Etiopatologia das lesões Flashcards
Defina hipoxia
Diminuição ou parada do fornecimento de O2
Defina isquemia
Redução ou parada do suprimento de sg
Defina edema
É o acúmulo de água no meio extracelular
Quais as consequências resultantes da hipoxia
- Degeneração hidrópica
- Esteatose
- Necrose
- Aumento se cálcio
Como ocorre a degeneração hidrópica
Devido à queda de oxigênio, ha uma redução da produção de ATP, isso leva a uma disfunção da bomba de sodio e potássio. Isso faz com que haja acúmulo intracelular de sódio, acumulando água dentro da célula
Como ocorre a esteatose
Pela queda de oxigênio há um aumento de NADH e FADH2 inibindo o ciclo de krebs, porém aumenta acetil-coA intracelular (glicólise continua ocorrendo) o que aumenta ácido graxos e triglicerídeo
Como ocorre a necrose
Queda de oxigênio e aumento de glicólise e consequente aumento do piruvato intracelular e ácido latico, o que reduz o pH. A redução de pH faz com que a molécula de DNA sofra condensação e não permita a transcrição em RNA e produção de proteínas, o que leva ao colapso da célula e necrose
Aumento de calcio
Redução de oxigênio leva disfunção da bomba de cálcio aumentando o cálcio intracelular, isso ativa a fosfolipase (degrada a mp), protease (degrada citoesqueleto) e endonuclease (degrada DNA) > morte da célula
Quais as respostas celulares da hipoxia
ATP consumido pelas bombas ionicas e sínteses celulares, +glicólise, +captação de glicose, -gliconeogenese e síntese de lipideos
Qual o ponto de não retorno da hipoxia
Aumento de cálcio e queda do pH
Explosão respiratória
Quanto maior o tempo de privação de O2, maior será a necessidade de oxigênio que ela terá. Quando o fluxo sanguíneo é restabelecido, a cél. que necessita de mais O2 o consome rapidamente >fosforilação oxidativa > + radicais livres > morte celular
Radicais livres: o que são, qual a fonte, sistemas antioxidantes, o que leva ao excesso, alterações
Molécula com elétron desemparelhado no orbital externo – instável, alto poder de ligação (na tentativa de se estabilizar) > pode se ligar à lipídios, proteínas, ác. nucleicos – altera estrutura e função.
Fonte: O2. Recebe e- no fim da produção de ATP (fosforilação oxidativa) > a cada 1 e- recebido → 1 radical livre (superóxido; peróxido de hidrogênio e hidroxil).
Sistemas antioxidantes: catalases, glutationas, superóxido dismutase, vit. C e E.
Execesso: tabagismo, diabetes e conservantes (fígado).
Alterações:
• Estruturais e funcionais nas membranas –altera permeabilidade;
• Estruturais e funcionais nas proteínas/enzimas – radical livre se liga no sítio ativo da enzima ex.;
• DNA – ao se ligar altera o padrão de transcrição.
Variação de temperatura
CALOR
Queimadura:
• Facilmente infectada – tec. em decomposição é
uma porta de entrada;
• De difícil regeneração e cicatrização – regiões
com pouca irrigação, SI não consegue acessar;
Hipertermia:
• Desidratação - + sudorese, - volemia;
• + Vasodilatação periférica – sg concentra na
periferia > - resistência vascular periférica;
• Como consequência de ambos > cai PA > cai
perfusão > hipóxia.
FRIO
Vasoconstrição > - perfusão > hipóxia > necrose.
Cai a atividade enzimática > - atividade metabólica
dos órgãos.
Radiação
Ondas eletromagnéticas: quanto menor o
comprimento de onda, maior a penetração/lesão.
• Mais penetrantes são os raio-X e gama.
Tecidos mais afetados: cél. ep. de revestimento,
glândulas, tecidos germinativos e medula óssea >
pelo alto índice proliferativo.
Lesões intracelulares:
Efeitos diretos: dano as membranas lipídicas;
alteração nas proteínas; Lesão DNA (mutações).
Efeitos indiretos – aumento/produção de radicais livres:
(Raio-x pode aumentar produção de radicais –
depende do tempo; cuidado com gestantes)
Luz Solar
• Infravermelho (gera calor – queimadura);
• Ultravioleta (UVA, UVB e UVC)
− lesões pigmentadas/ síntese de melanina;
− envelhecimento precoce – degradação de
moléculas da matriz (elastina e colágeno);
− câncer – lesões no DNA a longo prazo.
Intoxicação por agentes químicos
- Natureza química;
- Dose;
- Via de “entrada”;
- Tempo de exposição;
- Idade;
- S.I.;
- Estado sistêmico (renal, hepático)
Intoxicação por monóxido de carbono
compete com o O2 no sítio
de ligação da Hb > hipóxia tecidual sistêmica >
lesões degenerativas, edema, hemorragia.
Problema com altitude
Altitude: ar rarefeito; síndrome da descompressão
> embolia gasosa.
Qual a diferença entre necrose e apoptose
*Necrose é considerada um processo “sujo”, pois
extravasa material. Já a apoptose, é um processo
“limpo”.
Sobre necrose
Ela é irreversível para a célula e é causada por agressões químicas, físicas ou biológica.
Quais as alterações nucleares na necrose
− Picnose nuclear > núcleo se condensa e reduz
de tamanho;
− Cariorrexe > fragmentação do núcleo que se
espalha pela célula;
− Cariólise > ausência total de núcleo na célula
por ter sido digerido.
Tipos de necrose
•Isquêmica: - irrigação sanguínea > -
oxigenação; área vasodilatada ao redor da
lesão; necrose é amarelada.
• Liquefação: pus, normalmente por bactérias;
odor fétido.
• Caseosa: tecido esbranquiçado e friável;
tuberculose ex.
• Gomosa: aspecto de goma/cola; sífiles ex.
• Esteatonecrose: necrose do tec. adiposo;
consistência amolecida e viscosa.
Evolução da necrose
Determinada pela capacidade mitótica
do tec. e pela extensão da lesão, além de boa
vascularização e oxigenação: regeneração, cicatrização, encistamento, eliminação, calcificação, gangrena
Regeneração
Regeneração: recuperação do padrão
morfológico e funcional originais; só é possível
em tec. com boa capacidade proliferativa.
*Processo inflamatório pode liberar fatores de
crescimento e induzir a proliferação celular
(hepatócitos ex.) > regeneração;
Cicatrização
Cicatrização: tec. conj. fibroso substitui o tec.
morto; (ex.: cirrose hepática, queimadura)
Encistamento
Encistamento: criação de uma cápsula fibrosa
para isolar o tecido morto;
Eliminação
Eliminação: colocar o tecido necrosado para
fora do corpo;
Calcificação
Calcificação: deposição de cálcio na lesão (o
cálcio participa do controle de pH e onde tem a
lesão fica ácido, o cálcio vem para tamponar)
Gangrena
Gangrena: foco de necrose, normalmente
isquêmica, sofre infecção. ex.: pé diabético, não
há irrigação sanguínea, tecido fica frágil, a
ferida não cura pela falta de irrigação (necrose
isquêmica) e infecciona.
. seca: desidratação da região;
. úmida: invasão por microrganismos
anaeróbicos – liquefaz o tecido;
.gasosa: secundária à contaminação do tec.
necrosado com microrganismos do gênero
Clostridium > produzem enzimas proteolíticas
e lipolíticas e grande quantidade de gás,
formando bolhas gasosas
Apoptose
Morte celular programada - Mecanismo
intracelular que a leva a morte é a ativação das
enzimas caspases > promovem degradação do
citoesqueleto e do núcleo da célula.
Ex.: contaminação viral > TCD8 > perfura
membrana > joga enzima que ativa caspase >
morte célula.
Ex.: mutação no DNA > p53 > ativa capase > morte
Fases da apoptose
- Fase de sinalização: é molecular, ex.: p53;
- Fase efetora: ativação das caspases >
degradação do citoesqueleto > diminui volume
celular > perda da morfologia,
especializações de membrana > núcleo é
digerido, porém membrana plasmática
permanece íntegra; - Fase da degradação: membrana
plasmática se dobra > cél. se divide em
pedaços menores (corpos apoptóticos – no
seu interior tempedaços de núcleo,
citoesqueleto e organelas); - Fase fagocítica: corpos apoptóticos são
fagocitados e digeridos por macrófagos
teciduais.