Difíceis - MP Flashcards
V ou F
O Ministério Público tem legitimidade para instaurar procedimentos com vistas à colocação de criança ou adolescente em família substituta, como nomeação de tutores e guardiões; o mesmo não ocorre em relação à instauração de procedimentos para colocação de criança ou adolescente em adoção.
Verdadeiro!
A ação de adoção é de caráter personalíssimo, não sendo possível ao MP atuar como substituto processual.
V ou F
A adesão dos pais biológicos ao pedido de adoção implica renúncia ao exercício do poder familiar e consubstancia justa causa para a sua destituição
Falso
V ou F
Parentes da criança ou do adolescente dispostos a assumir a guarda, tutela ou adoção terão preferência em relação a uma família substituta que ainda não possua nenhum vínculo biológico ou afetivo com a criança ou o adolescente, observada a regra de que não podem assumir tais encargos os ascendentes e os irmãos do destinatário da medida.
Falso
O ECA diz que: Não podem ADOTAR os ascendentes e os irmãos do adotando.
Podem ser tutor e guardião.
V ou F
O descumprimento da obrigação, por médico, professor ou responsável por estabelecimento escolar ou de saúde, de comunicar ao conselho tutelar os casos suspeitos de maus-tratos de crianças e adolescentes pode configurar infração administrativa punível com multa
Verdadeiro
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: (são 3)
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;
III - elevados níveis de repetência
V ou F
O dirigente de estabelecimento de ensino fundamental deve comunicar ao conselho tutelar faltas reiteradas e injustificadas de estudante, assim que percebê-las, a fim de esgotar os meios para que o aluno retorne à sala de aula a tempo de aproveitar o ano letivo
Falso
Não é assim que percebê-las, pois precisam ter esgotados os recursos.
V ou F
A não comunicação, ao conselho tutelar, de elevados níveis de repetência de estudantes de uma escola de ensino fundamental não enseja sanção para os dirigentes desse estabelecimento de ensino.
Verdadeiro
Não há, no ECA, previsão de penalidade para tal conduta. o ECA apenas diz que:
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;
III - elevados níveis de repetência.
V ou F
A mera suspeita da ocorrência de maus-tratos contra criança ou adolescente gera a obrigatoriedade de comunicação do fato ao conselho tutelar, porém, quando os maus-tratos são efetivamente confirmados, a autoridade a ser comunicada é o Ministério Público
Falso
Em qualquer hipótese deve comunicar o Conselho Tutelar. Comunicar o MP é faculdade, que afastaria a incidência do art. 245.
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência
Aos crimes praticados contra criança ou adolescente, por ação ou omissão, aplicam-se:
Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as normas da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao Processo, as pertinentes ao Código de Processo Penal.
V ou F
As medidas socioeducativas não são consideradas penas, pois sua finalidade é pedagógica e de transformação da realidade do infrator.
Falso
Sobre a dualidade finalidade punitiva x finalidade pedagógica, é preciso que se evite a supervalorização da segunda, por mais contra intuitiva que seja essa proposição. Ao se considerar que a medida socioeducativa é um “bem” ao adolescente ou jovem, diversas restrições de direitos são justificadas, inclusive a privação da sua liberdade, por um discurso de “proteção”. Seguir por essa linha acarreta, inevitavelmente, a ressurreição da doutrina da situação irregular.
Ademais, o art. 1º, §2º, da Lei n. 12.594/2012 (Lei do SINASE) estabelece que:
§ 2 Entendem-se por medidas socioeducativas as previstas no art. 112 do ECA, as quais têm por objetivos:
I - a responsabilização do adolescente quanto às consequências lesivas do ato infracional, sempre que possível incentivando a sua reparação;
II - a integração social do adolescente e a garantia de seus direitos individuais e sociais, por meio do cumprimento de seu plano individual de atendimento; e
III - a desaprovação da conduta infracional, efetivando as disposições da sentença como parâmetro máximo de privação de liberdade ou restrição de direitos, observados os limites previstos em lei.
V ou F
O ato infracional praticado por menor de idade é considerado infração penal, porém o menor não é processado criminalmente, por ser considerado inimputável, sob a ótica da Constituição Federal de 1988.
Verdadeiro
Consoante o ECA, nas comarcas em que não haja conselho tutelar instalado, as atribuições desse órgão serão desempenhadas:
Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos Tutelares, as atribuições a eles conferidas serão exercidas pela autoridade judiciária.
V ou F
Segundo a doutrina da proteção integral, há absoluta intolerância com todas as formas de vitimização da criança e do adolescente.
Verdadeiro (CEBRASPE)
A lei 13.010/2014, chamada de “Lei da palmada” ou “Lei Menino Bernardo” alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente para reafirmar que a criança e o adolescente têm o direito de serem educados sem o uso de castigos físicos, tratamento cruel ou degradante e maus tratos.
Quais os três princípios que fundamentam a criação dos conselhos dos direitos da criança e do adolescente, cuja inobservância de qualquer um deles gera a impossibilidade de ação desses conselhos?
1 - participação
2 - paridade e
3 - controle social
Art. 88. II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da criança e do adolescente, órgãos deliberativos e controladores das ações em todos os níveis, assegurada a participação popular paritária por meio de organizações representativas, segundo leis federal, estaduais e municipais;
A remissão é instituto que se desdobra em consequências jurídicas, a depender de cada caso concreto. Nesse sentido, a doutrina e a jurisprudência assentaram o entendimento de que a remissão concedida pelo Ministério Público:
É modalidade de exclusão do processo e pode ser concedida quando houver indícios de materialidade e autoria.
V ou F
Pessoa com menos de 18 anos de idade depende do consentimento dos seus pais adotivos para conhecer sua origem biológica e ter acesso aos nomes dos pais biológicos, bem como ao processo e ao estudo psicossocial que o levaram à entrega para adoção.
Falso
Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18 (dezoito) anos.
Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e psicológica
Nos termos da Lei n.º 12.594/2012, a função de fiscalização do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo é exercida :
Pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Caso não haja indicação do pai e não exista outro representante da família extensa apto a receber a guarda do recém-nascido, após o parto, a autoridade judiciária competente deverá decretar a extinção do poder familiar, caso a mãe manifeste sua decisão de entregar o filho para adoção logo após o nascimento.
Verdadeiro.
Art. 19-A. § 4º do ECA - Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de não existir outro representante da família extensa apto a receber a guarda, a autoridade judiciária competente deverá decretar a extinção do poder familiar e determinar a colocação da criança sob a guarda provisória de quem estiver habilitado a adotá-la ou de entidade que desenvolva programa de acolhimento familiar ou institucional.
V ou F
Não se exige para a configuração da infração administrativa a existência de dolo ou culpa do infrator, a não ser que o dispositivo legal assim o exija expressamente. Basta a conduta do agente fazendo existir no mundo dos fatos a situação prevista como reprovável e digna de sanção.
Verdadeiro (Divergência doutrinária)
Responsabilidade objetiva ou Princípio da objetividade
V ou F
Como regra, é possível a formação do processo de execução de medida socioeducativa em meio aberto aplicada por sentença ainda pendente de trânsito em julgado por ter sido impugnada pela interposição de apelação.
Falso
A apelação não tem efeito suspensivo automático, logo, entende o STJ que a medida poderia ser executada antes do trânsito em julgado.
Todavia, há doutrina no sentido de que, por princípio do Sinase, não é possível que o adolescente receba tratamento mais gravoso do que o conferido ao adulto (Lei n. 12.594/2012, art. 35, I), sendo que o STF não admite a execução da pena antes do trânsito.
O gabarito preliminar da CEBRASPE aponta pela incorreção da afirmação, com posterior anulação.
V ou F
De acordo com a jurisprudência do STJ, os procedimentos especiais de natureza cível expressamente enumerados no ECA submetem-se ao prazo recursal decenal do artigo 198 daquele diploma, à exceção do prazo para a interposição do recurso especial; por outro lado, os reclamos interpostos nos âmbitos de outras ações deverão observar as normas gerais do Código de Processo Civil em vigor, aplicando-se-lhes, portanto, o prazo quinzenal previsto no § 5.º do artigo 1.003 do Código de Processo Civil.
Falso
I - em todos os recursos, salvo nos embargos de declaração, o prazo para o Ministério Público e para a defesa será sempre de 10 (dez) dias;
Inclusive para o REsp.
Cebraspe usou decenal como sinônimo de 10 dias, copiando trecho de decisão do STJ.
V ou F
O prazo máximo para a conclusão dos processos de destituição do poder familiar e de adoção é de 120 dias, sendo possível, apenas no processo de adoção, a prorrogação desse prazo uma única vez, por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária.
Verdadeiro.
Art. 47, § 10. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária.
Art. 163. O prazo máximo para conclusão do procedimento (destituição) será de 120 (cento e vinte) dias, e caberá ao juiz, no caso de notória inviabilidade de manutenção do poder familiar, dirigir esforços para preparar a criança ou o adolescente com vistas à colocação em família substituta.
Qual o prazo para o adolescente aguardar remoção em repartição policial (24h para apresentar o detido em flagrante ao MP)?
5 dias
Qual o prazo para para os detentores da guarda proporem ação de adoção?
15 dias.
Qual o prazo para internação provisória (antes da sentença)?
45 dias.
Qual o prazo para conclusão de apuração de ato infracional com adolescente internado provisoriamente?
45 dias.
Qual o prazo para busca da família extensa nacional?
90 dias + 90 dias