Doença do Refluxo Gastroesofágico Flashcards
Fatores que determinam a incompetência da junção esofagogástrica
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- Relaxamento transitório do esfíncter esofágico inferior (EEI)
- Hipotonia do EEI
- Fatores anatômicos na junção esofagogástrica - ruptura anatômica da junção esofagogástrica com frequência associada a hérnia hiatal
Hérnias Hiatais
Definição e tipos
- Protrusão de porção do estômago em graus variados através do hiato esofágico para dentro do tórax
- Tipos:
- Hérnias de deslizamento tipo I (mais comuns): por EDA, separação maior que 2cm entre a JEG e o pinçamento diafragmático
- Hérnias paraesofágicas de rolamento tipo II
- Hérnia hiatal mista tipo III
- Hérnia em que ocorre a herniação do estômago (tipo IV) + outro órgão abdominal
Fator de risco para DRGE, esofagite erosiva e adenocarcinoma esofágico?
Obesidade
Aumento da pressão intra-abdominal
3 mecanismos que diminuem o esvaziamento esofágico
- Disfunção peristáltica que resulta em falha ou hipotensão das contrações peristálticas (<30mmHg)
- “Re-fluxo” associado à hérnia hiatal
- Redução da salivação ou da capacidade neutralizante salivar
Diagnóstico do DRGE
- Endoscopia digestiva alta com biópsia nos pacientes com disfagia associada, perda ponderal e nos que não respondem ao tratamento empírico com IBP 2x/d
- Manifestações típicas:
- Pirose retroesternal - sensação de queimação retroesternal que irradia do manúbrio do esterno à base do pescoço, podendo atingir garganta
- Regurgitação ácida
- Manifestações típicas:
- Manifestações atípicas:
- Rouquidão, pigarro, laringite posterior cronica, sinusite cronica, otalgia
- Desgaste do esmalte dentário, halitose, aftas
- Dor torácica retroesternal de origem não cardíaca, globus - sensação de corpo estranho na garganta
- Asma, tosse crônica, hemoptise, bronquite, bronquiectasias, pneumonias de repetição
Manifestações de alarme na DRGE
- Disfagia
- Odinofagia
- Anemia
- Hemorragia digestiva
- Emagrecimento
- Náuseas
- Vômitos
- História familiar de câncer
Casos para os quais sempre se indica EDA. Incluir pacientes >40 anos
Lesões consequentes da DRGE visualizadas à endoscopia?
- Erosões (solução de continuidade limitada à mucosa com, pelo menos, 3mm de diâmetro, com depósito de fibrina e permeação neutrofílica do epitélio)
- Úlceras (solução de continuidade que atinge ao menos a camada muscular da mucosa, com presença de tampão e tecido de granulação)
- Estenose péptica
- Esófago de Barrett (metaplasia intestinal)
Quando está indicada a biopsia esofágica?
- Quadros sugestivos de esôfago de Barrett, com reepitelização com mucosa avermelhada, circunferencial ou não, com extensão de pelo menos 2cm acima das pregas gástricass
- Quadros sugestivos de epitelização colunar do esôfago distal, com reepitelização com mucosa avermelhada de extensão superior a 2cm
Deve ser realizada em todos os pacientes com úlcera e/ou estenose
Classificação endoscópica de Los Angeles:
- GRAU A : uma ou mais rupturas da mucosa = ou <5mm
- GRAU B: pelo menos uma ruptura da mucosa >5mm mas não contínua entre as partes superiores das dobras adjacentes da mucosa
- GRAU C: pelo menos uma ruptura da mucosa é contínua entre as partes superiores das dobras adjacentes da mucosa, mas não é circunferencial
- GRAU D: uma ruptura da mucosa envolve ao menos 3/4 da circunferência luminal
Indicações de manometria na DRGE?
- Investigar a eficiência da peristalse esofágica em pacientes com indicação de tto cx
- Determinar a localização precisa do EEI para permitir a correta instalação do eletrodo de pHmetria
- Investigar a presença de distúrbio motor esofágico associado, como as doenças do colágeno e o espasmo esofágico difuso
Quando está indicada a pHmetria?
- Pacientes com sintomas típicos de DRGE e EDA sem esofagite erosiva
- Pacientes com queixas atípicas
- Pacientes que não apresentam resposta satisfatória ao IBP em dose plena
Quando e como é feito o teste terapêutico para DRGE?
- Pacientes <40 anos com manifestações típicas, sem sinais ou sintomas de alarme
- IBP dose plena (omeprazol 40mg/d, lansoprazol 30mg/d, pantoprazol 40mg/d, rabeprazol 20mg/d ou esomeprazol 40mg/d) por 4 semanas
Tratamento da DRGE
Medidas comportamentais
- Elevação da cabeceira da cama (15cm)
- Redução do peso corpóreo
- Moderar ingestão de alimentos gordurosos, cítricos, café, álcool, bebidas gaseificadas, menta, hortelã, produtos de tomate, chocolate e condimentos
- Cuidado com medicamentos de risco: anticolinérgicos, teofilina, antidepressivos tricíclicos, bloqueadores dos canais de cálcio, agonistas beta-adrenérgicos
- Evitar deitar-se nas 2h após as refeições
- Evitar refeições copiosas/fracionar refeições
- Reduzir ou cessar fumo
Tratamento da DRGE
Farmacológico
- IBPs em dose plena por 4 a 8 semanas em casos com sintomas típicos e tratamento inicial
- Em casos atípicos, dobrar dose por um período de 2 a 6 meses e repetir EDA no final do tratamento
- As doses podem ser administradas de preferência 30 min antes do café da manhã quando for 1 dose/dia e se 2 doses/dia, acrescentar 1 dose 30 min antes do jantar
Consequências do uso crônico de IBPs
- Gastrite crônica
- Atrofia e pólipos de glândulas fúndicas
- Aumento dos casos de pneumonia de repetição
- Infecções intestinais
- Anemia ferropriva
- Má absorção de magnésio, cálcio, vit B12 e ferro