Distúrbios obstrutivos na pediatria Flashcards

1
Q

O que é a terbutalina?

A

B2 adrenérgico endovenosa de curta ação, possui ação brondilatadora e usado na asma.
Pode ter de efeito colateral hipocalemia, hipertensão sistólica, tremor e taquicardia

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2
Q

Qual o gene que está mutado na fibrose cística?

A

CFTR

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3
Q

Onde está a mutação no gene da fibrose cística? (principal)

A

F508del

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4
Q

Qual os principais achados clínicos da fibrose cística? (5)

A
  • pólipos nasais
  • infecção respiratória de repetição
  • insuficiência pancreática exócrina -> endócrina
  • íleo meconial
  • esteatorreia
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5
Q

Qual a fisiopatologia da fibrose cística?

A

mutação no gene CFTR (F508del) -> altera transporte de cloreto (Cloreto retido -> Na retido -> H2O retido na célula) -> obstrução das vias aéreas -> inflamação -> infecção -> bronquiectasia

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6
Q

Porquê “suor salgado”?

A

Nas glândulas exócrinas o transportador é “invertido”. Portanto não há absorção do cloreto -> Na para fora da célula -> H2O para fora da célula

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7
Q

Como faz o diagnóstico da fibrose cística?

A

1- Teste de triagem neonatal (pézinho) - Dosagem de tripsina imunorreativa (repetir com 30 dias)
MAIS
2- Teste do suor (se >30 dias, fazer teste do suor direto)

Ambos devem ser realizados 2x (2 testes do pézinho + 2 testes do suor) para fechar diagnóstico!

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8
Q

Qual a dosagem para ter tripsina imunorreativa positiva (IRT)?

A

> 70 ng/ml

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9
Q

Qual a dosagem para o teste do suor ser positivo?

A

> = 60 mEq/L

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10
Q

Qual a dosagem para o teste do suor ser negativo (improvável FC)?

A

< 30 mEq/L

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11
Q

Quando o teste do suor é inconclusivo?

A

entre 30 a 59 mEq/L

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12
Q

Quando o teste do suor é inconclusivo, o que deve ser realizado?

A

Análise de mutações

É POSITIVA se 2 mutações patogênicas no gene CFTR

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13
Q

Tratamento da fibrose cística? (5)

A

1- Moduladores da CFTR
2- Dieta hipercalórica (“leite salgado”)
3- Reposição de enzimas pancreáticas e vitaminas lipossolúveis
4- Clearance de vias aéreas (donase-alfa, NBZ com salina hipertônica)
5- Vacinação

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14
Q

Como fazer o seguimento da fibrose cística? (4)

A

1- Pesquisa de microorganismos
2- Elastase fecal e dosagem de gorudra fecal
3- Rx de tórax 2 a 3 anos (após 4-5 anos de idade), TC
4- Espirometria 2x/ano

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15
Q

Quais os principais agentes causadores da exacerbação pulmonar na fibrose cística? (2)

A

1- Pseudomonas aeruginosa

2- Staphylococcus aureus

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16
Q

Quais os outros agentes que precisa lembrar?

A

1- Burkholderia cepacia
2- Stenotrophomonas

“nomes feios”

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17
Q

Na exacerbação pulmonar por FC, quase sempre…

A
  • hospitalização
  • suporte de O2
  • Atb terapia (por culturas de 14 a 21 dias)
  • sem cultura faz: ceftazidima + amicacina + oxacilina
  • Inalação hipertônica precedida de salbutamol inalatório
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18
Q

Principal agente da bronquiolite viral aguda?

A

Sincício Viral Respiratório

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19
Q

Outros agentes causadores da BVA

A

Influenza, rinovírus, parainfluenza, adenovírus, metapneumovírus, bocavírus humano

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20
Q

Como se dá a transmissão da BVA?

A
  • contato direto

- secreções contaminadas

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21
Q

Qual a diferença da fisiopatologia da BVA e da asma?

A

Na BVA NÃO há broncoconstrição muscular.

A broncoconstrição é obstrutiva e/ou inflamatória (edema)

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22
Q

Qual a faixa etária mais acometida pela BVA?

A

< 2 anos

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23
Q

Qual a diferença da apresentação da BVA e da ASMA?

A

BVA: “1o episódio de sibilância nos menores de 2 anos”
ASMA: recorrência de episódios

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24
Q

Quadro clínico característico da BVA?

A

quadro gripal e piora de 3 a 4 dias depois -> taquipneia, febre, sibilância, esforço respiratório, tempo expiratório prolongado

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25
Q

Quem tem maior chance de pior evolução e desenvolver quadro mais grave na BVA?(5)

A
1- <3 meses
2- tabagismo passivo
3- cardiopatia congênita instável hemodinamicamente
4- prematuridade
5- douença pulmonar crônica
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26
Q

Principal achado no rx de tórax na BVA?

A

Hiperinsuflação pulmonar (doença obstrutiva) - retificação dos arcos costais e diafragma

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27
Q

Como diferenciar BVA de bronquiolite obliterante?

A

Bronquiolite obliterante tem a clínica parecida, porém é mais prolongado e apresenta recidivas de sibilo e dispneia.
Diagnóstico definitivo -> biópsia pulmonar
NÃO existe tratamento definitivo

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28
Q

Quando devo hospitalizar na BVA? (5)

A

1) < 3 meses
2) Mau estado geral
3) Não come/bebe/respira
4) SatO2 <92% (ou 90% em algumas literaturas)
5) Prematuro

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29
Q

Qual o tratamento da BVA leve?

A

1) Domiciliar
2) Lavagem nasal com SF 0,9%
3) Orientar mãe quanto aos sinais de alarme e pedir ajuda médica

30
Q

O que NÃO é recomendado no tratamento da BVA? (6)

A
1- broncodilatador (de rotina)
2- inalação com solução hipertônica salina
3- corticoides 
4- fisioterapia respiratória 
5- ATB sem sinais de infecção
6- Antivirais
31
Q

O que é recomendado no tratamento hospitalar da BVA?

A

1- Precaução de contato
2- Elevação da cabeceira 30 graus
3- Oxigenação com cateter nasal de alto fluxo
4- Hidratação com solução ISOtônica (risco de secreção inapropriada de ADH)
5- dieta via sonda gástrica ou enteral/jejum
6- Asipiração de secreção das VAS

32
Q

Quando fazer jejum ou dieta via sonda na BVA?

A

Jejum só nos casos muito graves, em que não há possibilidade de ingesta.

33
Q

Qual a diferença na saturação de O2 alvo na asma e na BVA?

A

ASMA: > 94%
BVA: >92% (>90% em algumas literaturas)

34
Q

Quando posso dar alta hospitalar na BVA?

A

SatO2 >94%
Boa aceitação alimentar VO
Ausência de sinais de gravidade

35
Q

Quais as medidas profiláticas para a BVA?

A
  • Precaução hospitalar de contato
  • PALIVIZUMABE - anticorpo monoclonal (dose: 15 mg/kg IM)
    5 doses a cada 30 dias (1a dose um mês antes da sazonalidade)
36
Q

Qual a sazonalidade mais frequente da BVA?

A

Outono/inverno

*países tropicais é qualquer época do ano

37
Q

Quem pode usar PAVILIZUMABE?

A

Ministério da saúde:

1) até 1 ano de idade nascidas com 28 semanas ou menos ou
2) até 2 anos de idade com doença pulmonar crônica da prematuridade/cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica

SBP:
acrescenta = prematuros com 29 a 31 semanas e 6 dias de gestação, especialmente nos primeiros 6 meses de vida

38
Q

Qual a diferença entre distúrbio obstrutivo e restritivo?

A

O obstrutivo tem alteração no fluxo EXPIRATÓRIO (diminuição do volume de ar que deveria sair dos pulmões)
O restritivo tem alteração no fluxo inspiratório

39
Q

A hiperreatividade brônquica na ASMA é causada por qual tipo celular (imunidade)?

A

Linfócitos Th2

40
Q

Como é feito o diagnóstico da asma?

A

1) História clínica (sibilos, dispneia, tosse, sintomas noturnos e ao despertar, associação com quadro viral, riso, choro, exercício físico) todos sintomas FLUTUANTES
2) >5 anos: + ESPIROMETRIA ou Pico de fluxo respiratório (peak flow)

41
Q

Quais os valores para a comprovação de asma (na faixa pediátrica) pela espirometria?

A

VEF1/CVF < 90% e VEF1 > 12% do previsto após BD

VEF1 = expiração máxima em 1 segundo 
CVF = capacidade vital forçada
42
Q

Quais os valores para a comprovação de asma (na faixa pediátrica) pelo pico de fluxo respiratório?

A

Variação diurna > 13% OU >20% com BD

* realizar 2x/dia por mais de 2 semanas

43
Q

Como identificar asma em criança <5 anos, já que não conseguem realizar espirometria?

A

Clínica! Se alta probabilidade, iniciar teste terapêutico

Dicas: sibilância não relacionada à infecção viral, sibilância relacionada à exercicio físico/riso/choro, atopia

44
Q

Quais são os critérios de classificação de controle da asma?

A

Nas últimas 4 semanas:

1) Sintomas diurnos >2x/semana?
2) Medicação de resgate >2x/semana?
3) Despertares noturnos pela asma?
4) Limitação da atividade pela asma?

0 = controlada
1-2 = parcialmente controlada
3-4 = não controlada
45
Q

Qual o padrão de transmissão genética da fibrose cística?

A

autossômica recessiva

46
Q

Tratamento: step 1 (6 a 11 anos)

A

CI + SABA S.O.S ou dose baixa de CI sempre que usar SABA

47
Q

Tratamento: step 2 (6 a 11 anos)

A

CI dose baixa (50-100 mcg/dia) + SABA S.O.S

48
Q

Tratamento: step 3 (6 a 11 anos)

A

CI dose baixa + LABA ou CI dose média (200 mcg/dia) + SABA S.O.S

49
Q

Tratamento: step 4 (6 a 11 anos)

A

CI dose média + LABA + SABA S.O.S + encaminhar

50
Q

Tratamento: step 5 (6 a 11 anos)

A

fenotipar + anti IgE

51
Q

Tratamento: step 1 (<= 5 anos)

A

SABA S.O.S

52
Q

Tratamento: step 2 (<= 5 anos)

A

CI dose baixa + SABA S.O.S

53
Q

Tratamento: step 3 (<= 5 anos)

A

Dobrar a dose do CI + SABA S.O.S

54
Q

Tratamento: step 4 (<= 5 anos)

A

manter tratamento e encaminhar para o especialista

55
Q

Tratamento step 1 (>= 12 anos

A

CI dose baixa + FORMOTEROL (LABA) S.O.S

56
Q

Tratamento step 2 (>=12 anos)

A

CI dose baixa + SABA S.O.S ou

CI dose baixa + FORMOTEROL (LABA) S.O.S

57
Q

Tratamento step 3 (>=12 anos)

A

CI dose baixa + LABA + SABA S.O.S ou CI dose baixa + FORMOTEROL (LABA) S.O.S e de manutenção

58
Q

Tratamento step 4 (>= 12 anos)

A

CI dose média + LABA + SABA S.OS ou

CI dose média + FORMOTEROL (LABA) de manutenção + CI dose baixa + FORMOTEROL S.O.S

59
Q

Tratamento step 5 (>=12 anos)

A

CI dose alta + LABA + tiotrópio + fenotipagem

60
Q

V ou F: é proibido usar LABA em menores de 5 anos

A

Verdadeiro.

61
Q

Como deve ser administrado o tratamento de acordo com a faixa etária?

A

< 4 anos = acoplar inalador a espaçador com máscara facial
4 a 6 anos = espaçador com bocal
>= 6 anos = espaçador

*portanto, crianças menores devem usar máscara facial!

62
Q

Fatores de risco para exacerbação da asma (“crise asmática”) (4)

A

1) alta resposta a BD
2) exacerbação grave no último ano
3) eosinofilia no escarro
4) uso de CI de alta potência em doses altas

*são os 4 mais difíceis de lembrar

63
Q

Como saber se é uma “crise ameaçadora de vida”?

A

Confusão ou sonolência e tórax silencioso

64
Q

Tratamento na emergência de crise asmática leve/moderada

A

1) SABA resgate
2) O2 se necessário (<94%)
3) Corticoide VO/IV (prednisolona VO ou metilprednisolona IV) 1-2 mg/kg -> continuar por 3 a 5 dias

65
Q

Tratamento na emergência de crise asmática grave

A

1) SABA resgate
2) O2 se necessário (<94%)
3) Corticoide VO/IV (prednisolona VO ou metilprednisolona IV) 1-2 mg/kg -> continuar por 3 a 5 dias
4) Ipratrópio (anticolinérgico de curta ação)
5) Avaliar sulfato de Mg IV
6) Avaliar necessidade de VNI/IOT

66
Q

Como reconhecer crise asmática GRAVE

A

Até 5 anos: agitado, confuso, sonolento, SpO2 < 92%, FR > 40 irpm, FC > 180 (0-3 anos) ou FC> 150 (4-5 anos), cianose central -pelo menos 1

De 6 a 11 anos: dispneia, palavras, agitado, FR>30 irpm, FC> 120, SpO2<90% - pelo menos 1

67
Q

Qual a meta de O2 na crise asmática?

A

< 11 anos: 94-98%

> 11 anos: 93-95%

68
Q

V ou F: todo asmático deve fazer vacinação para influenza anual e pneumococica

A

Verdadeiro

69
Q

V ou F: atopia é uma reação exacerbada a antígenos mediada pela produção de IgE (hiperssensibilidade do tipo 2)

A

Falso. É hiperssensibilidade do tipo 1 (respostas alérgicas).
São mediadas pelos eosinófilos, com a liberação de IgE

70
Q

V ou F: a gravidade da asma etá relacionada com a quantidade de medicamentos necessários para controle

A

Verdadeiro.
Leve = baixa intensidade de tto
Moderado = etapa 3
Grave = etapas 4 e 5

71
Q

Qual a SatO2 para considerar asma grave?

A

> = 5 anos >90%

< 5 anos <92%

72
Q

Qual o mecanismo de ação dos B2- adrenérgicos?

A

agem nos receptores adrenérgicos específicos que ativam adenilciclase, aumentando o AMP cíclico que reduz o influxo de cálcio