DII Flashcards

1
Q

Qual DII tem efeito protetor do tabagismo e qual tem fator de risco?

A

RCU - efeito protetor

Chron - fator de risco

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2
Q

Quais o padrão de acometimento da RCU?

A

Nítida área demarcada entre a mucosa inflamada e a mucosa normal;
Poupa a camada muscular.

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3
Q

Qual o padrão de acometimento da DC?

A

O reto geralmente é poupado
Doença saltatória - áreas de mucosa doente intercaladas com mucosa normal
Afeta toda a parede do TGI
Imagem de “pedras em calçamento” ou “desenho de ladrilhos”
Granulomas não caseosos (patognomônicos porém nem sempre presentes)

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4
Q

Qual a clínica da RCU?

A

Diarreia com sangue e muco!

Dor abdominal discreta, evacuações de pequeno volume com tenesmo, podendo ocorrer urgência ou incontinência fecal, podendo ser exacerbada no período pós prandial e noturno.

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5
Q

Qual a clínica da DC?

A

Diarreia + dor abdominal + perda de peso!

As características da diarreia dependem do local de acometimento (alta x baixa)
Quando há acometimento de jejuno e íleo, pode-se desenvolver síndrome disabsortiva e déficit nutricional grave.

Acometimentos menos frequentes: perianal, gastroduodenal (2 porção do duodeno), boca (lesões aftoides)

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6
Q

Quais as complicações da RCU?

A

Colite tóxica - 15% dos casos - tto clínico, porém se choque indicado colectomia
Mega cólon tóxico - pode ocorrer em pacientes com doença grave - tto clínico, se piora - colectomia
Perfuração - rara, pode ocorrer no contexto do mega cólon, mas é a complicação mais temida, alta mortalidade
Câncer - a ocorrência de adenocarcinoma de cólon é muito mais frequente na RCU que na DC, principalmente com longo tempo de doença

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7
Q

Quais as complicações da DC?

A

Fístulas - 20-40% dos casos - acomete mais jovens, principalmente perianais, enteroentéricas e enterocutâneas. Alta recorrência

Estenose - pode levar a obstrução intestinal em 40% dos casos.

Abscessos - geralmente secundários a perfuração de alça, ocorre em 15 a 20% dos casos, mais frequente no íleo terminal. Tto de escolha é a ressecção da porção do intestino em contato com o abscesso.

Doença perianal - pode se manifestar por fístulas (mais comum), úlceras do canal anal, abscessos, hemorroidas ou estenose. Pode levar a incontinência fecal.

Megacolon é raro.

Há também risco aumentado (em comparação com a população em geral) de linfoma Hodgkin e não Hodgkin, carcinoma de células escamosas de vulva e canal anal.

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8
Q

Quais as características da artrite associada a DII?

A

Mais frequente na DC, piora com as exacerbações da atividade intestinal (diferente das demais complicações articulares), acomete grandes articulações, de forma assimétrica, poliarticular e migratória. A colectomia cura a artrite.

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9
Q

Quais as outras complicações articulares da DII?

A
Espondilite anquilosante (DC) - não regride com o tto da colite.
Sacroileite (DC/RCU) - Nao correlacionada com atividade de doença.
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10
Q

Quais as manifestações cutâneas da DII?

A

Eritema nodoso

Pioderma gangrenoso - mais associado a RCU que DC. Pode surgir antes dos sintomas gastrointestinais.

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11
Q

Manifestações oculares

A

Conjuntivite, uveíte anterior (mais comum), episclerite

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12
Q

Manifestações hepatobiliares

A

DC: Colelitiase - má absorção de ácidos biliares que resulta em bile litogênica

RCU: colangite esclerosante (1-5% dos casos) - muito rara na DC

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13
Q

Complicações urológicas

A

Nefro/ureterolitíase: baixa absorção de ácidos graxos pela inflamação intestinal > ligação ao cálcio livre > permite passagem do oxalato livre, que é absorvido > se liga ao cálcio sérico/renal e forma cálculos de oxalato de cálcio

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14
Q

Quais os marcadores sorológicos presentes na DII?

A

p-ANCA (mais frequente na RCU)

ASCA (mais frequente na DC)

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15
Q

Quais imunobiológicos que podem ser utilizados no tratamento de DII?

A

Anti-TNF: Infliximabe (Mais imunogênico e pode causar efeitos adversos ou resistência a medicação), Adalimumabe, Golimumabe, Certolizumabe peguilado (aplicação mensal)

Anti-íntegrina: Natalizumabe (risco de LEMP - uso restrito aos casos de DC grave refratária que são IgG negativos pra anti-JC), Vedolizumabe

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16
Q

Qual a classificação da DC que ajuda a guiar o tratamento?

A

Leve-moderada: sem sintomas sistêmicos, aceitação da dieta, sem desidratação, sem perda ponderal > 10%. Sem sinais de complicações graves

Moderada-grave: com sintomas sistêmicos (febre), pobre aceitação da dieta, desidratação, perda ponderal > 10%, náuseas, vômitos, hipersensibilidade abdominal OU pacientes que não responderam ao tratamento inicial.

Grave-Fulminante: paciente toxemico, obstrução intestinal, peritonite, abscessos, caquexia OU que não responderam ao uso de Anti-TNF.

17
Q

Tratamento Chron

A

Indução:

Leve-moderada: 5-ASA ou antimicrobianos (cipro ou metro), se pobre resposta, corticoide (budesonida de liberação ileal ou prednisona).

Moderada-grave: já inicia com anti-TNF + Imunomoduladores (associação é mais eficaz que a monoterapia)

Grave-fulminante: tratamento das complicações. Após, iniciar agentes biológicos ou corticoide.
Obs. Na presença de fístulas, deve-se priorizar os agentes biológicos + antibióticos. Somente as fístulas refratárias devem ser tratadas cirurgicamente.

Manutenção:

Se remissão com 5-ASA, manter a medicação;
Os imunomoduladores + biológicos devem ser mantidos por 1 ano. Depois pode-se reduzir para monoterapia

18
Q

Classificação RCU para o tratamento

A

Leve: < 4 evacuações/dia + sintomas leves
Moderada: > 4 evacuações/dia + sintomas moderados a intensos, sem perda ponderal expressiva
Grave: > 6 evacuações/dia + sintomas inflamatórios exuberantes, anemia, perda ponderal importante

19
Q

Tratamento RCU

A

Colite distal (leve): mesalazina retal, se baixa adesão à medicação retal - 5ASA oral; se ausência de resposta pode-se realizar associações - mesalazina retal + corticoide retal, ou mesalazina retal + 5ASA oral.. se boa remissão, pode ser dispensado tratamento de manutenção.

Colite moderada: 5-ASA VO, geralmente em dobro de dose da utilizada para casos leves. Se resposta pobre em 4 semanas, pode-se associar corticoide. Se reicidiva com terapia dupla ou reicidiva durante o desmame do corticoide, associar imunomodulador (azatioprina ou mercaptopurina, mtx não costuma ser usado).

Colite grave: internação para compensação clínica, antibioticoterapia de amplo espectro, corticoterapia endovenosa (não há benefício de pulso terapia). Se ausência de melhora em 7-10 dias, incluir agentes anti-TNF, ciclosporina ou cirurgia.
Em últimos casos ou mega cólon tóxico, considerar cirurgia.

Manutenção:

5-ASA
Imunomoduladores para os Que apresentam 2 ou mais reicidivas ao ano, bem como aos corticodependentes.

20
Q

E o tratamento cirúrgico?

A

RCU: colectomia é curativa!
Indicada para: falhas ao tto clínico, carcinoma/displasias, colite fulminante refratária ou mega cólon tóxico e sangramento colônico maciço.

DC: cirurgia geralmente para tratar apenas complicações!