Filosofia Flashcards

1
Q

Teoria do milagre grego

A

O surgimento na Grécia antiga foi um evento singular e extraordinário, destaca a portância da cultura grega e das condições históricas únicas como democracia, comercio e contato com outras civilizações para o desenvolvimento da filosofia; em vez de um ruptura abrupta entre mito e logos, ela enfatiza a continuidade e influencia mútua

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2
Q

Continuidade entre mito e logos

A

Continuidade e interdependência entre dois modos de pensamento
Os primeiros filósofos gregos construíram sobre os mitos existentes reinterpretando através de uma abordagem mais racional e critica

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3
Q

Mito noetico e o surgimento político da filosofia

A

Mito noetico= narrativas místicas que descrevem a ordem cósmica e as origens do mundo
Surgimento politico= emergências das cidades estado greg e a necessidade de pensar criticamente sobre questões politicas. E éticas, os primeiros filósofos muitas vezes envolviam em debates sobre o governo da cidade e o papel do indivíduo na sociedade refletindo assim a intersecção entre mito política e filosof

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4
Q

Hipótese aristotelica do surgimento da filosofia

A

Aristóteles a partir da sua obra ‘metafísica’ sugere que a filósofa tem suas raizes no ‘espanto’, onde os primeiros filósofos ficaram maravilhados com as mudanças e contradições encontradas na natureza e nos cosmos
Esse estado de espanto os levou a questionar e buscar explicações para fenômenos que observavam

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5
Q

Aristoteles- metafísica

A

Considera como ‘’filosofia primeira’’ porque busca entender as causas e os princípios mais fundamentais do ser
Para ele, a metafísica estuda o ser enquanto ser, ou seja, quilo que é comum a todas as coisas

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6
Q

Aristoteles-substância e acidente

A

Substância=é aquilo que existe em si mesmo e nao em outro , é a essência de uma coisa, aquilo que faz com que ela seja o que é
Acidente= é uma característica que pode variar sem mudar a substância fundamental de uma coisa, como cor ou posição

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7
Q

Aristoteles-substância e acidente

A

Substância=é aquilo que existe em si mesmo e nao em outro , é a essência de uma coisa, aquilo que faz com que ela seja o que é
Acidente= é uma característica que pode variar sem mudar a substância fundamental de uma coisa, como cor ou posição

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8
Q

Aristoteles- matéria e forma

A

Para explicar a composição das substancia
Matéria=substrat que pode receber forma
Forma= atualidade que dá características especificas a matéria

Ex: estatua de marmore- tem mármore como material e estatua como sua forma

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9
Q

Aristoteles- teoria das quatro causas

A

Para explicar o porque das coisas serem como sao
1-material=do que algo é feito
2-formal= forma ou essência de uma coisa
3-eficiente=agente ou processo que trouxe algo a existência
4-final= propósito ou finalidade de uma coisa

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10
Q

Aristoteles- o ser dito de várias maneiras

A

Ser= usado em vários sentidos relacionada a diferentes categorias de existência; ou seja pode ser abordado de diferentes formas dependendo do aspecto particular que esta sendo considerado

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11
Q

Agostinho- neoplatonismo

A

Concepção de uma realidade superior e imutável, que esta alem do mundo sensível
Realize suprema é o ‘UM’ que emana o intelecto e alma
Ele colocou Deus no lugar do UM como realidade suprema e fonte de todas as coisas

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12
Q

Teoria da reminiscência(Platão) x teoria da iluminação divina (Agostinho)

A

Platão= o conhecimento é uma forma de lembranca(reminiscência) de ideias perfeitas que a alma conheceu em uma existência anterio e esse conhecimento é lembrado através da interação com o mundo sensível
Agostinho=o verdadeiro conhecimento nao éua reminiscência, mas sim uma iluminação divina; para ele, deus ilumina a mente humana permitindo o entendimento das verdades eternas e imutáveis; e este conhecimento nao é acessível através dos sentidos ou reminiscência, mas através da graça divina pois deus que é uma realidade exterior tambem habita o interior do ser humano e é através dessas presença interior que as verdades sao reveladas

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13
Q

Teoria da reminiscência(Platão) x teoria da iluminação divina (Agostinho)

A

Platão= o conhecimento é uma forma de lembranca(reminiscência) de ideias perfeitas que a alma conheceu em uma existência anterio e esse conhecimento é lembrado através da interação com o mundo sensível
Agostinho=o verdadeiro conhecimento nao éua reminiscência, mas sim uma iluminação divina; para ele, deus ilumina a mente humana permitindo o entendimento das verdades eternas e imutáveis; e este conhecimento nao é acessível através dos sentidos ou reminiscência, mas através da graça divina pois deus que é uma realidade exterior tambem habita o interior do ser humano e é através dessas presença interior que as verdades sao reveladas

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14
Q

Agostinho- uso da filosofia grega no entendimento da fé cristã

A

Agostinho considerava a filosofia grega especialmente as deixas platônicas e neoplatonicas como ferramentais valiosas para compreensão da fé cristã
Ele acreditava que a razão e a filosofia poderiam ser usadas para explorar e entender melhor as verdades reveladas pela fé,em borá sempre subordinando a filosofia a teologia

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15
Q

Agostinho- verdades eternas e imutáveis em Deus

A

Para Agostinho, as verdades eternas e imutáveis têm sua origem e sede em Deus. Essas verdades não podem ser plenamente compreendidas sem a iluminação divina, que é um ato de graça. Deus, sendo uma realidade exterior ao homem, também está presente no interior do homem, revelando a verdade e guiando-o para o conhecimento verdadeiro

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16
Q

Agostinho- o mestre do interior

A

Agostinho defendia que a verdadeira sabedoria e a verdade não podem ser ensinadas por mestres humanos. Em vez disso, há um “mestre interior” – Deus presente na alma humana – que guia o homem para o conhecimento e a compreensão. Este conceito destaca a ideia de que o conhecimento verdadeiro é uma forma de revelação divina, e não meramente o resultado do aprendizado ou da instrução humana

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17
Q

Tomás de Aquino-preâmbulos da fé

A

Para Tomás de Aquino, existem verdades que podem ser conhecidas tanto pela razão quanto pela fé. Essas verdades são chamadas de “preâmbulos da fé” e incluem, por exemplo, a existência de Deus e algumas verdades morais fundamentais. Ele acreditava que a razão pode fornecer argumentos e provas que ajudam a fundamentar e esclarecer a fé, mas a fé contém também verdades que estão além da capacidade da razão humana de entender completamente, como os mistérios da Trindade e da Encarnação

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18
Q

Tomás de aquino-Harmonização da Filosofia de Aristóteles com a Religião Cristã

A

Tomás de Aquino trabalhou para conciliar a filosofia de Aristóteles com a teologia cristã, adotando e adaptando muitos dos conceitos aristotélicos para o contexto cristão. Ele acreditava que a verdade é una e que tanto a fé quanto a razão são caminhos válidos para chegar a essa verdade. No entanto, Tomás sustentava a supremacia da fé sobre a razão, afirmando que a fé oferece uma compreensão mais profunda e segura das verdades divinas.

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19
Q

Tomás de aquino- teoria aristotélica da abstração

A

Tomás de Aquino utilizou a teoria da abstração de Aristóteles para explicar como a mente humana conhece o mundo. Segundo essa teoria, o conhecimento humano começa com a experiência sensível; a mente abstrai as formas inteligíveis (ou essências) das substâncias individuais a partir dos dados sensoriais. Para Tomás, cada ente individual possui uma forma inteligível, que é a essência da espécie a que pertence. Assim, o conhecimento é uma ascensão da percepção sensível ao conhecimento intelectual, onde as essências são apreendidas

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20
Q

Tomás de aquino- provas da existência de deus

A

Tomás de Aquino é famoso por suas “cinco vias” ou argumentos para a existência de Deus, apresentados em sua obra “Summa Theologica”. Estas provas partem de dados sensíveis e procuram transcendê-los através de um esforço de abstração, culminando na metafísica
1- movimento= tudo que se move é movido por outra coisa, portanto deve haver um primeiro motor imóvel que é deus
2- causalidade eficiente= existe uma serie de causas eficientes no mundo, mas para evitar esse regresso infinito deve haver uma primeira causa eficiente que é deus
3- contingência= muitas coisas no mundo podem ou não existir, se tudo fosse contingente em algum momento nao haveria nada; portanto, deve existir um ser necessário que é deus
4- graus de perfeição = as coisas no mundo possuem graus validos de perfeição, deve haver um ser que é perfeição máxima que é deus
5- ordem mundo(finalidade)= as coisas no mundo, mesmo as que não têm inteligência, atuam para um fim; isso implica a existência de um ser inteligente que ordena todas as coisas para o fim, que é Deus

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21
Q

Descartes- regras do método cartesiano

A

Método para alcançar o conhecimento verdadeiro
1-Regra da Evidência: Aceitar apenas aquilo que é claro e distinto, e que não pode ser duvidado.
2-Regra da Análise: Dividir os problemas em partes menores para uma compreensão mais fácil.
3-Regra da Síntese: Ordenar os pensamentos, começando pelos mais simples e mais fáceis de conhecer, e progredir gradualmente para os mais complexos.
4-Regra da Enumeração: Fazer revisões completas e enumerar todos os pontos para garantir que nada seja omitido.

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22
Q

Descartes- duvida cartesiana

A

A dúvida cartesiana é um processo metódico, hiperbólico e provisório que Descartes usou para questionar todas as suas crenças e buscar um fundamento indubitável para o conhecimento. Ele duvidou de tudo o que poderia ser questionado, incluindo os sentidos, a existência do mundo externo e até mesmo as verdades matemáticas. Essa dúvida é hiperbólica porque é extrema, e provisória porque é usada como um meio para alcançar a certeza, não como um fim em si mesma

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23
Q

Descartes- cogito, ergo sum

A

Descartes encontrou uma verdade indubitável no ato de duvidar: se ele está duvidando, então ele deve existir. Essa formulação, “Cogito, ergo sum” (Penso, logo existo), é a base de seu sistema filosófico. Ele considerou essa verdade como o fundamento a partir do qual outras verdades poderiam ser estabelecidas, incluindo a existência de Deus e as verdades matemáticas. Descartes argumentou que a existência de Deus é necessária para garantir a certeza das verdades matemáticas e outras ideias claras e distintas

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24
Q

Descartes-origem das ideias

A

1-Ideias Adventícias: Ideias que parecem vir de fora de nós, através dos sentidos.
2-Ideias Fictícias: Ideias criadas pela imaginação, que combinam elementos de ideias adventícias.
3-Ideias Inatas: Ideias que não derivam de experiência sensorial ou imaginação, mas são intrínsecas à mente, como a ideia de Deus ou conceitos matemáticos
Ele argumentou que as ideias inatas, especialmente a ideia de Deus, não poderiam ter origem em algo finito e imperfeito como o ser humano, e portanto deviam ser causadas por um ser perfeito, ou seja, Deus
Descartes enfrentou críticas pela distinção entre esses tipos de ideias, particularmente sobre a consistência dessa classificação e a dificuldade de justificar como as ideias inatas, se existem, se originam ou como se distinguem claramente das ideias adventícias e fictícias. Sua abordagem enfatiza o papel da mente na compreensão da realidade, sugerindo que é a partir de ideias claras e distintas, acessíveis à razão, que podemos conhecer o mundo com certeza

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25
Q

Hume- teoria do conhecimento

A

Teoria do Conhecimento: Ideias e Impressões
1-Impressões: Segundo Hume, impressões são as percepções mais vívidas e imediatas que experimentamos, como sensações, emoções e sentimentos. Elas são intensas e ocorrem de forma direta.
2-Ideias: Ideias são percepções menos intensas, que se originam das impressões. Elas são basicamente cópias pálidas das impressões, formadas na mente quando pensamos ou lembramos de algo

Hume argumenta que todas as ideias são derivadas de impressões, o que significa que não podemos ter uma ideia de algo sem antes ter experimentado uma impressão relacionada. Essa anterioridade das impressões estabelece a base empírica do conhecimento humano

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26
Q

Hume- associação das ideias

A

Hume identificou três princípios naturais de associação das ideias na mente, que explicam como as ideias são conectadas e formam nossos pensamentos e conceitos:
1-Semelhança: A mente tende a associar ideias que são semelhantes entre si.
2-Contiguidade: A mente associa ideias que ocorrem próximas umas das outras no tempo ou no espaço.
3-Causa e Efeito: A mente associa ideias de eventos que se seguem regularmente, levando à formação do conceito de causalidade.

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27
Q

Hume- critica ao conceito de causalidade

A

Hume argumentou que o conceito de causalidade não pode ser justificado a priori, ou seja, através de razão pura, sem referência à experiência. Segundo ele, nossa crença na causalidade é baseada na observação de uma constante conjunção de eventos — sempre que vemos um evento A seguido de um evento B, começamos a esperar que B siga A.
No entanto, essa observação de regularidade não nos dá uma prova de que A causa B; é apenas uma expectativa baseada no hábito. Portanto, para Hume, a ideia de causa e efeito não é uma necessidade lógica ou metafísica, mas uma construção mental baseada na experiência passada.

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28
Q

Hume- habito e expectativa

A

O hábito, ou costume, é crucial no pensamento de Hume. Ele explica que é devido ao hábito que esperamos que o futuro seja como o passado, o que fundamenta nossas crenças sobre causalidade e a regularidade do mundo. Em outras palavras, nossas inferências causais são resultado de um hábito mental, não de uma compreensão racional ou a priori de que o mundo necessariamente opera de acordo com leis causais

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29
Q

Kant-revolucao copernicana

A

Kant propôs que, assim como Copérnico revolucionou a astronomia ao sugerir que os planetas giram em torno do sol e não o contrário, a filosofia deveria considerar que o sujeito (o observador) tem um papel ativo na formação do conhecimento. Em vez de assumir que o conhecimento se adapta aos objetos, Kant sugeriu que são os objetos que se conformam às nossas formas de conhecer. Isso significa que nossa compreensão do mundo é moldada pelas estruturas inatas de nossa mente

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30
Q

Kant-instituicoes e conceitos

A

1-Intuições: São representações imediatas dos objetos, que ocorrem na sensibilidade. Para Kant, tempo e espaço são formas puras da intuição sensível, condições a priori que estruturam todas as nossas percepções. Isso significa que todas as experiências sensíveis são necessariamente situadas em um contexto de tempo e espaço.
2-Conceitos: São representações mediatizadas, que ocorrem no intelecto. Conceitos puros do entendimento, ou categorias, são condições a priori que organizam as intuições sensíveis em conhecimento. Eles incluem conceitos como causa e efeito, substância, unidade, pluralidade, etc.
A distinção entre intuições e conceitos é fundamental: enquanto as intuições fornecem o material bruto da experiência, os conceitos o organizam e estruturam

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31
Q

Kant- fenômeno e coisa em si

A

1-Fenômeno: É o objeto tal como aparece aos nossos sentidos, estruturado pelas formas de intuição (tempo e espaço) e pelas categorias do entendimento. O conhecimento humano é limitado aos fenômenos; não temos acesso direto às coisas em si mesmas (noumena), que são as realidades subjacentes independentes da experiência.
2-Coisa em Si: Refere-se à realidade que existe independentemente das nossas percepções e entendimento. Segundo Kant, não podemos conhecer as coisas em si diretamente, mas apenas através dos fenômenos, que são filtrados pelas condições da sensibilidade e do entendimento

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32
Q

Kant- transcendental e transcendente

A

1-Transcendental: Refere-se ao conhecimento das condições a priori que tornam a experiência possível. Para Kant, a filosofia transcendental investiga as estruturas e capacidades da mente que são necessárias para que possamos ter qualquer experiência ou conhecimento, como tempo, espaço e categorias do entendimento.
2-Transcendente: Refere-se ao que está além do alcance da experiência possível. Kant sustenta que podemos pensar conceitos transcendentais (como Deus, a alma e o mundo como um todo), mas não podemos conhecê-los empiricamente, pois estão além da capacidade de nossa experiência sensível

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33
Q

Kant- investigação do conhecimento científico

A

Kant estava interessado em como as ciências formulam juízos sobre a experiência. Ele argumentou que os juízos científicos são possíveis porque a mente humana impõe uma estrutura ordenada ao caos dos dados sensoriais. As leis da natureza, então, não são simplesmente descobertas, mas também são, em certo sentido, projetadas pela mente humana. Isso não implica subjetivismo, pois essas leis são objetivas e válidas para todos os seres racionais, mas sim que a objetividade científica está enraizada nas estruturas da cognição humana

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34
Q

Maquiavel-autonomia do pensamento político

A

Machiavelli destacou a autonomia da política em relação à metafísica e à religião. Para ele, a política deve ser entendida e praticada como uma esfera separada, com suas próprias regras e lógica, independentes de considerações religiosas ou morais tradicionais. Essa visão representa uma ruptura com a concepção medieval, onde política e religião estavam frequentemente interligadas

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35
Q

Maquiavel- uso da forca e astúcia pelo príncipe

A

Em sua obra “O Príncipe”, Machiavelli argumenta que um governante, ou príncipe, deve ser capaz de usar tanto a força quanto a astúcia para manter o poder e governar de forma eficaz. Ele sugere que a força (representada pelo leão) e a astúcia (representada pela raposa) são ambas essenciais. Apenas a força ou apenas a astúcia, isoladamente, não são suficientes para garantir a estabilidade e a segurança do Estado. A força é necessária para impor a ordem e a autoridade, enquanto a astúcia é necessária para lidar com intrigas e evitar armadilhas

36
Q

Maquiavel- fortuna e virtù

A

Machiavelli introduz os conceitos de fortuna (sorte, circunstâncias externas) e virtù (habilidade, qualidade pessoal) para descrever as dinâmicas do poder. Ele reconhece que a fortuna pode influenciar os eventos, mas enfatiza que a virtù é crucial para superar adversidades e aproveitar as oportunidades. Um príncipe com virtù é adaptável, capaz de tomar decisões difíceis e de agir com determinação e sagacidade. Ele não é totalmente mestre de seu destino, mas sua habilidade e prudência podem mitigar os efeitos da fortuna

37
Q

Maquiavel- fins e meios na política

A

Machiavelli é muitas vezes associado à ideia de que “os fins justificam os meios”. Ele argumenta que, para um príncipe, a manutenção do poder e a estabilidade do Estado são os objetivos supremos, e que, para alcançar esses objetivos, qualquer meio necessário pode ser justificado, incluindo o uso da violência, a fraude e a manipulação. Esse pragmatismo ético reflete uma visão desapaixonada e realista da política, onde a eficácia e a sobrevivência do Estado são colocadas acima de considerações morais convencionais

38
Q

Hobbes- estado de natureza e de guerra

A

-Estado de Natureza: Para Hobbes, o estado de natureza é uma condição hipotética de anarquia e igualdade natural onde não existe autoridade política ou leis estabelecidas. Nesse estado, os indivíduos agem unicamente segundo seus próprios interesses e desejos, o que leva a uma “guerra de todos contra todos” (bellum omnium contra omnes). Essa situação é perigosa e precária, pois a vida é “solitária, pobre, sórdida, brutal e curta”.
-Estado de Guerra: Hobbes associa o estado de natureza ao estado de guerra, onde a constante ameaça de violência e conflito impede qualquer forma de cooperação ou progresso social.

39
Q

Rosseau- estado de natureza e de guerra

A

-Estado de Natureza: Para Rousseau, o estado de natureza é uma condição pré-social onde os seres humanos vivem em liberdade, igualdade e relativa paz. Ele descreve essa condição como mais simples e inocente, com indivíduos vivendo de forma isolada e autossuficiente, guiados por instintos naturais e compaixão.
-Estado de Guerra: Rousseau acredita que o estado de guerra surge não do estado de natureza, mas da formação de sociedades e da emergência da propriedade privada, o que gera desigualdades e conflitos.

40
Q

Hobbes- contrato social

A

O contrato social, segundo Hobbes, é um acordo em que os indivíduos renunciam a seus direitos naturais de usar força e se submetem a uma autoridade central, o Leviatã, para garantir a segurança e a ordem. O contrato cria um governo absoluto que detém o poder soberano para legislar, julgar e punir

41
Q

Rosseau- contrato social

A

Rousseau concebe o contrato social como um acordo pelo qual os indivíduos se unem para formar uma comunidade política, o “corpo político” ou “vontade geral”. Nesse acordo, os indivíduos não renunciam a todos os seus direitos, mas os transferem para a comunidade como um todo, mantendo sua liberdade na forma de obediência às leis que eles mesmos criam coletivamente. Para Rousseau, a soberania reside na vontade geral, que representa o interesse comum

42
Q

Hobbes- Soberania, Governo, Leis, Autoridade e Obediência

A

1-Soberania: A soberania, para Hobbes, é absoluta e indivisível, residindo na figura do soberano (monarca ou assembleia), que possui o poder de fazer e executar leis.
2-Governo: É centralizado e detém o poder de manter a ordem e proteger os cidadãos.
3-Leis: São comandos do soberano que devem ser obedecidos para evitar o retorno ao estado de natureza.
4-Autoridade: É derivada do contrato social e é essencial para manter a paz e a segurança.
5-Obediência: É necessária e justificada para preservar a ordem e evitar o caos.

43
Q

Rosseau-Soberania, Governo, Leis, Autoridade e Obediência

A

1-Soberania: Reside na vontade geral, que é a expressão da vontade coletiva de todos os cidadãos. É inalienável e indivisível.
2-Governo: É o executor da vontade geral, mas não detém o poder soberano. Ele é mandatado para aplicar as leis que refletem a vontade do povo.
3-Leis: Devem ser a expressão da vontade geral e são legítimas na medida em que representam o interesse comum.
4-Autoridade: Deve emanar do consentimento dos governados e servir ao bem comum.
5-Obediência: É a obediência às leis que a própria comunidade estabeleceu, e, portanto, é vista como uma forma de liberdade civil.

44
Q

Hobbes- direitos naturais

A

Enfatiza o direito à vida e à autopreservação como o mais fundamental dos direitos naturais. No estado de natureza, cada indivíduo tem o direito de fazer o que for necessário para se proteger.
A propriedade e outros direitos surgem após o estabelecimento do contrato social e são garantidos pela autoridade soberana.

45
Q

Rosseau- direitos naturais

A

Reconhece o direito à liberdade como fundamental, mas critica a propriedade privada como uma fonte de desigualdade e corrupção. Para ele, o direito à propriedade deve ser limitado e regulado pela vontade geral para servir ao bem comum.
O contrato social transforma os direitos naturais em direitos civis, que são protegidos pela lei e devem promover a liberdade e a igualdade

46
Q

Karl marx- Crítica ao Idealismo Hegeliano e Nova Concepção Dialética

A

-Crítica ao Idealismo Hegeliano: Marx criticou o idealismo hegeliano por sua ênfase nas ideias e na consciência como forças determinantes da história. Hegel via o desenvolvimento histórico como um processo racional e ideacional, onde as ideias evoluem e determinam a realidade material. Marx, por outro lado, argumentou que a realidade material e as condições econômicas são as verdadeiras bases da história. Para ele, as ideias e a consciência são produtos das condições materiais e sociais.
-Nova Concepção Dialética: Marx adotou a dialética hegeliana, mas com uma reviravolta materialista. Ele argumentou que a dialética não deve ser aplicada apenas ao desenvolvimento das ideias, mas também às condições materiais da sociedade. A dialética marxista vê a realidade social como um processo dinâmico e contraditório, onde as contradições entre forças produtivas e relações de produção impulsionam o desenvolvimento histórico

47
Q

Marx- Contradição Entre Forças Produtivas e Relações de Produção

A

-Desenvolvimento das Forças Produtivas: Marx argumenta que, ao longo da história, as forças produtivas (como tecnologias e habilidades produtivas) se desenvolvem e tornam-se mais avançadas.
-Relações de Produção: As relações de produção são as formas sociais em que as forças produtivas são organizadas, incluindo a propriedade dos meios de produção e as relações de trabalho. No capitalismo, essas relações são caracterizadas pela propriedade privada dos meios de produção e pela exploração da força de trabalho.
-Contradição: Marx observa que, à medida que as forças produtivas se desenvolvem, elas frequentemente entram em contradição com as relações de produção existentes. No capitalismo, o avanço das forças produtivas (como novas tecnologias e métodos de produção) pode levar a crises econômicas e sociais, porque as relações de produção capitalistas (como a propriedade privada e a exploração) limitam o potencial de desenvolvimento das forças produtivas e geram desigualdades

48
Q

Marx-Condicionamento da Base Econômica sobre as Ideias

A

Base Econômica e Ideias: Marx argumenta que a base econômica da sociedade (ou seja, a estrutura produtiva e as relações de produção) condiciona as ideias, a cultura e as instituições políticas de um determinado período histórico. A base econômica, portanto, determina a superestrutura, que inclui as instituições jurídicas, políticas e ideológicas. As ideias e a cultura não são independentes, mas refletem e servem aos interesses da classe dominante que controla os meios de produção

49
Q

Marx-Estado e Superestrutura como Instrumento de Manutenção das Relações Econômicas

A

-Função do Estado: Marx vê o Estado como um instrumento de manutenção das relações econômicas existentes, especialmente em uma sociedade de classes. O Estado e as instituições políticas e jurídicas (a superestrutura) são projetados para proteger e perpetuar as relações de produção dominantes e os interesses da classe dominante.
-Instrumento de Classe: O Estado atua para manter a ordem social e econômica de forma a beneficiar a classe que controla os meios de produção. Por exemplo, no capitalismo, o Estado ajuda a garantir a propriedade privada e a ordem social que sustenta a exploração da classe trabalhadora.

50
Q

Marx- Relação Entre Ideologia, Trabalho e Alienação

A

-Ideologia: A ideologia é vista por Marx como um reflexo das relações de produção e serve para justificar e manter essas relações. Ideologias dominantes promovem os interesses da classe dominante e ajudam a legitimar a exploração e a desigualdade.
-Trabalho: O trabalho, para Marx, é a atividade fundamental que produz valor e riqueza. No capitalismo, o trabalho é alienado porque os trabalhadores não têm controle sobre os meios de produção nem sobre o produto de seu trabalho. Eles vendem sua força de trabalho e são separados do produto final que produzem.
-Alienação: Alienação é o processo pelo qual os trabalhadores se tornam estranhos ao produto de seu trabalho, ao próprio processo de trabalho, e até mesmo a si mesmos e aos outros. No capitalismo, a alienação resulta da exploração do trabalho e da apropriação dos frutos do trabalho pelos capitalistas.

51
Q

Hannah arendt- O Que é Política? Relações entre Labor, Trabalho e Ação

A

-Labor: Refere-se à atividade necessária para a sobrevivência e à satisfação das necessidades básicas do ser humano. É uma atividade cíclica e repetitiva, essencialmente biológica e voltada para a conservação da vida.
-Trabalho: Envolve a produção de bens e serviços que são duráveis e que contribuem para a construção e manutenção do mundo artificial. O trabalho cria e transforma o mundo em que vivemos, mas sua relevância está em sua capacidade de criar um ambiente estável e ordenado.
-Ação: É a atividade mais genuinamente política e humana. A ação é caracterizada pela capacidade de iniciar algo novo e imprevisível, e é essencialmente interativa e comunicativa. Ela se manifesta na capacidade de os indivíduos interagirem e se relacionarem com outros em uma esfera pública, criando novas possibilidades e experiências compartilhadas.

52
Q

Hanna arendt- singular e plural

A

Singular: A ação é a expressão do singular, pois cada indivíduo age de forma única e inimitável. A singularidade da ação se refere à capacidade de iniciar algo novo e de expressar a identidade individual em um contexto social.
Plural: A política se dá no âmbito do plural, onde as ações dos indivíduos se encontram e interagem. A pluralidade é essencial para a ação política, pois a política é o espaço onde diferentes perspectivas e ações se encontram e se confrontam.

53
Q

Hanna arendt-Relação entre Ação e Discurso: Pluralidade, Diferença e Igualdade (Isonomia)

A

• Ação e Discurso: Arendt vê a ação e o discurso como interligados na esfera pública. O discurso é a forma como os indivíduos comunicam e discutem suas ações e ideias, permitindo a deliberação e a formação de consenso. A ação, por sua vez, é o que cria a realidade política e social, e o discurso é fundamental para dar sentido e orientação a essa ação.
• Pluralidade: Refere-se ao fato de que a política ocorre entre indivíduos diversos que têm diferentes perspectivas e interesses. A pluralidade é a condição para o verdadeiro debate e deliberação política.
• Diferença e Igualdade (Isonomia): A isonomia é a ideia de igualdade política na esfera pública, onde todos têm o direito de participar e expressar suas opiniões. Arendt acredita que a verdadeira igualdade na política não significa a uniformidade, mas a capacidade de todos participarem de forma igualitária no discurso e na ação política.

54
Q

Hanna arendt- compreensão ds tolitarismos

A

• Formas de Governo: Arendt analisa os regimes totalitários, como o nazismo e o stalinismo, como formas de governo que diferem das formas tradicionais de autoritarismo e despotismo. Os totalitarismos são caracterizados por uma tentativa de controle total sobre todos os aspectos da vida pública e privada, e pela criação de um sistema onde a ideologia totalitária permeia todos os aspectos da sociedade.
• Esfera Pública e Privada: Nos regimes totalitários, a distinção entre esfera pública e privada é eliminada. O controle totalitário invade a vida privada dos indivíduos, monitorando e moldando até mesmo seus pensamentos e comportamentos mais íntimos.
• Terror e Ideologia: O totalitarismo é sustentado pelo terror sistemático e pela ideologia totalitária. O terror serve para intimidar e controlar a população, enquanto a ideologia totalitária busca moldar a consciência e as crenças dos indivíduos. A ideologia totalitária justifica o uso do terror e a repressão como meios para alcançar seus objetivos utópicos.

55
Q

Resumo Hanna Arendt

A

Arendt oferece uma análise crítica e profunda das dinâmicas políticas e das formas de governo, destacando a importância da ação e do discurso na esfera pública e alertando para os perigos dos regimes totalitários que subvertem a pluralidade e a liberdade.

56
Q

Resumo da visão de marx

A

A visão de Marx oferece uma análise crítica das estruturas econômicas e sociais e suas implicações para o desenvolvimento histórico e social. Ele enfatiza a importância da base econômica na formação das ideias e instituições sociais e analisa como as contradições entre forças produtivas e relações de produção conduzem a mudanças sociais e históricas.

57
Q

Aristoteles- virtude como busca do meio termo

A

Virtude: Para Aristóteles, a virtude é uma disposição adquirida que envolve buscar o meio termo entre dois extremos, que são o excesso e a falta. Essa ideia é conhecida como a “doutrina do meio termo”. A virtude reside no ponto médio e adequado para cada situação específica, e não em um padrão rígido.
• Excesso e Falta: Aristóteles define a virtude moral como um equilíbrio entre dois vícios: um por excesso e outro por falta. Por exemplo, a coragem é a virtude entre a temeridade (excesso de coragem) e a covardia (falta de coragem). A generosidade é a virtude entre a prodigalidade (excesso de generosidade) e a avareza (falta de generosidade).
• Meio Termo: O meio termo é relativo às circunstâncias e à pessoa envolvida, e requer julgamento e sensibilidade prática para determinar a quantidade apropriada de cada virtude em uma situação específica.

58
Q

Aristoteles- prudência como condição das virtudes

A

Prudência (Phronesis): Aristóteles considera a prudência como a virtude que é condição para a prática de todas as outras virtudes. A prudência é a capacidade de deliberar corretamente sobre o que é bom para viver bem e agir de acordo com essa deliberação.
• Deliberação Prática: A prudência envolve a capacidade de pensar e deliberar sobre questões práticas e éticas. Ela não se limita a um conhecimento teórico, mas se relaciona diretamente com a aplicação prática do conhecimento moral no contexto das ações diárias.
• Totalidade do Bem Viver: A prudência, portanto, abrange a totalidade do bem viver, guiando a pessoa a agir de maneira virtuosa em diversas situações da vida. Sem prudência, as outras virtudes podem ser mal aplicadas ou levadas ao extremo, uma vez que a prudência é o guia que ajuda a encontrar o meio termo adequado para cada situação.

59
Q

Resumo aristoteles

A

Aristóteles vê a virtude como algo que se desenvolve através da prática e da experiência, e a prudência como a habilidade prática necessária para aplicar as virtudes de maneira adequada. A ética aristotélica, portanto, é centrada na ideia de encontrar o equilíbrio justo e viver de acordo com a razão, promovendo o bem-estar e a realização plena da natureza humana.

60
Q

Kant- princípios de universalização e imperativo categórico

A

Princípio de Universalização: O imperativo categórico é a fórmula central da ética de Kant. O princípio de universalização, uma das suas formulações, exige que uma ação seja considerada moral apenas se puder ser universalizada. Isso significa que a máxima (ou princípio) da ação deve ser tal que todos pudessem agir de acordo com ela sem contradição. Em outras palavras, a ação é moral se a regra que a guia puder ser transformada em uma lei universal sem gerar uma contradição lógica ou prática.
• Exemplo: Se alguém considera mentir para obter um benefício, o princípio de universalização questiona se seria aceitável que todos mentissem para obter benefícios. Se a mentira fosse uma prática universal, a própria ideia de verdade se tornaria inútil, e, portanto, a prática da mentira se tornaria incoerente. Assim, mentir não pode ser universalizado e, portanto, não é moral.

61
Q

Kant- distinção das acoes

A

• Ação por Dever: É uma ação realizada com base no reconhecimento do dever e da moralidade, independentemente das consequências ou das inclinações pessoais. A pessoa age por respeito à lei moral que o imperativo categórico impõe.
• Ação Conforme ao Dever: É uma ação que, apesar de estar em conformidade com o dever moral, não é realizada por respeito a ele. A ação é moralmente correta em termos de resultado, mas não é realizada com a motivação moral apropriada.
• Ação por Inclinação: É uma ação motivada por desejos ou inclinações pessoais, em vez de respeito pelo dever. Embora possa coincidir com a ação moralmente correta, a ação é feita por motivos que não são moralmente relevantes para Kant.

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Q

Kant- moralidade é móvel da acao

A

Móvel da Ação: Kant argumenta que a moralidade de uma ação é determinada pelo seu móvel ou intenção, não apenas pelo resultado. Uma ação pode estar em conformidade com o dever (ou seja, pode ser realizada de acordo com uma regra moral), mas se não for realizada com o propósito de cumprir o dever, não é considerada moral.
• Exemplo: Se alguém ajuda outra pessoa apenas porque se sente bem com isso ou porque espera uma recompensa, a ação pode ser conforme ao dever, mas não é moral, pois não é realizada por respeito ao dever.

63
Q

Kant- autonomia e liberdade

A

• Autonomia: Para Kant, a autonomia é a capacidade de se auto-legislar de acordo com a razão. É a ideia de que um agente moral é livre quando age de acordo com uma lei moral que ele mesmo se dá. A autonomia é essencial para a dignidade e o valor moral dos indivíduos, pois implica que eles são capazes de governar a si mesmos através da razão e não estão sujeitos apenas a influências externas ou interesses pessoais.
• Liberdade: A liberdade em Kant está intimamente ligada à autonomia. Para Kant, a liberdade é a condição necessária para a moralidade. A liberdade é entendida como a capacidade de agir de acordo com a própria razão e moralidade, em oposição à simples determinação por inclinações ou desejos. A verdadeira liberdade não é apenas a ausência de restrições externas, mas a capacidade de agir conforme uma lei moral auto-imposta.

64
Q

Resumo Kant

A

Em resumo, a ética de Kant é baseada na ideia de que as ações devem ser avaliadas não apenas pelos seus resultados, mas pela intenção moral que as motiva. O princípio de universalização é crucial para determinar se uma ação é moral, e a autonomia é fundamental para a liberdade moral e a dignidade.

65
Q

Nietzsche- critica da moral como genealogia

A

Genealogia dos Valores: Nietzsche vê os valores morais não como universais e imutáveis, mas como produtos históricos e sociais que emergem de modos específicos de existência e relações de poder. Para ele, a moralidade é um fenômeno histórico que se desenvolve a partir de condições sociais e psíquicas particulares, e não a partir de uma essência moral objetiva

66
Q

Nietzsche-Moral dos Nobres e Moral de Escravo

A

• Moral dos Nobres:
• Origem e Características: A moral dos nobres é associada a uma classe dominante que valoriza a força, a vitalidade e a criatividade. Os nobres criam valores a partir de uma afirmação afirmativa da vida, que se manifesta em uma intensa valorização da própria existência e uma rejeição de qualquer ideal transcendental ou ascético.
• Intensificação da Vida: Para os nobres, a vida é algo que deve ser vivido ao máximo, sem apelo para valores transcendentais ou ideais que neguem a realidade concreta. Eles valorizam a excelência, a grandeza e o poder pessoal.
• Moral de Escravo:
• Origem e Características: A moral de escravo surge em reação à moral dos nobres, formulada por aqueles que são dominados ou ressentidos com sua própria condição de impotência. Esta moralidade é uma resposta ao poder e à força dos nobres, e se constrói a partir do ressentimento e da negação da vida.
• Ressentimento e Criação de Valores: O ressentimento é um sentimento de raiva e frustração que não pode se expressar diretamente contra os opressores, mas é direcionado contra a própria vida e as suas condições. O ressentimento gera valores que exaltam a fraqueza, a impotência, o sofrimento e a dor, transformando esses aspectos negativos em virtudes.
• Ideal Ascético: A moral de escravo frequentemente se associa a ideais ascéticos, que rejeitam os prazeres e afirmações da vida em favor de uma espiritualidade que considera a vida como algo inferior ou pecaminoso. O conceito de “má consciência” se refere a um sentimento de culpa e auto-repressão que é tratado como virtude e bondade na moral de escravo.

67
Q

Resumo de nietzsche

A

Nietzsche argumenta que essas duas formas de moralidade têm origens distintas e são geradas por condições sociopolíticas diferentes. A moral dos nobres reflete uma valorização afirmativa da vida e do poder, enquanto a moral de escravo emerge da impotência e do ressentimento, criando valores que negam e rebaixam a vida em favor de uma moralidade ascética e auto-reprimida.

68
Q

Adorno e Horkheimer- indústria cultural

A

A indústria cultural refere-se ao processo pelo qual a cultura é tratada como um produto comercial dentro do sistema capitalista. O entretenimento produzido por essa indústria é concebido para enganar e manipular as massas, mantendo-as passivas e conformistas. Em vez de oferecer uma verdadeira experiência estética ou crítica, o objetivo é maximizar o lucro e garantir a aceitação massiva

69
Q

Adorno e Horkheimer- artes vs entretenimento

A

• Arte: A arte, para Adorno e Horkheimer, exige um esforço intelectual e crítico por parte do espectador. Ela tem a capacidade de desafiar e questionar a realidade, provocando uma reflexão profunda e a análise das condições sociais e individuais. A arte não é simplesmente consumida; ela engaja o espectador em um processo de interpretação e pensamento crítico.
• Entretenimento: O entretenimento, por outro lado, é projetado para ser consumido de maneira passiva. Não exige um esforço intelectual significativo e é muitas vezes destinado apenas a entreter, distraindo as pessoas de questões mais profundas e críticas. O entretenimento é produzido de forma a ser facilmente digerido e a não desafiar o status quo.
• Caráter Irreconciliável: Adorno e Horkheimer argumentam que a arte e o entretenimento são irreconciliáveis em sua essência. A arte possui um potencial crítico e transformador que o entretenimento, por sua natureza comercial e conformista, não pode proporcionar.

70
Q

Adorno e Horkheimer- banalização e mercantilização da arte

A

• Banalização: Em sociedades industrialmente desenvolvidas, a arte é frequentemente banalizada, tornando-se uma mercadoria como qualquer outro produto. Isso leva à perda de seu caráter crítico e à redução de sua complexidade e profundidade.
• Mercantilização: A mercantilização da arte implica que o valor estético e crítico da obra é subordinado aos critérios de mercado. O valor da arte é medido pelo seu potencial de lucro, e não pela sua capacidade de oferecer uma experiência estética significativa.
• Padronização e Nivelamento do Gosto: A indústria cultural tende a padronizar os produtos culturais, resultando em uma produção massiva de produtos culturais similares que atendem aos gostos e expectativas da maioria. Isso leva a um nivelamento do gosto estético, onde a diversidade e a qualidade são sacrificadas em favor de fórmulas seguras e rentáveis.
• Repetição de Estruturas: Os produtos culturais são frequentemente baseados em fórmulas repetitivas que são facilmente reconhecíveis e memoráveis. Esse processo visa garantir que o conteúdo seja fixado na mente das pessoas de maneira rápida e eficaz, muitas vezes à custa da inovação e da complexidade estética.

71
Q

Resumo de Adorno e Horkheimer

A

Adorno e Horkheimer, portanto, argumentam que a indústria cultural não apenas transforma a arte em uma mercadoria, mas também reforça o conformismo e a passividade das massas, através da padronização e banalização da experiência cultural

72
Q

Simone de Beauvoir- critica a naturalização da condição feminina

A

• Construção Histórica da “Essência do Feminino”: Beauvoir critica a ideia de que a “essência do feminino” é algo natural e imutável. Em vez disso, ela argumenta que a noção de uma essência feminina é uma construção histórica e social. A ideia de que há uma natureza essencialmente feminina que define o papel das mulheres é uma forma de justificar e perpetuar a desigualdade e a opressão.
• Condição Histórica: A condição das mulheres não é uma dada natural, mas sim o resultado de um longo processo histórico e cultural que a moldou e a definiu. A opressão e a subordinação das mulheres são, portanto, produtos de estruturas sociais e históricas, e não de uma suposta natureza intrínseca.

73
Q

Simone de Beauvoir- concepção ontológica da mulher como fundamentalmente livre

A

• Liberdade Ontológica: Beauvoir defende que, ontologicamente, todos os seres humanos são livres, e isso inclui as mulheres. A liberdade é uma característica fundamental da existência humana, e as mulheres, assim como os homens, têm a capacidade e o direito de definir seu próprio destino. No entanto, essa liberdade tem sido restringida historicamente pelas estruturas sociais que limitam as oportunidades e os papéis das mulheres.
• Vinculação Ontológica e Histórica: A condição histórica das mulheres está intimamente ligada à sua liberdade ontológica. Embora as mulheres sejam ontologicamente livres, a sua liberdade tem sido historicamente reprimida e condicionada por normas e instituições que definem e limitam seu papel na sociedade.

74
Q

Simone de Beauvoir- libertação da mulher e superação das condições históricas

A

• Libertação como Superação de Condições Históricas: Para Beauvoir, a libertação das mulheres exige uma transformação das condições históricas e sociais que perpetuam sua subordinação. Isso envolve a desconstrução das normas e estruturas que definem as mulheres como “outros” em relação aos homens e a criação de condições que permitam às mulheres exercer sua liberdade de forma plena e equitativa.
• Desafios à Estrutura Social: A libertação das mulheres não é apenas uma questão de igualdade legal ou formal, mas também requer uma mudança profunda nas estruturas sociais, culturais e econômicas que sustentam a desigualdade. É necessário desafiar e modificar as expectativas e os papéis tradicionais que limitam as oportunidades e a liberdade das mulheres.

75
Q

Resumo de Simone de Beauvoir

A

Em resumo, Simone de Beauvoir argumenta que a condição feminina é uma construção histórica que foi usada para justificar a opressão das mulheres. A libertação das mulheres exige não apenas um reconhecimento de sua liberdade ontológica, mas também uma mudança nas condições históricas e sociais que perpetuam sua subordinação

76
Q

Michel foucault- implicações mútuas entre saber de poder

A

• Relação entre Saber e Poder: Foucault argumenta que saber e poder são intrinsecamente ligados. A formação dos saberes (ou conhecimentos) em uma sociedade está profundamente entrelaçada com as relações de poder. Em vez de serem independentes, os saberes são moldados e sustentados por estruturas de poder que definem o que é considerado verdadeiro ou legítimo.
• Condições e Processos Históricos: A produção do saber não ocorre de forma neutra; ela é condicionada por processos históricos e sociais específicos. As condições históricas e as relações de poder influenciam quais conhecimentos são valorizados, como são legitimados e como são distribuídos na sociedade. Foucault explora como essas dinâmicas moldam o discurso e o conhecimento em diferentes épocas e contextos, como em sua análise das instituições médicas, prisionais e educacionais.

77
Q

Foucault- poder como relacional produtivo e normalizador

A

• Poder Relacional: Foucault vê o poder não como uma entidade ou algo que um grupo ou indivíduo possui, mas como algo que se manifesta nas relações entre pessoas e instituições. O poder é distribuído e exercido de forma relacional, sendo uma rede de relações em constante fluxo e mudança. Não se trata de algo que está centralizado em uma única fonte, mas sim que se espalha e é exercido em múltiplas dimensões.
• Poder Produtivo: Em vez de ser visto apenas como algo repressivo ou coercitivo, Foucault argumenta que o poder também é produtivo. O poder não apenas reprime comportamentos, mas também cria e define formas de saber, normas sociais e identidades. Ele produz sujeitos e práticas, como o conceito de “normalidade” e as normas de conduta, moldando o que é considerado aceitável ou inaceitável na sociedade.
• Poder Normalizador: O poder exerce uma função normalizadora ao definir o que é considerado normal ou desviado. Através de instituições como escolas, hospitais e prisões, o poder estabelece padrões de comportamento e conhecimento que são internalizados pelos indivíduos. Essas normas e regulamentos influenciam como as pessoas se comportam, como se veem e como interagem com os outros.
• Crítica ao Poder Repressivo: A abordagem de Foucault critica a visão tradicional do poder como meramente repressivo. Em vez de ver o poder apenas como algo que proíbe ou reprime, ele vê o poder como algo que também cria, organiza e estrutura a sociedade. Esse entendimento mais amplo permite analisar como as práticas sociais e as instituições são moldadas por dinâmicas de poder que vão além da simples repressão.

78
Q

Resumo de foucault

A

Em resumo, Foucault mostra que saber e poder são inseparáveis e mutuamente constitutivos. A formação dos saberes é influenciada pelas relações de poder, que são relacional, produtiva e normalizadora, e que moldam a maneira como entendemos e vivemos a realidade.

79
Q

Peter singer- princípio da igualdade de consideração

A

• Princípio da Igualdade: Singer propõe que o princípio da igualdade deve ser aplicado não apenas aos seres humanos, mas também a todos os seres sencientes, ou seja, aqueles capazes de sentir dor e prazer. Esse princípio exige que consideremos os interesses de todos os seres sencientes de maneira igual, independentemente da sua espécie.
• Relação com Racismo e Especismo: Singer argumenta que o especismo é uma forma de discriminação semelhante ao racismo e ao sexismo. Assim como o racismo discrimina indivíduos com base em sua raça e o sexismo com base em seu gênero, o especismo discrimina seres com base na espécie a que pertencem. Ambos os casos envolvem a negação de interesses e a consideração moral apenas com base em características arbitrárias.

80
Q

Peter Singer-uso de animais como alimento

A

• Condições dos Animais: Singer descreve as condições desumanas nas quais muitos animais são criados e abatidos para a produção de alimentos. Ele discute práticas comuns na pecuária industrial, como confinamento, alimentação forçada e práticas de abate cruéis.
• Alternativas ao Uso de Animais: Singer explora alternativas ao uso de animais para alimentação, como dietas vegetarianas e veganas. Ele argumenta que a produção de carne e produtos de origem animal é desnecessária e prejudicial, e que existem alternativas nutricionalmente adequadas que não envolvem sofrimento animal.
• Desafios do Vegetarianismo: Singer reconhece que adotar uma dieta vegetariana pode ser desafiador, mas considera que os benefícios éticos de evitar o sofrimento dos animais justificam esses desafios. Ele também argumenta que a prática do vegetarianismo pode reduzir significativamente o impacto ambiental e melhorar a saúde.

81
Q

Peter singer-uso de animais na ciência

A

• Questionamento da Necessidade: Singer questiona a alegação de que o uso de animais em pesquisas científicas é absolutamente necessário. Ele destaca que muitos experimentos com animais podem ser questionáveis quanto à sua relevância para a saúde humana e que, em muitos casos, alternativas como pesquisas com células humanas e modelos computacionais podem ser viáveis.
• Desafio dos Seres Marginalizados: Singer usa o “desafio dos seres marginalizados” para argumentar que, assim como há debates éticos sobre a experimentação com grupos marginalizados na sociedade humana (como pessoas com deficiência), a mesma consideração deve ser dada aos animais. O princípio de igualdade sugere que não devemos explorar ou causar sofrimento a seres sencientes, independentemente de sua espécie.

82
Q

Resumo de Peter Singer

A

Singer defende uma ética baseada na consideração igual dos interesses de todos os seres sencientes e critica práticas que envolvem exploração e sofrimento desnecessário, como o uso de animais na alimentação e na pesquisa científica. Ele promove a reflexão sobre como nossas escolhas podem respeitar e minimizar o sofrimento dos animais, propondo alternativas mais éticas e sustentáveis.

83
Q

Achille Mbembe- teoria raciais do sec XIX

A

• Racismo Individual: O racismo individual refere-se às atitudes e comportamentos preconceituosos que um indivíduo pode ter em relação a pessoas de outras raças. Trata-se de uma forma de discriminação que ocorre no nível pessoal e pode se manifestar em atitudes hostis, estereótipos ou ações discriminatórias.
• Racismo Institucional: O racismo institucional refere-se às práticas e políticas das instituições sociais que resultam em desvantagens para grupos racialmente marginalizados. Mesmo que as políticas não sejam explicitamente racistas, elas podem resultar em desigualdades raciais devido à sua implementação ou impacto.
• Racismo Estrutural: O racismo estrutural é um conceito mais amplo que abrange a maneira como o racismo está integrado nas estruturas sociais e econômicas de uma sociedade. Ele não se refere apenas a práticas individuais ou institucionais, mas à forma como as desigualdades raciais são sistematicamente reproduzidas e perpetuadas ao longo do tempo.

84
Q

Achille Mbembe- conceituada de identidade raça etnia e discriminação

A

• Identidade: A identidade é a forma como indivíduos e grupos se percebem e são percebidos pelos outros, muitas vezes moldada por características como raça, etnia, gênero e classe social. Identidades podem ser dinâmicas e estão sujeitas a mudanças e influências sociais e culturais.
• Raça como Marcador Social: A raça é um marcador social usado para categorizar e diferenciar indivíduos com base em características físicas percebidas. Mbembe e outros críticos argumentam que a raça não tem uma base biológica sólida, mas é uma construção social que tem profundas implicações na organização social e nas relações de poder.
• Etnia: Etnia refere-se a grupos que compartilham uma cultura comum, incluindo linguagem, tradições e valores. É uma forma de identidade coletiva que pode influenciar a maneira como os indivíduos se identificam e são identificados pelos outros.
• Preconceito e Discriminação Racial e Social: Preconceito é uma atitude ou opinião negativa em relação a um grupo com base em sua raça ou etnia, enquanto discriminação é a prática de tratar pessoas de forma desigual com base em características como raça, etnia ou outras categorias sociais.

85
Q

Achille Mbembe-mito da democracia racial

A

• Democracia Racial: O mito da democracia racial sugere que uma sociedade pode ser considerada racialmente igual ou justa apenas porque afirma ser democrática. No entanto, esse mito pode ocultar as desigualdades raciais persistentes e a negação das realidades do racismo.
• Influência na Negação do Racismo: A crença na democracia racial pode levar à minimização ou negação do racismo real que persiste na sociedade. Ao afirmar que todos têm igualdade de oportunidades e que não há discriminação racial significativa, esse mito pode desviar a atenção das verdadeiras injustiças e desigualdades que ainda afetam grupos racialmente marginalizados.

86
Q

Resumo de Achille Mbembe

A

Mbembe, assim como outros estudiosos, examina a complexidade das relações raciais e a forma como o racismo está enraizado nas estruturas sociais, culturais e políticas. Ele critica a ideia de que sociedades podem ser verdadeiramente democráticas enquanto perpetuam formas de discriminação e desigualdade racial.