Figuras de Linguagem Flashcards
Não aguento o tic-tac desse relógio
ONOMATOPEIA
“Chove chuva.
Chove sem parar”. (Jorge Ben Jor)
ALITERAÇÃO
- (UNITAU) No sintagma: “Uma palavra branca e fria”, encontramos a figura denominada:
a) sinestesia
b) eufemismo
c) onomatopeia
d) antonomásia
e) catacrese
Alternativa a: sinestesia.
Quase morri de estudar
HIPÉRBOLE
Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei aqui sempre para você.
ANÁFORA
(Insper)
POÇAS D’ÁGUA
As poças d´água são um mundo mágico
Um céu quebrado no chão
Onde em vez de tristes estrelas
Brilham os letreiros de gás Néon.
(Mario Quintana, Preparativos de viagem, São Paulo, Globo, 1994.)
Levando-se em conta o texto como um todo, é correto afirmar que a metáfora presente no primeiro verso se justifica porque as poças
a) estimulam a imaginação.
b) permitem ver as estrelas.
c) são iluminadas pelo Néon.
d) se opõem à tristeza das estrelas.
e) revelam a realidade como espelhos.
Alternativa a: estimulam a imaginação.
A metáfora foi o recurso estilístico utilizado para enfatizar a beleza dos versos. Comparar poças d’água com um mundo mágico leva as pessoas a imaginar o que quiserem ver a partir do reflexo de uma poça d’água.
Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom
PARADOXO
(ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras?
a) “Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono.” (eufemismo)
b) “A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. (prosopopeia)
c) Já não são tão frequentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número)
d) “E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua…” (aliteração)
e) “Oh sonora audição colorida do aroma.” (sinestesia).
Alternativa c) Já não são tão frequentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número).
A figura utilizada nesta oração é silepse. No entanto, ela não está classificada corretamente, uma vez que se trata de uma silepse de gênero, em que a palavra “cidade” está subentendida, e por esse motivo o adjetivo violenta está no feminino em vez de no masculino:
Já não são tão frequentes os passeios noturnos no violento Rio de Janeiro.
Já não são tão frequentes os passeios noturnos na violenta (cidade) Rio de Janeiro.
Atribuição de vida a seres inanimados
PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO
(Enem)
Cidade grande
Que beleza, Montes Claros.
Como cresceu Montes Claros.
Quanta indústria em Montes Claros.
Montes Claros cresceu tanto,
ficou urbe tão notória,
prima-rica do Rio de Janeiro,
que já tem cinco favelas
por enquanto, e mais promete.
(Carlos Drummond de Andrade)
Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a
a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se à própria linguagem.
b) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora outros textos.
c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica.
d) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido próprio e objetivo.
e) prosopopeia, que consiste em personificar coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida.
Alternativa c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica.
A ironia é uma figura de pensamento em que se expressa o oposto daquilo que se pensa. Assim, Drummond utiliza esse recurso estilístico com a finalidade de criticar o desenvolvimento da cidade mineira Montes Claros.
Sequência. Ex.: Andou, correu, sumiu
GRADAÇÃO
(Vunesp)
Texto 1 Gregório de Matos
Goza, goza da flor da mocidade,
que o tempo trata a toda ligeireza
e imprime em toda flor a sua pisada.
Ó não aguardes, que a madura idade
te converta essa flor, essa beleza,
em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.
Texto 2 Basílio da Gama
Pois se sabes que a tua formosura
Por força há de sofrer da idade os danos,
Por que me negas hoje esta ventura?
Guarda para seu tempo os desenganos,
Gozemo-nos agora, enquanto dura,
Já que dura tão pouco a flor dos anos.
A expressão latina carpe diem, que significa “aproveite o dia (presente)”, foi uma constante nos dois períodos literários representados pelos poemas de Gregório de Matos e Basílio da Gama.
a) Transcreva, de cada um dos poemas, um verso em que a ideia do carpe diem esteja explicitamente apresentada.
b) Que metáfora é comum aos dois poemas?
a) Texto I: “Goza, goza da flor da mocidade,” e Texto II: “Gozemo-nos agora, enquanto dura”;
b) Flor é utilizado como metáfora de mocidade nos dois textos. É o que constatamos, por exemplo:
Texto I
“Ó não aguardes, que a madura idade
te converta essa flor, essa beleza,”
Texto II
“Já que dura tão pouco a flor dos anos.”
(Mackenzie) Nos versos abaixo, uma figura se ergue graças ao conflito de duas visões antagônicas:
“Saio do hotel com quatro olhos,
- Dois do presente,
- Dois do passado.”
Esta figura de linguagem recebe o nome de:
a) metonímia
b) catacrese
c) hipérbole
d) antítese
e) hipérbato
Alternativa d: antítese.
A antítese consiste no recurso estilístico que utiliza termos com sentidos opostos para dar mais ênfase à comunicação. Neste caso, os termos “presente” e “passado” têm essa intenção nos versos acima.
Tomara você me entenda
ELIPSE
Quando retoma uma palavra já dita antes
ZEUGMA
Quais são as figuras de pensamento?
hipérbole, eufemismo, litote, ironia, personificação, antítese, paradoxo, gradação e apóstrofe.
Palavras que produzem um som, um ruído
ONOMATOPEIA
A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto
SILEPSE
Quais figuras de sintaxe foram usadas nas orações abaixo?
a) Tudo o que ele disse eu já fiz.
b) Gosto de campo, ele de praia.
c) Na memória, lindas recordações de infância.
d) Fez e refez, leu e releu e deu o trabalho por concluído.
e) Eu quero sair, eu quero passear, eu quero ver gente, eu quero dançar!
a) Hipérbato, porque há uma alteração na ordem direta da oração. A ordem direta seria: Eu já fiz tudo o que ele disse.
b) Zeugma, porque omite a palavra “gosta” para evitar a repetição.
c) Elipse, porque omite uma palavra que é facilmente identificada: Na memória, (tinha) lindas recordações de infância.
d) Polissíndeto, porque utiliza o conectivo “e” repetidamente.
e) Anáfora, porque a oração apresenta repetições regulares; neste caso, “eu quero”.
Aproximação de seres por elementos comparativos
COMPARAÇÃO
Consiste em fazer uma afirmação querendo dizer o contrário
IRONIA
A mim me parece que isso está errado
PLEONASMO
Repetição de Vogais
ASSONÂNCIA
Elementos unidos que se anulam e criam uma situação absurda dentro de um contexto
PARADOXO
Inversão sintática: inversão da sequencia lógica da língua portuguesa: Suj.+ Verbo+ Complementos
HIPÉRBATO
(Unifesp)
Maria Bofetão
A surra que Maria Clara aplicou na vilã Laura levantou a audiência da novela Celebridade.
Na segunda-feira passada, 28 tabefes bem aplicados pela heroína Maria Clara (Malu Mader) derrubaram a ignóbil Laura (Cláudia Abreu) e levantaram a audiência de Celebridade, a novela das 8 da Globo. (…)
Tanto a mocinha quanto a vilã ganharam nova dimensão nos últimos tempos. Maria Clara, depois de perder sua fortuna, deixou de ser apenas uma patricinha magnânima e insossa, a aborrecida Maria Chata. Ela ganhou fibra e mostrou que não tem sangue de barata. Quanto à Laura, ficou claro que sua maldade tem proporções oceânicas: continuou com suas perfídias mesmo depois de conquistar a fama e o dinheiro que almejava. Por tripudiar tanto assim sobre a inimiga, atraiu o ódio dos noveleiros. (Veja, 05.05.2004.)
Em “Quanto à Laura, ficou claro que sua maldade tem proporções oceânicas”, a figura de linguagem presente é
a) uma metáfora, já que compara a maldade com o oceano.
b) uma hipérbole, pois expressa a ideia de uma maldade exagerada.
c) um eufemismo, já que não afirma diretamente o quanto há de maldade.
d) uma ironia, pois se reconhece a maldade, mas ficam pressupostos outros sentidos.
e) um pleonasmo, já que entre maldade e oceânicas há uma repetição de sentido.
Alternativa b: uma hipérbole, pois expressa a ideia de uma maldade exagerada.
A figura de linguagem hipérbole consiste na transposição de exagero à mensagem com um sentido intencional. Assim, “proporções oceânicas” expressa a gravidade da maldade da personagem da novela.
(FAU) Nos versos:
“Bomba atômica que aterra
Pomba atônita da paz
Pomba tonta, bomba atômica…”
A repetição de determinados elemento fônicos é um recurso estilístico denominado:
a) hiperbibasmo
b) sinédoque
c) metonímia
d) aliteração
e) metáfora
Alternativa d: aliteração.
Aliteração é uma figura de som cujo recurso é repetir sons consonantais, tais como b e p que constam nos versos acima em “bomba-pomba”.
Faz referência a um termo oculto q é facilmente identificado. A frase a primeira vista parece q está escrita errada, mas você olha melhor e vê q está fazendo referência a algo. Pode ser de gênero, de número e de pessoa.
SILEPSE
Ó céus, é preciso chover mais?
APÓSTROFE
(UFPE) Assinale a alternativa em que o autor NÃO utiliza prosopopeia.
a) “Quando essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu.” (Clarice Lispector)
b) “As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem…” (Drummond)
c) “A poesia vai à esquina comprar jornal”. (Ferreira Gullar)
d) “A luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo.” (Clarice Lispector)
e) “Meu nome é Severino, Não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto)
Alternativa e: “Meu nome é Severino, Não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto)
A palavra “nome” foi omitida pelo fato de já ter sido utiliza na primeira oração. Caso não fosse omitida, soaria de forma repetitiva: “Meu nome é Severino, Não tenho outro nome de pia”. A omissão de uma palavra já utilizada na mensagem é característica da figura de linguagem conhecida como zeugma.
A prosopopeia, por sua vez, caracteriza-se por atribuir capacidades humanas a seres irracionais, tal como constatamos nas restantes alternativas: a) “essa não-palavra morde”, b) “as palavras se beijam”, c) “a poesia vai comprar jornal” e d) “a luminosidade sorria”.
Identifique as figuras de linguagem nas orações abaixo:
a) O Velho Chico ocupa cerca de 8% do território brasileiro.
b) Aquele tum-tum do seu coração aumentava cada vez que se aproximava da pretendente.
c) “Chove chuva, chove sem parar.” (Jorge Ben Jor)
d) A mim me enganou só uma vez.
e) Sou um passarinho com desejo de voar.
a) Antonomásia, porque “Velho Chico” substitui o nome do Rio São Francisco.
b) Onomatopeia, porque “tum-tum imita o batimento cardíaco.
c) Aliteração, porque há a repetição do som consonantal “ch”.
d) Pleonasmo, porque a ideia da primeira pessoa (mim, me) para intensificar o significado da oração.
e) Metáfora, porque me compara a um passarinho em virtude do meu desejo de voar.
Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada
SINESTESIA
(PUC-SP) Nos trechos: “…nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major” e “…o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja” encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:
a) prosopopeia e hipérbole
b) hipérbole e metonímia
c) perífrase e hipérbole
d) metonímia e eufemismo
e) metonímia e prosopopeia.
Alternativa e: metonímia e prosopopeia.
A metonímia é uma figura muito utilizada quando se fala no autor em vez de se referir às suas obras. É o que acontece na oração “…nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major”, o que significa que o major tem as obras desses autores, e não que os autores estão na sua estante.
A prosopopeia é figura de linguagem em que qualidades humanas são atribuídas a seres irracionais. Em “…o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja”, está sendo atribuído ao violão a capacidade humana de pedir e de desejar algo.
O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a donzela
PARANOMÁSIA
reunião de sensações típicas de diferentes órgãos do sentido
SINESTESIA
As crianças falavam e cantavam e riam felizes
POLISSÍNDETO
Enfatizar algo através da repetição do ‘e’, ‘mas’ e ‘nem’. Ex. Nem estuda, nem sai, nem vai, nem volta …
POLISSÍNDETO
- (Universidade Anhembi Morumbi)
“A novidade veio dar à praia
na qualidade rara de sereia
metade um busto de uma deusa maia
metade um grande rabo de baleia
a novidade era o máximo
do paradoxo estendido na areia
alguns a desejar seus beijos de deusa
outros a desejar seu rabo pra ceia
oh, mundo tão desigual
tudo tão desigual
de um lado este carnaval
do outro a fome total
e a novidade que seria um sonho
milagre risonho da sereia
virava um pesadelo tão medonho
ali naquela praia, ali na areia
a novidade era a guerra
entre o feliz poeta e o esfomeado
estraçalhando uma sereia bonita
despedaçando o sonho pra cada lado”
(Gilberto Gil – A Novidade)
Gilberto Gil em seu poema usa um procedimento de construção textual que consiste em agrupar ideias de sentidos contrários ou contraditórios numa mesma unidade de significação.
A figura de linguagem acima caracterizada é:
a) metonímia
b) paradoxo
c) hipérbole
d) sinestesia
e) sinédoque
Alternativa b: paradoxo.
(Anhembi)
Tenho fases
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua…
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua…)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua…
E, quando chega esse dia,
outro desapareceu…
(Lua Adversa – Cecília Meireles)
Indique a alternativa que não contenha a mesma figura de linguagem presente nesse verso do poema:
a) A tristeza é um barco imenso, perdido no oceano.
b) “O meu olhar é nítido como um girassol” (Alberto Caeiro)
c) “Meu amor me ensinou a ser simples como um largo de igreja” (Oswald de Andrade)
d) A casa dela é escura como a noite.
e) Ele é lerdo como uma lesma.
Alternativa a: A tristeza é um barco imenso, perdido no oceano.
Na alternativa a) a figura de linguagem presente é a metáfora, uma comparação que dispensa a utilização de termo comparativo (como, tal qual) e que não foi utilizada no poema de Cecília Meireles;
Nas alternativas restantes, está presente a comparação, a qual também consta no poema acima em “tenho fases, como a lua…”.
Todos terminamos os exercícios
SILEPSE
- Eu, parece que estou ficando zonzo
- Magali, comer é o que ela mais gosta de fazer
ANACOLUTO