Fármaco DM Flashcards

1
Q

Em relação ao tratamento da DM, o que devemos fazer com a dieta?

A

Montar uma dieta que gere déficit calórico de 500-1000 kg/dia –> leva à perda de 0,5-1kg por semana. A meta é que o paciente perca cerca de 5% do peso inicial. O ideal é que seja acima de 7%.

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2
Q

Porque que é indicado o paciente praticar exercício físico na DM?

A

O músculo condicionado capta mais glicose.

Diminui o risco CV, a obesidade, a hiperglicemia, a hipertensão.

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3
Q

Para quais pacientes devemos preescrever hipoglicemiantes orais ou injetáveis (não insulina)?

A

1) Pacientes DM2 com risco baixo a moderado de hiperglicemia.
2) Pacientes DM2 com sintomas de hiperglicemia que já passaram pelo tratamento inicial com insulina e estão estáveis.

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4
Q

Quais são as classes de remédios antidiabéticos?

A

1) Secretagogos (aumentam a secreção de insulina)
2) Os que aumentam a sensibilidade da ação da insulina
3) Os que aumentam a secreção de insulina dependente da glicose, e inibem o glucagon (análogo de GLP-1)
4) Os que diminuem a velocidade da absorção da glicose no intestino.
5) Os que aumentam a excreção da glicose na urina.

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5
Q

Em relação aos medicamentos que aumentam a secreção da insulina, as SULFONILUREIAS, diga (1) mecanismo de ação, (2) exemplos, (3) contraindicações, (4) indicações, (5) efeitos adversos. Além disso, (6) O que é fadiga pancreática?

A

(1) : Temos que a insulina se associa ao receptor SUR nas células beta pancreáticas –> fecha canais de potassio –> despolarização da célula –> entrada de cálcio –> secreta insulina.
(2) : glibenclamida
(3) : Em pacientes DM1; grávidas ou em amamentação; insuficiência renal ou hepática; após cirurgias de grande porte; e após complicações glicemias como CAD.
(4) : Usada em pacientes DM2, deficientes da secreção de insulina, mas com células-beta suficientemente funcionantes
(5) Problemas cardíacos, já que o SUR está presente em células cardíacas. Temo também hipoglicemia e ganho de peso (a insulina é anabólica). O ganho de peso é menor quando associamos com outras drogas, como metformina.
(6) Fadiga pancreática é quando hiperestimulamos a secreção da insulina em um pâncreas já competido.

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6
Q

Dentro dos medicamentos que são secretagogos de insulina temos as SULFONILUREIAS e as NÃO SULFONILUREIAS, qual a principal (1), e qual sua diferença para as sulfonilureias (2)?

A

(1) glinidas
(2) atuam em sítios diferentes, tendo uma ação reduzida. Sendo assim, possuem uma duração mais curta + potencia maior. Estimula a insulina prandial, e por isso tomamos antes de comer (controla melhor a glicemia pós prandial).
Os efeitos adversos, contraindicações, e indicações são iguais, mas as glinidas podem ser usadas na disfunção renal leve e moderada, causando menor ganho ponderal e menor risco de hipoglicemias graves.

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7
Q

(1) Qual o remédio utilizado para aumentar a sensibilidade à ação da insulina? (2) Qual sua indicação? (3) Qual seu efeito adverso? (4) Contraindicações?

A

(1) Metformina. É uma BIGUANIDA, que não só aumenta a sensibilidade, quanto inibe a gliconeogênese hepática, retarda a absorção intestinal e aumenta os níveis endôgenos de GLP-1.
(2) É A DROGA DE PRIMEIRA ESCOLHA NA DM 2.
-Pacientes DM2 (inclusive crianças);
-Pacientes com intolerância a glicose
-SOP
Reduz eventos cardiovasculares e melhora o perfil lipídico.
(3) Náuseas, vômito, diarreia, dispepsia, ácidose lática (que é a mais perigosa, e está geralmente associada a alguma disfunção renal, ICC, hipóxia - coisas que deixam a droga acumular no corpo).
(4) - Doenças hepáticas crônicas (transaminases maiores do que 3 vezes o limite superior do método), DPOC descompensada, fase aguda do IAM, alcoolismo, descompensação cetoacidótica, estados hiperosmolares e em crianças com menos de 10 anos de idade. Sua principal contraindicação é insuficiência renal.

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8
Q

O que fazer com o uso da metformina quando o paciente diabético tem IR?

A

Recomenda-se que a dose seja corrigida de acordo com a taxa de filtração glomerular, devendo ser utilizada metade da dose se o clearance de creatinina estiver entre 40 e 60 mL/min, e suspensa se for menor que 40 mL/min.

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9
Q

(1) Além das biguanidas (metformina) como drogas sensibilizadoras de insulina, qual outra classe que age dessa forma? (2) Indicação? (3) Contraindicação? (4) Efeitos adversos

A

(1) As glitazonas atuam como agonistas do receptor nuclear PPAR-gama. O PPAR-gama é um fator de transcrição intranuclear que modula a transcrição de genes relacionados ao metabolismo energético e lipídico. Aumenta o transporte de glicose pela GLUT 4.
(2) Pacientes DM + obesos ou não obesos. O efeito só se manifesta 3/4 semanas depois.
(3) hepatopatias ou elevação de 2 a 3 vezes dos níveis de transaminases séricas, etilistas, portadores de DM 1 e gestantes, portadores de ICC classes funcionais III e IV.
(4) Edema em MMI, anemia, ganho ponderal.

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10
Q

(1) Quais são os medicamentos que reduzem a velocidade de absorção da glicose no intestino? (2) Cite o mecanismo de ação. (3) Indicação? (4) Contraindicação? (5) Efeitos adversos?

A

(1) Inibidores da alfaglicosidase (arcabose).
(2) Eles inibem a alfaglicosidade no intestino delgado, que é responsável pela degradação de sacarídeos, (mas não altera a absorção da glicose). Inibe também a alfa-amilase pancreática. É um redutor de glicose pós-prandial. Ela também aumenta a saciedade ao estimular as incretinas GI.
(3) Pacientes com hiperglicemia pós-prandial.
(4) - Transtornos crônicos de absorção e digestão intestinal, doença inflamatória intestinal, ulceração de cólon, obstrução intestinal e/ou predisposição à obstrução intestinal, gravidez, lactação e insuficiência hepática ou renal (creatinina sérica > 2mg/dL).
(5) Sintomas gastrointestinais: diarreia, flatulência - já que carboidratos passarão para o cólon ser ser digeridos e serão utilizados pelas bactérias locais, levando ao acúmulo de gases. NÃO ALTERA PESO CORPÓREO, NEM CAUSA HIPOGLICEMIA.

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11
Q

(1) Quais são as drogas que aumentam a secreção de insulina dependente de glicose, e qual seu mecanismos de ação? (2) Quais os efeitos adversos de cada um?

A

(1)- Agonistas dos receptores das incretinas (saxenda) -SÃO INJETÁVEIS.
Pacientes portadores de DM2 apresentam diminuição dos níveis de GLP1 no estado pós-prandial, levando à alteração no mecanismo fisiológico de secreção de insulina e supressão de glucagon. Os agonistas resolvem isso, ao atuarem como incretinas. Normalmente, as incretinas se elevam quando comemos algo, e após a liberação na corrente sanguínea, é rapidamente inativado pela enzima DPP4.

  • Inibidores da DDP-4 (vildagliptina)
    Ao inibir a DDP-4 temos um maior tempo para as incretinas atuarem, já que não vão ser degradadas pela DDP-4. O seu uso está contraindicado em pacientes DM 1, gravidez, amamentação, além de complicações hiperglicêmicas agudas.

(2) Os efeitos adversos dos agonistas:sintomas gastrointestinais (náuseas, vómitos).
Efeitos adversos dos inibidores da DDP-4: infecções de vias aéreas superiores, náuseas e cefaleia.

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12
Q

(1) Quais são as drogas que aumentam a excreção urinária da glicose, e qual seu mecanismo de ação? (2) Quais os efeitos adversos? (3) Contraindicações?

A

(1) Dopagliflozina
São drogas que inibem a ação dos cotransportadores de glicose e sódio (SGLT2), responsáveis pela reabsorção da glicose filtrada no néfron proximal, promovendo a excreção urinária de glicose (glicosúria) de 70-130g por dia.
(2) Infecções urinárias e genitais, desidratação.
(3) Pacientes com tendência a infecções urinárias de repetição

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13
Q

Quais são as únicas drogas da DM que o SUS oferece?

A

metformina, glibenclamida e glicazida

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14
Q

Quais as indicações para começar insulinoterapia com pacientes DM2?

A
  • Falência terapêutica de medicações orais combinadas;
  • Hiperglicemia acima de 300mg/dL no diagnóstico, ao menos em fases iniciais da terapia;
  • Gestantes (pois outros antidiabéticos orais são contraindicados);
  • Emagrecimento progressivo atribuído à DM;
  • Situações de estresse agudo, como diabéticos que passaram por cirurgias, episódios de AVC, IAM etc., pois nesses casos uma hiperglicemia compensatória pode dificultar a produção de insulina endógena. Devemos controlar os níveis sistêmicos e conferir se a capacidade de produção foi recuperada, para depois suspender o uso.

Podemos manter o uso de sensibilizadores concomitantes, mas o uso de secretagogos passa a ser contraindicado, afinal, não podemos estimular células que já estão em falência.

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15
Q

Quando é que usamos insulinoterapia? Qual sua reação adversa mais comum?

A
  • Diabetes mellitus tipo 1 (a insulina é imprescindível);
  • Glicotoxicidade/insulinopenia: mostram que o pâncreas não está dando conta e o paciente apresenta os sintomas clássicos da diabetes: polifagia, poliúria, polidpsia e perda de peso;
  • Fase tardia do diabetes mellitus tipo 2. As vezes pode ser só pra normalizar um quadro agudo
  • Reação adversa: hipoglicemia
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16
Q

O que é lua de mel?

A

O período de lua de mel ocorre em algumas pessoas com DM1 logo após o aparecimento do diagnóstico inicial e uma vez que o tratamento com insulina é iniciado. Durante esse período, o diabetes de uma pessoa pode entrar em remissão ou desaparecer. Esse período corresponde a uma fase em que ainda existem algumas células beta do pâncreas funcionantes e assim, o corpo mantém alguma capacidade de produzir insulina.

17
Q

Quais são os quatro tipos de insulina? Fale sobre os dois primeiros (controle pós-prandial).

A
  • Insulina de ação rápida, curta, intermediária e prolongada
  • Insulinas de ação rápida são administradas para mimetizar a liberação prandial (hora da refeição) da insulina e controlar a glicose pós-prandial. Elas podem ser usadas também em casos em que são necessárias correções rápidas de glicose elevada.

São administradas 15 minutos antes ou de 15 a 20 minutos depois de iniciar a refeição.

  • Insulinas de ação curta também são usadas para controlar a hiperglicemia após as refeições, mas não costuma ser utilizada em situações emergenciais.

A insulina regular (curta) deve ser injetada por via SC 30 minutos antes da refeição.

18
Q

Explique o que ocorre na insulina de ação intermediária e a de longa duração.

A
  • Insulina neutra com protamina Hagedorn (NPH):
    É de ação intermediária formada pela adição de zinco e protamina à insulina regular (ação curta). A combinação torna o complexo menos solúvel, resultando em retardo na absorção e ação prolongada. - É usada para controle basal (jejum) nos diabetes tipos 1 e 2 e, em geral, é dada junto com a insulina de ação rápida ou curta para controle na hora da refeição.
  • A insulina NPH deve ser dada somente por via subcutânea (nunca intravenosa), e não deve ser usada quando é necessário baixar rapidamente a glicose (p. ex., cetoacidose diabética).
  • Insulinas de ação prolongada
    O ponto isoelétrico da insulina glargina é menor do que o da insulina humana, levando à formação de um precipitado no local da injeção, o qual libera insulina por um período prolongado. Tem início mais lento do que a insulina NPH e um efeito hipoglicêmico achatado e prolongado, sem pico. Como com a insulina NPH, a de longa duração é usada para controle basal e devem ser administradas somente por via SC.
19
Q

Quais são os esquemas de aplicação da insulinoterapia?

A

1) Múltiplas aplicações (basal-bolus)
2) Duas aplicações
Ambos os esquemas acima devem ser monitorados através da aferição da glicemia antes e depois das três principais refeições.
3) Infusão contínua

20
Q

Como é o esquema de insulinoterapia das múltiplas aplicações (Basal-bolus)?

A

O ideal seria: glardina de manhã (ação prolongada, para simular a insulina basal 24 h) + lispro 3 x ao dia (ação rápida para simular a insulina pós-prandial).
Mas ambas não são disponíveis no SUS.
Temos que usar então: NPH (intermediária) para simular a insulina basal, e a de ação curta (regular) para simular os picos pós-prandiais. Como a NPH dura metade do tempo, são necessárias duas aplicações, uma pela noite (antes do jantar ou antes de dormir – bed time) e três aplicações da regular, 45min antes das refeições.

21
Q

Como é o esquema de insulinoterapia das duas aplicações?

A

As insulinas NPH e Regular são as únicas que podem ser administradas em conjunto, de uma só vez.2/3 da dose total pela manhã e 1/3 pela noite, antes do jantar. Dessa forma, espera-se que as respectivas glicemias sejam cobertas por:
• Glicemia Matinal: NPH Noturna.
• Glicemia Pós-Desjejum: Regular Matinal.
• Glicemia Pré-Almoço: NPH Matinal + Regular Matinal.
• Glicemia Pós-Almoço: NPH Matinal.
• Glicemia Pré-Jantar: NPH Matinal.
• Glicemia Pós-Jantar: Regular Noturna.

Não é o ideal, pois difere das curvas fisiológicas. Porém, tem menos furadas, o que leva o paciente a aderir mais ao tratamento. Um dos problemas mais comuns é a hiperglicemia matinal que acontece por mecanismos de resposta fisiológica – os chamados Fenômeno do Alvorecer e Efeito Somogyi.

22
Q

Como é o esquema da insulinoterapia da infusão contínua?

A

É o mais caro e consiste numa bomba de infusão que administra insulina subcutânea no paciente através de um catéter, posto por ele mesmo, e substituído a cada 3 dias. Pode ser programado para liberar insulina basal em horários pré-definidos e bolus de acordo com a demanda, quando as refeições estiverem próximas.

23
Q

Em pacientes portadores de DM2 que utilizam terapia oral combinada (efetiva) mas não suficiente, podemos fazer uso de insulina somado aos medicamentos utilizados. Quais cuidados devemos ter?

A

Não associar a insulinoterapia a sulfonilureias ou Glinidas. Começar utilizando a NPH bed time ou Glargina/Detemir(ação prolongada) pela manhã. O mais comum é que não iniciemos com um dos esquemas prontos, e sim com a introdução gradual, ajustando as doses de acordo com as glicemias pré e pós-prandiais obtidas, podendo aumentá-las até que se alcance os esquemas de insulinoterapia.

24
Q

Em pacientes portadores de DM2 que utilizam terapia oral combinada (efetiva) mas não suficiente, podemos fazer uso de insulina somado aos medicamentos utilizados. Quais cuidados devemos ter?

A

Não associar a insulinoterapia a sulfonilureias ou Glinidas. Começar utilizando a NPH bed time ou Glargina/Detemir(ação prolongada) pela manhã. O mais comum é que não iniciemos com um dos esquemas prontos, e sim com a introdução gradual, ajustando as doses de acordo com as glicemias pré e pós-prandiais obtidas, podendo aumentá-las até que se alcance os esquemas de insulinoterapia.

25
Q

Cite os componentes da síndrome metabólica. Eu preciso ter quantos dos citados para fechar o diagnóstico?

A

• Aumento da circunferência abdominal:
▪ É o mais importante critério da síndrome metabólica;
▪ Homem ≥ 90cm/ mulher ≥ 80cm.
• Glicemia > 100mg/dl em jejum ou em tratamento para hiperglicemia;
• HDL colesterol ≤ 40mg/dL em homens ou ≤ 50mg/dL em mulheres;
• Triglicerídeos ≥ 150 mg/dL ou em tratamento para triglicerídeos elevados;
• Hipertensão ≥ 130x85 mmHg ou uso de medicamentos para hipertensão.

Preciso de pelo menos 3 –> síndrome metabólica.