Figado Flashcards

1
Q

Qual o tempo máximo que devemos realizar a manobra de Pringle?

A

120 minutos

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2
Q

No que consiste a manobra de Pringle?

A

Clampeamento das estruturas do hilo hepático (veia e artéria hepáticas) por 15-20 min intercalados por 5-10 minutos de reperfusao

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3
Q

O que é a síndrome de Kasabatt-Merritt?

A

Trombocitopenia e coagulopatia por consumo associada a hemangiomas gigantes.

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4
Q

Quais são as características do hemangioma hepático na TC e na RNM?

A

TC: Lesão bem delimitada, hipodensa, realce periferico na fase arterial precoce com enchimento tardio na fase portal. Iso ou hiperdensa nas fases tardias.

RM: lesão bem delimitada com baixo sinal em T1 e hipersinal em T2

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5
Q

Qual o subtipo de hemangioma mais comum?

A

Cavernoso

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6
Q

Quais são os tipos de adenoma hepático?
Qual o mais frequente?
Qual tem o maior risco de malignizacao?

A

Inflamatório (40-55%) maior risco de sangramento e ruptura
Mutação HNF-1 (35-50%) quase que exclusivamente em mulheres, com baixo risco de complicações se < 5cm
Ligado à mutação da beta catenina (10-15%) mais comum em homens e com maior risco de malignizacao

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7
Q

O que representa os critérios de FONG?
Quais são os critérios?

A

Fatores de prognóstico negativo num contexto de metástases hepáticas de CCR;
2 ou mais nódulos
Lesões > 5 cm
Lesão sincronica ou intervalo de menos de 1 ano para aparecimento
CEA > 200
N positivo no tumor primário

0-2 critérios favorecem ressecção
3 ou + favorecem quimio perioperatória

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8
Q

Quais sao os critérios de Barcelona? Qual seu objetivo?

A

Diagnosticar Carcinoma hepatocelular (não precisa de biópsia se preenchê-lo)

Critérios:
Lesão >2cm com hipervascularizacao arterial confirmada por 2 exames distintos
Lesão > 2cm com hipervascularizacao arterial + alfafetoproteima > 400

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9
Q

Quais são as contraindicações ao transplante hepático no Brasil?

A

Absolutas: metástases hepatobiliares em outros órgãos; doença cardiopulomonar avançada; infecção ativa em outros órgãos

Relativas:
Etilismo ativos, uso abusivo de outras drogas, sorologia positiva para HIV, positividade para replicação do vírus da hepatite B, DRC avançada

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10
Q

Quando indicar radioablacao para CHC?

A

Utilizada para tumores pequenos (<3cm); pode ser usada como terapia ponte para o tx hepático

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11
Q

Quando indicar a quimioembolizacao arterial (TACE) para CHC?

A

Indicado para massas grandes, para paciente com função hepática preservada (CHILD A). Boa opção para tumores irressecaveis para pacientes não candidatos ao transplante. Não indicado para pacientes com invasão vascular

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12
Q

Quando indicar terapia sistêmica (SORAFENIB) para pacientes com CHC?

A

Pacientes child A ou B, com doença avançada, não candidato a outras técnicas

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13
Q

O que fazer diante de pacientes cirroticos com lesões hepáticas < 2cm?

A

Reavaliação com USG em intervalos curtos (3-6 meses) por 2 anos

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14
Q

Quando indicar resseccao cirúrgica para hemangioma?

A

Hemangioma cavernoso gigante (>10cm) devem ser tratados cirurgicamente mesmo que assintomáticos devido ao risco de ruptura
Sintomas compressivos

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15
Q

Qual o remanescente hepático mínimo após uma hepatectomia?

A

20% em fígados normais
30% em colelitiase, hepatite ou quimioterapia
40% em cirroticos

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16
Q

Quais são as características da variante fibrolamelar do CHC?

A

Acomete pacientes jovens e não cirroticos (10-35 anos)
Não produz alfafetoproteina
Apresenta washout porém com forma bem delimitada e cicatriz central
2% dos CHCs
Prevalência igual entre os sexos
Diagnóstico diferencial com HNF devido a cicatriz central (o lamelar NÃO apresenta realce tardio)
Precisa de biópsia
Tto com ressecação

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17
Q

Em que ocasião pode haver o desenvolvimento de CHC sem cirrose? Qual o motivo?

A

Infecção por Virus B (Hepatite B crônica)

Vírus B é um virus de DNA que incorpora seu DNA ao hepatócito causando maior tendência à mutagênese de forma direta

Outras vias:
Deficiência de alfa 1 antitripsina e ação de carcinógenos externos (aflatoxinas, pesticidas, tabagismo)

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18
Q

Quando rastrear CHC?

A
  • Cirróticos Child A ou B; Child C apenas se listados para Tx hepático
  • Infecção por HBV
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19
Q

Como rastrear CHC?

A

USG de abdome superior de 6/6 meses

Alfafeto tem sua solicitação como sendo opcional (aumenta falsos positivos)

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20
Q

Quando pensar em CHC pelo valor da alfafeto? A partir de que valor torna o paciente inelegível para tx hepático?

A

> 400 muito sugestivo de CHC

> 1000 inelegível para Tx (alto risco de metástase)

21
Q

O que fazer diante de um nódulo suspeito no rastreamento de CHC?

A

<1cm: reduz intervalo de rastreio para 3/3 meses

> 1cm: pede TC ou RM para confirmação

22
Q

O que é o LI-RADS?

A

Avalia o grau de suspeição de CHC pelo radiologista

LIRADS NC - não categorizável
LIRADS 1 - 100% benigno
LIRADS 2 - Provavelmente benigno
LIRADS 3 Probabilidade intermediária de CHC
LIRADS 4 - Provável CHC
LIRADS 5 - 100% de certeza de CHC

23
Q

Quais são as condutas de acordo com o LIRADS?

A

NC - repete exame em 3 meses
1 e 2 - mantém rastreio
3 - encurta intervalo de rastreio
4 - planejamento multidisciplinar, pode incluir biópsia
5 - Tratamento, sem necessidade de biópsia

24
Q

Quais são os exames utilizados no estadiamento do CHC?

A

TC de tórax para todos

Cintilografia óssea de corpo inteiro (Tc-99m) para casos selecionados

25
Q

O que é o Barcelona Clinic Liver Criteria (BCLC)? Quais critérios ele avalia?

A

Sistema de estadiamento utilizado para o CHC

Extensão da lesão primária
Performance do paciente
CHILD-PUGH
Invasão vascular
Disseminação extra-hepática

26
Q

Qual a conduta para o CHC de acordo com o BCLC?

A

Muito precoce (0) - nódulo único, < 2cm, CHILD A, ECOG 0:
Ablação ou ressecção

Precoce (A) - nódulo único ou 3 ou menos com 3 ou menos cm, CHILD A-B, ECOG 0:
- Nódulo solitário:
Se paciente “bom”, cirurgia
Se paciente “ruim”, Tx

-2 ou 3 nódulos:
Tx, ablação ou quimioembolização

Intermediário (B) - Multinodular, CHILD A/B, ECOG 0:
Quimioembolização ou tto sistêmico

Avançado (C) - Invasão portal, N1, M1, CHILD A/B, ECOG 1-2:
Tratamento sistêmico

Terminal (D) - CHILD C, ECOG 3 ou 4:
Paliação

27
Q

Quando pensar em ressecção cirúrgica para CHC?

A

CHILD A (B em casos selecionados - em geral contraindicado)

MELD 8 ou menor

Sem hipertensão portal

Sem coagulopatia ou plaquetopenia

28
Q

O que versa o critério de Milão-Brasil?

A

Indicação de Tx hepático em paciente com CHC

1 nódulo até 5cm
até 3 nódulos de 3cm
Desconsidera nódulos inferiores a 2cm (o que diferencia do Milão)

29
Q

Qual a pontuação do MELD do paciente com CHC?

A

20 ao diagnóstico
24 em 3 meses se não transplantou
29 em 6 meses se não transplantou

30
Q

O que fazer com paciente cirrótico que apresenta piora do MELD?

A

Exame de imagem para avaliar presença de trombose ou CHC (USG ou TC geralmente)

Hemo e urocultura;

Análise do líquido ascítico se ascite

31
Q

Conduta diante do adenoma hepático com sangramento?

A

Estabilidade hemodinâmica - embolização e posterior ressecção

Instabilidade hemodinâmica - cirurgia

32
Q

Qual a fisiopatologia envolvida na formação da hiperplasia nodular focal?

A

Hiperproliferacao de hepatocitos em meio arteríola anômala

33
Q

Quais são as características topográficas da HNF?

A

Hipervascular pelo homogêneo na fase arterial
Isodenso nas fases tardias
Cicatriz central - presente em 60% dos casos > 3cm

34
Q

Qual característica observada na RNM com primovist de uma HNF que o diferencia de um adenoma?

A

Hipersinal na fase hepatobiliar (tem afinidade pelo primovist, que o adenoma não tem)

35
Q

Qual a etiologia dos cistos hepáticos simples?

A

Epitélio ductal que não se comunica com a árvore biliar

36
Q

Quais são os padrões do cisto hepático na TC? e na RM?

A

TC:
Padrão bem delimitado, hipodenso (0-10UH), sem realce nas fases contrastadas

RNM:
Em T1, baixo sinal, homogêneo, em T2 hipersinal

37
Q

Quando operar um cisto hepático? Quais as opções de abordagem cirúrgica?

A

Tratar apenas quando sintomático;
Opções: aspiração percutânea, destelhamento (mais comum), excisão, hepatectomia

38
Q

Qual o segmento hepático mais acometido por cistoadenoma biliar?

A

IV

39
Q

Há associação do cistoadenoma biliar com malignidade?

A

Sim, em até 30% dos casos

40
Q

Qual o achado anatomopatológico do cistoadenoma biliar?

A

cisto multiloculado, com conteúdo mucinoso e dividido por septos, paredes espessadas, com tamanho variado

41
Q

Quais são os marcadores tumorais associados ao cistoadenoma biliar?

A

CEA e CA19.9

42
Q

Quais são as características do cistoadenoma biliar na TC / RM?

A

Densidade maior em comparação com cistos simples; nas fases contrastadas, observa-se realce das septações ou nas paredes do cisto

43
Q

O que fazer diante de um cistoadenoma biliar?

A

Geralmente não se biopsia; trata com base na imagem;
Ressecção do cisto com margens, eventualmente se faz tecnicas poupadoras de parenquima, com ablação da parede residual do cisto

44
Q

Qual a classificação utilizada para doença hepática policística?

A

Classificação de Gigot

Tipo 1 - poucos cistos volumosos, focais (>7cm)
» destelhamento + omentoplastia

Tipo 2 - Múltiplos cistos pequenos a médios
»ressecções + destelhamentos

Tipo 3 - Parênquima hepático tomado por cistos
» critério especial para Tx hepático

45
Q

Quais medidas devem ser tomadas diante de doença hepática policística?

A

Interromper contraceptivos e demais terapias hormonais
Tratar casos sintomáticos

46
Q

Quais são as principais condições clínicas que indicam esplenectomia?

A

PTI
Esferocitose hereditária
Deficiência de G6PD
Síndrome de Felty
» esplenomegalia e neutropenia em AR
Cistos/abscessos esplênicos
Massas esplênicas

47
Q

Quando realizar vacinação antes de uma esplenectomia? Quais são as vacinas recomendadas no SUS?

A

Idealmente até 14 dias antes.
Influenza, Pneumocócica 23V, Meningocócica C, H. influenzae

48
Q

Como é feito o diagnóstico de esquistossomos?

A

Sorologia

Parasitológico de fezes (Kato-Katz, pesquisa PCR do DNA do parasita)

Biópsia hepática / retal