Estrutura e dinâmica da geosfera Flashcards

1
Q

O que distingue métodos diretos de métodos indiretos no estudo do interior da Terra?

A

Os métodos diretos dependem da observação direta das rochas, seja através do vulcanismo como através da exploração mineira ou sondagens. Relativamente aos métodos indiretos estes dizem respeito ao estudo de outras ciências que permitem conhecer o interior da Terra, como por exemplo a sismologia.

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2
Q

Demonstra como é que o vulcanismo pode ser considerado um método direto no estudo do interior da Terra.

A

O vulcanismo pode ser considerado um método direto, uma vez que este diz respeito a rochas que se formam a partir da solidificação de magmas, constituintes do interior da Terra. Estas rochas magmáticas ou, até mesmo, os produtos do vulcanismo, através de fenómenos de erosão ou através do movimento das placas tectónicas, irão aflorar na superfície terrestre, o que irá permitir a observação deste conteúdo rochoso.

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3
Q

Explica como é que a sismologia pode ser considerada um método indireto no estudo do interior da Terra.

A

A sismologia pode ser considerada um método indireto, uma vez que as ondas sísmicas, quando atravessam outros materiais de diferentes densidades, composições ou rigidez alteram a sua direção e velocidade de propagação.

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4
Q

O que marca uma descontinuidade?

A

Uma descontinuidade é uma linha imaginária que separa dois meios diferentes. Estas descontinuidades são possíveis de conhecer através das alterações bruscas que ocorrem nas ondas sísmicas.

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5
Q

As ondas sísmicas podem apresentar três formas, quais são?

A

As ondas sísmicas podem ser:
- Diretas - quando possuem origem no foco e não interagem com nenhuma descontinuidade.
- Refletidas - quando estas, chegando a uma descontinuidade, propagam-se no mesmo meio mas em sentido oposto.
- Refratadas - quando estas, chegando a uma descontinuidade, propagam-se num meio distinto.

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6
Q

Aborda a descontinuidade de Mohorovic ou Moho.

A

A descontinuidade de Moho, situada a 40km de profundidade, separa a crusta do manto. Nesta descontinuidade a velocidade de propagação das ondas P e S aumentam significativamente, o que revelam um aumento da densidade e rigidez de um meio para outro. Podemos concluir então que o manto é mais rígido e denso que a crusta.

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7
Q

O que ocorre, às ondas sísmicas, a partir dos 100km de profundidade?

A

Entre os 100 e os 350km de profundidade, tanto a velocidade de propagação das ondas P como das ondas S diminui significativamente, o que leva a crer que ocorre uma mudança de densidade e rigidez, ultrapassando estas uma camadas mais plástica, a astenosfera.

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8
Q

Aborda a descontinuidade de Gutenberg.

A

A descontinuidade de Gutenberg, situada aos 2900km de profundidade, separa o manto do núcleo externo. Nesta descontinuidade a velocidade de propagação das ondas P diminui drasticamente. As ondas P são refratadas e as ondas S deixam de ser registadas, uma vez que são refletidas. Acredita-se portanto que o núcleo externo é um meio fluído. A este acontecimento denominamos de zona de sombra, uma vez que não são registadas quaisquer tipo de ondas diretas. Esta zona de sombra é diferente para os dois tipos de ondas: 103º aos 142º (ondas P) e 103º aos 180º (ondas S).

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9
Q

Aborda a descontinuidade de Lehmann.

A

A descontinuidade de Lehmann, situada aos 5150km de profundidade, separa o núcleo externo do núcleo interno. Nesta descontinuidade a velocidade de propagação das ondas P aumenta significativamente, o que leva a crer que o núcleo interno é mais rígido e encontra-se em estado sólido. Podem ainda serem registadas ondas S, uma vez que as ondas P podem ao longo desta descontinuidade serem convertidas nestas.

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10
Q

Explica o geotermismo.

A

O geotermismo é um método indireto no entendimento do interior do planeta e é responsável pelo estudo do calor interno deste, resultante da desintegração de certos elementos químicos e decaimento de certos isótopos.

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11
Q

O que é o gradiente geotérmico?

A

O gradiente geotérmico diz respeito à variação da temperatura por quilómetro de profundidade.

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12
Q

Como é que a temperatura varia com a profundidade, de uma maneira geral?

A

A temperatura, de uma maneira geral, vai aumentando com a profundidade. No entanto este não pode ser considerado um aumento gradual, uma vez que existe uma zona de temperatura constante.

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13
Q

O que é o grau geotérmico?

A

O grau geotérmico diz respeito à distância, em profundidade, necessária para que ocorra um aumento de 1ºC.

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14
Q

O que entende por fluxo geotérmico?

A

O fluxo geotérmico é quantidade de calor libertada do interior da Terra para a superfície terrestre.

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15
Q

O que acontece se não se estabelecer uma relação correta entre a pressão e a temperatura. Por exemplo se a temperatura aumentar muito e a pressão manter-se constante?

A

Neste caso, ocorreria a fusão dos materiais rochosos, sendo necessário existir uma relação direta entre a pressão e a temperatura, com o aumento da profundidade.

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16
Q

O que entende por gradiente geobárico?

A

O gradiente geobárico diz respeito ao aumento da pressão por quilómetro de profundidade.

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17
Q

O que é a gravimetria?

A

A gravimetria é um método indireto do estudo do interior da Terra. Esta estuda a intensidade e a variação da força gravítica, através de gravímetros.

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18
Q

A gravidade terrestre varia a partir de quais fatores.

A

A gravidade terrestre varia conforme a latitude, altitude e existência de materiais densos.

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19
Q

Qual o valor da força gravítica ao nível médio do mar.

A

Este valor é igual a 0.

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20
Q

O que são as anomalias gravimétricas?

A

As anomalias gravimétricas correspondem a locais em que o valor da força gravítica não é regular, apresentando alguma variações. As anomalias gravimétricas positivas revelam que existe um material rochoso mais denso (jazigo/magmas) do que as rochas envolventes. Já as anomalias gravimétricas negativas mostram a existência de um material menos denso (grutas) do que as rochas envolventes.

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21
Q

Quais são as anomalias gravimétricas registadas nas cadeias montanhosas.

A

Nas cadeias montanhosas não existem anomalias gravimétricas positivas. No entanto, existem negativas, o que revela a existência de grutas e raízes constituídas por materiais rochosos pouco densos.

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22
Q

O que é o geomagnetismo?

A

O geomagnetismo é um método indireto, no estudo do interior do planeta. Este estuda a intensidade e sentido do campo magnético terrestre, através de magnetómetros.

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23
Q

Quais são as rochas mais comuns que registam a polaridade do campo magnético terrestre?

A

As rochas mais comuns que possuem tal função são os basaltos, uma vez que possuem na sua constituição minerais ferromagnesianos que se comportam como ímanes e registam essa mesma polaridade. Por essa razão, o estudo do geomagnetismo é mais favorável no fundo oceânico, pois este é constituído essencialmente por rochas basálticas.

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24
Q

O que é a polaridade inversa e a polaridade normal?

A

A polaridade inversa diz respeito ao acontecimento de quando o polo magnético norte encontra-se mais perto do polo geográfico sul.
Em contrapartida, a polaridade normal (e atual) diz respeito ao acontecimento de quando o polo magnético norte coincide com o polo geográfico norte.

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25
Q

Como é que o campo magnético fica registado nas rochas?

A

O campo magnético fica registado nas rochas desde o seu momento de formação.
Este é formado devido aos movimentos de convecção que ocorrem no núcleo externo, que criam uma corrente elétrica.

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26
Q

De que forma a astronomia pode ser vista como método indireto do estudo do interior da Terra?

A

Uma vez que se acredita que todos os astros do sistema solar possuem uma origem comum e semelhante, podemos pressupor que a constituição interna destes será semelhante à do nosso planeta. Podemos então prosseguir ao estudo de meteoritos, asteroides e fragmentos de outros astros, de maneira a obter essas informações.

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27
Q

Qual o método que contribuiu para a criação dos dois modelos sobre a constituição do interior da Terra?

A

O método mais útil na criação destes modelos foi a sismologia, uma vez que a velocidade de propagação das ondas sísmicas depende da rigidez e da densidade do material em questão.

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28
Q

A densidade e a rigidez são influenciadas por que aspetos?

A

A densidade e a rigidez são influenciadas pela pressão e a temperatura, que aumentam com o aumento progressivo da profundidade.

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29
Q

Quais são os dois modelos que permitem estudar a constituição do interior da Terra.

A

Existem dois modelos que permitem tal estudo. O modelo físico, composto por 4 camadas e o modelo químico, composto por 3.

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30
Q

Quais são as camadas do modelo químico?

A

Crusta (granitos - continental / basaltos - oceânica)
Manto (peridotitos)
Núcleo (ferro e níquel)

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31
Q

Quais são as camadas do modelo físico?

A

Litosfera (sólida e rígida)
Astenosfera (plástica e quase em estado de fusão)
Mesosfera (sólida e rígida)
Endosfera externa (líquida)
Endosfera interna (sólida e rígida)

32
Q

Distingue vulcanismo primário de vulcanismo secundário.

A

O vulcanismo primário manifesta-se através da ocorrência de erupções vulcânicas, enquanto o vulcanismo secundário através de géiseres, fumarolas e fontes termais.

33
Q

No vulcanismo primário que tipos de vulcanismo existem?

A

Dentro do vulcanismo primário, este pode ser dividido em vulcanismo fissural ou central. O vulcanismo fissural diz respeito à libertação de materiais a partir de fissuras e encontram-se associadas a magmas básicos. Relativamente ao vulcanismo central, este encontra-se associado à existência de um aparelho vulcânico.

34
Q

Quais são os constituintes de um aparelho vulcânico?

A

Cones - elevação resultante da acumulação de materiais expelidos durante uma erupção.
Chaminé - canal interior que estabelece ligação entre a câmara magmática e o exterior.
Cratera - abertura do cone vulcânico, localizado no topo da chaminé, formada a partir da explosão desta.
Câmara magmática - local situado no interior da Terra, no qual se acumula magma.

35
Q

Explica a formação de uma caldeira.

A

A libertação do magma, na sua totalidade ou parcialmente, da câmara magmática torna o aparelho vulcânico instável, o que pode conduzir ao seu abatimento originando uma caldeira, que pode acumular água e originar lagoas.

36
Q

Em que estado físico podem estar os materiais expelidos de um vulcão?

A

Os materiais expelidos de um vulcão podem se encontrar no estado sólido (piroclastos), no estado gasoso (cinzas) e/ou no estado de fusão.

37
Q

O que distingue a lava do magma?

A

O lava é um estádio seguinte do magma, no qual em contacto com a superfície perdeu certos gases na sua constituição. No entanto ambos representam materiais rochosos fundidos.

38
Q

Explica a ascensão do magma numa câmara magmática.

A

O magma encontra-se a temperaturas muito elevadas, logo é pouco denso o que irá fazer com que este ascenda, encontrando uma câmara magmática, onde este será armazenado. Quando a pressão desta câmara aumenta, este será expelido podendo atingir a superfície terrestre.

39
Q

Quais são os materiais sólidos que podem ser expelidos por um vulcão?

A

São os piroclastos, que podem possuir diferentes dimensões. Sendo a ordem dos mais pequenos para os maiores a seguinte:
Cinzas -> Lapilli -> Bombas ou blocos

40
Q

Quais são os gases mais comuns de serem expelidos por um vulcão?

A

Os gases mais comum são: vapor de água, amoníaco, dióxido de carbono e monóxido de carbono.

41
Q

As lavas podem ser classificadas em 3 tipos. Quais são? Refere as características de cada uma.

A

As lavas podem ser:
- básicas - altas temperaturas, pouco viscosas e pobres em sílica (<52%)
- intermédias - temperaturas médias, viscosidade intermédia e quantidades de sílica altas (52-65%)
- ácidas - baixas temperaturas, elevada viscosidade e quantidades de sílica muito elevadas (>65%)

42
Q

Numa erupção efusiva, as lavas, embora serem básicas, podem ser ainda classificadas em três tipos. Quais são?

A

As lavas de uma erupção efusiva podem ser:
- encordoadas ou pahoehoe, que são muito fluidas e quando solidificam possuem forma de cordas.
- escoriáceas ou aa, que são menos fluidas e quando solidificam possuem uma forma irregular e aspeto rugoso.
- lavas em almofada ou pillowlavas, associadas a erupções submarinas quando o magma arrefece muito rapidamente.

43
Q

Distingue domo/cópula de uma agulha.

A

Ambas as estruturas encontram-se associadas à solidificação de lavas ácidas, no entanto em locais distintos. As agulhas representam a solidificação de lavas ácidas na chaminé. Enquanto os domos ou cópulas representam a solidificação destas na cratera, cobrindo-a.

44
Q

Associa o tipo de erupção aos tipos de lava e refere a estrutura dos aparelhos vulcânicos.

A

Erupção explosiva - lavas ácidas, vulcões que possuem cones íngremes
Erupção mista - lavas intermédias, vulcões que possuem cones altos
Erupção efusiva - lavas básicas, vulcões que possuem cones pouco íngremes (vulcões em escudo)

45
Q

O que são as fumarolas?

A

As fumarolas são vistas como a libertação de vapor de água, resultantes do aquecimento de câmaras de água subterrâneas a partir de rochas quentes devido a magmas, através de fissuras. As fumarolas podem ser classificadas como sulfatas se ocorrer libertação de enxofre ou mofetas se ocorrer libertação de dióxido de carbono.

46
Q

O que são os géiseres?

A

Os géiseres são jatos de água, que resultam da acumulação de vapor de água em câmaras subterrâneas que, quando um limite é ultrapassado, origina a libertação deste vapor de água que arrasta consigo a água no estado líquido.

47
Q

O que são nascentes termais?

A

As nascentes termais são águas superficiais quentes e ricas em sais minerais que resultam do aquecimento das águas subterrâneas, por parte das rochas aquecidas pelo magma.

48
Q

Os vulcões podem ser interplacas e intraplacas. Distingue-os.

A

Os vulcões interplacas são vulcões que se encontram situados nos limites das placas tectónicas e os vulcões intraplacas encontram-se situados nas placas litosféricas.

49
Q

Explique o vulcanismo em zonas de subducção.

A

Este é o tipo de vulcanismo mais comum (80%), ocorrendo em limites convergentes, no qual há subducção de uma placa sobre a outra. A placa subductada irá, devido às altas temperaturas e pressão, fundir, dando origem a magma que, por ser menos denso, ascende à superfície.

50
Q

Explique o vulcanismo em zonas de divergência.

A

Este tipo de vulcanismo ocorre em limites divergentes, no qual o afastamento das placas tectónicas origina fissuras (rifte), através dos quais o magma ascende à superfície.

51
Q

Explique o vulcanismo intraplaca (hotspots)

A

Os hotspots dizem respeito a colunas (plumas térmicas) de material quente e pouco denso, provenientes da camada entre o manto e núcleo, que ascende e, ao atingir a litosfera, funde, formando-se mantos basálticos. Quando a placa se move sobre um hotspot, irá ocorrer a formação de um vulcão devido à saída do magma. Os movimentos contínuos da placa provocam a extinção e a formação de vulcões. Este tipo de vulcanismo explica a existência de ilhas no interior de placas oceânicas e de vulcões isolados no interior de continentes.

52
Q

Quais são os principais métodos de minimização de riscos vulcânicos?

A

Quando os vulcões se encontram em regiões povoadas, estes apresentam um enorme risco para a humanidade, sendo necessário a existência de alguns métodos de minimização dos riscos deste como:
- conhecer a história eruptiva, o que permitirá elaborar cartas de risco e plantas de emergência.
- criar redes de monitorização, mantendo os vulcões em constante observação, de modo a detetar possíveis anomalias.

53
Q

O que entendes por sismo?

A

Um sismo é um movimento vibratório das massas rochosas, causado pela libertação de energia.

54
Q

Os sismos podem ser acompanhados por outros de menor intensidade, quais são?

A

Os sismos podem ser precedidos por abalos premonitórios e podem ser seguidos por réplicas.

55
Q

Quanto à origem, os sismos podem ser classificados em que tipos?

A

Os sismos podem ser classificados como artificiais, quando resultam da atividade humana, e naturais quando resultam da atividade vulcânica, tectónica ou afundamento (colapsos de grutas, deslizamentos de massas).

56
Q

Explica a teoria do ressalto elástico.

A

A teoria do ressalto elástico tenta explicar a origem da energia que provoca a criação das ondas sísmicas. Segundo esta, as tensões tectónicas irão provocar a acumulação de tensões nos blocos rochosos, deformando-as. Quando o limite de elasticidade da rocha é ultrapassado, as rochas fraturam-se e os blocos rochosos movimentam-se de forma brusca, contribuindo para a libertação de energia sobre a forma de uma onda sísmica, originando um sismo.

57
Q

Define os principais locais de um sismo.

A

Um sismo apresenta um hipocentro, local, em profundidade, no qual ocorre libertação de energia, e um epicentro, que representa o primeiro ponto superficial da linha vertical do hipocentro, no qual o sismo é sentido pela primeira vez.

58
Q

O que é a profundidade focal?

A

A profundidade focal é a distância do epicentro de um sismo ao seu hipocentro.

59
Q

Como se formam os tsunamis?

A

Os tsunamis ocorrem quando o epicentro de um sismo encontra-se no fundo oceânico, provocando a transferência de energia para a água, o que levará ao seu movimento, criando uma onda de grandes dimensões e velocidades.

60
Q

Quais os dois grupos principais de ondas sísmicas?

A

As ondas sísmicas podem ser consideradas interiores, quando se propagam no interior da Terra, e superficiais quando se propagam na superfície terrestre. As ondas internas formam-se no hipocentro e as ondas superficiais formam-se no epicentro.

61
Q

Menciona as características das ondas P.

A

As ondas P são também conhecidas como ondas primárias, uma vez que são as primeiras ondas a serem registadas.
Estas são ainda as mais rápidas e propagam-se em todos os estados físicos, sendo que, em contacto, com a atmosfera estas dissipam-se e dão origem a ondas sonoras. As ondas P são ondas longitudinais, uma vez que a direção de propagação é igual à direção do raio sísmico e provocam uma variação do volume nas rochas.

62
Q

Menciona as características das ondas S.

A

As ondas S são também conhecidas como ondas secundárias, uma vez que são as segundas ondas a serem registadas, uma vez que são mais lentas que as ondas P.
Estas apenas se propagam em meios sólidos e são transversais pois a direção de propagação é perpendicular à direção do raio sísmico. As ondas S não provocam a variação do volume das rochas, mas a sua deformação.

63
Q

As ondas P e as ondas S são libertadas, ao mesmo tempo, do hipocentro?

A

Sim, tanto as ondas P e as ondas S são libertadas ao mesmo tempo. Contudo, as ondas possuem diferentes velocidades de propagação, daí as ondas P chegarem primeiro do que as S.

64
Q

Menciona as características das ondas Love.

A

As ondas Love, ondas superficiais, são ondas muito violentas e que se propagam lentamente. São ondas de torção e propagam-se em meio sólido.

65
Q

Menciona as características das ondas Rayleigh.

A

As ondas Rayleight, ondas superficiais, são ondas muito violentas que se propagam lentamente. São ondas de trajetória elíptica e com sentido oposto ao da direção de propagação. Estas propagam se em meio sólido e líquido.

66
Q

Onde são efetuados os registos dos sismos?

A

Os registos dos sismos são efetuados por sismógramos, em forma de sismogramas.

67
Q

Explica porquê que as ondas P e as ondas S são as únicas que podem contribuir como método indireto no estudo do interior da Terra.

A

As ondas P e as ondas S são as únicas que podem contribuir como método indireto no estudo do interior da Terra, uma vez que estas são as únicas que propagam em profundidade.

68
Q

O que é a distância epicentral?

A

A distância epicentral diz respeito à distância do epicentro até à estação onde foi realizado o sismograma.

69
Q

Como se descobre o epicentro de um sismo através da análise de sismogramas?

A

1º) Calcular a distância epicentral em cada estação sismográfica.
2º) Traçar uma circunferência em cada estação, no qual o raio desta é a distância epicentral calculada em 1.
3º) Localizar o ponto de interseção das estações, esse será o epicentro.

70
Q

A avaliação dos sismos é realizada através de duas escalas quais são?

A

A avaliação de um sismo pode ser qualitativa através da escala de Mercalli (intensidade) e quantitativa através da escala de Richter (magnitude).

71
Q

Menciona aspetos da Escala de Mercalli.

A
  • A escala de Mercalli mede a intensidade de um sismo.
  • É uma escala subjetiva e, por isso, não rigorosa.
  • Baseia-se em inquéritos à população, com o objetivo de avaliar os danos causados por um sismo.
  • É avaliada em 12 níveis, logo é limitada.
  • Permite traçar um mapa de isossistas, mapa constituído por isossistas, linhas que unem pontos de igual intensidade sísmica.
72
Q

Menciona aspetos da Escala de Richter.

A
  • A escala de Richter permite conhecer a magnitude de um sismo.
  • É uma escala objetiva e, por isso, rigorosa.
  • É uma escala ilimitada.
  • Mede-se em graus, o aumento de um grau corresponde a uma libertação de energia 30x maior.
73
Q

Qual a relação que normalmente se estabelece entre a intensidade e a magnitude de um sismo?

A

A relação que é normalmente estabelecida, entre estes dois parâmetros, é que quanto maior for a intensidade de um sismo, maior será a sua magnitude e vice-versa. No entanto, é importante ter em conta que estas dependem de outros fatores, como a distância epicentral.

74
Q

Porque os sismos interplaca com origem em zonas de subducção costumam ser os mais violentos?

A

Em zonas de subducção, a camada mais densa afunda. Pela ação do calor a ductilidade das rochas vai aumentar, aumentando, desta forma, o limite da sua elasticidade. Com o aumento deste limite, serão acumuladas maiores quantidades de energias, aumentando, consequentemente, a quantidade de energia que será posteriormente libertada.

75
Q

Quais são as consequências mais comuns dos sismos?

A

As consequências mais comuns são o derrube de infraestruturas, incêndios e tsunamis.

76
Q

Quais são as principais medidas de prevenção de um sismo?

A
  • Conhecer as zonas de maior risco sísmico, de maneira a evitar a ocupação antrópica.
  • Promover a construção de infraestruturas antissísmicas.
  • Promover a educação da população.
  • Implementar redes/estações sismográficas que permitem monitorizar a atividade sísmica de uma dada região.