Dor Abdominal Flashcards
O que devemos descartar em uma mulher com dor abdominal?
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Gestação e DIP
Quais as causas prováveis de um paciente com dor abdominal + encefalopatia (disturbio neuropsiquiátrico)? Quando desconfiar de um ou de outro?
Intoxicação (exposição?) ou Metabólico (história familiar parecida ou precipitantes?)
Paciente de 22 anos, com crises covulsivas e comatoso. Nega doenças prévias. Há 2 meses vem sentindo dor abdominal sempre que fuma. Apresenta fraqueza, insônia e ideação suicida. Refere que apresentou crises convulsivas que pioraram com o uso de anticonvulsivante.
Em VM e com hipertensão de difícil controle. Labs e TC de crânio sem alterações.
a. Faça uma lista de problemas.
b. Qual a hipótese diagnóstica? Por que levou a esse pensamento?
c. Explique a fisiopatologia dessa doença com base nos achados do paciente.
d. Como confirmar o dx?
e. Qual o tto poderia ser utilizado?
a. Lista de problemas:
- Dor abdominal + encefalopatia (convulsão, coma, ideação suicida)
- Dor piora quando fuma
- Crises pioram com anticonvulsivante
- HAS de difícil controle
b. Porfiria intermitente aguda (causa metabólica)
- Dor abdominal + encefalopatia
- Fator desencadeante (tabagismo)
- HAS (aumento da atividade simpática)
- Anticonvulsivantes, tabagismo, alcool e drogas são precipitantes clássicos dessa doença).
c. Porfiria intermitente aguda é um quadro metabólico que leva a um distúrbio na síntese de um pedaço do Heme (porfirina) da Hb (Hb = Heme + globina | Heme = Ferro + porfirina). Resumindo, leva a formação de um heme sem porfirina. Aumenta o nível de PBG e ALA urinário (dx).
d. Dosar o PBG urinário (urina vai estar arroxeada pelo aumento do PBG)
e. Dar soro glicosado hipertônico (10%), pois a glicose desvia a Succinil CoA o metabolismo da porfirina para os carboidratos
Existem remédios que são análogos ao “Heme”, mas são caros, por isso o tto básico é com glicose.
Qual o tratamento da porfiria intermitente aguda? Pq?
Glicose hipertônica (10%)
Porque age no metabolismo da SuccnilCoA, que não irpa agir no heme e aumentar o PBG, pois irá ser desviado para o metabolismo da glicose.
Uma depressão que melhora com o uso de glicose sugere qual doença?
Porfiria intermitente aguda
Porque age no metabolismo da SuccnilCoA, que não irpa agir no heme e aumentar o PBG, pois irá ser desviado para o metabolismo da glicose.
Como diagnosticar uma porfiria intermitente aguda?
Dosar o PBG e ALA urinário
Paciente idoso, trabalha com baterias e tintas há 20 anos, queixa-se de dores abdominais, fraqueza e agressividade. Labs apresenta hemólise e hemácias com pontilhado basofílico.
Ao exame físico, apresenta linha azulada na gengiva.
a. Qual a hipótese diagnóstica?
b. O que explica as alterações laboratoriais?
c. Por que o paciente apresenta os sintomas acima?
a. Saturnismo (intoxicação por chumbo)
b. O chumbo afeta a funcionalidade da medula, podendo resultar em anemia, hemólise e pontilhado basofílico.
c. Disturbios psiquiátricos são comuns, além de amnésia e dor abdominal.
OBS: Von Gogh tinha diagnóstico de saturnismo pelas sua pintutras, e o surto psicótico provavelmente foi o que fez ele arrancar a própria orelha.
Paciente inicia com quadro de confusão mental e psicose há cerca de 2 meses. Refere ainda dor abdominal e disfunção erétil. Relata que trabalha em uma padaria. Refere que há 1 ano levou um tiro na coluna, estando com o projétil alojado até hoje.
Qual a hipótese diagnóstica?
Como confirmar?
E o tratamento?
Intoxicação por chumbo
Confirmação por dosagem de chumbo sérico
TTO: Quelantes do chumbo (DMSA, EDTA, dimercaprol)
(Dor abdominal + encefalopatia)
Projéteis alojados são uma das causas de intoxicação por chumbo.
O que são as linhas de Burton? Qual a causa?
Linha azulada na gengiva. Indica intoxicação por chumbo.
Qual o nome da linha azulada perigengival? Seu achado sugere […]
Linhas de Burton
Intoxicação por chumbo (saturnismo)
Paciente com dor abdominal difusa. Refere que teve febre há 3 dias. Apresenta bradicardia e confusão mental, falando palavras sem sentido. Refere que teve um quadro de febre há 2 semanas, obtendo melhora até o surgimento desse novo quadro.
Ao exame, apresenta hipertimpanismo em hipocondrio direito e presença de sangramento anal.
a. Qual a hipótese diagnóstica? Explique porque pensou nessa hipótese.
Febre Tifóide
Paciente com sinal de Faget (febre + bradicardia) é sugestivo de FT, pois a febre normalmente costuma cursar com taquicardia reflexa e não bradicardia.
Paciente com dor abdominal + encefalopatia + febre = infecção.
Todo paciente com dor abdominal + histórico de febre que cessa e retorna se trata de uma febre tifóide até que se prove o contrário.
A febre vem, vai embora e quando volta ela “TI FOIDE”.
O hipertimpanismo e o sangramento anal reforçam o dx, pois é comum hemorragia digestiva, podendo ocorrer aindsa perfuração intestinal (hipertimpanismo)
Em relação à febre tifóide, responda:
a. Qual a etiologia?
b. Fatores de risco? (2)
a. Infecção por bactéria Salmonella enteria (sorotipo Thyphi)
b. Falta de sanemento/higiene (transmissão fecal oral) | hipocloridia (uso de IBP)
Qual a fisiopatologia e manifestações clínicas da Febre Tifóide?
Agudo: 1-2 semanas - A bactéria Salmonella vai para o intestino e provoca inflamação e febre. Pode haver sinal de Faget, dor abdominal, roséolas tifóides e torpor (se for para o SNC)
2° Fase: 3-4 semanas - Melhora clínica. A bactéria vai para a corrente sanguínea.
3° Fase: + grave. A bactéria retorna para o intestino e, dessa cez, o sistema imune já esta sensibiloizado com ela e vai atacá-la com toda a força. E é justamente esse o problema, vai resultar em agressão exagerada, podendo resultar em hemorragia digestiva e perfuração intestinal.
Note que quem lesa o intestino é o proprio organismo e não a bactéria.
Explique porque algumas pessoas se tornam portador crônico da Febre tifóide? Qual o perigo disso? Qual a conduta?
Cerca de 5% dos pacientes vão cronificar a febre tifóide. A bactéria se “esconde” na vesícula e fica se multiplicando. Cada vez que a pessoa come, a bactéria vai para a comida, e a pessoa sempre defeca salmonella (caso da Maria Tifóide).
A conduta nesse caso é a colecistectomia.
Qual o diagnóstico padrão ouro para o diagnóstico de Febre Tifóide?
Mielocultura é o padrão-ouro.
É a cultura mais sensível, com até 90% de sensibilidade. Porém, não é usado no dia a dia.
Rotineiramente, se usa Hemocultura, mas sua sensibilidade é apenas de 50-70%.
Cultura de fezes tbm pode ser feita, mas com menor sensibilidade ainda (30%).