Estrutura de proteínas e metabolismo Flashcards

1
Q

Quais são as características comuns a todos os aminoácidos? E o que os difere?

A

Os aminoácidos são moléculas orgânicas essenciais para a construção de proteínas. Existem 20 aminoácidos padrão que são comumente encontrados nas proteínas. Embora cada aminoácido individual tenha sua própria estrutura única e características específicas, há algumas características comuns compartilhadas por todos eles:

Grupo Amino (NH2): Todos os aminoácidos têm um grupo amino (NH2) em uma extremidade da molécula. Esse grupo é básico.

Grupo Carboxila (COOH): Todos os aminoácidos têm um grupo carboxila (COOH) na outra extremidade. Esse grupo é ácido.

Carbono Quiral (Centro Quiral): Exceto pela glicina, todos os aminoácidos têm um átomo de carbono quiral (ou centro quiral), o que significa que estão associados a quatro substituintes diferentes. Isso cria formas isoméricas (enantiômeros) que são espelhadas entre si.

As diferenças entre os aminoácidos residem principalmente na natureza do terceiro grupo ligado ao átomo de carbono alfa (o carbono diretamente ligado ao grupo amino e ao grupo carboxila). Esse terceiro grupo é chamado de grupo lateral ou cadeia lateral. As características variáveis das cadeias laterais resultam nas diferenças entre os aminoácidos. Algumas cadeias laterais são hidrofílicas (atraídas pela água), enquanto outras são hidrofóbicas (repelidas pela água). Algumas são carregadas positivamente, algumas carregadas negativamente e outras são neutras.

Em resumo, enquanto todos os aminoácidos compartilham uma estrutura básica comum, as diferenças em suas cadeias laterais conferem propriedades únicas a cada um, determinando como eles interagem entre si e contribuem para a estrutura e função específicas das proteínas.

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Q

Quais são as partes dos aminoácidos envolvidos nas ligações peptídicas?Por que os
aminoácidos envolvidos em tais ligações são chamados de resíduos?

A

As ligações peptídicas são formadas entre o grupo amino (-NH2) de um aminoácido e o grupo carboxila (-COOH) de outro aminoácido. Durante essa reação de condensação, uma molécula de água é liberada, e a ligação peptídica é estabelecida entre o carbono alfa do grupo amino e o nitrogênio do grupo carboxila.

A razão pela qual os aminoácidos envolvidos em ligações peptídicas são chamados de “resíduos” está relacionada à modificação da estrutura original dos aminoácidos individuais à medida que são incorporados em uma cadeia polipeptídica. Durante a formação da ligação peptídica, o grupo amino de um aminoácido perde um hidrogênio (H) e o grupo carboxila de outro aminoácido perde um átomo de oxigênio (O) e um hidrogênio. A combinação resultante não é mais um aminoácido livre, mas sim uma parte integrante de uma cadeia polipeptídica. Essa unidade na cadeia é então chamada de “resíduo de aminoácido”.

A terminologia “resíduo” destaca que o aminoácido não está mais em seu estado original e livre, mas sim faz parte de uma sequência maior. Assim, quando nos referimos a aminoácidos em uma cadeia polipeptídica, utilizamos o termo “resíduo de aminoácido” para indicar sua posição e contribuição na estrutura da proteína.

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Q

Qual a diferença entre interações fracas e ligações covalentes? Dê exemplos de interações
fracas.

A

As interações fracas e ligações covalentes são dois tipos diferentes de forças que mantêm as moléculas unidas, mas diferem em termos de intensidade e natureza. Vou explicar cada uma delas e fornecer exemplos de interações fracas:

Ligações Covalentes:

Natureza: As ligações covalentes são forças mais fortes que envolvem o compartilhamento de elétrons entre átomos.
Características: Na ligação covalente, dois átomos compartilham pares de elétrons para alcançar uma configuração estável de elétrons.
Exemplo: A molécula de água (H₂O) possui ligações covalentes entre o hidrogênio e o oxigênio, onde os elétrons são compartilhados entre os átomos.
Interações Fracas:

Natureza: As interações fracas são forças mais fracas que surgem de dipolos temporários, atrações dipolo-dipolo ou forças de dispersão de London.
Características: Essas interações ocorrem entre moléculas e não envolvem compartilhamento direto de elétrons. São forças mais temporárias e dependentes da distribuição momentânea de elétrons.
Exemplos:
Forças de dispersão de London: Presentes em todas as moléculas e resultam da flutuação temporária na distribuição de elétrons. Um exemplo é o hélio (He).
Atrações dipolo-dipolo: Moléculas com dipolos permanentes, como a molécula de HCl (cloridrato de hidrogênio), exibem atrações dipolo-dipolo.
Pontes de hidrogênio: Embora mais forte do que outras interações fracas, as pontes de hidrogênio ainda são mais fracas do que as ligações covalentes. Um exemplo é a ligação entre moléculas de água.
Em resumo, as ligações covalentes envolvem o compartilhamento direto de elétrons entre átomos, enquanto as interações fracas são forças mais temporárias que ocorrem entre moléculas e dependem de dipolos, dispersão de elétrons ou pontes de hidrogênio.

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4
Q

Embora as ligações covalentes sejam claramente muito mais fortes, as interações fracas
predominam como forças estabilizadoras da estrutura tridimensional proteica. Por quê?

A

As interações fracas, apesar de individualmente serem mais fracas do que as ligações covalentes, desempenham um papel crucial na estabilização da estrutura tridimensional das proteínas. Isso ocorre devido à combinação e acumulação dessas interações fracas ao longo da extensão da cadeia polipeptídica. Várias interações fracas contribuem para a estabilidade global da proteína de maneira cooperativa. Vamos explorar algumas razões pelas quais as interações fracas são predominantes na estabilização das proteínas:

  1. Flexibilidade e Adaptabilidade: As interações fracas, como as pontes de hidrogênio e as forças de dispersão, são mais flexíveis e adaptáveis do que as ligações covalentes. Isso permite que as proteínas adotem diferentes conformações e se ajustem às mudanças nas condições ambientais.
  2. Múltiplas Interações Fracas: Uma única proteína pode ter inúmeras interações fracas ao longo de sua estrutura tridimensional. Essas interações incluem pontes de hidrogênio entre grupos amino e carboxila, interações hidrofóbicas entre cadeias laterais não polares, e interações dipolo-dipolo, por exemplo. A combinação de muitas dessas interações fracas contribui significativamente para a estabilidade da estrutura global da proteína.
  3. Economia Energética: As interações fracas facilitam ajustes conformacionais e mudanças na estrutura da proteína com um custo energético menor do que seria necessário para quebrar ligações covalentes. A reorganização de estruturas proteicas é essencial para funções biológicas, como ação enzimática e reconhecimento molecular.
  4. Papel das Pontes de Hidrogênio: As pontes de hidrogênio são particularmente importantes nas proteínas. Elas formam-se entre o hidrogênio ligado a um átomo eletronegativo (como o nitrogênio ou o oxigênio) e um átomo eletronegativo em outra parte da molécula. Essas pontes de hidrogênio são cruciais para a estabilização de estruturas secundárias, como as hélices alfa e as folhas beta.
  5. Hidrofobicidade: A formação de interações hidrofóbicas entre as cadeias laterais não polares das proteínas é um fator significativo na estabilização da estrutura tridimensional. As regiões hidrofóbicas tendem a se agrupar no interior da proteína, minimizando o contato com a água.

Em resumo, enquanto as ligações covalentes são importantes na determinação da estrutura primária das proteínas, são as interações fracas que predominam na estabilização da estrutura tridimensional, permitindo que as proteínas realizem suas funções biológicas de maneira dinâmica e adaptativa.

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5
Q

Descreva os níveis de estrutura de uma proteína.

A

A estrutura de uma proteína é geralmente descrita em quatro níveis distintos: primário, secundário, terciário e quaternário. Cada nível de estrutura fornece informações sobre a organização e a disposição dos aminoácidos que compõem uma proteína.

  1. Estrutura Primária:
    • Definição: A estrutura primária refere-se à sequência linear de aminoácidos na cadeia polipeptídica.
    • Representação: É representada por uma sequência de letras, cada letra correspondendo a um aminoácido específico na cadeia.
    • Importância: A sequência primária é crucial porque determina todas as estruturas superiores e, portanto, a função da proteína.
  2. Estrutura Secundária:
    • Definição: A estrutura secundária descreve os padrões locais de torção e dobra na cadeia polipeptídica.
    • Exemplos: As estruturas secundárias comuns incluem hélices alfa e folhas beta.
    • Formação: As hélices alfa resultam de uma torção ao longo do eixo da cadeia polipeptídica, enquanto as folhas beta resultam de dobras e interações entre segmentos adjacentes.
  3. Estrutura Terciária:
    • Definição: A estrutura terciária é a disposição tridimensional completa de uma única cadeia polipeptídica.
    • Estabilização: Esta estrutura é estabilizada por várias interações, incluindo pontes de hidrogênio, interações hidrofóbicas, pontes dissulfeto e forças eletrostáticas.
    • Dobras e Dobradiças: A proteína pode formar dobras, giros e dobradiças que contribuem para sua forma tridimensional única.
  4. Estrutura Quaternária:
    • Definição: A estrutura quaternária refere-se à organização tridimensional de subunidades múltiplas (cada uma com sua própria estrutura terciária) em uma proteína multissubunitária.
    • Exemplos: Proteínas quaternárias são compostas por mais de uma cadeia polipeptídica. Exemplos incluem hemoglobina, que tem quatro subunidades.
    • Interações Intersubunitárias: A estabilização da estrutura quaternária ocorre através de interações semelhantes às da estrutura terciária, como pontes de hidrogênio e forças eletrostáticas, mas agora envolvendo subunidades individuais.

É importante notar que nem todas as proteínas possuem todos os quatro níveis de estrutura. Algumas proteínas consistem em apenas uma cadeia polipeptídica (estrutura primária e secundária), enquanto outras são formadas por várias subunidades (estrutura quaternária). A estrutura de uma proteína está diretamente relacionada à sua função biológica.

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6
Q
A
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