Doenças orificiais Flashcards

1
Q

Quais são os coxins hemorroidários e qual sua composição

A

Coxim anterior direito, lateral esquerdo e posterior direito.
Compostos por vasos glomerulares, tecido elástico, conectivo e músculo liso (músculo de Treitz). As fibras desse músculo são extensões do músculo longitudinal conjunto que atravessam o esfíncter anal interno, fixam-se na submucosa do epitélio colunar e promovem a suspensão do plexo hemorroidário interno

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2
Q

Quais são os fatores de risco e os fatores promotores para o desenvolvimento de hemorroidas

A

Fatores de Risco
Nível socioeconômico elevado
Hereditariedade
Obesidade
Tabagismo
Dieta rica em gorduras
Álcool
Especiarias/ pimenta
Baixa ingestão de líquidos.

Fatores promotores
Constipação intestinal
Gestação (aumento da pressão
intra-abdominal)
Abuso de laxativos
Diarréia crônica
Posição ortostática do ser humano
Envelhecimento

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3
Q

Etiopatogenia da doença hemorroidaria

A
  • Destruição do suporte
    fibromuscular (sustentação):
    deslocamento para baixo ou
    prolapso anormal do plexo
    hemorroidário
  • Dificuldade no esvaziamento
    sangüíneo do canal anal no
    ato defecatório (falha de relaxamento no esfíncter interno): ingurgitação venosa
  • Dilatação anormal das veias
    do plexo hemorroidário
  • Dilatação anormal das
    anastomoses arteriovenosas
    que se localizam na submucosa dos coxins vasculares.
  • Dieta pobre em fibras e
    pouca ingestão de líquidos,
    levando a endurecimento das
    fezes, que gera esforço
    defecatório excessivo
  • Hábitos defecatórios
    errôneos -> como ficar muito tempo sentado durante ato defecatório
  • Predisposição familiar
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4
Q

Quais os sintomas da doença hemorroidaria

A

 Sangramento
 Prurido perianal
 Dor ou desconforto local
 Prolapso
 Soiling -> dificuldade de higiene local por resíduo que fica

OBS: Queixa de dor: sempre pensar em complicações (trombose, associação com fissura ou com abscesso).

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5
Q

Como é feita a classificação de Graham-Stewart para doença hemorroidaria

A

Vascular: homens jovens, o
ingurgitamento ocorre mesmo
na ausência de esforço excessivo. Sangramento
ocorre facilmente e o prolapso
é incomum.
Mucosa: mulheres idosas,
prolapso é o principal problema.

OBS: A combinação dos 2 tipos
não é rara e ocorre em qualquer idade e gênero.

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6
Q

Como é feita a classificação de Dennison para doença hemorroidaria

A

Primeiro grau: sangramento durante a evacuação, sem prolapso dos mamilos. Indica doença mais recente
Segundo grau: prolapso
durante o esforço evacuatório,
com ou sem sangramento, com
retorno espontâneo para o interior do canal anal.
Terceiro grau: prolapso
espontâneo ou durante o
esforço evacuatório, com ou
sem sangramento, com redução manual.
Quarto grau: permanece
sempre exteriorizada e
irredutível, com ou sem sangramento. Pode evoluir com isquemia, trombose ou gangrena.

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7
Q

Como é feita a classificação das hemorroidas externas

A

Gabriel
- Aguda: trombo -> vai ter pontos necróticos (escuros e endurecidos)
- Crônica: plicoma

Buie
- Simples: abaulamento vinhoso, amolecido e indolor, secundaria à dilatação de veias subcutâneas da margem anal
- Edematosa: congestão e edema das veias da margem
anal
- Trombose hemorroidária externa

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8
Q

Como é feito o tratamento das doenças hemorroidárias

A

Medidas higienodietéticas:
- Proibição do uso de laxativos;
- Dieta rica em fibras
- Ingestão abundante de líquidos;
- Supressão bebida alcoólica -> comum ter crise após consumo intesno
- condimentos.
Cuidados locais: limpeza anal com banhos de assento com água morna; não usar papel higiênico.
Medicação tópica: pomadas
e/ou supositórios à base de
anestésicos e antiinflamatórios (evitar corticóides).
Drogas vasoativas: melhora o sangramento, edema e
inflamação dos mamilos hemorroidários -> bom para trombose ou sangramento intenso
Intervensionista não cirúrgico
- Escleroterapia -> alta reicidiva; mas bom para pacientes anticoagulados
- fotocoagulação
- crioterapia
- desarterialização
- ligadura elástica -> pode ser feita em consultório; estrangula plexo
CX:
- hemorroidoplexia: remove uma faixa anular e circular de mucosa e submucosa situada acima da linha pectínea
- Hemorroidectomia: remoção
dos mamilos hemorroidários
internos e externos,

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9
Q

O que é uma fissura anal

A

Solução de continuidade, ”rachadura” longitudinal no
canal anal, entre a linha
pectínea e a junção mucocutânea

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10
Q

Qual a patogênese e fisiopatogenia da fissura anal

A

PATOGÊNESE
- Teoria Anatômica (Lockhart-
Mummery 1914): falta de suporte muscular posteriormente, criando uma
área de fragilidade.
- Teoria Vascular
(Klosoterhalfen 1989): a
comissura anal posterior é
menos perfundida

FISIOPATOGENIA
- Constipação
- Diarreia
- Esforço evacuatório acentuado
- Ruptura do anoderma
- Dor e sangramento

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11
Q

Qual a tríade fissuraria

A

plicoma sentinela, fissura propriamente dita e papila anal hipertrófica (leito mais esbranquiçado)

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12
Q

O que é uma fissura anal fistulizada

A

Processo supurativo no leito
fissurário. Trajeto fistuloso superficial e subcutâneo, sem envolvimento esfincteriano.

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13
Q

Como é feito o tratamento da fissura anal

A

Esfincterotomia química:
objetivo é induzir temporariamente a redução da
pressão no canal anal (para casos em que ela está aumentada, mas no exame é difícil diferenciar - não sabe se está hepertônica ou se é apenas reação a dor) para promover a cicatrização sem interrupção permanente da função esfincteriana

Doadores do oxido nítrico:
trinitrato de glicerina
(nitroglicerina-dá muita dor de cabeça), dinitrato de
isossorbida
Bloqueadores do canal de
cálcio:
nifedipina -> manda manipular com lidocaína
Toxina Botulínica: interfere na liberação pré-sináptica da
acetilcolina das terminações
nervosas e interrompe a
transmissão neuromuscular.
Bloqueio da ação do sistema
nervoso parassimpático. Paciente pode ficar incontinente.

Se quadros crônicos: CX

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14
Q

Qual a diferença entre um abcesso e uma fístula anal

A

Abscesso: processo
inflamatório crônico. Túnel
fibroso origina a fístula.
Fístula: orifício interno ou
primário. Seu trajeto origina um
orifício externo (é o ponto de drenagem) ou secundário

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15
Q

O que é hidroadenite supurativa

A

Doença glandular, inflamatória crônica e recidivante da pele e tecido subcutâneo, em áreas onde estão presentes glândulas
sudoríparas apócrinas.
Regiões mais comuns: axilas,
períneo, região glútea e
perianal e inframamária.

Ocorre oclusão (por pulg de queratina) do ducto da glândula -> dilatação e estase do componente glandular -> infecção

Agentes mais freqüentes:
Staphilococcus, Streptococcus,
E. Coli, Pseudomonas
aeruginosa e Bacterioides.

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16
Q

Qual o quadro clínico da hidroadenite supurativa

A

 Foliculite evolui para celulite
 Leves
 Severos (acometimento
extenso): evolui com abscessos superficiais múltiplos com drenagens espontâneas.
 Queixa principal: supuração.
 Dor só ocorre na fase aguda
(formação abscessos)
 Não é comum acometimento
sistêmico e febre.
 Processos inflamatórios levam
a processo cicatricial crônico
com distorção local (aspecto
endurecido e espessado).