Figuras de Linguagem Flashcards

1
Q

Não aguento o tic-tac desse relógio

A

ONOMATOPEIA

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2
Q

“Chove chuva.
Chove sem parar”. (Jorge Ben Jor)

A

ALITERAÇÃO

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3
Q
  1. (UNITAU) No sintagma: “Uma palavra branca e fria”, encontramos a figura denominada:

a) sinestesia
b) eufemismo
c) onomatopeia
d) antonomásia
e) catacrese

A

Alternativa a: sinestesia.

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4
Q

Quase morri de estudar

A

HIPÉRBOLE

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5
Q

Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei aqui sempre para você.

A

ANÁFORA

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6
Q

(Insper)

POÇAS D’ÁGUA

As poças d´água são um mundo mágico
Um céu quebrado no chão
Onde em vez de tristes estrelas
Brilham os letreiros de gás Néon.

(Mario Quintana, Preparativos de viagem, São Paulo, Globo, 1994.)

Levando-se em conta o texto como um todo, é correto afirmar que a metáfora presente no primeiro verso se justifica porque as poças

a) estimulam a imaginação.
b) permitem ver as estrelas.
c) são iluminadas pelo Néon.
d) se opõem à tristeza das estrelas.
e) revelam a realidade como espelhos.

A

Alternativa a: estimulam a imaginação.

A metáfora foi o recurso estilístico utilizado para enfatizar a beleza dos versos. Comparar poças d’água com um mundo mágico leva as pessoas a imaginar o que quiserem ver a partir do reflexo de uma poça d’água.

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7
Q

Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom

A

PARADOXO

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8
Q

(ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras?

a) “Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono.” (eufemismo)
b) “A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. (prosopopeia)
c) Já não são tão frequentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número)
d) “E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua…” (aliteração)
e) “Oh sonora audição colorida do aroma.” (sinestesia).

A

Alternativa c) Já não são tão frequentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número).

A figura utilizada nesta oração é silepse. No entanto, ela não está classificada corretamente, uma vez que se trata de uma silepse de gênero, em que a palavra “cidade” está subentendida, e por esse motivo o adjetivo violenta está no feminino em vez de no masculino:

Já não são tão frequentes os passeios noturnos no violento Rio de Janeiro.
Já não são tão frequentes os passeios noturnos na violenta (cidade) Rio de Janeiro.

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9
Q

Atribuição de vida a seres inanimados

A

PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO

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10
Q

(Enem)

Cidade grande

Que beleza, Montes Claros.
Como cresceu Montes Claros.
Quanta indústria em Montes Claros.
Montes Claros cresceu tanto,
ficou urbe tão notória,
prima-rica do Rio de Janeiro,
que já tem cinco favelas
por enquanto, e mais promete.

(Carlos Drummond de Andrade)

Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a

a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se à própria linguagem.
b) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora outros textos.
c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica.
d) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido próprio e objetivo.
e) prosopopeia, que consiste em personificar coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida.

A

Alternativa c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica.

A ironia é uma figura de pensamento em que se expressa o oposto daquilo que se pensa. Assim, Drummond utiliza esse recurso estilístico com a finalidade de criticar o desenvolvimento da cidade mineira Montes Claros.

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11
Q

Sequência. Ex.: Andou, correu, sumiu

A

GRADAÇÃO

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12
Q

(Vunesp)

Texto 1 Gregório de Matos

Goza, goza da flor da mocidade,
que o tempo trata a toda ligeireza
e imprime em toda flor a sua pisada.

Ó não aguardes, que a madura idade
te converta essa flor, essa beleza,
em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.

Texto 2 Basílio da Gama

Pois se sabes que a tua formosura
Por força há de sofrer da idade os danos,
Por que me negas hoje esta ventura?

Guarda para seu tempo os desenganos,
Gozemo-nos agora, enquanto dura,
Já que dura tão pouco a flor dos anos.

A expressão latina carpe diem, que significa “aproveite o dia (presente)”, foi uma constante nos dois períodos literários representados pelos poemas de Gregório de Matos e Basílio da Gama.

a) Transcreva, de cada um dos poemas, um verso em que a ideia do carpe diem esteja explicitamente apresentada.
b) Que metáfora é comum aos dois poemas?

A

a) Texto I: “Goza, goza da flor da mocidade,” e Texto II: “Gozemo-nos agora, enquanto dura”;

b) Flor é utilizado como metáfora de mocidade nos dois textos. É o que constatamos, por exemplo:

Texto I

“Ó não aguardes, que a madura idade
te converta essa flor, essa beleza,”

Texto II

“Já que dura tão pouco a flor dos anos.”

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13
Q

(Mackenzie) Nos versos abaixo, uma figura se ergue graças ao conflito de duas visões antagônicas:

“Saio do hotel com quatro olhos,
- Dois do presente,
- Dois do passado.”

Esta figura de linguagem recebe o nome de:

a) metonímia
b) catacrese
c) hipérbole
d) antítese
e) hipérbato

A

Alternativa d: antítese.

A antítese consiste no recurso estilístico que utiliza termos com sentidos opostos para dar mais ênfase à comunicação. Neste caso, os termos “presente” e “passado” têm essa intenção nos versos acima.

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14
Q

Tomara você me entenda

A

ELIPSE

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15
Q

Quando retoma uma palavra já dita antes

A

ZEUGMA

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16
Q

Quais são as figuras de pensamento?

A

hipérbole, eufemismo, litote, ironia, personificação, antítese, paradoxo, gradação e apóstrofe.

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17
Q

Palavras que produzem um som, um ruído

A

ONOMATOPEIA

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18
Q

A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto

A

SILEPSE

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19
Q

Quais figuras de sintaxe foram usadas nas orações abaixo?

a) Tudo o que ele disse eu já fiz.
b) Gosto de campo, ele de praia.
c) Na memória, lindas recordações de infância.
d) Fez e refez, leu e releu e deu o trabalho por concluído.
e) Eu quero sair, eu quero passear, eu quero ver gente, eu quero dançar!

A

a) Hipérbato, porque há uma alteração na ordem direta da oração. A ordem direta seria: Eu já fiz tudo o que ele disse.
b) Zeugma, porque omite a palavra “gosta” para evitar a repetição.
c) Elipse, porque omite uma palavra que é facilmente identificada: Na memória, (tinha) lindas recordações de infância.
d) Polissíndeto, porque utiliza o conectivo “e” repetidamente.
e) Anáfora, porque a oração apresenta repetições regulares; neste caso, “eu quero”.

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20
Q

Aproximação de seres por elementos comparativos

A

COMPARAÇÃO

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21
Q

Consiste em fazer uma afirmação querendo dizer o contrário

A

IRONIA

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22
Q

A mim me parece que isso está errado

A

PLEONASMO

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23
Q

Repetição de Vogais

A

ASSONÂNCIA

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24
Q

Elementos unidos que se anulam e criam uma situação absurda dentro de um contexto

A

PARADOXO

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25
Q

Inversão sintática: inversão da sequencia lógica da língua portuguesa: Suj.+ Verbo+ Complementos

A

HIPÉRBATO

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26
Q

(Unifesp)

Maria Bofetão

A surra que Maria Clara aplicou na vilã Laura levantou a audiência da novela Celebridade.

Na segunda-feira passada, 28 tabefes bem aplicados pela heroína Maria Clara (Malu Mader) derrubaram a ignóbil Laura (Cláudia Abreu) e levantaram a audiência de Celebridade, a novela das 8 da Globo. (…)

Tanto a mocinha quanto a vilã ganharam nova dimensão nos últimos tempos. Maria Clara, depois de perder sua fortuna, deixou de ser apenas uma patricinha magnânima e insossa, a aborrecida Maria Chata. Ela ganhou fibra e mostrou que não tem sangue de barata. Quanto à Laura, ficou claro que sua maldade tem proporções oceânicas: continuou com suas perfídias mesmo depois de conquistar a fama e o dinheiro que almejava. Por tripudiar tanto assim sobre a inimiga, atraiu o ódio dos noveleiros. (Veja, 05.05.2004.)

Em “Quanto à Laura, ficou claro que sua maldade tem proporções oceânicas”, a figura de linguagem presente é

a) uma metáfora, já que compara a maldade com o oceano.
b) uma hipérbole, pois expressa a ideia de uma maldade exagerada.
c) um eufemismo, já que não afirma diretamente o quanto há de maldade.
d) uma ironia, pois se reconhece a maldade, mas ficam pressupostos outros sentidos.
e) um pleonasmo, já que entre maldade e oceânicas há uma repetição de sentido.

A

Alternativa b: uma hipérbole, pois expressa a ideia de uma maldade exagerada.

A figura de linguagem hipérbole consiste na transposição de exagero à mensagem com um sentido intencional. Assim, “proporções oceânicas” expressa a gravidade da maldade da personagem da novela.

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27
Q

(FAU) Nos versos:

“Bomba atômica que aterra
Pomba atônita da paz
Pomba tonta, bomba atômica…”

A repetição de determinados elemento fônicos é um recurso estilístico denominado:

a) hiperbibasmo
b) sinédoque
c) metonímia
d) aliteração
e) metáfora

A

Alternativa d: aliteração.

Aliteração é uma figura de som cujo recurso é repetir sons consonantais, tais como b e p que constam nos versos acima em “bomba-pomba”.

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28
Q

Faz referência a um termo oculto q é facilmente identificado. A frase a primeira vista parece q está escrita errada, mas você olha melhor e vê q está fazendo referência a algo. Pode ser de gênero, de número e de pessoa.

A

SILEPSE

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29
Q

Ó céus, é preciso chover mais?

A

APÓSTROFE

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30
Q

(UFPE) Assinale a alternativa em que o autor NÃO utiliza prosopopeia.

a) “Quando essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu.” (Clarice Lispector)
b) “As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem…” (Drummond)
c) “A poesia vai à esquina comprar jornal”. (Ferreira Gullar)
d) “A luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo.” (Clarice Lispector)
e) “Meu nome é Severino, Não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto)

A

Alternativa e: “Meu nome é Severino, Não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto)

A palavra “nome” foi omitida pelo fato de já ter sido utiliza na primeira oração. Caso não fosse omitida, soaria de forma repetitiva: “Meu nome é Severino, Não tenho outro nome de pia”. A omissão de uma palavra já utilizada na mensagem é característica da figura de linguagem conhecida como zeugma.

A prosopopeia, por sua vez, caracteriza-se por atribuir capacidades humanas a seres irracionais, tal como constatamos nas restantes alternativas: a) “essa não-palavra morde”, b) “as palavras se beijam”, c) “a poesia vai comprar jornal” e d) “a luminosidade sorria”.

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31
Q

Identifique as figuras de linguagem nas orações abaixo:

a) O Velho Chico ocupa cerca de 8% do território brasileiro.
b) Aquele tum-tum do seu coração aumentava cada vez que se aproximava da pretendente.
c) “Chove chuva, chove sem parar.” (Jorge Ben Jor)
d) A mim me enganou só uma vez.
e) Sou um passarinho com desejo de voar.

A

a) Antonomásia, porque “Velho Chico” substitui o nome do Rio São Francisco.
b) Onomatopeia, porque “tum-tum imita o batimento cardíaco.
c) Aliteração, porque há a repetição do som consonantal “ch”.
d) Pleonasmo, porque a ideia da primeira pessoa (mim, me) para intensificar o significado da oração.
e) Metáfora, porque me compara a um passarinho em virtude do meu desejo de voar.

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32
Q

Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada

A

SINESTESIA

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33
Q

(PUC-SP) Nos trechos: “…nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major” e “…o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja” encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:

a) prosopopeia e hipérbole
b) hipérbole e metonímia
c) perífrase e hipérbole
d) metonímia e eufemismo
e) metonímia e prosopopeia.

A

Alternativa e: metonímia e prosopopeia.

A metonímia é uma figura muito utilizada quando se fala no autor em vez de se referir às suas obras. É o que acontece na oração “…nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major”, o que significa que o major tem as obras desses autores, e não que os autores estão na sua estante.

A prosopopeia é figura de linguagem em que qualidades humanas são atribuídas a seres irracionais. Em “…o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja”, está sendo atribuído ao violão a capacidade humana de pedir e de desejar algo.

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34
Q

O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a donzela

A

PARANOMÁSIA

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35
Q

reunião de sensações típicas de diferentes órgãos do sentido

A

SINESTESIA

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36
Q

As crianças falavam e cantavam e riam felizes

A

POLISSÍNDETO

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37
Q

Enfatizar algo através da repetição do ‘e’, ‘mas’ e ‘nem’. Ex. Nem estuda, nem sai, nem vai, nem volta …

A

POLISSÍNDETO

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38
Q
  1. (Universidade Anhembi Morumbi)

“A novidade veio dar à praia
na qualidade rara de sereia
metade um busto de uma deusa maia
metade um grande rabo de baleia
a novidade era o máximo
do paradoxo estendido na areia
alguns a desejar seus beijos de deusa
outros a desejar seu rabo pra ceia
oh, mundo tão desigual
tudo tão desigual
de um lado este carnaval
do outro a fome total
e a novidade que seria um sonho
milagre risonho da sereia
virava um pesadelo tão medonho
ali naquela praia, ali na areia
a novidade era a guerra
entre o feliz poeta e o esfomeado
estraçalhando uma sereia bonita
despedaçando o sonho pra cada lado”

(Gilberto Gil – A Novidade)

Gilberto Gil em seu poema usa um procedimento de construção textual que consiste em agrupar ideias de sentidos contrários ou contraditórios numa mesma unidade de significação.

A figura de linguagem acima caracterizada é:

a) metonímia
b) paradoxo
c) hipérbole
d) sinestesia
e) sinédoque

A

Alternativa b: paradoxo.

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39
Q

(Anhembi)

Tenho fases
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua…
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua…)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua…
E, quando chega esse dia,
outro desapareceu…

(Lua Adversa – Cecília Meireles)

Indique a alternativa que não contenha a mesma figura de linguagem presente nesse verso do poema:

a) A tristeza é um barco imenso, perdido no oceano.
b) “O meu olhar é nítido como um girassol” (Alberto Caeiro)
c) “Meu amor me ensinou a ser simples como um largo de igreja” (Oswald de Andrade)
d) A casa dela é escura como a noite.
e) Ele é lerdo como uma lesma.

A

Alternativa a: A tristeza é um barco imenso, perdido no oceano.

Na alternativa a) a figura de linguagem presente é a metáfora, uma comparação que dispensa a utilização de termo comparativo (como, tal qual) e que não foi utilizada no poema de Cecília Meireles;

Nas alternativas restantes, está presente a comparação, a qual também consta no poema acima em “tenho fases, como a lua…”.

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40
Q

Todos terminamos os exercícios

A

SILEPSE

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41
Q
  1. Eu, parece que estou ficando zonzo
  2. Magali, comer é o que ela mais gosta de fazer
A

ANACOLUTO

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42
Q

Qual a figura de linguagem presente nas orações abaixo?

  1. Convide-o a retirar-se, por favor.
  2. A testemunha faltou com a verdade.
A

A figura presente é o Eufemismo, que é utilizado para suavizar o discurso. Assim,

  1. “convidar alguém a se retirar” é uma forma mais amena de mandar alguém embora.
  2. “faltar com a verdade”, é uma forma mais branda de dizer que mentiu.
43
Q

Quais são as figuras de palavras?

A

metáfora, comparação, metonímia, catacrese, sinestesia e perífrase

44
Q

Questão 2
Indique as alternativas que apresentam a figura de linguagem personificação, também chamada de prosopopeia.

a) as pedras humilham
b) os confetes festejam
c) os diários contam segredos
d) os copos celebram as alegrias
e) a floresta clama por piedade

A

Todas as alternativas, porque em todas elas são atribuídas ações humanas (humilham, festejam, contam, celebram, clama) a seres irracionais (pedras, confetes, diários, copos, floresta).

45
Q

“Meu amor é uma caravana de rosas vagando num deserto inefável”

A

METÁFORA

46
Q

Entregou a alma a Deus (morreu)

A

EUFEMISMO

47
Q

É tão inteligente que não acerta nada.

A

IRONIA

48
Q

Questão 19
(Vunesp) No trecho: “…dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo”, a figura de linguagem presente é chamada:

a) metáfora
b) hipérbole
c) hipérbato
d) anáfora
e) antítese

A

Alternativa e: antítese.

A presença de termos com sentidos opostos, neste caso “mínimo e máximo”, é a marca característica da antítese.

49
Q

“Costumava ler Shakespeare”

A

METONÍMIA

50
Q

SÍNQUISE

A

Hipérbato doido demais que causa ambiguidade ou não entendimento

51
Q

(FMU) Quando você afirma que enterrou “no dedo um alfinete”, que embarcou “no trem” e que serrou “os pés da mesa”, recorre a um tipo de figura de linguagem denominada:

a) metonímia
b) antítese
c) paródia
d) alegoria
e) catacrese

A

Alternativa e: catacrese.

A catacrese é utilizada quando recorremos a certas palavras por não haver outras específicas para falar sobre algo em determinado. É o que acontece em:

“enterrar o dedo”, uma vez que enterrar significa colocar debaixo da terra;

“embarcar no trem”, uma vez que embarcar significa entrar no barco.

52
Q

Mensagem chocante ou desagradável suavizada

A

EUFEMISMO

53
Q

(FGV) Assinale a alternativa que indica a correta sequência das figuras encontradas nas frases abaixo.

O bom rapaz buscava, no fim do dia, negociar com os traficantes de drogas.
Naquele dia, o presidente entregou a alma a Deus.
Os operários sofriam, naquela mina, pelo frio em julho e pelo calor em dezembro.
A população deste bairro corre grande risco de ser soterrada por esta montanha de lixo.
A neve convidava os turistas que, receosos, a olhavam de longe.

a) Ironia, eufemismo, antítese, hipérbole, prosopopeia
b) Reticências, retificação, gradação, apóstrofe, ironia
c) Antítese, hipérbole, personificação, ironia, eufemismo
d) Gradação, apóstrofe, personificação, reticências, retificação
e) Ironia, eufemismo, antítese, apóstrofe, gradação

A

Alternativa a: Ironia, eufemismo, antítese, hipérbole, prosopopeia.

Ironia, porque “bom rapaz” transmite ideia contrária daquilo que realmente se pensa acerca do rapaz;

Eufemismo, porque “entregou a alma a Deus” é uma forma mais branda de dizer que morreu;

Antítese, porque utiliza termos com sentidos opostos - frio e calor;

Hipérbole, porque exagera quando faz referência à quantidade de lixo - “montanha de lixo”;

Prosopopeia, porque a neve não tem a capacidade humana de convidar turistas.

54
Q

Ideias contrárias

A

ANTÍTESE

55
Q

Vivemos na bonita e agitada São Paulo.

A

SILEPSE

56
Q

Indique em quais alternativas foram usadas metáforas e em quais foram usadas comparações.

a) Ele é simplesmente um deus grego.
b) Ele é bonito como um deus grego.
c) Suas palavras são doces da minha infância.
d) Age como um burro!
e) Aquele homem é um burro.

A

As alternativas em que constam metáforas são:

a) Ele é simplesmente um deus grego.
c) Suas palavras são doces da minha infância.
e) Aquele homem é um burro.

As alternativas em que constam comparações são:

b) Ele é bonito como um deus grego.
d) Age como um burro!

Metáfora e Comparação são figuras de linguagem que contém comparações. A diferença entre ambas é que a Comparação é explícita, porque nela são usados conectivos de comparação (como, assim), tal como verificamos nas orações das alternativas acima.

57
Q

(Vunesp ) Na frase: “O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô”, encontramos a figura de linguagem chamada:

a) silepse de pessoa
b) elipse
c) anacoluto
d) hipérbole
e) silepse de número

A

Alternativa e: silepse de número.

Na oração acima, o verbo “estar” concorda com a ideia de número de pessoas que a palavra “pessoal” transmite: “O pessoal estão exagerando” em vez de “O pessoal está exagerando”.

58
Q

Que figura de linguagem está presente neste diálogo entre mãe e filho:

— Não estou satisfeita com as tuas notas, filho.
— Eu sei, mãe. Não sou bom nessas matérias.

A

A figura presente é a Litote, a qual é utilizada para suavizar o discurso. Parecida com o Eufemismo, a Litote atenua a ideia por meio de uma negação.

Assim, em vez de a mãe dizer que estava chateada ou decepcionada, disse que não estava satisfeita. Por sua vez, em vez de o filho dizer que é ruim nas matérias, diz que não é bom nelas.

Lembrando que no Eufemismo, o discurso é suavizado, mas sem recorrer à negação. Exemplo: Ele entregou a alma a Deus (em vez de se dizer: Ele morreu).

59
Q

A palavra é empregada com sentido alterado, em relação à sua real significação, por falta de uma palavra própria.

A

CATACRESE

60
Q

“O que o vago e incógnito desejo
de ser eu mesmo de meu ser me deu.” (Fernando Pessoa)

A

ASSONÂNCIA

61
Q

Criação de palavras

A

NEOLOGISMO

62
Q

O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

A

PERSONIFICAÇÃO OU PROSOPOPEIA

63
Q

Embarcou há pouco no avião

A

CATACRESE

64
Q

(UFSC) Leia os provérbios (itens A e B) e a citação (item C) abaixo.

A. “A palavra é prata, o silêncio é ouro.”
B. “Os sábios não dizem o que sabem, os tolos não sabem o que dizem.”
C. “Há coisas que melhor se dizem calando.” (Machado de Assis)

Com base na leitura acima, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

  1. Em cada um dos provérbios observa-se um paralelismo sintático, que ajuda a conferir ritmo ao provérbio e favorece sua memorização.
  2. No provérbio (A) ocorrem duas metáforas.
  3. No provérbio (B) as orações “o que sabem” e “o que dizem” funcionam como adjetivos que caracterizam, respectivamente, os sábios e os tolos.
  4. Tanto o item A quanto o item C funcionam como elogios à discrição.
  5. A frase de Machado de Assis contém um pleonasmo, porque é um exagero dizer que se pode falar calado.
  6. No provérbio (B) temos a figura de linguagem paradoxo, porque é absurdo que os sábios tenham que se calar para que os tolos falem.
A

As proposições corretas são:

  1. Em cada um dos provérbios observa-se um paralelismo sintático, que ajuda a conferir ritmo ao provérbio e favorece sua memorização. É o que se verifica em: A) A palavra é …, o silêncio é…” e B) Os sábios não dizem …, os tolos não sabem …”;
  2. No provérbio (A) ocorrem duas metáforas. A metáfora está presente na comparação entre palavra e silêncio com prata e ouro, respectivamente;
  3. Tanto o item A quanto o item C funcionam como elogios à discrição. É o que se verifica em A) ao comparar o silêncio com ouro e, em C) cuja citação tem o sentido de que às vezes é melhor não dizer nada.
65
Q

— Não é que sejam más companhias… — disse o filho à mãe. (Pelo discurso, percebemos que apesar de as suas companhias não serem más, também não são boas.)

A

LITOTE

66
Q

“Seus olhos são como jabuticabas”

A

COMPARAÇÃO

67
Q

Uma afirmação seguida de uma palavra diferente do sentido que ela tem

A

METÁFORA

68
Q

Quais são as figuras de som?

A

aliteração, paronomásia, assonância e onomatopeia

69
Q

Repetição de palavras ou estruturas sintáticas que se correspondem quanto ao sentido

A

PARALELISMO

70
Q

Fiz a introdução, ele a conclusão

A

ZEUGMA

71
Q

Apenas uma das alternativas apresenta sinestesia. Indique qual.

a) Adorava aquele som doce entrando pela janela.
b) A noite adormece cansada.
c) Aquele cocóricó ensurdecedor de todas as manhãs irritava qualquer um.
d) Se você voltar, se você me quiser, se você deixar, eu posso mudar.
e) Entra pra dentro agora ou vou aí te buscar com o chinelo na mão!

A

Alternativa a: Adorava aquele som doce entrando pela janela.

A sinestesia é a figura de linguagem em que as sensações não são percebidas pelos órgãos de sentido esperados. Assim, nesta oração, audição (som) e paladar (doce) se confundem.

72
Q

(PUC-SP) Em uma grande concessionária de São Paulo leu-se a seguinte chamada: “Queima total de seminovos”. A mesma estratégia foi utilizada em uma chamada de um grande hipermercado, em que se podia ler: “Grande queima de colchões”. Acerca dos sentidos criados por essas chamadas, é apropriado afirmar que

a) em ambas há uma utilização da linguagem em seu sentido estritamente literal.
b) apenas em uma delas a linguagem foi utilizada em seu sentido estritamente literal.
c) em ambas o sentido é metafórico e é apreendido pela associação com o contexto.
d) em ambas o sentido é metafórico e é apreendido apenas pelas regras gramaticais.
e) em ambas o sentido é metafórico e não pode ser apreendido porque é incoerente.

A

Alternativa c: em ambas o sentido é metafórico e é apreendido pela associação com o contexto.

A ação de “queimar” é comparada à ação de “liquidar”, ou seja, vender tudo, daí a utilização da metáfora, que é apropriada ao seu contexto.

73
Q

(Fatec) “Seus óculos eram imperiosos.” Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:

a) “As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes.”
b) “Nasci na sala do 3° ano.”
c) “O bonde passa cheio de pernas.”
d) “O meu amor, paralisado, pula.”
e) “Não serei o poeta de um mundo caduco.”

A

Alternativa c: “O bonde passa cheio de pernas.”.

A figura de linguagem presente em “óculos imperiosos” e “bonde cheio de pernas” é a prosopopeia ou personificação, uma vez que em ambos os casos são atribuídas qualidades humanas a seres irracionais.

74
Q

Qual das orações abaixo apresenta uma perífrase, também chamada de antonomásia?

a) Saia já para fora!
b) Foi salvo pelo melhor amigo do homem.
c) “É o pau, é a pedra, é o fim do caminho” (Tom Jobim)
d) Escreveu, não leu; o pau comeu.
e) Não aguentava mais aquele buá-buá nos meus ouvidos.

A

Alternativa b: Foi salvo pelo melhor amigo do homem.

A antonomásia, também chamada de Perífrase, é a figura de palavra que substitui uma palavra por outra(s) que a identifique. Neste caso, “o melhor amigo do homem” substitui a palavra “cão”.

As figuras de linguagem presentes nas alternativas restantes são:

a) Pleonasmo;
c) Anáfora;
d) Assonância;
e) Onomatopeia.

75
Q

Questão 13
(UFPA)

Tecendo a manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.

(MELO, João Cabral de. In: Poesias Completas. Rio de Janeiro, José Olympio, 1979)

Nos versos

“E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo…”
tem-se exemplo de

a) eufemismo
b) antítese
c) aliteração
d) silepse
e) sinestesia

A

Alternativa c: aliteração.

Aliteração é a repetição de sons consonantais, tal como se verifica nos versos acima em que o som do “t” se repete - tela, todos; tenda, todos; todos, toldo.

76
Q

Reforço de expressões com a finalidade de fortalecer a ideia

A

PLEONASMO

77
Q

Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios.

A

ASSÍNDETO

78
Q

Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.

A

ANTÍTESE

79
Q

Interrupção do período. A frase está falando de uma coisa depois do nada troca pra outra coisa. Ex. Dos funcionários da lavanderia, não se pode duvidar.

A

ANACOLUTO

80
Q

Quais são as figuras de sintaxe?

A

elipse, zeugma, hipérbato, polissíndeto, assíndeto, anacoluto, pleonasmo, silepse e anáfora

81
Q

(USF) Leia estes versos:

“As ondas amarguradas
Encostam a cabeça nas pedras do cais.
Até as ondas possuem
Uma pedra para descansar a cabeça.
Eu na verdade possuo
Todas as pedras que há no mundo,
Mas não descanso”.

(Murilo Mendes)

A figura de linguagem que ocorre nos versos 5 e 6 é:

a) metáfora
b) sinédoque
c) hipérbole
d) aliteração
e) anáfora

A

Alternativa c: hipérbole.

A hipérbole é uma figura de pensamento que apresenta um exagero intencional do autor para dar ênfase às expressões. Observamos a presença da ideia intensificada em “todas as pedras que há no mundo”, porque é um exagero alguém dizer que tem todas essas pedras.

82
Q

(UERJ)

A namorada

Havia um muro alto entre nossas casas.
1Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
2O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da
goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.

(Manoel de Barros
Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.)

O pai era uma onça (ref. 2). Nesse verso, a palavra onça está empregada em um sentido que se define como:

a) enfático
b) antitético
c) metafórico
d) metonímico

A

Alternativa c: metafórico.

O rapaz comparava o pai da namorada com uma onça para expressar o quanto ele era bravo “O pai era uma onça.” e “No tempo do onça era assim.”.

A metáfora consiste na comparação de termos com significados distintos (pai - humano com onça - animal).

Além disso, na metáfora não é utilizado termo de comparação (como, assim): O pai era como uma onça.

83
Q

Questão 28
(Funcab) As figuras de linguagem são usadas como recursos estilísticos para dar maior valor expressivo à linguagem.

No seguinte trecho “Tu és a chuva e eu sou a terra […]” predomina a figura, denominada:

a) onomatopeia
b) hipérbole
c) metáfora
d) catacrese
e) sinestesia

A

Alternativa c: metáfora.

A metáfora é a figura de linguagem em que existe comparação de palavras com significados diferentes. Na metáfora, o termo comparativo não é usado explicitamente na frase, tal como na comparação.

Assim, na oração “Tu és a chuva e eu sou a terra […]”, chuva e terra são respectivamente comparados a tu e eu.

Se fosse a figura de linguagem utilizada fosse comparação, a oração seria: “Tu és como a chuva e eu sou como a terra […]”.

84
Q

“Bum, Bum, Bum” e “Buááá…; Buááá…”.

A

ONOMATOPEIA

85
Q

Qual a figura de linguagem presente na oração abaixo?

“O relógio da parede eu estou acostumado com ele, mas você precisa mais de relógio do que eu”. (Rubem Braga).

A

Anacoluto, porque essa figura de linguagem se caracteriza pelo fato de utilizar mudanças repentinas nas estruturas das frases.

É um recurso muito utilizado na literatura, com o intuito de enfatizar a mensagem. Mas também é recorrente na linguagem oral, no momento em que o falante altera a sua linha de pensamento de forma repentina.

86
Q

(UFPB)

I. “À custa de muitos trabalhos, de muitas fadigas, e sobretudo de muita paciência…”
II. “… se se queria que estivesse sério, desatava a rir…”
III. “… parece que uma mola oculta o impelia…”
IV. “… e isto (…) dava em resultado a mais refinada má-criação que se pode imaginar.”

Quanto às figuras de linguagem, há neles, respectivamente,

a) gradação, antítese, comparação e hipérbole
b) hipérbole, paradoxo, metáfora e gradação
c) hipérbole, antítese, comparação e paradoxo
d) gradação, antítese, metáfora e hipérbole
e) gradação, paradoxo, comparação e hipérbole

A

Alternativa d: gradação, antítese, metáfora e hipérbole.

Gradação, porque as ideias se apresentam de forma progressiva “muitos trabalhos, muitas fadigas, muita paciência”;

Antítese, porque utiliza termos com sentidos opostos “… que estivesse sério, desatava a rir…”;

Metáfora, porque faz uma comparação sem utilizar conectivo de comparação - como, tal qual - “parecia uma mola oculta”;

Hipérbole, porque exagera de forma intencional “a mais refinada má-criação”.

87
Q

á omissão de conjunções coordenativas que ligariam elementos ou orações coordenadas. Ex.: “Maria correu, pegou o ônibus, foi para o trabalho”

A

ASSÍNDETO

88
Q

(UFF)

TEXTO

Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra.

Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição

A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas.

Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.

(ASSIS, Machado fr. Quincas Borba. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira/INL, 1976.)

Assinale dentre as alternativas abaixo, aquela em que o uso da vírgula marca a supressão (elipse) do verbo:

a) Ao vencido, ódio ou compaixão, ao vencedor, as batatas.
b) A paz, nesse caso, é a destruição (…)
c) Daí a alegria da vitória, os hinos, as aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas.
d) (…) mas, rigorosamente, não há morte (…)
e) Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se (…)

A

Alternativa a: Ao vencido, ódio ou compaixão, ao vencedor, as batatas.

Na frase acima é possível identificar facilmente a omissão de algo como “seja dado/sejam dadas”. Assim, a frase completa, ou seja, sem a utilização da figura de linguagem elipse, seria: “Ao vencido, seja dado ódio ou compaixão, ao vencedor, sejam dadas as batatas.”.

89
Q

O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros

A

PERÍFRASE

90
Q

Exagero

A

HIPÉRBOLE

91
Q

(Unicamp)

Morro da Babilônia

À noite, do morro
descem vozes que criam o terror
(terror urbano, cinquenta por cento de cinema,
e o resto que veio de Luanda ou se perdeu na língua
Geral).

Quando houve revolução, os soldados
espalharam no morro,
o quartel pegou fogo, eles não voltaram.
Alguns, chumbados, morreram.
O morro ficou mais encantado.

Mas as vozes do morro
não são propriamente lúgubres.
Há mesmo um cavaquinho bem afinado
que domina os ruídos da pedra e da folhagem
e desce até nós, modesto e recreativo,
como uma gentileza do morro.

(Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.19.)

No poema “Morro da Babilônia”, de Carlos Drummond de Andrade,

a) a menção à cidade do Rio de Janeiro é feita de modo indireto, metonimicamente, pela referência ao Morro da Babilônia.

b) o sentimento do mundo é representado pela percepção particular sobre a cidade do Rio de Janeiro, aludida pela metáfora do Morro da Babilônia.

c) o tratamento dado ao Morro da Babilônia assemelha-se ao que é dado a uma pessoa, o que caracteriza a figura de estilo denominada paronomásia.

d) a referência ao Morro da Babilônia produz, no percurso figurativo do poema, um oxímoro: a relação entre terror e gentileza no espaço urbano.

A

Alternativa a: a menção à cidade do Rio de Janeiro é feita de modo indireto, metonimicamente, pela referência ao Morro da Babilônia.

Na metonímia, considera-se a parte pelo todo. Assim, verificamos no poema de Drummond que “as vozes do morro” refere-se às vozes das pessoas que vivem no Morro da Babilônia e, logo, às pessoas que vivem no Rio de Janeiro, uma vez que o morro em referência localiza-se nessa cidade.

92
Q

São exemplos de catacrese:

a) cabeça do alfinete, fio de óleo, corpo do texto.
b) olhos frios, tristeza de cheiro, brisa doce.
c) pulmão do mundo, cidade maravilhosa, ouro negro.
d) a nuvem chora, a noite celebra, vida cruel.
e) O cavaleiro, muito cavalheiro, ajudou a moça a descer do cavalo.

A

Alternativa a: cabeça do alfinete, fio de óleo, corpo do texto.

Catacrese é a figura de palavra em que se utiliza uma palavra imprópria na ausência de outra específica. Assim: o alfinete não tem cabeça, não pode existir concretamente um fio de óleo, bem como um texto não tem corpo. No entanto, essas expressões são conhecidas e facilitam a nossa comunicação.

As alternativas restantes são exemplos de:

b) Sinestesia;
c) Perífrase;
d) Personificação;
e) Paronomásia.

93
Q

Termo oculto possível para descobrir através do contexto: Omissão

A

ELIPSE

94
Q

(UFU) Cada frase abaixo possui uma figura de linguagem. Assinale aquela que não está classificada corretamente:

a) O céu vai se tornando roxo e a cidade aos poucos agoniza. (prosopopeia)
b) “E ele riu frouxamente um riso sem alegria”. (pleonasmo)
c) Peço-lhe mil desculpas pelo que aconteceu. (metáfora)
d) “Toda vida se tece de mil mortes.” (antítese)
e) Ele entregou hoje a alma a Deus. (eufemismo)

A

Alternativa c: Peço-lhe mil desculpas pelo que aconteceu. (metáfora).

A alternativa está incorreta, porque a metáfora representa uma comparação, algo que não está presente na oração acima.

O recurso estilístico utilizado é hipérbole, o qual se identifica na expressão “mil desculpas”, que é um exagero para explicar o quanto alguém sente pelo que aconteceu e quer muito se desculpar.

95
Q

Repetição de consoantes

A

ALITERAÇÃO

96
Q

Substituição por aproximação. Acontece quando o nome da marca representa o produto.

A

METONÍMIA

97
Q

Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo

A

GRADAÇÃO

98
Q

(FEI) Assinalar a alternativa correta, com relação às figuras de linguagem, presentes nos fragmentos a seguir:

I. “Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puros viste.”
II. “A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão.”
III. “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam.”
IV. “Isaac a vinte passos, divisando a vulto de um, para, ergue a mão em viseira, firma os olhos.”

a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma

A

Alternativa b: hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto.

Hipérbato, porque a ordem da oração está alterada. A ordem direta seria: “… que já viste nos meus olhos tão puros.” (“viste nos meus olhos”, em vez de “nos olhos meus viste”);

Zeugma, porque foi omitida a palavra “legisla” para evitar a repetição: “A moral legisla para o homem; o direito (legisla) para o cidadão.”;

Silepse, porque o verbo “discordar” não está concordando com a palavra “maioria” (como na primeira oração “A maioria concordava…”), mas com a ideia de que a palavra “maioria” traz de várias pessoas, ou seja: “a maioria discordavam nos pormenores” (a ideia implícita é “(pessoas) discordavam nos pormenores”);

Assíndeto, porque não foram usados conectivos. Com conectivos, a oração poderia ficar assim: “Isaac a vinte passos, divisando a vulto de um, então, para, ergue a mão em viseira e firma os olhos.”.

99
Q

Indique a alternativa correta.

a) Antítese e paradoxo são dois nomes para a mesma figura de linguagem, a que utiliza ideias contrárias.
b) Aliteração, paronomásia, assonância e onomatopeia são figuras de sintaxe.
c) As figuras de linguagem são classificadas em: figuras de palavras, figuras de pensamento, figuras morfológicas e figuras de som.
d) Aliteração é a repetição de sons vocálicos.
e) Este é um exemplo de metonímia: “Parece que temos um Pavarotti”.

A

Alternativa e: Este é um exemplo de metonímia: “Parece que temos um Pavarotti em casa”.

A metonímia é a figura de palavra que substitui uma palavra por outra. Assim, “Pavarotti” substitui o artista por “cantor lírico”. A oração poderia ser escrita da seguinte forma: “Parece que temos um cantor lírico em casa”.

Alguns exemplos de metonímia:

parte pelo todo: Até hoje não tem o seu próprio teto (em vez de dizer “Até hoje não tem a sua própria casa);
autor pela obra: Li Camões (em vez de dizer “Li as obras escritas por Camões”);
marca pelo produto: Preciso comprar Maizena (em vez de dizer “Preciso comprar amido de milho”).
Quanto às alternativas restantes:

a) Antítese e Paradoxo são figuras de linguagem diferentes. Enquanto a antítese utiliza termos com sentidos opostos (Mantêm uma relação de amor e ódio), o paradoxo apresenta ideias - não só termos - com sentidos opostos (“Já estou cheio de me sentir vazio.”, Renato Russo)

b) Aliteração, paronomásia, assonância e onomatopeia são figuras de som ou harmonia (e não figuras de sintaxe).

c) As figuras de linguagem são classificadas em: figuras de palavras, figuras de pensamento, figuras de sintaxe e figuras de som. Não existem figuras morfológicas.

d) Aliteração é a repetição de sons consonantais. A figura de linguagem que consiste na repetição de sons vocálicos é a Assonância.

100
Q

São como uns anjos os seus alunos

A

HIPÉRBATO

101
Q

Repetição de uma palavra em um texto, frase ou livro

A

ANÁFORA

102
Q

(Cesgranrio) Na frase “O fio da ideia cresceu, engrossou e partiu-se” ocorre processo de gradação. Não há gradação em:

a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.

A

Alternativa e: João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.

Na oração acima, não existe sequência de uma mesma ideia que progride, mas sim ações diferentes conectadas num mesmo período.

103
Q

Palavras parecidas; Sonoridade semelhante

A

PARANOMÁSIA

104
Q

(Fuvest) A catacrese, figura que se observa na frase “Montou o cavalo no burro bravo”, ocorre em:

a) Os tempos mudaram, no devagar depressa do tempo.
b) Última flor do Lácio, inculta e bela, és a um tempo esplendor e sepultura.
c) Apressadamente, todos embarcaram no trem.
d) Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.
e) Amanheceu, a luz tem cheiro.

A

Alternativa c: Apressadamente, todos embarcaram no trem.

“Embarcar” é uma palavra que deriva de barco, e significa entrar no barco, mas na ausência de termos específicos para eles, também é usada para outros meios de transporte. Essa é a função que caracteriza a catacrese, ou seja, usar uma palavra por não haver outra mais específica.