EXAME FINAL Flashcards

1
Q

LÍRICA

O que é uma lírica?

A

Tradição autobiográfica; uma pesquisa interior, auto-analisasse sem receio de lidar com contradições

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

LÍRICA

Que características contém a lírica/poesia de Camões?

A

*Questionamento; a lírica de Camões esta cheio de pontos de interrogação - questiona-se a si proprio

  • Narração; contém histórias, principalamente de desgraça/infelicidade
  • Verticalidade; o poeta/autor masculino postos num patamar abaixo e a mulher/personagem posta a um nível superior
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

LÍRICA

Quando é que surge a primeira edição da lírica tradicional de Camões?

A

1595

Rhytmas, impressa por Manuel de Lira

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

LÍRICA

Quantas composições foram escritas na lírica tradicional?

A

118 composições

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

LÍRICA

Quais são os dois tipos de lírica?

A
  1. Medida Velha ( tradicional / em redondilha )
  2. Medida Nova ( decassílabo )
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

LÍRICA

O que é a medida velha?
[ corrente tradicional ]

A

Formas tradicionais em que são aproveitados os temas da poesia trovadoresca dos Cancioneiros e as formas da poesia palaciana

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

LÍRICA

O que é a medida nova?
[ corrente renascentista ]

A

Formas renascentistas em que os temas e modelos formais revelam a cultura humanística e clássica do autor

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

LÍRICA

Como é composta a medida velha?

A

Composta em verso irregular; com predominância dos versos de cinco/sete sílabas)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

LÍRICA

Quem inspirou a irregularidade dos versos na medida velha de Camões?

A

Cancioneiros peninsulares; durante todo século XV e no inicio do século XVI

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

LÍRICA

Onde e como surge a medida nova?

A

Península Ibérica (Portugal e Espanha)

Surge de forma gradual e não superadora

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

LÍRICA

O que é o regime de alternância?

A

No culto da medida nova, não foi enjeitada o verso antigo. Usava-se as duas formas

Sá de Miranda (1487-1558)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

LÍRICA

O que é que Wilhelm Storck falou na sua obra

A

A medida velha corresponderia a uma fase incial da produção do poeta; coincidindo com o período anterior à sua entrada na Corte

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

LÍRICA

Qual é a diferença entre a medida velha e a medida nova?

A

A medida nova tem mais profundidade mas torna-se mais documental do que estético

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

LÍRICA

O que é que Isabel Almeida falou sobre a lírica tradicional?

A

Era o espaço de liberdade do poeta; mais internalização

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

LÍRICA

Quais são os planos temáticos na poesia tradicional?

A
  1. Tópicos de Circunstância
  2. O desconcerto do mundo
  3. O desengano
  4. O amor
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

LÍRICA

Qual foi o impacto que tomou o modo peninsular?

A

Acentua os dotes de um poeta repentista e convival [Camões]; aludindo a temas que dão corpo a mundividência profunda

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

LÍRICA

“Molde artístico permanente” ?

A

A circunstância de o poeta ter feito do poema um longo exame de vida

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

LÍRICA

Contacto direto com o espaço galaico-português?

A

Coincidencia temática entre a poesia de Camões e a tradição trovadoresca; [presente entre os séculos XII e XIV]

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

LÍRICA

Ligação entre os trovadores e Camões

A

A linha que conduz dos trovadores a Camões não é contínua, mas derivada

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

LÍRICA

Outro nome para a poesia escrita em medida velha?

A

“Grosas e voltas”

21
Q

LÍRICA

Outro nome para a poesia escrita em medida nova?

A

“Canções e odes”

“Elegias e oitavas”

22
Q

LÍRICA

“Esparsa sua ao desconcerto do mundo”

A

LIRICA TRADICIONAL DE CAMÕES

  • Camões aqui discute os objetos de castigo e os objetos premiados (“mar de contentamentos”) ao longo das suas experiencias vividas.
  • Conclui que o mundo funciona de forma justa só para ele (na sua mente)
23
Q

LÍRICA

“Enquanto quis Fortuna que tivesse”

A

MEDIDA NOVA: SONETOS

Camões aclara as 2 identidades que ele assume que são requisitos determinados:

  • a Fortuna (consente-lhe paixão e escrita)
  • o Amor (que tanto lhe fez sofrer)
24
Q

LÍRICA

Maneira Camoniana?

A
  • exprimir tragedia (pessoal/colectivo)
  • questionar amor
  • denunciar injustiças
  • representar natureza
  • interpretar sinais do tempo (interior/cívico)
25
Q

LUSÍADAS

O que é uma epopeia?

A

É um poema épico ou lírico;
É um poema heroico narrativo extenso que contém uma coleção de fatos históricos, lendarios ou mitológicos

Eterniza lendas seculares e tradições ancestrais, preservada ao longo dos tempos, pela tradição oral/escrita

26
Q

LUSÍADAS

Qual é o tipo de género da epopeia?

A

É um género supremo e mais exigente

27
Q

LUSÍADAS

O que é que requere uma epopeia?

A
  • Saber abrangente/vasto; enciclopédico
  • Saber científico; astrológico/matemático
    [Un conhecimento que não esta ao alcance de todos os poetas]
  • Alternação em diferentes registos estilísticos; líricas, tragédias
    [A poesia lírica é considerada como um tirocínio (preparação) para a poesia épica]
28
Q

LUSÍADAS

Qual é a função das epopeias?

A
  • Sedimentar uma memoria em comum; tornar mais forte a consciencia coletiva
  • A ideia de construir uma memoria em comum é o que une as pessoas/comunidade (necessidade cívica)
29
Q

LUSÍADAS

Espada & Pena

A

Camões acentua que para poder escrever uma epopeia tem que ser alguem que tenha vivido experiencias guerreiras e que tenha um talento para relatar essas experiencias:

Camões = cavaleiro e poeta

30
Q

LUSÍADAS

Da antiguidade ao renascimento

A

Apenas Camões conseguiu realizar uma epopeia de assunto moderno e cristão

Com o seu enquadramento no renascimento, o poema encaixa-se na:

  • necesidade de natureza cultural
    [ fazer renascer o épico ]
  • necesidade de glorificar emprendimento
    [ aurora de um mundo novo; Os Descobrimentos ]
31
Q

LUSÍADAS

Estrutura do poema

[ linhas de ação ]

A
  • Viagem de Vasco da Gama
  • História de Portugal
  • Mitologia
32
Q

LUSÍADAS

Significado geral da mitologia

A
  • uma das regras do género das epopeias
  • unidade interna de ação; personagens ativas são humanizadas e personagens monolíticas são deshumanizadas
  • embelezar a narração que se arriscava em tornar-se prosaíca
  • servem como autores de referencia; formulação de profecias
  • evidencia da supremacia; os deuses serem polo de confronto dos homens
33
Q

LUSÍADAS

Importância da Dedicatória:

Quantas estancias tem a dedicatória?

A

18 estancias

34
Q

LUSÍADAS

Importância da Dedicatória:

Como era visto D. Sebastião?

A
  • visto como a garantia da “Lusitana antiga liberdade”
  • visto como representante do povo escolhido por Deus
  • com potencial de ser um monarca poderoso
35
Q

LUSÍADAS

Importância da Dedicatória:

Qual é a esperança de Camões?

A

Camões vive na esperança de que D. Sebastião investirá o seu reinado também na continuação da ação épica; espalhando importância sobre a Fé cristã e o Império

36
Q

LUSÍADAS

Importância da Dedicatória:

O que é que Camões acentua na dedicatoria?

A

Camões oferece o seu canto ao valor dos Portugueses: onde o Rei poderá aperceber-se do real valor do povo que governa

37
Q

LUSÍADAS

Importância da Dedicatória:

Estrutura da Dedicatória

A

> Consiste de muitas formas imperativas/2ª pessoa verbal; sugerindo nobreza e respeito ao Rei

Estrutura:
* EXÓRDIO
* EXPOSIÇÃO
* CONFIRMAÇÃO COM EXEMPLOS
* PERORAÇÃO
* EPÍLOGO

38
Q

LUSÍADAS

Importância da Dedicatória:

Segunda dedicatória?

A

Camões concluirá a sua dedicatória no final do seu poema no canto X, onde se dirige de novo a D. Sebastião

39
Q

LUSÍADAS

Relação entre História e Poesia:

O que diz Paulo Fernando da Motta de Oliveira?

A

Fala que existe uma “distância entre a sua história verdadeira e as fábulas cantandas”

“Os feitos que canta são superiores … tópicos recorrentes”

40
Q

LUSÍADAS

Qual é a diferença entre as obras de Fernão Lopes e Camões?

A

De modo diferente ao cronista, Camões acredita que quem faz a História são os heróis bem individualizados; sobretudo os militares

41
Q

LUSÍADAS

Episodios:

Inês de Castro
III

A
  • Amor proibido entre Inês de Castro e D. Pedro I
  • Eliminação, mandado pelo Rei, levou a sua morte para além de ser inocente
  • Código cavaleiresca posto em causa: matar a um inocente?
  • 1 das súplicas femininas d’Os Lusíadas

“linda Inês” / “palida donzela”
“memorias de alegria” / “memorias eterna”
“contra uma dama, ó peitos carniceiros, feros vos amostrais e cavaleiros”

42
Q

LUSÍADAS

Episodios:

Despedidas de Belém
IV

A
  • Enaltece os Descobrimentos e a dor, o sofrimento e o sacrificio direto e indireto:

diretamente; das pessoas envolvidas (marinheiros)

indiretamente; dos familiares (mães/esposas)

“as mulheres com choro piedoso,
os homens com suspiros que arrancavam”
[maes] “desta cansada ja velhice minha”
[esposas] “o doce e amado esposo”
“é de amor usança boa, a quem se aparta, ou fica, mais magoa”

43
Q

LUSÍADAS

Episodio acrescentado:

O Velho de Restelo
IV

A
  • No ámbito das despedidas, a fala de um velho é uma voz autorizada e consciente, de “bom senso”, ouvida com atenção.
  • Critica/de contra da razão pela aventura marcada, os “fraudulentos gostos” atrás da “Glória” e da “Fama”.
  • António José Saraiva entende ser esta personagem a voz do próprio Camões: preferindo que a aventura portuguesa fosse feita no Norte de África.

“saber só de experiências feito; tais palavras tirou do experto peito”
“dura inquietação d’alma e da vida”
“à bruta crueza e feridade, pueseste nome esforço e valentia”
“maldito o primeiro que, no mundo, nas ondas vela pôs em seco lenho”

44
Q

LUSÍADAS

Episodios:

O Gigante Adamastor
V

A

Uma infelicidade amorosa com muito simbolismo:

  • Das forças cósmicas que o homem terá de vencer para alcançar a meta desejada
  • Destruição completa; domínio total dos mares
  • Anti-heroi que desaparece para dar lugar aos verdadeiros herois (os Portugueses)

“um grande medo; bramindo, o negro mar de longe brada”
“qual será o amor bastante de Ninfa, que sustente o dum Gigante”

45
Q

LUSÍADAS

Episodios:

Os Doze da Inglaterra
VI

A

Cavaleiros portugueses resgataram damas indefesas ingleses:

  • A reposição dos valores cavaleirescos
  • O significado global da cavalaria n’Os Lusíadas
46
Q

LUSÍADAS

Episodios:

Ilha dos Amores
IX | X

A

Preparação da Ilha

Chegada da Frota

Encontros de Amor

47
Q

LUSÍADAS

Importancia das estancias finais

A

Segredos do Espaço do Tempo
(visão científica VS visão estética)

Epilogo
Fim da epopeia?
Camões realiza uma infedelidade aos acontecimentos históricos realistas

48
Q

LUSÍADAS

Quais são os dois tipos de amor n’Os Lusíadas?

A

Amor Sublime
- amor que se assume a nivel dos Deuses e do seu contacto;
- amor que enche as personagens femininas;
- amor à maneira cavaleiresca;
- amor que diz lindos versos/perseguições

“Baxo Amor”
- amores ilicitos

Resumindo, n’Os Lusíadas, o tema do amor é visto como um destino trágico que se impõe aos homens