F1 - Sistema complemento Flashcards
Vias do sistema complemento
- Clássica
- Alternativa
- Lectina
Via clássica
características
- Necessita do complexo Ag-Ac para ativar a via.
- O anticorpo pode ser o IgM ou IgG.
- O anticorpo possui regiões constantes e variáveis
- Tem os seguintes complementos: C1, C4 e C2.
Ativação da via clássica
1 - Ac (Região variável) se liga à membrana do patógeno → modificação na conformação da região constante, onde se ligará o C1 (livre e inativado no sangue)
2 - C1 possui três estruturas: r, p e s. # Quando o C1 se liga ao Ac ativa a porção C1p, depois a C1r e por último a C1s → A porção C1s ativada significa que o C1 está totalmente ativado e pronto pra clivar C2 e C4
- C1 quebra o C4 → C4a (menor) e C4b (maior)
- C4b fica na superfície do antígeno
- C1 quebra C2 → maior (C2a) e menor (C2b)
- C2a fica na superfície
- 4b+2a = C4b2a (convertase de C3)
- C4b2a quebra C3 = C3a + C3b
- C3b é acoplado ao C4b2a = C4b2a3b (C5 convertase)
- C4ab2a3b quebra C5 = C5a + C5b
- C5b inicia a montagem do sistema de ataque a membrana
- C6 se liga a C5B, em seguida C7, C8 e C9 → Canal transmembrana lizando a célula
Complexo de ataque a membrana
• C6, C7, C8 e C9 → Complexo de Ataque à Membrana (MAC)
Via alternativa
- Precisa somente de um corpo estranho para ativação da via
2. Tem os seguintes complementos: C3, Fator B e Fator D.
Patógeno possui pequena quantidade de ácido siálico em sua superfície
- Permite o reconhecimento como corpo estranho
2. As células do corpo humano possuem também ácido siálico ao seu redor, porém em grande quantidade.
Via alternativa
- C3 quebra espontaneamente
- Fator D quebra B = Ba e Bb
- C3b+Bb = C3bBb (C3 convertase)
- C3bBb quebra C3 = C3a + C3b
- C3b acopla a C3bBb = C3bBb3b (C5 convertase)
- C3bBb3b Cliva C5 = C5a + C5b
- C5b inicia a montagem do sistema de ataque a membrana
- C6 se liga a C5B, em seguida C7, C8 e C9 → Canal transmembrana lizando a célula
Via da lectina
Não possui anticorpo. Ligação de lectinas a superfície de patógenos
- Patógeno apresenta em sua membrana açúcar livre onde se ligará o MBL ( lectina ligante de manose)
- MBL ligado estimula a ligação do MASP1 e em seguida, MASP2.
- Esse complexo ativa o sítio de clivagem do MASP2
• Cliva C4 → C4a (menor, livre) e C4b (maior: aderido à membrana do patógeno)
• Cliva C2 → C2a (maior: aderido à membrana do patógeno) e C2b (menor, livre)
Funções do complemento
- Aumento da fagocitose
- Neutralização viral
- Remoção de complexos imunes
- Respostas inflamatórias locais
Controle do sistema complemento
- É realizado por proteínas solúveis e ligadas a membrana de diferentes tipos de células
- Inativação do C1
- Prevenção de Convertase de C3
- Prevenção da Convertase de C3 (Via Alternativa):
- Prevenção de Convertase de C3 (Via Clássica):
- Prevenção de Ataque as Células Vizinhas:
- Prevenção do MAC quando a célula não é estranha
Deficiências do sistema complemento
- Deficiência de C1, C4 e C2 → Doenças de imunocomplexos.
- Deficiência de C1-Inh (fator inibidor de C1) → Excesso de C2b → Angioedema hereditário.
- Deficiência de C3
o Falha na função fagocitária.
o Falha na montagem de resposta imune adaptativa.
o Maior susceptibilidade a infecções recorrentes. - Deficiência de MAC → meningites meningocócicas.
- Defeitos no ancoramento do DAF e do HRF → Lise dos eritrócitos → Hemoglobinúria paroxística noturna.
Dosagem c3 e c4
- Níveis diminuidos C3 acompanhados de níveis normais de C4 → Podem estar associados à: glomerulonefrite aguda, glomerulonefrite membranoproliferativa, doença de complexos imunes, lúpus eritematoso sistêmico ativo e deficiência congênita de C3
- Níveis diminuidos C3 acompanhados de níveis diminuidos C4 → Podem estar associados a lúpus eritematoso sistêmico ativo, doença do soro, hepatites autoimunes ou crônicas, endocardite infecciosa e doença de imunocomplexos
- Níveis normais de C3 acompanhadas de níveis diminuidos C4 → Podem estar associados à doença de imunocomplexos, estados hipergamaglobulinêmicos, crioglobulinemia, angioedema hereditário e deficiência congênita de C4.
Complemento total ch50
- Níveis decrescentes → São associados a insucessos terapêuticos e podem ser indicadores de mau prognostico (especialmente em glomerulonefrites autoimunes).
- Valores aumentados → Leucemia, doença de Hodgkin, sarcoma, numerosas patologias que cursam com reações inflamatórias como resposta de fase aguda.
- Valores diminuídos → Glomerulonefrites crônicas, artrite reumatoide, anemia hemolítica, lúpus eritematoso sistêmico, glomerulonefrites agudas.