que dá características especificas a matéria
Ex: estatua de marmore- tem mármore como material e estatua como sua forma
Aristoteles- teoria das quatro causas
Para explicar o porque das coisas serem como sao
1-material=do que algo é feito
2-formal= forma ou essência de uma coisa
3-eficiente=agente ou processo que trouxe algo a existência
4-final= propósito ou finalidade de uma coisa
Aristoteles- o ser dito de várias maneiras
Ser= usado em vários sentidos relacionada a diferentes categorias de existência; ou seja pode ser abordado de diferentes formas dependendo do aspecto particular que esta sendo considerado
Agostinho- neoplatonismo
Concepção de uma realidade superior e imutável, que esta alem do mundo sensível
Realize suprema é o ‘UM’ que emana o intelecto e alma
Ele colocou Deus no lugar do UM como realidade suprema e fonte de todas as coisas
Teoria da reminiscência(Platão) x teoria da iluminação divina (Agostinho)
Platão= o conhecimento é uma forma de lembranca(reminiscência) de ideias perfeitas que a alma conheceu em uma existência anterio e esse conhecimento é lembrado através da interação com o mundo sensível
Agostinho=o verdadeiro conhecimento nao éua reminiscência, mas sim uma iluminação divina; para ele, deus ilumina a mente humana permitindo o entendimento das verdades eternas e imutáveis; e este conhecimento nao é acessível através dos sentidos ou reminiscência, mas através da graça divina pois deus que é uma realidade exterior tambem habita o interior do ser humano e é através dessas presença interior que as verdades sao reveladas
Teoria da reminiscência(Platão) x teoria da iluminação divina (Agostinho)
Platão= o conhecimento é uma forma de lembranca(reminiscência) de ideias perfeitas que a alma conheceu em uma existência anterio e esse conhecimento é lembrado através da interação com o mundo sensível
Agostinho=o verdadeiro conhecimento nao éua reminiscência, mas sim uma iluminação divina; para ele, deus ilumina a mente humana permitindo o entendimento das verdades eternas e imutáveis; e este conhecimento nao é acessível através dos sentidos ou reminiscência, mas através da graça divina pois deus que é uma realidade exterior tambem habita o interior do ser humano e é através dessas presença interior que as verdades sao reveladas
Agostinho- uso da filosofia grega no entendimento da fé cristã
Agostinho considerava a filosofia grega especialmente as deixas platônicas e neoplatonicas como ferramentais valiosas para compreensão da fé cristã
Ele acreditava que a razão e a filosofia poderiam ser usadas para explorar e entender melhor as verdades reveladas pela fé,em borá sempre subordinando a filosofia a teologia
Agostinho- verdades eternas e imutáveis em Deus
Para Agostinho, as verdades eternas e imutáveis têm sua origem e sede em Deus. Essas verdades não podem ser plenamente compreendidas sem a iluminação divina, que é um ato de graça. Deus, sendo uma realidade exterior ao homem, também está presente no interior do homem, revelando a verdade e guiando-o para o conhecimento verdadeiro
Agostinho- o mestre do interior
Agostinho defendia que a verdadeira sabedoria e a verdade não podem ser ensinadas por mestres humanos. Em vez disso, há um “mestre interior” – Deus presente na alma humana – que guia o homem para o conhecimento e a compreensão. Este conceito destaca a ideia de que o conhecimento verdadeiro é uma forma de revelação divina, e não meramente o resultado do aprendizado ou da instrução humana
Tomás de Aquino-preâmbulos da fé
Para Tomás de Aquino, existem verdades que podem ser conhecidas tanto pela razão quanto pela fé. Essas verdades são chamadas de “preâmbulos da fé” e incluem, por exemplo, a existência de Deus e algumas verdades morais fundamentais. Ele acreditava que a razão pode fornecer argumentos e provas que ajudam a fundamentar e esclarecer a fé, mas a fé contém também verdades que estão além da capacidade da razão humana de entender completamente, como os mistérios da Trindade e da Encarnação
Tomás de aquino-Harmonização da Filosofia de Aristóteles com a Religião Cristã
Tomás de Aquino trabalhou para conciliar a filosofia de Aristóteles com a teologia cristã, adotando e adaptando muitos dos conceitos aristotélicos para o contexto cristão. Ele acreditava que a verdade é una e que tanto a fé quanto a razão são caminhos válidos para chegar a essa verdade. No entanto, Tomás sustentava a supremacia da fé sobre a razão, afirmando que a fé oferece uma compreensão mais profunda e segura das verdades divinas.
Tomás de aquino- teoria aristotélica da abstração
Tomás de Aquino utilizou a teoria da abstração de Aristóteles para explicar como a mente humana conhece o mundo. Segundo essa teoria, o conhecimento humano começa com a experiência sensível; a mente abstrai as formas inteligíveis (ou essências) das substâncias individuais a partir dos dados sensoriais. Para Tomás, cada ente individual possui uma forma inteligível, que é a essência da espécie a que pertence. Assim, o conhecimento é uma ascensão da percepção sensível ao conhecimento intelectual, onde as essências são apreendidas
Tomás de aquino- provas da existência de deus
Tomás de Aquino é famoso por suas “cinco vias” ou argumentos para a existência de Deus, apresentados em sua obra “Summa Theologica”. Estas provas partem de dados sensíveis e procuram transcendê-los através de um esforço de abstração, culminando na metafísica
1- movimento= tudo que se move é movido por outra coisa, portanto deve haver um primeiro motor imóvel que é deus
2- causalidade eficiente= existe uma serie de causas eficientes no mundo, mas para evitar esse regresso infinito deve haver uma primeira causa eficiente que é deus
3- contingência= muitas coisas no mundo podem ou não existir, se tudo fosse contingente em algum momento nao haveria nada; portanto, deve existir um ser necessário que é deus
4- graus de perfeição = as coisas no mundo possuem graus validos de perfeição, deve haver um ser que é perfeição máxima que é deus
5- ordem mundo(finalidade)= as coisas no mundo, mesmo as que não têm inteligência, atuam para um fim; isso implica a existência de um ser inteligente que ordena todas as coisas para o fim, que é Deus
Descartes- regras do método cartesiano
Método para alcançar o conhecimento verdadeiro
1-Regra da Evidência: Aceitar apenas aquilo que é claro e distinto, e que não pode ser duvidado.
2-Regra da Análise: Dividir os problemas em partes menores para uma compreensão mais fácil.
3-Regra da Síntese: Ordenar os pensamentos, começando pelos mais simples e mais fáceis de conhecer, e progredir gradualmente para os mais complexos.
4-Regra da Enumeração: Fazer revisões completas e enumerar todos os pontos para garantir que nada seja omitido.
Descartes- duvida cartesiana
A dúvida cartesiana é um processo metódico, hiperbólico e provisório que Descartes usou para questionar todas as suas crenças e buscar um fundamento indubitável para o conhecimento. Ele duvidou de tudo o que poderia ser questionado, incluindo os sentidos, a existência do mundo externo e até mesmo as verdades matemáticas. Essa dúvida é hiperbólica porque é extrema, e provisória porque é usada como um meio para alcançar a certeza, não como um fim em si mesma
Descartes- cogito, ergo sum
Descartes encontrou uma verdade indubitável no ato de duvidar: se ele está duvidando, então ele deve existir. Essa formulação, “Cogito, ergo sum” (Penso, logo existo), é a base de seu sistema filosófico. Ele considerou essa verdade como o fundamento a partir do qual outras verdades poderiam ser estabelecidas, incluindo a existência de Deus e as verdades matemáticas. Descartes argumentou que a existência de Deus é necessária para garantir a certeza das verdades matemáticas e outras ideias claras e distintas
Descartes-origem das ideias
1-Ideias Adventícias: Ideias que parecem vir de fora de nós, através dos sentidos.
2-Ideias Fictícias: Ideias criadas pela imaginação, que combinam elementos de ideias adventícias.
3-Ideias Inatas: Ideias que não derivam de experiência sensorial ou imaginação, mas são intrínsecas à mente, como a ideia de Deus ou conceitos matemáticos
Ele argumentou que as ideias inatas, especialmente a ideia de Deus, não poderiam ter origem em algo finito e imperfeito como o ser humano, e portanto deviam ser causadas por um ser perfeito, ou seja, Deus
Descartes enfrentou críticas pela distinção entre esses tipos de ideias, particularmente sobre a consistência dessa classificação e a dificuldade de justificar como as ideias inatas, se existem, se originam ou como se distinguem claramente das ideias adventícias e fictícias. Sua abordagem enfatiza o papel da mente na compreensão da realidade, sugerindo que é a partir de ideias claras e distintas, acessíveis à razão, que podemos conhecer o mundo com certeza
Hume- teoria do conhecimento
Teoria do Conhecimento: Ideias e Impressões
1-Impressões: Segundo Hume, impressões são as percepções mais vívidas e imediatas que experimentamos, como sensações, emoções e sentimentos. Elas são intensas e ocorrem de forma direta.
2-Ideias: Ideias são percepções menos intensas, que se originam das impressões. Elas são basicamente cópias pálidas das impressões, formadas na mente quando pensamos ou lembramos de algo
Hume argumenta que todas as ideias são derivadas de impressões, o que significa que não podemos ter uma ideia de algo sem antes ter experimentado uma impressão relacionada. Essa anterioridade das impressões estabelece a base empírica do conhecimento humano
Hume- associação das ideias
Hume identificou três princípios naturais de associação das ideias na mente, que explicam como as ideias são conectadas e formam nossos pensamentos e conceitos:
1-Semelhança: A mente tende a associar ideias que são semelhantes entre si.
2-Contiguidade: A mente associa ideias que ocorrem próximas umas das outras no tempo ou no espaço.
3-Causa e Efeito: A mente associa ideias de eventos que se seguem regularmente, levando à formação do conceito de causalidade.
Hume- critica ao conceito de causalidade
Hume argumentou que o conceito de causalidade não pode ser justificado a priori, ou seja, através de razão pura, sem referência à experiência. Segundo ele, nossa crença na causalidade é baseada na observação de uma constante conjunção de eventos — sempre que vemos um evento A seguido de um evento B, começamos a esperar que B siga A.
No entanto, essa observação de regularidade não nos dá uma prova de que A causa B; é apenas uma expectativa baseada no hábito. Portanto, para Hume, a ideia de causa e efeito não é uma necessidade lógica ou metafísica, mas uma construção mental baseada na experiência passada.
Hume- habito e expectativa
O hábito, ou costume, é crucial no pensamento de Hume. Ele explica que é devido ao hábito que esperamos que o futuro seja como o passado, o que fundamenta nossas crenças sobre causalidade e a regularidade do mundo. Em outras palavras, nossas inferências causais são resultado de um hábito mental, não de uma compreensão racional ou a priori de que o mundo necessariamente opera de acordo com leis causais
Kant-revolucao copernicana
Kant propôs que, assim como Copérnico revolucionou a astronomia ao sugerir que os planetas giram em torno do sol e não o contrário, a filosofia deveria considerar que o sujeito (o observador) tem um papel ativo na formação do conhecimento. Em vez de assumir que o conhecimento se adapta aos objetos, Kant sugeriu que são os objetos que se conformam às nossas formas de conhecer. Isso significa que nossa compreensão do mundo é moldada pelas estruturas inatas de nossa mente
Kant-instituicoes e conceitos
1-Intuições: São representações imediatas dos objetos, que ocorrem na sensibilidade. Para Kant, tempo e espaço são formas puras da intuição sensível, condições a priori que estruturam todas as nossas percepções. Isso significa que todas as experiências sensíveis são necessariamente situadas em um contexto de tempo e espaço.
2-Conceitos: São representações mediatizadas, que ocorrem no intelecto. Conceitos puros do entendimento, ou categorias, são condições a priori que organizam as intuições sensíveis em conhecimento. Eles incluem conceitos como causa e efeito, substância, unidade, pluralidade, etc.
A distinção entre intuições e conceitos é fundamental: enquanto as intuições fornecem o material bruto da experiência, os conceitos o organizam e estruturam
Kant- fenômeno e coisa em si
1-Fenômeno: É o objeto tal como aparece aos nossos sentidos, estruturado pelas formas de intuição (tempo e espaço) e pelas categorias do entendimento. O conhecimento humano é limitado aos fenômenos; não temos acesso direto às coisas em si mesmas (noumena), que são as realidades subjacentes independentes da experiência.
2-Coisa em Si: Refere-se à realidade que existe independentemente das nossas percepções e entendimento. Segundo Kant, não podemos conhecer as coisas em si diretamente, mas apenas através dos fenômenos, que são filtrados pelas condições da sensibilidade e do entendimento
Kant- transcendental e transcendente
1-Transcendental: Refere-se ao conhecimento das condições a priori que tornam a experiência possível. Para Kant, a filosofia transcendental investiga as estruturas e capacidades da mente que são necessárias para que possamos ter qualquer experiência ou conhecimento, como tempo, espaço e categorias do entendimento.
2-Transcendente: Refere-se ao que está além do alcance da experiência possível. Kant sustenta que podemos pensar conceitos transcendentais (como Deus, a alma e o mundo como um todo), mas não podemos conhecê-los empiricamente, pois estão além da capacidade de nossa experiência sensível
Kant- investigação do conhecimento científico
Kant estava interessado em como as ciências formulam juízos sobre a experiência. Ele argumentou que os juízos científicos são possíveis porque a mente humana impõe uma estrutura ordenada ao caos dos dados sensoriais. As leis da natureza, então, não são simplesmente descobertas, mas também são, em certo sentido, projetadas pela mente humana. Isso não implica subjetivismo, pois essas leis são objetivas e válidas para todos os seres racionais, mas sim que a objetividade científica está enraizada nas estruturas da cognição humana
Maquiavel-autonomia do pensamento político
Machiavelli destacou a autonomia da política em relação à metafísica e à religião. Para ele, a política deve ser entendida e praticada como uma esfera separada, com suas próprias regras e lógica, independentes de considerações religiosas ou morais tradicionais. Essa visão representa uma ruptura com a concepção medieval, onde política e religião estavam frequentemente interligadas