Doenças Exantemáticas Da Infância Flashcards

1
Q

Criança com febre e exantema até que se prove ao contrário tem etiologia:

A

Infecciosa

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Q

Qual a média de tempo de incubação das doenças exantemáticas?

A

1-3 semanas

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3
Q

O que é o período prodrômico? Nesta fase a criança é capaz de transmitir doença a outras crianças?

A

Primeiras manifestações clínicas inespecíficas das doenças exantemáticas que precedem o período mais evidente de doença (fase exantemática).

A criança JÁ TRANSMITE (período de maior transmissibilidade)

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4
Q

Quais os dados relevantes se pesquisar na fase prodrômica das doenças exantemáticas?

A
  • Febre: elevada, baixa, precede exantema, coincide
  • Sinais típicos
  • Enantemas
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Q

Quais dados relevantes deve-se pesquisar na fase exantemática da doença?

A
  • Tipo de exantema: morbiliforme, escarlatiniforme, vesicular
  • Progressão
  • Descamação: sarampo e escarlatina
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6
Q

Qual o agente etiológico do sarampo?

A

Paramixovírus (Macete: Parampo 36)

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7
Q

Como se dá a transmissão do sarampo?

A

Aerossol (partículas menores, sem necessidade de o transmissor estar no ambiente) e gotículas

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8
Q

Quais as características clínicas mais notáveis da fase prodrômica do sarampo?

A
  • Conjuntivite não exsudativa + fotofobia
  • Tosse
  • Coriza

OBS: piora dos sintomas (mal estar, febre com o surgimento do exantema e melhora após)

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9
Q

Qual o enantema patognomônico do sarampo?

A

Manchas de Koplik (máculas brancas com halo hiperemiado na face interna das bochechas, mucosa vaginal, conjuntival).

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10
Q

Quais as características mais importantes do exantema do sarampo?

A
  • Morbiliforme (maculo-papular confluente entremeado por pele sã)
  • Inicia na linha de implantação capilar, retroauricular
  • Progressão crânio-caudal lenta
  • Descamação furfurácea (fina)
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11
Q

Qual dado epidemiológico na questão favorece o diagnóstico de sarampo?

A
  • Viagem ao exterior (compatível com período de incubação 1-3 s)
  • Criança com idade que ainda não recebeu vacina tríplice viral (<12 m)
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12
Q

Qual medida é importante para tratamento do sarampo?

A

*Vitamina A (ao diagnóstico e um dia após)

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13
Q

Quais doenças exantemáticas são de notificação imediata?

A
  • Sarampo (altamente contagiosa - 90% dos suscetíveis adoecem)
  • Rubéola
  • Varicela apenas formas graves
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14
Q

Qual a principal complicação bacteriana do sarampo?

A

Otite Média Aguda

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15
Q

Qual a complicação mais letal e frequente do sarampo?

A

Pneumonia

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16
Q

Qual a complicação mais letal porém infrequente do sarampo?

A

Paencefalite esclerosante subaguda (doença neurodegenerativa e fatal que ocorre +- 10 anos após a doença, de curso fatal)

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17
Q

Como é feita a profilaxia pré-exposição para o sarampo?

A

Imunização ativa (vacinação)

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18
Q

A quem se destina a profilaxia pós-exposição para contactantes de sarampo e varicela (de forma geral)?

A

Pacientes suscetíveis (que nunca tiveram a vacina e nunca foram vacinados).

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19
Q

Como é feita a profilaxia pós-exposição para contactantes de sarampo?

A
  • Vacina: > = 6 m E sem contra-indicação (gestantes e imunossuprimidos) até 3 dias do contato
  • Imunoglobulina padrão: < 6 m, gestantes ou imunodeprimidos até 6 dias do contato

MACETE: Parampo 36

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20
Q

Qual o agente causador da rubéola?

A

Togavírus

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21
Q

Qual o achado ao exame físico no período prodrômico da rubéola fala altamente a favor de rubéola?

A

Linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical posterior (Macete: Rubola causada por um togavírus e gânglios palpados quando toca)

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22
Q

Qual o enantema é característico da rubéola (não patognomônico)?

A

Manchas de Forschheimer - petéquias em palato

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23
Q

Quais as características do exantema da rubéola?

A
  • Exantema maculopapular rubeoliforme (claro)

* Progressão crânio-caudal rápida

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24
Q

Em qual perfil de paciente a incidência de rubéola é preocupante?

A

Gestantes (Síndrome da Rubéola Congênita), em adultos e crianças hígidas é doença auto-limitada

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25
Q

Qual complicação álgica da rubéola pode ocorrer sendo mais comum em mulheres?

A

Artralgia

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26
Q

Qual o agente etiológico do eritema infeccioso (quinta doença)?

A

Parvovírus B19

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27
Q

Por qual célula do corpo humano o parvovírus tem tropismo? Qual o risco?

A

Eritroblastos (pela alta replicação). Risco de crise aplásica em pacientes com hemoglobinopatias, ocorrendo na fase de viremia (precede período prodrômico).

Achados: anemia hemolítica + baixa contagem de reticulócitos

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28
Q

Qual a característica do período prodrômico do eritema infeccioso é a mais marcante?

A

“Ausência” de período prodrômico ou imperceptível, já que o exantema é uma ocorrência de etiologia não infecciosa, mas imunomediado, ocorrendo cerca de 10 d após o período prodrômico, sendo imperceptível pelo paciente.

Macete: o eritema infeccioso na verdade é não infeccioso

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29
Q

Há necessidade de isolar pacientes com eritema infeccioso na fase de exantema?

A

Não, pois o paciente não está eliminando mais o vírus.

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30
Q

Qual complicação da infecção pelo parvovírus B19 pode ocorrer na gestante?

A

Hidropsia fetal não imune (pela intensa anemia)

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31
Q

Qual a característica marcante do eritema infeccioso?

A

Evolução trifásica

  • Primeira fase: face esbofeteada/asa de borboleta/palhaço
  • Segunda fase: progressão cranio-caudal, clareamento central do exantema (aspecto rendilhado/reticulado)
  • Terceira fase: recidiva do exantema por fenômenos de vasodilatação (calor, exercício, estresse, sol)
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32
Q

Qual complicação em extremidades pode ocorrer na infecção pelo parvovírus B19?

A

Síndrome papular-purpúrica em luvas e meias: edema, eritema, algia em extremidades superiores e inferiores

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33
Q

Qual o agente etiológico do exantema súbito (roséola infantil)?

A

Herpes vírus 6 (mais comum) e 7 (Macete: hexantema súbito = herpes vírus 6)

34
Q

Qual o perfil etário de incidência do exantema súbito (roséola infantil)?

A

Lactentes > 6 m (antes disso há ação dos Ac maternos). O HHV-6 como todo herpes vírus pode permanecer quiescente no corpo e ser eliminado através da saliva anos após infecção - 95% das crianças até 3 anos serão infectadas por ele

35
Q

Qual o dado mais marcante do período prodrômico sugere exantema súbito (roséola infantil)?

A

Febre elevada que desaparece em crise e logo após surge o exantema

36
Q

Qual característica do exantema súbito (roséola infantil) é marcante?

A

Início em tronco

37
Q

Qual a complicação mais comum do exantema súbito (roséola infantil)?

A

Convulsão febril (crise febril) - febre elevada

38
Q

Qual o agente etiológico da varicela?

A

Vírus varicela zóster (Macete: Varicela 54)

39
Q

Qual a característica marcante do exantema da varicela?

A

Vesículas e polimorfismo regional (evolui pápula > vesícula > pústula > crosta - podem coexistir em várias lesões em estágios diferentes)

40
Q

Qual a complicação mais comum da varicela?

A

Infecção bacteriana secundária

41
Q

A presença de febre acima de 3 dias após o surgimento do exantema (rash) e halo de hiperemia no contexto de varicela sugere:

A

Infecção bacteriana secundária

42
Q

Como é a distribuição e progressão do exantema da varicela?

A

Distribuição centrípeta (concentra em tronco e abdome) mas progressão centrífuga (evolui do tronco para extremidades)

OBS: pode acometer mucosas (conjuntiva, oral)

43
Q

Qual achado cutâneo na varicela indica que o paciente não mais transmite o vírus?

A

Lesões em fase crostosa

44
Q

Como é feita a profilaxia pós-contato de varicela?

A
  • Vacina

* Imunoglobulina específica

45
Q

Para quais pacientes se destina a vacinação de bloqueio como profilaxia pós-exposição a casos de varicela? Até quanto tempo pode ser feita?

A
  • Todos os contactantes suscetíveis sem contra-indicação (< 9 m, gestantes, imunodeprimidos)
  • MS: disponibiliza apenas em ambiente hospitalar
  • Limite: 5 dias (Macete: Varicela 54)
46
Q

Para quais pacientes se destina a imunoglobulina específica como profilaxia pós-exposição a casos de varicela? Até quanto tempo pode ser feita?

A
  • Gestantes
  • Imunodeprimidos
  • <9 m (só em surto hospitalar)
  • RN < 28 sg (independe se mãe teve varicela ou não)
  • RN > ou = 28 sg (apenas se mãe nunca teve varicela, pois se ela teve previamente passou Ac)
  • Filhos de mãe que tiveram varicela 5 dias ou menos do parto até 2 dias após (não deu tempo de formar Ac e coincidiu com a viremia mais alta)
  • Limite: 4 dias após contato (Macete: Varicela 54)
47
Q

Qual analgésico/anti-inflamatório é contra-indicado na suspeita de varicela ou influenza? Por qual motivo?

A

AAS, risco de síndrome de Reye

48
Q

Qual complicação neurológica é temida em consequência da varicela? Quais os sinais e sintomas?

A

Ataxia cerebelar aguda (cerebelite infecciosa). Ataxia + disartria + nistagmo

49
Q

A infecção pelo vírus da varicela é capaz de causar síndrome da varicela congênita até quantas semanas gestacionais?

A

<20 sg

50
Q

Em quais situações está indicado o tratamento da varicela com aciclovir via oral?

A
  • > 12 anos
  • 2˚ caso domiciliar
  • Uso de corticoide em dose não imunossupressora
  • Doença pulmonar ou cutânea crônica
  • Uso de AAS
51
Q

Em quais situações está indicado o tratamento com aciclovir venoso para tratamento da varicela?

A
  • Imunodeprimidos
  • Uso de corticoide em dose imunossupressora
  • Varicela progressiva
  • Recém nascido (varicela neonatal e não congênita)
52
Q

O que é a varicela progressiva?

A

Forma grave que evolui com lesões de aspecto hemorrágico e comprometimento visceral (hepático, pneumonia)

53
Q

Em caso de resistência ao aciclovir, qual droga está indicada para tratamento da varicela?

A

Foscarnet

54
Q

Quais os achados clínicos comuns na síndrome da varicela congênita?

A

Lesões cicatriciais + hipoplasia de membros

55
Q

Qual doença exantemática febril faz diagnóstico diferencial com varicela? Como distinguir?

A

Síndrome mão-pé-boca (rash vesicular)

Varicela: vesículas disseminadas
Mão-pé-boca: vesículas em mão, pé, boca, nádegas

56
Q

Qual o agente etiológico da síndrome mão-pé-boca?

A

Cocsackie A16

57
Q

Qual a principal doença exantemática febril bacteriana?

A

Escarlatina

58
Q

Qual o agente etiológico da escarlatina? Qual a fisiopatologia?

A

Estreptococo B-hemolítico grupo A (S.pyogenes)

Produção de exotoxina pirogênica

59
Q

Qual a característica clínica que chama atenção para o período prodrômico da escarlatina?

A

Clínica de faringoamigdalite (odinofagia com febre, alterações a oroscopia)

60
Q

Qual o enantema característico da escarlatina?

A

Língua em morango/framboesa (branco ou vermelho)

61
Q

Qual a característica do exantema escarlatiniforme?

A

Micropapular tipo lixa

62
Q

Quais os dois sinais semiológicos característicos do exantema escarlatiniforme?

A

Pastia: acentuação do exantema na prea (Macete: pastia pior na prega)

Filatov: palidez perioral

63
Q

Como ocorre a descamação do exantema da escarlatina?

A

Descamação lamelar (acomete extremidades, embora o exantema não)

64
Q

Qual o tratamento da escarlatina?

A
  • Penicilina benzatina IM DU ou

* Amoxicilina VO 10 d

65
Q

Qual a principal doença exantemática de etiologia não infecciosa que faz diagnóstico diferencial com a escarlatina? Quais as diferenças?

A

Doença de Kawasaki

Kawasaki: < 5 anos, conjuntivite, febre > 5 dias, sem melhora com penicilina
Escarlatina: > 5 anos, sem conjuntivite, febre não excede 5 dias, melhora com penicilina

66
Q

Qual o critério diagnóstico obrigatório para doença de Kawasaki?

A

Febre por pelo menos 5 dias (+4 de outros sinais)

67
Q

Quais os outros critérios diagnósticos da doença de Kawasaki além da febre por pelo menos 5 dias?

A
  • Conjuntivite bilateral não exsudativa
  • Alterações de cavidade oral (hiperemia, faringite, língua em framboesa)
  • Linfadenopatia cervical única
  • Exantema polimorfo (exceto vesicular)
  • Alterações de extremidades (edema, eritema, descamação)
68
Q

Qual o critério diagnóstico menos comum da doença de Kawasaki?

A

Linfadenopatia

69
Q

Quais alterações laboratoriais são típicas da doença de Kawasaki?

A

Trombocitose, aumento de PCR, VHS, leucocitose

70
Q

Qual o tratamento da doença de Kawasaki?

A

Imunoglobulina humana EV em altas doses + AAS em doses anti-inflamatórias até 48 h afebril, após, manter em dose antiagregante

71
Q

Qual a complicação mais temida da doença de Kawasaki?

A

Aneurisma coronariano

72
Q

Qual exame complementar é essencial no paciente com Kawasaki?

A

Ecocardiograma (fazer após diagnóstico e repetir 6-8 semanas após)

73
Q

Até quantos dias é o período ideal para se iniciar a imunoglobulina humana EV para evitar a formação de aneurismas coronarianos na doença de Kawasaki?

A

10 dias

74
Q

Qual a tríade clássica da mononucleose infecciosa?

A

Astenia + faringite + linfadenopatia generalizada

75
Q

Qual o agente etiológico da mononucleose infecciosa?

A

EBV

76
Q

Quais os dois achados no exame físico falam altamente a favor de mononucleose infecciosa?

A

Linfadenopatia generalizada e esplenomegalia

+faringite (pode ser exsudativa)

77
Q

O exantema é regra na mononucleose? Qual o principal precipitante?

A

Não. O principal precipitante é uso de amoxicilina/ampicilina por confusão diagnóstica com escarlatina

78
Q

Quais podem ser as complicações neoplásicas associadas a infecção pelo EBV?

A
  • Carcinoma nasofaríngeo
  • Linfoma de Hodgkin
  • Linfoma de Burkitt
79
Q

Qual achado no hemograma sugere mononucleose infecciosa?

A

Linfocitose com atipia linfocitária

80
Q

Quais os tipos de anticorpos são pesquisados na mononucleose infecciosa? Qual a limitação de um dos tipos?

A
  • Anticorpos específicos

* Anticorpos heterófilos: apenas > 4 anos

81
Q

Paciente com faringite + linfadenopatia generalizada + esplenomegalia + dor abdominal em hipocôndrio esquerdo após exercício físico + choque =

A

Ruptura esplênica (mononucleose infecciosa)