Dispneia Flashcards

1
Q

Quais os volumes pulmonares?

A
  • Capacidade vital: soma do volume corrente, volume de reserva inspiratório (inspiração máxima) e volume de reserva expiratório (expiração máxima).
  • Volume residual: ar que permanece nos pulmões após expiração máxima).
  • Capacidade pulmonar total: capacidade vital + volume residual.
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2
Q

Quais os principais parâmetros espirométricos avaliados?

A
  • Capacidade vital forçada (CVF): volume total de ar exalada de forma forçada após umas inspiração forçada.
  • Volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1): volume de ar exalado no primeiro segundo de uma expiração forçada.
  • Índice de Tiffeneau (VEF1/CVF): avaliação de doenças obstrutivas.
  • Fluxo expiratório forçado ou fluxo mesoespiratório (FEF 25-75%): é o parâmetro mais sensível para identificar doenças obstrutivas.
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3
Q

Qual a característica dos distúrbios obstrutivos?

A
  • Redução do fluxos expiratórios e dos volumes dinâmicos (CVF e, principalmente, VEF1).
  • Aumento dos volumes estáticos (volume residual e capacidade pulmonar total).
  • VEF1/CVF < 70%.
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4
Q

Qual a característica dos distúrbios restritivo?

A
  • Redução de todos os volumes pulmonares (dinâmicos e estáticos).
  • VEF1/CVF normal ou aumentada.
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5
Q

Qual exame devemos fazer nos distúrbios obstrutivos?

A

Prova broncodilatadora.

OBS.: a prova é positiva se aumento do VEF1 > 200ml e > 12% do volume previsto OU > 20% do peak flow.

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6
Q

Quais os resultados da prova broncodilatadora?

A
  • Positiva: asma.
  • Negativa: DPOC.
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7
Q

Paciente de 7 anos vem ao PS com queixas de chiado no peito e dificuldade respiratória há 2 anos. Alega que tem vários episódios semelhantes., ficando assintomático entre eles. Qual o diagnóstico?

A

Asma.

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8
Q

O que é asma?

A

Inflamação crônica das vias aéreas inferiores, gerando hiperreatividade brônquica e bronquiolar com obstruções reversíveis.

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9
Q

Quais os fatores de risco para asma?

A
  • Atopia.
  • Predisposição genética.
  • Exposição à alérgenos.
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10
Q

Quais as características da inflamação da asma?

A

Infiltrado eosinofílico (NÃO CAUSA FIBROSE).

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11
Q

Qual a fisiopatologia da asma?

A
  • Hiperreatividade brônquica → broncoespasmo, edema e secreção de muco transitórias.
  • Duas fases: imediata (mediada por mastócitos) e tardia (mediada por eosinófilos).

OBS.: é uma reação de hipersensibilidade tipo I mediada por IgE (resposta Th2).

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12
Q

Quais os tipos de asma?

A
  • Alérgica: é a mais comum de todas, principalmente em crianças.
  • Intrínseca (criptogênica): principal asma na fase adulta.
  • Induzida por aspirina.
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13
Q

Qual o quadro clínico da asma?

A
  • Tosse (pode ser o único sintoma).
  • Sibilância.
  • Dispnéia.
  • Aperto no peito.
  • Sintomas noturnos (quadros moderados e graves).

OBS.: são sintomas episódicos e flutuantes!

OBS.2: os sintomas podem começar minutos após o início ou término de exercírcios físicos (mas não imediatamente).

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14
Q

Qual o diagnóstico de asma?

A
  • Espirometria com padrão obstrutivo e prova broncodilatadora POSITIVA.
  • Teste de broncoprovocação com metacolina ou histamina positivo.
  • Variabilidade do pico de fluxo expiratório > 20% pós-broncodilatador.

OBS.: nos períodos intercrise, a espirometria pode ser NORMAL (nesses casos, proceder ao teste de broncoprovocação).

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15
Q

Como é o diagnóstico de asma em crianças < 2 anos?

A
  • Critérios maiores: pai ou mãe com asma, dermatite atópica.
  • Critérios menores: rinite alérgica, sibilos sem viroses, eosinofilia > 4%.
  • Diagnóstico: 2 critérios maiores OU 1 maior + 2 menores.
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16
Q

Quais os parâmetros avaliados no controle da asma?

A

ABCDE

  • Atividades limitadas?
  • Broncodilatador de alívio > 2x/semana?
  • Calada da noite (sintomas noturnos)?
  • Diurnos (sintomas) > 2x/semana?
  • Exames alterados (peak flow < 80% do previsto)?
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17
Q

Qual a classificação da asma quanto ao controle?

A
  • Controlada: 0 critérios.
  • Parcialmente controlada: 1-2 critérios.
  • Não controlada: 3-5 critérios.
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18
Q

Qual a classificação da asma quanto à gravidade dos sintomas?

A
  • Leve: VEF1 > 80% do previsto.
  • Moderada: VEF1 entre 60-80% do previsto.
  • Grave: VEF1 < 60% do previsto.
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19
Q

Quais as medicações utilizadas no tratamento da asma?

A
  • Corticóide inalatório (budesonida, fluticasona): principal droga!
  • Beta-2 agonistas de curta ação (salbutamol, fenoterol): alívio dos sintomas.
  • Beta-2 agonista de longa ação (salmeterol, formoterol): manutenção.
  • Outras: tiotrópio, antileucotrienos e anti-IgE.
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20
Q

Quais as doses de corticóide inalatório (budesonida) em crianças?

A
  • Baixa: 100-200 mcg/dia.
  • Média: 200-400 mcg/dia.
  • Alta: > 400 mcg/dia.

OBS.: para a beclometasona, basta dividir a dose por 2.

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21
Q

Como é feito o tratamento da asma?

A
  • 5 steps (etapas).
  • Geralmente se inicia no step 2 (ou 3 se muito sintomático → sintomas quase diários e despertares noturnos).
  • Quando houver controle por 3 meses, descer um step.
  • Quando não houver controle, AVALIAR ADESÃO antes de subir um step (principal causa de falha terapêutica).
  • Sempre fazer CONTROLE AMBIENTAL.

OBS.: não se faz fisioterapia respiratoria no inicio do tratamento.

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22
Q

Qual o tratamento de alíva da asma para pacientes > 12 anos?

A

Beta-2 de longa + corticóide inalatório (BudForm).

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23
Q

Qual o step 1 no tratamento de manutenção da asma em pacientes > 12 anos?

A

Beta-2 de longa ação de alívio + corticoide inalatório de alívio (BudForm).

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24
Q

Qual o step 2 no tratamento de manutenção da asma em pacientes > 12 anos?

A

Corticóide inalatório de manutenção em baixas doses OU formoterol de alívio + budesonida de alívio (BudForm).

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25
Q

Qual o step 3 no tratamento de manutenção da asma em pacientes > 12 anos?

A

Budesonida + formoterol (BudForm) contínuo.

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26
Q

Qual o step 4 no tratamento de manutenção da asma em pacientes > 12 anos?

A

Corticóide inalatório em doses médias + formoterol em doses médias contínuos.

OBS.: pode-se adicionar antileucotrienos.

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27
Q

Qual o step 5 no tratamento de manutenção da asma em pacientes > 12 anos?

A

Corticóide inalatório em doses altas + formoterol em doses altas + LAMA OU omalizumabe/corticóide oral OU encaminhar para um especialista.

OBS.: indicações de omalizumabe → asma refratária à corticóides e beta-agonistas em dose alta, e IgE plasmática elevada.

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28
Q

Qual o tratamento de alívio da asma para pacientes < 12 anos?

A

Beta-2 de curta ação.

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29
Q

Qual o tratamento de manutenção da asma em pacientes

A
  • Step 1: corticóide inalatório em doses baixas (contínuo ou apenas em conjunto com beta-2 de alívio).
  • Step 2: corticóide inalatório em baixas doses contínuo.
  • Step 3: corticóide inalatório em dose média contínuo OU beta-2 de longa ação + corticóide inalatório em baixas doses.
  • Step 4: beta-2 de longa ação + corticóide inalatório em dose média.
  • Step 5: adicionar corticóide oral em dose baixa OU omalizumabe.

OBS.: em crianças < 6 anos, evita-se o uso de beta-2 de longa ação.

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30
Q

Quais as características de uma crise asmática?

A
  • Exacerbação aguda dos sintomas.
  • Geralmente causada por infecções virais ou alérgenos ambientais.
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31
Q

Qual a classificação da crise asmática?

A
  • Leve/moderada.
  • Grave.
  • Muito grave.
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32
Q

Quais as características da crise asmática leve/moderada?

A
  • Dispnéia leve ou ausente.
  • Consegue completar frases.
  • SatO2 > 95%.
  • Pick flow >50%.
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33
Q

Quais as características da crise asmática grave?

A
  • Dispnéia moderada.
  • Paciente agitado.
  • Frases incompletas.
  • Alcalose respiratória.
  • FC > 120.
  • SatO2 < 95%.
  • Peak flow entre 50 e 30%.
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34
Q

Quais as características da crise asmática muito grave?

A
  • Cianose.
  • Confusão mental.
  • Insuficiência respiratória.
  • Acidose respiratória (PaCO2 > 35).
  • Ausência de sibilos (“torax silencioso”).
  • SatO2 < 90%.
  • Peak flow < 30%.

OBS.: necessidade atual ou prévia de UTI = mal prognóstico.

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35
Q

Quais exames solicitar na crise asmática?

A
  • Rx de tórax.
  • Gasometria arterial.
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36
Q

Qual a conduta na crise asmática?

A
  • Beta-2 de curta ação (fenoterol): a cada 20/20 minutos por 3x (principal droga).
  • Se falha, crise grave ou muito grave: corticóide oral (principal) e ipratróprio na 1ª hora.
  • O2 1-3l/min: se SatO2 < 92% em adultos e < 95% em crianças.

OBS.: reavaliar a cada 20 minutos. Se falha, repetir esquema.

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37
Q

Quais as medidas tomadas na crise de asma grave e refratária as medidas iniciais?

A
  • Sulfato de magnésio (primeira droga).
  • Metilxantinas/aminofilila (mais efeitos colaterais).
  • Adrenalina SC (se refratário a tudo).
  • Intubação: se crise muito grave → primeira medida.

OBS.: em crianças, a maioria das crises raramente evoluem com insuficiencia respiratória e risco de ventilação mecânica.

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38
Q

Qual a dose das medicação da crise asmática no adulto?

A
  • Berotec (fenoterol): 2,5mg (10 gotas).
  • Atrovent (ipratrópio): 250mg (20 gotas).
  • Presinisona: 60mg.
  • Hidrocortisona: 200mg.
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39
Q

Qual a dose das medicação da crise asmática na criança?

A
  • Berotec: 0,1mg/kg (mínimo 5 gotas).
  • Atrovent: 125-250 microgramas (o dobro de gotas do berotec).
  • Predinisona: 1mg/kg.
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40
Q

Qual a receita da crise asmática após alta?

A

Predinisona por 5-7 dias.

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41
Q

Paciente de 68 anos vem ao PS com queixas de dispnéia a 6 anos. Já foi internado 3 vezes por problemas respiratórios. Fumou durants 50 anos. Qual o diagnóstico?

A

Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

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42
Q

O que é DPOC?

A

Obstrução crônica dos bronquíolos, com destruição progressiva e fibrose do parênquima pulmonar de forma irreversível.

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43
Q

Quais os principais fatores de risco para a DPOC?

A
  • Tabagismo (principal).
  • Deficiência de alfa-1-antitripsina (pacientes jovens).
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44
Q

Quais as características da deficiência de alfa-1-antitripsina?

A
  • Doença genética que promove a destruição pulmonar pela ação de proteases.
  • Causa enfisema, DPOC e hepatopatia em pacientes jovens (< 45 anos).
  • Raio x: hiperinsuflação pulmonar com predomínio do enfisema nas bases.
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45
Q

Qual a fisiopatologia da DPOC?

A
  • Inflamação crônica da parede alveolar e brônquica.
  • Infiltrado de mononucleares e polimorfonucleares.
  • Redução do calibre dos brônquios.
  • Destruição dos septos alveolares.
  • Hipoventilação e retenção de CO2.

OBS.: devido a retenção de CO2, ocorre alterações no drive respiratório, que passa a responder á hipoxemia!

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46
Q

Quais as alterações gasométricas de um paciente com DPOC?

A
  • Baixa PaO2 e SatO2.
  • Alta PaCO2 e BE.
  • pH normal ou LEVEMENTE reduzido.
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47
Q

Qual a clínica da DPOC?

A
  • Tosse produtiva crônica.
  • Dispnéia aos esforços.
  • Tórax em tonel.
  • Murmúrio vesicular diminuido.
  • Cianose ou eritrocianose.
  • Hipofonese do componente P2 de B2.

OBS.: a DPOC NÃO causa baqueteamento digital!

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48
Q

Quais os fenótipos típicos da DPOC?

A
  • Pink puffer: paciente magro, com tórax em tonel e eritrocianose (sem cor pulmonale).
  • Blue bloater: paciente obeso, com tosse produtiva, edema e cianose (cor pulmonale).
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49
Q

Como é o diagnóstico da DPOC?

A

Espirometria com prova broncodilatadora NEGATIVA.

OBS.: o primeiro parâmetro a se alterar é a FEF 25-75%.

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50
Q

Qual o estadiamento da DPOC?

A
  • GOLD I: VEF1 > 80%.
  • GOLD II: VEF1 50-79%
  • GOLD III: VEF1 30-49%.
  • GOLD IV: VEF1 < 30%.

OBS.: sempre pós-broncodilatador!

OBS.2.: cuidado! GOLD 1, 2, 3… é DIFERENTE de GOLD A, B, C…

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51
Q

Quais as alterações radiográficas da DPOC?

A

HIPERINSUFLAÇÃO!

  • Aumento do espaço intercostal.
  • Retifição da cúpula diagragmática.
  • Hipotransparência pulmonar.
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52
Q

Qual a classificação do GOLD para pacientes com DPOC?

A
  • 0 ou 1 exacerbação/ano: grupo A (poucos sintomas → mMRC 0-1 OU CAT < 10) e grupo B (muitos sintomas → mMRC 2 ou mais OU CAT 10 ou mais).
  • 2 ou mais exacerbações/ano OU 1 internação: grupo C (poucos sintomas) e grupo D (muitos sintomas).

OBS.: mMRC > 2 = anda mais devagar que pessoas da mesma idade por falta de ar, tem que parar por falta de ar ao andar no mesmo passo ou limitação das atividades diárias.

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53
Q

Qual o tratamento da DPOC classificação GOLD A?

A

- LABA (beta agonista de ação longa).

  • Opção: SABA (beta agonista de ação curta).
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54
Q

Qual o tratamento da DPOC classificação GOLD B?

A
  • LABA.
  • Opção: LAMA (antimuscarínico de ação longa → umeclidinio).
55
Q

Qual o tratamento da DPOC classificação GOLD C?

A
  • LAMA.
  • Opções: LABA
56
Q

Qual o tratamento da DPOC classificação GOLD D?

A
  • LABA + LAMA.
57
Q

Qual a conduta no DPOC com exacerbações frequentes, mesmo com terapia otimizada?

A

AVALIAR EOSINOFILIA!

- Eosinófilos < 100: adicionar azitromicina 3x/semana por 1 ano.

- Eosinófilos > 300:​ adicionar corticoide inalatorio (e não oral).

58
Q

Quais a medidas recomendadas para todos os pacientes com DPOC?

A
  • Cessar tabagismo.
  • Vacinação antipneumocóccica e anti-influenza (e não H. influenzae).
  • Reabilitação pulmonar.
  • Avaliar uso de O2.
59
Q

Quais as indicações do uso de O2 1-3L/min na DPOC (meta da SatO2 de 88-92%)?

A
  • PaO2 < 55 ou SatO2 < 88% em repouso.
  • PaO2 < 60 ou SatO2 55%/cor pulmonale/hipertensão pulmonar.

OBS.: não fazer a avaliação se o paciente estiver agudamente descompensado (sempre vai dar alterado…).

60
Q

Quais os tratamentos cirúrgicos da DPOC?

A
  • Bulectomia.
  • Cirurgia pneumorredutora.
  • Transplante de pulmão.

OBS.: cessar tabagismo, suplementar O2 e transplante de pulmão são as únicas medidas capazes de reduzir a mortalidade na DPOC. As medicações só aliviam os sintomas e melhoram a qualidade de vida!

61
Q

O que é uma exacerbação da DPOC?

A

Piora aguda ou sustentada da doença, com dispnéia e alterações do escarro (cor ou volume).

62
Q

Quais os principais agentes que causam exacerbação da DPOC?

A
  • Haemophilus influenzae não-tipável (50% dos casos).
  • Streptococcus pneumoniae.
  • Moraxella catarrhalis.
63
Q

Como é a gasometria de um paciente com exacerbação da DPOC?

A
  • Aumento da PaCO2.
  • Queda acentuada do pH (acidose mista).
64
Q

Qual o tratamento da exacerbação da DPOC?

A

ABCD

  • Antibiótico por 5-7 dias (leve = amoxacilina + clavulonato, grave = levofloxacino).
  • Broncodilatadores de curta ação.
  • Corticóide sistêmico.
  • Dar O2 em baixo fluxo (1-3L/min) até SatO2 entre 88-92%.

OBS.: evitar oferecer O2 em altos fluxos (ex.: bolsa-reservatório, IOT).

65
Q

Quais medidas não fazer ventilação do paciente com DPOC?

A
  • Aumentar o fluxo de O2: rebaixamento do drive respiratório e aumento da PaCO2 (carbonarcose).
  • Corrigir a PaCO2 para níveis normais: causa alcalose metabólica devido à adaptação prévia do organismo a níveis elevados de CO2.
66
Q

Paciente de 13 anos vem ao PS com queixas de tosse crônica, múltiplas infecções respiratórias prévias e pólipos nasais. Não fez teste do pezinho. Qual o diagnóstico?

A

Fibrose cística (mucoviscidose).

67
Q

O que é fibrose cística?

A

Doença autossômica ressessiva que prejudica os canais de cloreto, fazendo acumular cloro, sódio e água nas células.

68
Q

Qual a consequência imediata e a longo praso da fibrose cística?

A

Espessamento das secreções e fibrose das mucosas.

69
Q

Qual o quadro clínico da fibrose cística?

A
  • Tosse crônica e hemoptise.
  • Bronquiectasias.
  • Infecções respiratórias de repetição.
  • Fibrose pulmonar (hiperinsuflação).
  • Sinusopatia crônica com pólipos nasais (muito sugestivo).
  • Insuficiência pancreática (má absorção → diarréia com esteatorréia).
  • Íleo meconial ao nascer.
  • Baixo peso.

OBS.: os principais agentes da fibrose cística são Pseudomonas aeruginosa (principal), Staphylococcus aureus, Haemophilus influenzae, Stenotrophomonas maltophilia e Burkholderia cepacia.

70
Q

Como é o diagnóstico da fibrose cística?

A
  • Teste do pezinho (IRT → triagem): se alterado, repetir. Se persistir alteração, teste do suor.
  • Teste do suor: cloro > 60-70 mEq/L (confirma).

OBS.: o IRT só é confiável até 30 dias de vida. Após esse período, diagnosticar apenas pelo teste do suor.

71
Q

Qual o tratamento da fibrose cística?

A
  • Fisioterapia respiratória.
  • Antibióticos (exacerbações).
  • Moduladores de CFTR (ivacaftor, lumacaftor e tezacaftor).
  • Repor enzimas pancreáticas.
72
Q

Qual grupo de doenças cursa com padrão restritivo na espirometria?

A

Pneumopatias intersticiais difusas.

73
Q

Qual a fisiopatologia das pneumopatias intersticiais difusas?

A

Alveolite (padrão em vidro fosco) que evolui para fibrose do parênquima (faveolamento pulmonar) e reduz a complacência pulmonar.

74
Q

Qual é o exame mais sensível das pneumopatias intersticiais difusas?

A

Teste de difusão com monóxido de carbono.

75
Q

Quais as principais pneumopatias intersticiais difusas?

A
  • Fibrose pulmonar idiopática.
  • Pneumonite por hipersensibilidade.
  • Pneumoconioses (silicose, asbestose e beriliose).
  • Sarcoidose.

OBS.: medicamentos como nitrofurantoína, amiodarona e bleomicina podem causar pneumopatias intersticiais difusas!

76
Q

Paciente de 70 anos vem ao PS com queixas de tosse seca e dispnéia progressiva. Fumou durante 50 anos. Ao exame: baqueteamento digital e estertores em velcro em bases pulmonares. Qual o diagnóstico?

A

Fibrose pulmonar idiopática.

77
Q

Quais as características da fibrose pulmonar idiopática?

A
  • Acomete indivíduos mais velhos.
  • O tabagismo é fator se risco leve.
78
Q

Qual o quadro clínico da fibrose pulmonar idiopática?

A
  • Tosse.
  • Dispnéia aos esforços.
  • Baquetemaneto digital.
  • Estertores em velcro na metade inferior dos hemotóraces.
79
Q

Como é o diagnóstico de fibrose pulmonar idiopática?

A
  • Quadro clínico + radiológico (nódulos centrolobulares).
  • Lavado pulmonar com linfócitos.
  • Padrão restritivo na espirometria.
  • Biópsia pulmonar (granuloma não caseoso).
80
Q

Quais as características da pneumonite por hipersensibilidade?

A
  • Alveolite granulomatosa por exposição à agentes orgânicos e inorgânicos (hipersensibilidade tipo III e IV).
  • O tabagismo protege!
  • Doença de evolução incidiosa.
  • Causa febre, dispnéia e tosse com exacerbações.
  • Diagnosticado por biópsia (nódulos granulomatosos).
81
Q

O que são pneumoconioses?

A

Doenças causadas por inalação de poeira ou partículas puras < 10mcm no ambiente de trabalho.

82
Q

Quais os principais exames na avaliação das pneumoconioses?

A
  • História ocupacional (mais importante).
  • Radiografia de tórax.
  • Espirometria (acompanhamento).

OBS.: as pneumoconioses são irreversíveis.

83
Q

Qual o tratamento das pneumoconioses?

A

Afastar da fonte de exposição (são irreversíveis).

84
Q

Paciente vem ao PS com queixas de dispnéia aos esforços há 2 anos. Alega ter trabalhado com jateamento de areia por 12 anos. Radiografia de tórax com infiltrado nos 2/3 superiores do pulmão. Qual o diagnóstico?

A

Silicose.

85
Q

Quais as características da silicose?

A
  • É a pneumoconiose mais comum.
  • Ocorre após 10 anos de exposição à sílica, causando fibrose pulmonar.
  • As principais atividades de risco são o jateamento de areia, extração mineral, trabalho com cerâmica ou vidro e escavações.
86
Q

Quais os achados radiográficos da silicose?

A

Infiltrada micronodular que evolui para fibrose nos 2/3 superiores do pulmão.

OBS.: dificilmente há calcificação nodular, mas se houver, o padrão é em “casca de ovo”.

87
Q

Qual a principal complicação da silicose?

A

Tuberculose (30x mais chances).

88
Q

Paciente de 40 anos vem ao PS com queixas de tosse e dispnéia aos esforços há 2 anos. Alega ter trabalhado com amianto por 20 anos. Radiografia com infiltrado em bases pulmonares e espessamento pleural. Qual o diagnóstico?

A

Asbestose.

89
Q

Quais as características da asbestose?

A
  • Relacionado à inalação por mais de 15 anos de asbesto.
  • As principais atividades de risco são fabricação de cimento-amianto, papelões, caixas d’água e telhas.
90
Q

Quais os achados radiográficos da asbestose?

A
  • Infiltrado pulmonar no 1/3 inferior do pulmão.
  • Placas e espessamento pleurais.
  • Derrame pleural (exudato hemorrágico com células mesoteliais).
91
Q

Qual a principal complicação da asbestose?

A

Mesotelioma.

OBS.: também aumento o risco de carcinoma broncogênico.

92
Q

O que é o mesotelioma?

A

Tumor das cavidades pleurais.

93
Q

Quais as características do mesotelioma?

A
  • Acomete indivíduos mais velhos.
  • O principal fator de risco é a exposição ao asbesto (70%) e a radiação ionizante.
  • A maioria é do tipo epitelióide.
94
Q

Qual o quadro clínico do mesotelioma?

A
  • Dor torácica não pleurítica.
  • Dispnéia.
  • Tosse seca.
  • Emagrecimento.
  • Sintomas compressivos (disfagia, rouquidão, síndrome de Pancoast).
95
Q

Qual o aspecto radiográfico do mesotelioma?

A
  • Massas e espessamentos pleurais difusos.
  • Derrame pleural volumoso.
  • Sinal da silhueta (apagamento das bordas do tumor).
96
Q

Qual o diagnóstico de mesotelioma?

A

Biópsia pleural.

97
Q

Qual o tratamento do mesotelioma ?

A
  • Doença ressecável (20%): cirurgia (pneumectomia extrapleural ou pleurectomia) + QT e RT adjuvamtes.
  • Doença irressecável: toracocenteses de alívio.

OBS.: doença de mal prognóstico.

98
Q

Paciente vem ao PS com queixas de tosse e dispnéia há 6 meses. Radiografia com adenopatia hilar bilateral com infiltrado intersticial. Biópsia revelou granulomas não caseosos. Qual o diagnóstico?

A

Sarcoidose.

99
Q

O que é sarcoidose?

A

Doença sistêmica caracterizada por formação de granulomas não caseosos em diversos órgãos.

100
Q

Quais as características da sarcoidose?

A
  • Ocorre em adultos entre 20-40 anos de idade.
  • Menos frequente em tabagistas.
  • O pulmão é o órgão mais acometido (seguido por pele e olhos).
  • Decorre de uma resposta exacerbada a partículas orgânicas e inorgânicas.
101
Q

Qual o quadro clínico da sarcoidose?

A
  • Pneumopatia intersticial incidiosa.
  • Tosse seca.
  • Dispnéia.
  • Neuropatia
  • Lindadenopatia (principalmente intratorácica).
  • Eritema nodoso.
  • Lúpus pérnico (lesões endurecidas e azuladas em nariz, bochechas, lábios e orelhas).
  • Uveíte anterior.
  • Poliartralgia.
102
Q

Quais os achados radiográficos da sarcoidose?

A
  • Adenopatia perihilar bilateral e simétrica (principal).
  • Infiltrado reticulonodular em lobos superiores.
  • Derrame pleural.

OBS.: apesar de muito sugestivo, a adenomegalia perihilar bilateral não é patognomônica → linfomas, tuberculose e paracoccidiodomicose podem apresentar!

103
Q

Quais os achados laboratoriais da sarcoidose?

A
  • Aumento de enzima conversora de angiotensina (ECA).
  • Linfopenia (relação CD4/CD8 > 4).
  • Hiperglobulinemia.
104
Q

Como é feito o diagnóstico de sarcoidose?

A

Biópsia transbrônquica revelando granulomas não caseosos.

105
Q

Qual o tratamento da sarcoidose?

A

Corticóides por 9 a 12 meses (pode reverter os granulomas).

106
Q

Paciente internada por cirurgia oncológica apresente quadro de dispnéia súbita. Ao exame: ausculta pulmonar sem alterações, ausência de febre e presença de assimetria de membros inferiores. Qual o diagnóstico?

A

Tromboembolismo pulmonar (TEP).

107
Q

O que é TEP?

A

Obstrução em variados graus da circulação pulmonar por êmbolos provenientes da circulação venosa dos membros inferiores.

108
Q

Quais os fatores de risco para TEP?

A
  • Trombose venosa profunda na porção PROXIMAL dos membros inferiores (principal).
  • Tabagismo.
  • Imobilização prolongada.
  • Cirurgias.
  • Traumas.
  • Estados de hipercoagulobilidade (SAF, neoplasias, uso de ACO, etc).
109
Q

Quais cirurgias precisam de profilaxia com heparina por 4 a 6 semanas para evitar TEP?

A
  • Artroplastia total do joelho.
  • Artroplastia do quadril.
  • Grandes cirurgias oncológicas abdominais.
110
Q

Quais as consequências da TEP?

A
  • Alteração da ventilação/perfusão.
  • Atelectasia dos alvéolos.
  • Hipoxemia.
  • Alcalose respiratória (taquipnéia).

OBS.: instabilidade hemodinâmica, choque obstrutivo e cor pulmonale indicam TEP maciço!

111
Q

Qual o quadro clínico da TEP?

A
  • Dispnéia súbita (sintomas mais frequente).
  • Taquipnéia (sinal mais frequente → estimulação dos receptores J).
  • Dor pleurítica.
  • Estertores.
  • Taquicardia.
  • Dor e edema em membros inferiores.

OBS.: dispnéia súbita em paciente com fatores de risco = considerar TEP!

112
Q

Qual a classifiação de Wells para suspeita clínica de TEP?

A

EMBOLIA!

  • Episódio prévio de TEP/TVP (1,5).
  • Malignidade (1).
  • Batata inchada/TVP (3).
  • Outro diagnóstico ser improvável (3).
  • Lung bleeding/hemoptise (1).
  • Imobilidade ou cirurgia < 4 semanas (1,5).
  • Alta FC/taquicardia (1,5).

OBS.: até 4 = baixa suspeita. > 4 = alta suspeita.

113
Q

Quais os exames que auxiliam, mas não fecham diagnóstico de TEP?

A
  • ECG.
  • Rx de tórax.
  • Ecocardiograma.
  • BNP (diferencia dispnéia pulmonar de cardíaca).
  • D-Dímero (quanto maior, maior o trombo).
  • Troponina.
114
Q

Quais as alterações do ECG no TEP?

A
  • Taquicardia sinusal (mais comum).
  • Padrão S1Q3T3 (mais específico): onda S em D1, onda Q e inversão de T em D3.
115
Q

Quais as alterações radiográficas do TEP?

A
  • Sinal de Westmark: oligoemia localizada (área mais radiotransparente).
  • Corcova de Hamptom: hipotransparêcia triangular ou em forma de cunha sobre o diafragma.
116
Q

Quais os achados ecocardiográficos da TEP?

A
  • Sobrecarga ventricular direita aguda.
  • Sinal de McConnel: hipocinesia de parede livre e da base do VD, poupando o ápice.
117
Q

Quais as características do D-dímero?

A
  • Produto de degradação da fibrina.
  • Não deve ser solicitado para pacientes internados e com alta suspeição de TEP.
  • Apresenta como ponto de corte no TEP de 500, para ambos os sexos.
  • Não da diagnóstico de TEP!

OBS.: em pacientes acima de 50 anos, o ponto de corte do D-dímero é 10x a idade (ex.: 70 anos → D-dímero de 700).

118
Q

Quais os exames de imagem que confirmam TEP?

A
  • Angio-TC (primeira escolha) → bom para êmbolos lobares e segmentares, mas não para subsegmentares.
  • Doppler de membros inferiores.
  • Cintilografia ventilação/perfusão pulmonar (se impossibilidade do uso do contraste da angio-TC).
  • Arteriografia pulmonar (padrão-ouro).

OBS.: em gestantes, só pode fazer o doppler!

119
Q

Qual a conduta frente uma suspeita de TEP?

A
  • Escore de Wells até 4: solicitar D-dímero. Se < 500, descartar TEP. Se > 500, solicitar exames de imagem.
  • Escore de Wells > 4: solicitar exame de imagem (angio-TC → outro exame se impossibilidade).

OBS.: em pacientes com baixa probabilidade de TEP, antes do D-dímero, pode-se fazer a escata PERC. Se TODOS os 6 critérios forem preenchidos, descarta-se TEP. Se ao menos 1 critério não for preenchido, continuar investigação.

120
Q

Quais os fatores prognósticos do TEP?

A
  • Disfunção de VD.
  • Altos níveis de BNP.
  • Troponinas elevadas.
121
Q

Qual o tratamento da TEP?

A
  • Anticoagulação aguda (5 a 10 dias): HBPM (escolha) ou HNF.
  • Anticoagulação crônica (3 a 6 meses): rivaroxabana ou dabigatrana (escolhas), warfarin (se ClCr < 30) ou HBPM (gestantes ou câncer).

OBS.: se alta suspeição de TEP, iniciar a anticoagulação antes mesmo da confirmação por exames de imagem!

122
Q

Quando optar pela HNF no tratamento da TEP?

A

SHORT!

  • Sangramento recente (ou risco de sangramento).
  • Hipotensão (instabilidade hemodinâmica).
  • Obesos mórbidos.
  • Renal crônica (ClCr < 30)
  • Trombólise (candidato).
123
Q

Qual a dose terapêutica das heparinas no tratamento do TEP?

A
  • HBPM: 1mg/kg/dia (não precisa dosar PTTa).
  • HNF: 80u/kg em ataque + 18u/kg/h em manutenção, ajustando até manter PTTa de 1,5-2,5.

OBS.: se usar warfarina, só suspender a heparina após 48h de INR em faixa terapêutica (2-3).

124
Q

Quais as indicações de trombólise ou tombectomia no TEP?

A
  • Instabilidade hemodinâmica (PAS < 90, necessidade de vasopressores ou sinais de hipoperfusão).
  • Choque obstrutivo (disfunção aguda de VD no ecocardiograma).
  • Cintilografia com > 50% da perfusão pulmonar comprometida.
  • Parada cardiorespiratória devido ao TEP.

OBS.: se contraindicação a trombólise (ex.: sangramento ativo), falha da anticoagulação ou TEP recorrente → filtro de veia cava!

125
Q

Até quando pode ser feita a trombólise no TEP?

A

Até 14 dias!

126
Q

Paciente vítima de atropelamento com múltiplas fraturas apresenta dois dias após o acidente alteração do nível de consciência, petéquias no tórax e dispnéia súbita. Qual o diagnóstico?

A

Embolia gordurosa.

127
Q

O que é embolia gordurosa?

A

Obstrução de pequenos vasos por glóbulos de gordura.

128
Q

Quais os fatores de risco para embolia gordurosa?

A
  • Fratura de pelve e ossos longos (principal).
  • Pancreatite aguda.
  • Lipoaspiração.
129
Q

Qual o quadro clínico da embolia gordurosa?

A
  • Dispnéia.
  • Tosse.
  • Deterioração do estado neurológico.
  • Petéquias em região anterior do tórax, pescoço e subconjuntiva.
  • Hipoxemia.

OBS.: ocorre após 12-72h após o evento desencadeante.

130
Q

Como previnir embolia gordurosa?

A

Imobilização e correção precoce de fraturas ósseas.

131
Q

Qual o tratamento da embolia gordurosa?

A

Suporte.

132
Q

Quais as características do pneumotórax espontâneo primário?

A
  • Decorre da ruptura de bolhas nos ápices pulmonares, próximos à pleura visceral em pacientes SEM pneumopatia ou história de trauma, de forma súbita.
  • Mais comum em tabagistas, longilíneos magros, pilotos de avião e mergulhadores.
133
Q

Qual o tratamento do pneumotórax espontâneo primário?

A
  • Expectante (se assintomático e < 20% do volune torácico).
  • Drenagem em selo d’água.
  • Toracostomia ou toracotomia (se falha ou recorrência).

OBS: pilotos de avião e mergulhadores têm indicação de cirurgia mesmo se assintomáticos!

134
Q

Quais as características da estenose de laringe?

A
  • Ocorre após intubação orotraqueal prolongada.
  • Causa cornagem, queda da saturação, esforço respiratório e taquipnéia alguns dias após intubação.
  • Tratar com nebulização com adrenalina, corticóides e VNI (via aérea definitiva se falha).