Detecção precoce Flashcards
Fatores de risco para desenvolvimento do CA de próstata
Idade
História familiar de parentes de primeiro grau
Obesidade
Exames para a detecção precoce do CA de próstata
PSA e toque retal
Se positivos: Biópsia da próstata
Principais danos da biópsia de próstata
Hematúria e infecção
Efetividade do rastreamento do CA de próstata
Revisão Sistemática Cochrane (ILIC, et al 2013)
-Não há redução significativa da mortalidade específica
-Elevados índices de danos por realização de biópsias, feitas para refutar falsos positivos
-Taxa de sobretratamento de 50%
INCA:
-1 em cada 1000 homens que realizam exames de rotina terão a morte evitada pelos exames
-5 em cada 1000 homens morrerão de CA de próstata mesmo após o tratamento
-50 desses 1000 homens podem ser submetidos ao tratamento de um câncer que não provoca ameaça à vida
-Dos pacientes tratados com cirurgia: 60% terão impotência sexual e 20% terão incontinência urinária
Não recomenda o rastreamento do câncer de próstata e, caso o homem deseje realizar esses exames, essa prática deve ser uma decisão compartilhada entre paciente e profissional da saúde, após conhecer as consequências do rastreamento para a saúde
Sinais e sintomas de alerta para o CA de próstata:
Possui evolução silenciosa
Manifestações clínicas mais comuns:
-Dificuldade de urinar
-Demora em iniciar ou finalizar o jato urinário
-Diminuição do jato urinário
-Aumento da frequência urinária
-Presença de sangue na urina
O que é a vigilância ativa do CA de próstata e quando aplicá-la?
Realizar anualmente:
Dosagem seriada de PSA + Toque retal + biópsias prostáticas
Recomendada em casos de tumores com bom prognóstico ou em pacientes com comorbidades, implementada com o intuito de poupar indivíduos com tumores bem localizados e com baixo risco de evolução de realizarem tratamentos definitivos (cirurgia e RT)
Tipos de CA de mama de acordo com a localização
Carcinoma ductal - Originada nos ductos mamários (mais comum)
Carcinoma lobular - Originada nos lóbulos mamários
CA de mama inflamatório - Característica atípica de inflamação nas mamas
Doença de Paget - Atinge os mamilos
Fatores de risco CA de mama
- Idade: Mulheres > 50 anos
- Fatores comportamentais:
-Sobrepeso e obesidade pós-menopausa
-Ingestão de bebida alcoólica
-Exposição à radiação ionizante (especialmente radioterapia supradiafragmática) - Hereditariedade (BRCA1 e BRCA2):
-Histórico de CA de ovário prévio
-Histórico de CA de mama em parentes de primeiro grau ou em idade jovem
-História de CA de mama em homem na família - Fatores endócrinos:
-Menarca precoce (< 12 anos)
-Menopausa tardia (> 55 anos)
-Nuliparidade
-Primeira gestação após 30 anos de idade
-Uso recente de reposição hormonal pós-menopausa por mais de 5 anos
-Uso recente de contraceptivos orais com estrogênio
Rastreio do CA de mama
É feito com mamografia em mulheres de 50-69 anos (INCA), realizando o exame 1x a cada 2 anos
Alto risco: Anualmente, a partir dos 35 anos
Sinais e sintomas de alarme
-Nódulo fixo, duro, irregular e indolor
-Descarga papilar sanguinolenta unilateral
-Lesão eczematosa na pele que não responde a tratamentos tópicos
-Presença de linfadenopatia axilar
-Aumento progressivo do tamanho da mama com presença de sinais de edema (pele em casca de laranja)
-Retração na pele da mama
-Mudança no formato do mamilo
-Tumoração palpável unilateral em homens com mais de 50 anos
Classificação BI-RADS e sua respectiva conduta
BI-RADS 1: Sem achados –> Seguir rotina de rastreamento
BI-RADS 2: Achados benignos –> Seguir rotina de rastreamento
BI-RADS 3: Achados provavelmente benignos –> Controle radiológico por 3 anos
-1º ano: Semestral
-2º 3º ano: Anual
Após esse período, confirmada estabilidade da lesão, voltar à rotina de rastreamento
BI-RADS 4: Achados suspeitos de malignidade –> Biópsia e estudo histopatológico
BI-RADS 5: Achados altamente suspeitos –> Biópsia e estudo histopatológico
BI-RADS 6: Achados previamente diagnosticados com câncer –> Seguir tratamento conforme o caso
BI-RADS 0: Indefinido –> Necessidade de avaliação adicional com outras incidências mamográficas, USG de mamas, etc.
Quando realizar mastectomia?
-Quando uma mulher não pode ser tratada com cirurgia conservadora que poupa a maior parte da mama.
-Para mulheres com alto risco de desenvolver um segundo câncer de mama (mutação em BRCA), que às vezes optam pela mastectomia dupla (remoção de ambas as mamas).
-Apresenta contraindicação de realizar radioterapia
-Tumor > 5cm ou tumoração grande em relação a toda a mama
-Câncer de mama inflamatório
Em que situações o SUS garante a cirurgia de reconstrução mamária?
O direito à reconstrução mamária é previsto por lei no Brasil. Isso significa que todas as mulheres tem direito à reconstrução mamária, independente da idade, desde que tenha condições clínicas.
Tipos de carcinomas de colo de útero
Carcinoma Epidermoide - Acomete epitelio escamoso (80-85%dos casos)
Adenocarcinoma -Acomete epitelio glandular
Fatores de risco para desenvolvimento de CA de colo de útero
-Infecção por HPV (fator necessário)
-Idade > 30 anos (abaixo dessa idade a lesão costuma regredir espontaneamente)
-Tabagismo
Rastreamento CA de colo de útero
Método: Exame citopatológico
População alvo: Mulheres na faixa etária de 25-64 anos, que já tiveram atividade sexual
Periodicidade: A cada 3 anos, após dois exames normais consecutivos realizados anualmente
Situações especiais no rastreio do CA de colo de útero
-Mulheres >64 anos que NUNCA fizeram citopatológico: Realizar dois exames com intervalo de 3 anos entre um e outro, se ambos forem negativos, dispensam-se exames adicionais
-Mulheres com HIV ou imunodeprimidas: Realizar dois exames semestralmente logo após iniciar vida sexual, se normais, repetir exame anualmente
-Mulheres que realizaram histerectomia total (motivo da histerectomia NÃO foi CA de colo de útero): Não devem ser incluídas no rastreamento
-Mulheres grávidas: Seguem rotina normal de rastreamento
-Mulheres que nunca tiveram relação sexual: Não correm risco de CA de colo de útero
Conduta de acordo com diagnóstico citopatológico
- Células escamosas atípicas de significado indeterminado
-Possivelmente não neoplásicas (< 25 anos): Repetir citologia em 3 anos
-Possivelmente não neoplásicas (25-29 anos): Repteir citologia em 12 meses
-Possivelmente não neoplásicas (> 30 anos): Repetir citologia em 6 meses
-Não possível afastar lesão de alto grau: Encaminhar para colposcopia - Células glandulares atípicas de significado indeterminado: Encaminhar para colposcopia
- Células atípicas de origem indefinida: Encaminhar para colposcopia
- Lesão de baixo grau
< 25 anos: Repetir citologia em 3 anos
> 25 anos: Repetir citologia em 6 meses - Lesão de alto grau: Encaminhar para colposcopia
- Carcinoma escamoso invasor: Encaminhar para colposcopia
- Adenocarcinoma in situ ou invasor: Encaminhar para colposcopia
Prevenção do HPV
-Meninas de 9 a 14 anos de idade: Dose única ou duas doses
-Mulheres jovens de 15 a 20 anos de idade: Dose única ou duas doses
OBS.: A CNE em vacinas da Febrasgo sugere, neste momento, manter a recomendação do esquema de duas doses da vacina HPV (com intervalo de 6 a 12 meses entre as doses), aguardando-se mais evidências que sustentem uma mudança no calendário.
-Mulheres maiores de 21 a 26 anos de idade: Duas doses com seis meses de intervalo
-Imunocomprometidos: Devem receber esquema vacinal de 3 doses
*NO SUS: Oferecida para meninas e meninos de 9 a 14 anos e imunocomprometidos de 9 a 45 anos
Sinais e sintomas de alerta
-Sangramento vaginal (espontâneo, pós-coito ou pós-esforço físico)
-Corrimento vaginal (odor fétido)
-Dor pélvica, podendo ser associada a queixas urinárias ou intestinais
-Perda de peso