ENARE 20/21 Flashcards
O que é hipertermia maligna
Afecção hereditária (autossômica dominante) e latente, caracterizada classicamente por uma síndrome hipermetabólica em resposta à exposição aos anestésicos voláteis (halotano, enflurano, isoflurano, sevoflurano e desflurano) e/ou succinilcolina + álcool e ecstasy
O que é SIADH e quais suas manifestações
Consiste na incapacidade de supressão do hormônio antidiurético (ADH), comprometendo os mecanismos de excreção da água e concentração urinária -> ADH retém água + peptídeo natriurético atrial aumenta secreção de água e SÓDIO + transporte tubular proximal inibido levando a excreção de ácido úrico
Principal manifestação: HIPONATREMIA NORMOVOLÊMICA + osmolaridade sérica diminuída e osmolaridade urinária aumentada (> 100 mOsmol/kg) + hipouricemia + aumento da natriurese (> 40 mEq/L)
Sintomas: principalmente neurológicos, mas também GI
Tratamento de SIADH
Tratar causa base
Restrição hídrica (até 800-1000 mL/dia)
Correção do sódio: correção lenta -> 10-12 mEq/L em 24 horas ou 18mEq/L em 48 horas
(Em hiponatremia aguda, ou seja, menor que 48h, pôde-se corrigir mais rapidamente, com NaCl 3% 100mL em até 3 infusões com intervalo de 10 minutos entre as administrações)
Quando indicada hemotransfusão em paciente em choque hemorrágico
Todo paciente com hipotensão -> grau III ou IV
O ATLS preconiza expansão volêmica com 1000ml de ringer lactato inicialmente no paciente com choque grau II.
PORÉM, a presença e hipotensão no paciente com choque hemorrágico o classifica automaticamente em graus III ou IV e em ambas as situações está indicada a transfusão de hemocomponentes
Quais as causas de hipertensão intradpbdominal (síndrome compartimental)?
Acúmulo de líquido ou ar na cavidade abdominal ou retroperitoneal (hemorragia, pancreatite, ascite, obstrução intestinal), pneumoperitônio;
Edema de estruturas intra-abdominais/retropertoneais;
Isquemia-reperfusão intestinal;
Infusão de grandes volumes de cristaloides (edema de alca, perda pro 3° espaço);
Obstrução de veias porta ou mesentérica superior;
Aumento do volume intra-abdominal;
Aneurisma de aorta
Obesidade mórbida
Reparo de gastrosquise/onfalocele;
Correção de hernias abdominais com perda de domicilio
Quando iniciar a profilaxia cirúrgica com ATB
Deve ser realizado aproximadamente 1 hora antes do inícioda cirurgia, ou na indução anestésica. Com exceção para quinolonas e vancomicina, cujo tempo de administração ocorrerá dentro de 120 minutos antes do início da incisão, devido à farmacocinética e farmacodinâmica
Qual ATB utilizar na profilaxia cirúrgica?
As cefalosporinas de primeira ou segunda geração são, na maioria das situações, os que melhor se encaixam neste contexto (1ª Geração: Cefalotina, Cefazolina, Cefadroxila e Cefalexina. · 2ª Geração: Cefoxitina, Cefuroxima e Cefaclor)
Quando usar vancomicina?
a) Pacientes previamente colonizados por MRSA;
b) Paciente em hemodiálise;
c) Pacientes provenientes de Instituições de Longa Permanência;
d) Pacientes com internações recentes;
e) Situações epidemiológicas com predomínio de MRSA (surtos, etc);
OBS 1: pacientes com >80Kg pode ser feita dobro da dose
OBS 2: doses adicionais em casos de perda maciça de sangue (> 1,5L ou 20ml/kg em crianças), ou quando a duração do procedimento se prolonga; casos de prótese e cirurgia cardíaca também
Sintomas hipertermia maligna
Hipertermia (pode ser tardia ou estar ausente)
Rigidez de masseter
Taquicardia/taquipneia
Cianose
Arritmia
Hipercarbia (hipercapnia) - detectada à capnografia
Sudorese
Rigidez muscular generalizada
PBS: Hiperventilação, bloqueadores neuromusculares, barbitúricos e hipotermia podem mascarar o diagnóstico de HM
Agentes seguros que não causam hipertermia maligna
Relaxantes musculares adespolarizantes
Óxido nitroso
Propofol
Etomidato
Benzodiazepínicos
Barbitúricos
Vasopressores
Tratamento da hipertermia maligna
interrupção da exposição a agentes desencadeantes,
administração de medicação específica (dantrolene sódico) - relaxante muscular
medidas de suporte ou destinadas à prevenção de complicações associadas
Quais os domínios da Escala de Coma de Glasgow
ABERTURA OCULAR (0-3)
- espontânea
- ao chamado
- à dor
- ausente
VERBAL (0-4)
- normal
- confusão
- palavras inapropriadas
- sons incompreensíveis
- ausente
MOTORA (0-5)
- obedece comandos
- localiza a dor
- movimento de retirada
- flexão anormal
- extensão anormal
- ausente
Quais lesões abdominais mais comum em trauma fechado? E em penetrante?
As lesões duodenais e pancreáticas são mais comuns nos traumas penetrantes. E nos traumas contusos é comum estarem associadas a outras lesões, por exemplo, lesões hepáticas
Segundo o ATLS, 10ª edição, os órgãos mais acometidos nos ferimentos por arma de fogo são: intestino delgado (50%), o cólon (40%), fígado (30%) e estruturas vasculares abdominais (25%). Já nos ferimentos por arma branca são: fígado (40%), Intestino delgado (30%), diafragma (20%) e cólon (15%).
Quais os locais de estreitamento do esôfago
Constrição faringe-esofágica (pelo músculo cricofaríngeo) - EES
Constrição broncoaórtica/torácica
Constrição diafragmática - EEI
Qual tipo de hérnia mais comum que gera sintomas de refluxo gastroesofágico?
Hérnia hiatal por deslizamento
Quais estruturas do canal inguinal?
O canal inguinal estende-se do anel inguinal interno para o externo e tem como limites:
Anterior: aponeurose do músculo oblíquo externo;
Lateral: músculo oblíquo interno;
Posterior: fáscia transversalis e músculo transverso do abdome;
Superior: músculo oblíquo interno;
Inferior: ligamento inguinal.
O conteúdo do canal inguinal é diferente em cada sexo:
Homem: cordão espermático, o qual contém: Músculo cremaster; Artéria testicular e veias testiculares; Ramo genital do nervo genitofemoral; Ducto deferente; Artéria cremastérica (ramo da artéria epigástrica inferior); Artéria para o ducto deferente; Artéria espermática; Plexo testicular simpático; 4-8 vasos linfáticos que drenam o testículo; Plexo venoso pampiniforme.
Mulher: ligamento redondo do útero, vasos sanguíneos e linfáticos, nervo ilioinguinal e ramo genital do nervo genitofemoral.