Endocrino Flashcards
inibidores da ECA e BRA (antagonistas da angiotensina) II ? OBS- ISGLT-2
-não devem ser combinados
entre si (maior incidência de efeitos adversos,
como hipercalemia, e consequente aumento
na mortalidade).
- ambas : nefroproteção
OBS: Usa IECA e BRA para fazer vasodilatação na arteríola eferente e iSGLT2 para fazer vasoconstrição na aferente → quando usa esse fármaco, o pct excreta sódio junto com glicose. A mácula densa percebe q tá passando muito sódio e faz com que ocorra a vasoconstrição na arteríola aferente
Dislipidemia característica da DM
- A dislipidemia característica do diabetes mellitus
é a associação: hipertrigliceridemia + HDL-c baixo, - Contudo, o LDL colesterol
dos diabéticos tem um predomínio
de partículas pequenas e densas, incriminadas
no aumento da aterogênese, mesmo
quando os níveis do LDL colesterol encontram-
se dentro da normalidade. - LDL-c < 100 mg/dl*.
HDL-c > 45 mg/dl**.
Triglicerídeos < 150 mg/dl.
Estatinas na DM
O objetivo é um LDL-c < 100 mg/dl, mas se
estiver > 130 mg/dl na primeira consulta, uma
estatina já está indicada! Se o LDL-c estiver entre
100-130 mg/dl, pode-se aguardar a dieta. Contudo,
se após 2-3 meses de dieta o alvo do LDL-c
não for atingido, as estatinas devem ser utilizadas.
Características- Estatinas
Um aspecto importante para a
prática clínica é que quando se dobra a dose de
uma estatina, geralmente se obtém uma redução
adicional média de 6% do LDL. Em termos de
potência redutora do LDL temos: rosuvastatina
> atorvastatina > sinvastatina > lovastatina =
pravastatina > fluvastatina. A atorvastatina e a
rosuvastatina são as estatinas que apresentam
também maior redução dos triglicérides.
-O efeito adverso mais importante das estatinas
é a mialgia
ezetimibe + sinvastatina
-O ezetimibe é um medicamento que inibe a
absorção de colesterol alimentar e biliar sem
afetar a absorção de vitaminas lipossolúveis,
triglicérides ou ácidos biliares.
- Sua eficácia é maior
quando utilizado em associação às estatinas
ácido nicotínico (niacina)
exerce efeitos favoráveis
sobre as concentrações plasmáticas de todas
as lipoproteínas, porém, sabemos que as estatinas
são os hipolipemiantes de escolha, por terem se
mostrado superiores – em termos de redução de
morbimortalidade geral e cardiovascular – a todas
as demais drogas…
-Slide da prof : HDL persistentemente baixo: ácido nicotínico
Terapia da Hipertrigliceridemia
Nos pacientes com triglicerídeos entre 150-500
mg/dl, a recomendação é para a terapia com dieta
e exercícios, sem iniciar drogas antilipêmicas.
-A dieta baseia-se na restrição de carboidratos e
gorduras saturadas
-O objetivo é um TG < 150 mg/dl.
- Slide da professora
Trigliceridemia:
< 500 mg/dl: estatina em dose > 20mg/dia
> 500 mg/dl: fibrato ou ácido nicotínico
TG > 500
-estatina-fibrato é atrativa para o
tratamento da dislipidemia do paciente diabético,
já que diminui os níveis de LDL, triglicérides
e aumenta o HDL.
- O fenofibrato é o fibrato de escolha para associação.
Uso do AAS no Diabetes Mellitus
-Já está comprovado que o diabetes mellitus, pela
hiperglicemia persistente, aumenta a atividade
plaquetária, principalmente através do estímulo
à produção de tromboxane A2. Esta é justamente
a via inibida pelo AAS.
- não interferência com a função renal (diferente do que acontece com outros AINEs). Nos casos de intolerância
ao AAS, está indicado o clopidogrel 75 mg/dia.
DM Tipo 2 e a Síndrome Metabólica (SM)
TER 3 DOS 5 FATORES ABAIXO
-Obesidade central Cintura > 102 cm (homens) e > 88 cm (mulheres).
-Hipertrigliceridemia TG ≥ 150 mg/dl.
HDL baixo HDL < 40 mg/dl (homens) e < 50 mg/dl (mulheres).
-Hipertensão arterial PA ≥ 130/85 mmHg ou tratamento anti-hipertensivo.
-Glicemia de jejum alterada Glicemia de jejum ≥ 100 mg/dl ou diagnóstico prévio de DM.
Fisiopatologia da SM -> SM é consequência da obesidade visceral
-Existem basicamente dois tipos de adipócitos no corpo
humano: um adipócito grande, com baixa capacidade
de armazenamento de ácidos graxos livres
e com alta capacidade de secreção de citocinas
inflamatórias; e um adipócito pequeno, capaz de
armazenar grandes quantidades de ácidos graxos
e com baixa secreção de citocinas.
- Este último adipócito é o mais funcional e benéfico para o corpo humano, sendo encontrado geralmente na
gordura subcutânea, enquanto o primeiro adipócito
está mais presente na gordura visceral.
-O excesso de ácidos graxos livres e de citocinas secretadas pelos adipócitos viscerais (adipocinas)
-Entre as citocinas, merecem
destaque a IL-6, o TNF-alfa e a resistina, que são
citocinas “maléficas”, e a adiponectina, que parece
ser uma citocina antissíndrome metabólica.
Os níveis de adiponectina estão reduzidos em
pacientes com SM.
-A síndrome metabólica também está associada à
liberação de fatores pró-agregantes plaquetários,
pró-coagulantes, pró-inflamatórios e antifibrinolíticos,
favorecendo a disfunção endotelial, o estresse oxidativo e, portanto,os eventos cardiovasculares.
O escore de Framingham e Paciente Diabético
-De acordo com o Escore, classificamos os pacientes
em: baixo risco (< 10% de probabilidade de
IAM ou morte por DAC em dez anos), risco intermediário
(10 a 20%) e alto risco (> 20%).
-Para pacientes com diabetes este cálculo não
é necessário, já que os pacientes diabéticos ou
com doença aterosclerótica estabelecida (DAC,
doença arterial cerebrovascular, doença arterial
periférica e doença de aorta) já são considerados
de alto risco.
Resumo dos objetivos do
tratamento do DM tipo 2
-Hemoglobina glicada (%) A1C (%) < 7%
Colesterol (mg/dl) ( para diabéticos ou n - pelo slide da professora HDL > 40)
- Total < 200
- HDL > 45
- LDL < 100 (< 70 se doença cardiovascular
estabelecida)
- Triglicérides < 150
Pressão arterial
Pela diretriz brasileira, a meta pressórica em
diabéticos é PA < 130 x 80 mmHg. Pela ADA, a
meta é PA < 140 x 90 mmHg, podendo-se optar
por PA < 130 x 80 mmHg caso a intensificação
do tratamento seja bem tolerada pelo paciente.
Índice de massa
corporal (kg/m2)
20-25
Patogenia da retinopatia, nefropatia e
neuropatia na DM
1- produtos finais de glicosilação avançada, do inglês AGE -> Estes fatores podem se ligar ao colágeno dos vasos, contribuindo para a lesão endotelial da microvasculatura, levando à fragilidade capilar e à obstrução microvascular, pela formação de microtrombos.
2- neuropatia diabética, é a da aldose redutase, enzima
que converte a glicose em sorbitol no interior das células. - > O acúmulo de sorbitol pode ter
duas consequências deletérias: o aumento da
osmolaridade celular, fazendo a célula inchar,
e a depleção do mioinositol celular, substância
importante para o seu metabolismo e função.
RD não proliferativa; RD proliferativa e maculopatia
diabética.
Retinopatia não proliferativa leve: microaneurismas/ exsudatos duros(extravasamento de
material proteináceo e lipídico)
Retinopatia não proliferativa moderada: hemorragias intrarretinianas em chama de vela/Exsudato
Algodonoso(isquemia retiniana). / “veias em rosário”.
RD não proliferativa grave (pré-proliferativa):lesões isquêmicas na retina/ alterações microvasculares intrarretinianas (IRMA)
RD proliferativa : Devido à isquemia retiniana
difusa e acentuada, são produzidos fatores locais
de crescimento vascular, promovendo uma
angiogênese descontrolada. VEGF (fator de crescimento
do endotélio vascular), o IGF-1 (fator de crescimento
insulina-símile). descolamento de retina do tipo tração na região da mácula, leva à amaurose. hemorragia vítrea. A formação e a fibrosedos neovasos na íris provocam glaucoma agudo.
-amaurose na RD proliferativa: descolamento retiniano,
hemorragia vítrea e glaucoma agudo.
Maculopatia diabética
-Caracteriza-se pelo edema macular reversível
(causa mais comum de sintoma visual no diabético)
TTo : Retinopatia e Complicações
A RD não proliferativa, sem comprometimento
macular, geralmente não requer tratamento
específico. Já o edema de mácula indica o uso
de anti-VEGF intraocular. A fotocoagulação
a laser localizada fica como opção em pacientes
refratários ou não aderentes à terapia.
-anticorpos monoclonais anti-VEGF (ex.: bevacizumab,
ranibizumab – de administração intravítrea
-retinopatia diabética proliferativa sempre indica o tratamento específico, que deve ser feito com fotocoagulação com laser panretiniana
- complicações oculares dos pacientes
diabéticos são a catarata e o glaucoma.
glomerulopatia diabética
-identificação e tratamento da denominada microalbuminúria. ( 30-300 mg na urina de 24h) ou relação albumina/creatinina. Considera-se positivo um valor > 30 mcg/mg ou mg/g.
TTo- glomerulopatia diabética
1) no controle glicêmico rígido; (2) no controle
da hipertensão arterial com uso preferencial
dos IECA (captopril, enalapril, lisinopril) ou
dos antagonistas da angio II (losartan, ibesartan,
candesartan).
-Atualmente os IECA estão indicados em
todos os pacientes diabéticos com microalbuminúria
ou proteinúria, mesmo na ausência
de hipertensão arterial sistêmica!
Os antagonistas da angio II podem ser oferecidos
àqueles que não toleram os IECA por
tosse seca irritativa ou broncoespasmo.
Neuropatia Diabética
- acúmulo de sorbitol nos axônios, associado
ao comprometimento isquêmico endoneural,
devido à lesão microvascular.
Polineuropatia Simétrica Distal
-O teste do monofilamento é o exame de maior acurácia para o diagnóstico precoce
-Os pacientes sintomáticos são 25-30% dos casos.
-parestesias (dormência, formigamento), disestesias, dor neuropática ou hiperpatia (dor ao toque )
-A dor é o sintoma mais limitante, pode surgir em repouso, geralmente de caráter em queimação, com piora noturna (impedindo o paciente de dormir) e melhora com a deambulação.
- A alodínea consiste na intolerância a
estímulos simples, como contato com roupas,
lençóis etc.; sendo uma resposta intensa a estímulos
geralmente indolores, diferentemente
da hiperalgesia, que consiste em resposta intensa
a estímulos de mínima intensidade dolorosa.
TTo Polineuropatia Simétrica Distal
- O tratamento deve ser o cuidado com o pé
- Antidepressivos tricíclicos: Antidepressivos tricíclicos / Anticonvulsivantes /Inibidores seletivos da recaptação da serotonina e noradrenalina / obs: Creme de capsaicina( dor localizada) , opioides (casos selecionados)
Polineuropatia Sensitiva Aguda
-O quadro é marcado por dor
importante, tipicamente com exacerbação noturna
e durante o repouso, podendo ser uma dor
lancinante, em queimação, hiperalgesia, choques,
agulhadas e alodínea de contato bastante
intensa, principalmente nas pernas e pés.
-tende a melhorar com o controle metabólico adequado.
Neuropatia Autonômica
disfunção sexual / tontura postural / náuseas, vômitos e plenitude pós-prandial / hipoglicemia sem os sinais de alerta /
- DISFUNÇÃO ERÉTIL ocorre em 25 a 75%
dos diabéticos de longa data
Pé diabético
A gangrena diabética é multifatorial, contudo
tem na neuropatia diabética, na vasculopatia
diabética (isquemia) e na disfunção leucocitária
(facilitando a ação dos micro-organismos)
as suas principais causas.
- Se conseguimos palpar o pulso pedioso do membro acometido, provavelmente a principal causa desencadeante da lesão não foi vascular, mas, sim, neurológica.
- Grau 0 – Sinais de neuropatia e/ou isquemia,
sem ulceração.
Grau I – Úlcera superficial.
Grau II – Úlcera profunda sem abscesso e
sem osteomielite.
Grau III – Úlcera profunda com celulite, abscesso,
possivelmente com focos de osteomielite
e gangrena do subcutâneo.
Grau IV – Gangrena úmida localizada em
pododáctilo. AMPUTA
Grau V – Gangrena úmida de todo o pé. AMPUTA - casos avançados podem
evoluir para osteomielite ou gangrena úmida,
muitas vezes necessitando a amputação do
membro afetado.