Extubação Flashcards

1
Q

Extubação: epidemiologia da falha?

A

Incidência de 15%
Associada a piores desfechos e aumento de mortalidade

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Extubação: Parâmetros a serem avaliados pré extubação? (3)

A

1 - nível neurológico e proteção de via aérea
2 - aptidão respiratória e testes de respiração expontânea (TRE)
3 - risco de estridor pós extubação e teste do cuff leak

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Extubação: Verdadeiro ou Falso - Escala de Coma de Glasgow é suficiente para planejar a extubação

A

Falso.

A ECG foi utilizada por muito tempo como um dos principais marcadores para ver aptidão para extubação.
Hoje temos estudos que indicam que o ECG por si só tem uma capacidade preditiva muito ruim para sucesso de extubação (predição de falha ruim) - atrasam o procedimento
70-80% de pacientes com ECG baixo (≤ 8) podem ter extubação bem sucedida se tiverem outros marcadores de proteção de via aérea

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Extubação: atrasar o procedimento acarreta em…

A

Maior risco de pneumonia associada a ventilação
Maior custo de internação

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Extubação: quais os critérios de avaliação neurológica e proteção de via aérea que devem ser avaliados? (4)

A

Além de Escala de Coma de Glasgow:
- Capacidade de obedecer comando
- Pico de fluxo da tosse
- Volume de secreção

Devem ser avaliados conjuntamente
Se os três parâmetros estão inadequados, a taxa de falha se aproxima de 100% independentemente do sucesso nos testes de respiração espontânea

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Extubação: critérios para considerar desmame da VM (5)

A
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Extubação: tarefas para capacidade de obedecer comandos (4)

A
  • Abrir os olhos
  • Olhar para o examinador
  • Apertar a mão
  • Mostrar a língua

Execução desses comandos é produtor de sucesso de extubação melhor que o Glasgow

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Extubação: Pico de Fluxo de Tosse - qual valor?

A

Avalia manejo de secreção da via aérea

Pico de fluxo de tosse < 60 L/min = maior risco de falha

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Extubação: volume de secreção - qual valor?

A

Avalia manejo de secreção da via aérea

Volume de secreção > 2,5 mL/h ➝ maior risco de falha

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Extubação: Teste de Respiração Expontânea (TRE) serve para que?

A

TRE satisfatório avalia a aptidão respiratória para a extubação

Ele simula o paciente sem o suporte ventilarório mecânico e avaliar se conseguimos suprir com técnicas não invasivas

O TRE não tem capacidade 100% de predizer falha. Mesmo TRE bem sucedido, avaliar risco de falha para definir uso de VNI.

taxa de 10% de falha de extubação

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Extubação: uso de VNI pós extubação?

A

Ventilação não invasiva (VNI) após a extubação pode reduzir a probabilidade de falha

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Extubação: paciente de alto risco para falha de extubação (4)

A

Pacientes com maior risco de falhar mesmo com TRE +

  • idade > 65 anos
  • qualquer doença cardiovascular prévia
  • qualquer doença pulmonar
  • obesidade

DCV: FE ≤ 45%, edema pulmonar prévio, cardiopatia isquêmica, fibrilação atrial
DP: DPOC, síndrome de hipo ventilação, doença pulmonar restritiva
Obesidade: IMC > 30-35

Obs.: Critérios de alto risco de insuficiência respiratória após extubação não são consensuais entre diretrizes

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Extubação: paciente alto risco para falha de extubação - recomendação?

A

VNI preventiva após extubação por período de 48h para reduzir risco de falha

> 8 horas por dia com média de 22h de VNI em 48h

Cateter nasal de alto fluxo pode ser utilizado entre as sessões de VNI

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Extubação: VNI facilitadora - o que é?

A

Extubação e início imediato da VNI mesmo em pacientes que não passaram no TRE e ainda apresentam necessidade de pressões de suporte baixas (8-12cmH2O)

Reduz tempo de ventilação mecânica sem aumentar riscos
Mais benéfica em pacientes com DPOC com desmame dificultado (48-72h)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Extubação: VNI facilitadora - o que é?

A

Extubação e início imediato da VNI mesmo em pacientes que não passaram no TRE e ainda apresentam necessidade de pressões de suporte baixas (8-12cmH2O)

Reduz tempo de ventilação mecânica sem aumentar riscos
Mais benéfica em pacientes com DPOC com desmame dificultado (48-72h)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Extubação: estridor pós extubação - epidemiologia e causas (4)?

A

Pode ocorrer em até 10% dos pacientes

Causas
- edema de laringe e pregas vocais (+ comum)
- lesão laríngea pela intubação
- presença de secreção espessa
- estenose de traqueia

17
Q

Extubação: fatores de risco para estridor pós extubação? (6)

A
  • Intubação prolongada
  • Intubações traumáticas
  • Necessidade de reintubação após extubação acidental
  • Mulheres
  • Idade avançada (>80 anos)
  • Tubo traqueal grande para altura (relação altura/tamanho do tubo menor que 220 - altura e diâmetro do tubo em centímetros)

não é consenso de literatura

18
Q

Extubação: conduta diante de paciente com fator de risco?

A

Realizar testes para avaliar o risco de estridor antes da extubação

Teste mais conhecido e validado: teste do cuff leak (teste de vazamento do balonete)

Utilizar apenas nesses pacientes, senão atrasa o processo de extubação

19
Q

Extubação: conduta diante de paciente com fator de risco?

A

Realizar testes para avaliar o risco de estridor antes da extubação

Teste mais conhecido e validado: teste do cuff leak (teste de vazamento do balonete)

Utilizar apenas nesses pacientes, senão atrasa o processo de extubação

20
Q

Extubação: teste do cuff leak - como realizar?

A

Desinstalar o balonete do tubo traqueal
Avaliar a passagem do ar com ausculta de traqueia ou observação dos volumes na ventilação mecânica

Teste positivo = sem ausculta ou diferença de volumes < 110 mL ➝ maior risco de estridor pós extubação

Teste negativo = ausculta de passagem de ar ou diferença de volumes > 110 mL ➝ indica presença de vazamento ao redor do balonete desinsuflado ➝ há espaço entre tubo e traqueia (VA não significativamente obstruída)

Diferença de volumes = diferença entre volume inspiratório e expiratório (Vi > Ve)

21
Q

Extubação: teste do cuff leak positivo - conduta?

A

Teste do Cuff Leak + ➝ corticoide IV 4 horas antes de programar a extubação (metilprednisolona 40mg)

Não repetir o teste após este período para fazer a extubação

Se ocorrer estridor após a extubação ➝ nova dose de corticoide + adrenalina em nebulização (solução de Adrenalina 1mg em 5mL) ➝ se persistir: considerar reintubação

não recomendado = uso de VNI (aumenta mortalidade - atrasa intubação)

22
Q

Extubação: o que mais avaliar? (2)

A

Isoladamente não contraindicam o procedimento

  • uso de droga vasoativa: noradrenalina > 0.1 mcg/kg/min aumenta risco de falha de extubação (principalmente com sinais de choque)
  • jejum: apenas para pacientes com alto risco de broncoaspiração (Lancet 23 - não inferioridade de manutenção da dieta enteral X jejum 6h no risco e pneumonia)
23
Q

Extubação: preparo?

A
  • Material para suporte de Oxigênio e VNI (conforme avaliação de risco)
  • Decúbito elevado para manter o paciente sentado
  • Aspirar via aérea baixa e cavidade oral
  • Retirar fixações de tubo orotraqueal
24
Q

Extubação: manobra?

A

Solicitar para paciente inspirar profundamente e exalar/tossir após.
Ao exalar, desinsuflar o balonete e retirar o tubo em único movimento

25
Extubação: critérios para alto risco de broncoaspiração em pacientes intubados?
- Presença de vômitos - Presença de conteúdo gástrico em aspiração supraglótica ou endotraqueal - Necessidade de sonda pós pilórica - Íleo metabólico/paralítico