Doenças Renais Císticas Flashcards
Quais as características de um cisto renal?
- Bilateral
- Crescimento mais lento
- Origem tanto cortical (+ prevalente) quanto medular
- Acomete tanto adultos (+ prevalente) quanto crianças
Quais são as causas de Cistos Renais?
HEREDITÁRIAS
- Autossômicas Dominantes (principal: Doença Renal Policística Autossômica Dominante)
- Autossômicas Recessivas (ex: Doença Renal Policística Autossômica Recessiva)
- Ligadas ao X
NÃO-HEREDITÁRIAS
- Adquiridas (principal: Cisto Simples)
- Desordem de Desenvolvimento
Quais as complicações dos Cistos Renais?
É uma doença silenciosa.
- Hematúria
- Síndrome Dolorosa (dor lombar inespecífica)
- HAS
- Perda de função renal
Quais as características de um Cisto Renal Simples?
- Tamanho em torno de 0,5 a 1cm.
- Solitários, Multi, uni ou bilaterais.
PRINCIPAIS:
- Limites precisos
- Paredes finas
- Esféricos
- Corticais
- Conteúdo homogêneo
- Ausência de septação
- Ausência de calcificação
- Unilocular
O que caracteriza um Cisto Complexo?
Tudo que foge do padrão de um cisto simples.
Pode se malignizar.
- Conteúdo heterogêneo
- Paredes espessadas
- Presença de septação
- Presença de calcificação
UTILIZAR TOMOGRAFIA.
Qual a clínica de um Cisto Renal Simples?
Costuma ser assintomático.
As complicações são mais incomuns:
- Hematúria (+ comum e microscópica: paciente descobre no sumário de urina)
- Dor (muito inespecífica)
- ITU
- Obstrução das vias urinárias
- IRC
Como é feito o diagnóstico de um Cisto Renal Simples?
Utiliza-se o Ultrassom
Quando se utiliza a Tomografia?
Quando as características de um Cisto Renal Simples fogem do padrão, sendo considerado um Cisto Complexo.
O que é a classificação Bosniak?
Classificação tomográfica para cistos complexos:
- TIPO 1: tem as características dos cistos simples. NÃO TEM aumento de densidade tomográfica após administração de contrastes.
- TIPO 2: características dos cistos simples + com presença de poucos, discretos e finos septos. NÃO TEM aumento de densidade tomográfica após administração de contrastes.
- TIPO 3: Paredes pouco espessadas, irregulares, com maior presença de septações e calcificações. NÃO TEM aumento de densidade tomográfica após administração de contrastes.
- TIPO 4: paredes espessadas, bastante
irregulares, septos numerosos, grosseiros e
espessos, calcificações e TEM aumento de
densidade tomográfica após administração
de contrastes.
RESUMINDO: Bosniak 1 - cisto simples. Bosniak 3 e 4 - Chance de Neoplasia.
OBS: quanto mais fora do padrão, maior o risco de malignidade do cisto -> fazer nefrectomia e retirada da lesão.
Qual o tratamento do Cisto Renal Simples?
- Observar: acompanhar o crescimento o cisto, se evolui ou não fazendo seguimento anual.
- Intervenção: fazer punção e aspiração do conteúdo em cistos maiores de 10 cm e com queixa de dor não atribuída a outra causa, para. Induzir e injetar substâncias esclerosantes para colabar a parede do cisto para ele não crescer mais.
- Cirurgia: em casos excepcionais.
Quais as características da Doença Renal Policística Autossômica Recessiva?
- Relacionada a uma dilatação dos ductos coletores renais
- grave e + rara do que a autossômica
dominante
- grave e + rara do que a autossômica
- Acomete recém-nascidos e lactentes
- Alta mortalidade
- Metade dos que sobrevivem precisam fazer hemodiálise
Qual o tratamento da Doença Renal Policística Autossômica Recessiva?
- Não há tratamento, trata somente as complicações.
- Em RN, faz-se hemodiálise ou transplante.
Quais as características da Doença Renal Policística Autossômica Dominante?
- prevalente;
- Tem fator hereditário (3ª doença familiar mais frequente): investigar parentes que fazem diálise.
- 1ª entre as doenças renais hereditárias.
Qual a fisiopatologia da Doença Renal Policística Autossômica Dominante?
Mutações nos genes PKD1 e ao PKD2 que fazem decodificação da policistina 1 e 2, respectivamente.
Ocorre uma alteração na maturação dos túbulos renais e maior secreção de líquidos nos cistos, formando uma parede pouco maturada e a medida que ela cresce ela vai se abaulando formando os cistos.
Policistina 1: pode regular a adesão e a diferenciação das células epiteliais tubulares;
Policistina 2: pode agir como um canal de íons, com mutações causando secreção de líquido nos cistos.
OBS: O gene + prevalente é o PKD1, com 80% a 90% dos pacientes.
Qual a clínica da Doença Renal Policística Autossômica Dominante?
- Nos 1ºs anos de vida, são assintomáticos.
- Sintomas surgem a partir da 3ª e 4ª década de vida e seu crescimento avança conforme a idade.
- Acima de 60 anos, pacientes poderão apresentar IRC.
CLÍNICA:
- Hematúria macroscópica (sangue na urina)
- Proteinúria discreta e de pequena intensidade
- Dor (cólica abdominal ou em flanco): Pode ser aguda (ruptura da parede) ou crônica (dor lombar).
- Hematúria: ruptura de vaso da parede ou cálculo renal e após atividade física ou trauma -> rompe o cisto.
- Infecção (ITU): quando parênquima renal é afetado (antibiótico resolve, CULTURA e SUMÁRIO alterados) ou infecção no interior do cisto (antibiótico + difícil de resolver, fazer drenagem, CULTURA negativa e HEMOCULTURA positiva).
- Cálculo Renal: quantidade de cistos provocam estase de urina, formando precipitações.
- HAS: o tamanho dos cistos provoca compressão de vasos, diminuindo o volume de sangue para os rins, ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona, aumenta a PA.
- IRC com elevação de escórias nitrogenadas.