Doenças das vias biliares Flashcards
Componentes da árvore biliar
Ducto hepático comum (direito + esquerdo) + ducto cístico = ducto colédoco, que se abre na ampola de water, juntamente com o ductor de Wirsung
Papel da bile
Emulsificação das gorduras
Conceito de colestase
Qualquer obstrução da árvore biliar
Etiologias da colestase
Doença calculosa biliar, neoplasia maligna ou doenças não litisiáticas e não neoplásicas
Primeiro exame para paciente com colestase
USG de abdome
Interpretação do USG de abdome na colestase
Dilatação das vias biliares extra-hepática = obstrição extra-hepática; sem dilatação, intra-hepática
Principais causas de obstrução intra-hepática
Hepatite ou cirrose biliar primária
Principais causas de obstrução extra-hepática
Coledocolitíase ou tumores periampulares (CA de cabeça de pâncreas)
Como difirenciar coledocolitíase de tumores periampulares
Coledocolitíase - icterícia flutuante
CA de cabeça de pâncreas - icterícia progressiva, perda de peso, sinal de Courvoisier-terrier
Sinal de Courvoisier-terrier - o que é e o que significa
Vesícula palpável e indolar; indica neoplasia
Exame se a hipótese for coledocolitíase (padrão ouro)
CPRE
Exame se a hipótese for neoplasia
TC de abdome com contraste
Complicações CPRE
Colangite e pancreatite
Contraste da colangiorresonancia
Bile
Tipos de cálculos biliares
Amarelo, preto e castanho
Tipo de cálculo biliar mais comum
Amarelo
Origem, composição e fator de risco para cálculos amarelos
Vesícula; colesterol; obesidade, sexo feminino, qualquer doença ileal
Origem, composição e fator de risco para cálculos pretos
Vesícula; bilirrubinato de cálcio; hemólise crônica
Origem e fator de risco para cálculos castanho
Vias biliares; colonização bacteriana por estase prolongada ou parasistas
Cálculos que aparecem no RX
Preto e castanho (amarelo não)
Colelitíase - definição
Cálculos dentro da vesícula
Colelitíase - quadro clínico
Maioria (80%) assintomático
20% sintomático, com cólica biliar típica
Colelitíase - como é a cólica biliar típica
Dor em hipocondrio D ou epigastro (pode irradiar para escápula ipsilateral), que dura <6hrs, após libação gordurosa. Pode ter náuseas e vômitos associados.
Colelitíase - tem icterícia?
Não
Colelitíase - melhor exame para ver cálculo
USG de abdome
Colelitíase - descrição do cálculo na USG
Imagem hiperecoica com sombra acustica post
Colelitíase - descrição de pólipo na USG
Imagem hiperecoisa sem sombra acústica post
Colelitíase - se cólica biliar durar >18hrs, qual a minha suspeita?
Colecistite aguda
Colelitíase - tratamento
Sintomáticos - colecistectomia laparoscópica
Assintomático - apenas se indicado
Colelitíase - indicações de tratamento para assintomáticos
Vesícula em porcelana, cálculos grandes (>2,5 - 3cm), associação com pólipos, anemia hemolítica
Colelitíase - ATB associado com cálculos
Ceftriaxona
Colelitíase - indicações de colecistectomia para pólipos
Pólipos > 10mm, idade > 60a, crescimento documentado em USG seriada
Colecistite - definição
Inflamação duradoura da vesícula por cálculo obstruindo o ducto cístico
Colecistite - clínica
Sinal local - dor > 6hrs + sinal de Murphy
Sinal sistêmico - febre, leucocitose, elevação de PCR
Colecistite - como está a bilirrubina
Normal (não há obstrução da via biliar)
Colecistite - Diagnóstico
Sinal local + sinal sistêmico + imagem
Colecistite - exame de imagem de escolha
USG de abdom
Colecistite - exame de imagem padrão outro
Cintilografia
NA PROVA, SINAL DE MURPHY É IGUAL A
COLECISTITE
Colecistite - tratamento imediato
ATB + analgesia + hidratação
Colecistite - ATB de escolha
Cobrir pelo menos gram -; rotineiramente, se usa cefa de 3 + metronidazol
Colecistite - tratamento definitivo
Colecistectomia laparoscópica em até 72hrs
Colecistite - complicações
Empiema, gangrena com perfuração e colecistite enfisematosa (lembrar do idoso diabético)
Coledocolitíase - definição
Cálculo no colédoco
Coledocolitíase - origem dos cálculos
Primária - 10% (originado no colédoco - castanho)
Secundário - 90% (migrou da vesícula)
Coledocolitíase - clínica
Icterícia flutuante
Coledocolitíase - a vesícula é palpável?
Não
Coledocolitíase - exame inicial
USG de abdome
Coledocolitíase - exames após USG
ColangioRM, USG endoscópica e CPRE
Coledocolitíase - vantagem e desvantagem da CPRE
Vantagem: é terapêutica; desvantagem: invasiva
Coledocolitíase - conduta de acordo com a probabilidade
Se alta (USG com cálculo no colédoco, colangite, BT > 4 + dilatação do colédoco - CPRE Se moderada (idade > 55 anos, USG com colédoco dilatado, bioquímica hepática anormal) - colangioRM ou USG endoscópica Se baixa - não investigar via biliar
Coledocolitíase - tratamento
CPRE - papilotomia endoscópica
Cirurgia - exploração ou derivação biliodigestiva
Coledocolitíase - classificação
Residual - surge até 2 anos após VLC
Recorrente - surge 2 anos após VLC
Colangite bacteriana aguda - definição
Obstrução duradoura da via biliar (seja por cálculo ou tumor) + infecção
Colangite bacteriana aguda - clínica
Não grave (não supurativa) - tríade de Charchot (febre, dor abdominal e icterícia)
Grave (supurativa) - penta de Reynolds (+ RNC e hipotensão)
Colangite bacteriana aguda - tratamento
ATB (ceftriaxona + metronidazol) + drenagem da via biliar (se grave, imediata; se não grave, eletiva)
Tipos de tumores periampulares
CA de cabeça de pâncreas, CA de ampola de vater, colangiocarcinoma e CA de duodeno
Tipo histológico mais comum do CA de cabeça de pancreas
AdenoCA ductal
Marcador do CA de cabeça de pancreas
CA 19.9 (bom pra acompanhamento)
Tumor periampular mais comum
CA de cabeça de pancreas
Quadro clínico geral dos tumores periampulares
Icterícia progressiva + vesícula de courvousier + emagrecimento
Exame padrão ouro para tumores periampulares
TC de abdome com constraste trifásico (sem contraste - fase pancreatica - fase portal)
Tratamento curativo tumores periampulares
Whipple (duodenopancreatectomia)
Tratamento paliativo tumores periampulares
Endopróteses (via CPRE) e derivação biliodigestiva
Complicação comum tumores periampulares
Colangite
Colangiocarcinoma mais comum
Tumor de Klatskin
Tumor de Klatskin - definição
Colangiocarcinoma perihilar
Tumor de Klatskin - clínica
Icterícia progressiva + emagrecimento, SEM VESÍCULA PALPÁVEL
Tumor de Klatskin - como fica na USG
Vesícula murcha com dilatação das vias biliares intra-hepáticas
Tumor de Klatskin - diagnóstico
TC de abdome e/ou colangioRM
Tumor de Klatskin - prognóstico
5 - 8 meses de sobrevida
Estágios de lesão pelo álcool
Esteatose - hepatite alcoólica - cirrose
Manifestações hepatite alcoólica
Hepatite - febre, icterícia (aumento de BD), AST > ALT; leucocitose neutrofílica
Tratamento hepatite alcoólica
Se grave (Maddrey >= 32): corticoide (prednisolona) por 28 dias; alternativa: pentoxifilina
Clínica geral das doenças auto-imunes da via biliar
Icterírica colestática + prurido
Doenças auto-imunes da via biliar
Colangite biliar primária e colangite esclerosante primária
Doenças relacionadas a colangite biliar primária
AR, Sjogren e hashimoto
Doenças relacionadas a colangite esclerosante primária
RCU
Anticorpo relacionado a colangite biliar primária
Antimitocondria
Anticorpo relacionado a colangite esclerosante primária
P-anca elevado
Tratamento doenças auto-imunes da via biliar
Para retardar evolução: ác. ursodesoxicólico - UDCA (melhor na CBP)
Em casos avançados: transplante
Utilidade dos critérios de Tókio 18
Gravidade da colecistite aguda
Parâmetros diagnóstico dos critérios de Tókio 18
Sinais locais, sistêmicos e imagem - clínica, lab e USG
Gravidade da colecistite segundo os critérios de Tókio 18
III (grave) - colecistite + sinais de disfunção orgância
II (moderada) - colecistite + leuco > 18000 e/ou massa palpável dolorosa em QSD e/ou duração das queixas > 72hrs e/ou marcador inflamatório local
I (leve) - colecistite sem critérios para II ou III
Anticorpo da hepatite auto imune
Anti musculo liso, FAN +