Descontaminação Flashcards
Definição de contaminação
Sujidade ou poluição de objetos inanimados ou material vivo com material nocivo potencialmente infecioso ou outro material indesejado. Qualquer material utilizado nos testes laboratoriais deve ser considerado contaminado.
Definição de descontaminação
É a aplicação de processos que conduzem à morte/remoção dos microrganismos, de modo a tornar um equipamento ou material seguro na sua utilização. É um processo importante para a proteção do pessoal do laboratório, das doenças infeciosas e para prevenir a dispersão dos microrganismos na comunidade.
Vários níveis de descontaminação
A limpeza, desinfeção e esterilização
Descontaminação útil
É a que se consegue pelos simples processos de lavagem, limpeza e ventilação, os quais, quando intensamente praticados, conseguem
remover de um objeto ou de uma sala a maior parte dos microrganismos.
Deve ser limpo a cada dia
Os pavimentos, as bancadas e outras superfícies de trabalho.
Deve ser limpo periodicamente
Os tetos e as paredes assim como as janelas e as fontes de luz artificial.
A escolha do método de descontaminação depende de vários fatores
Tipo de material ou equipamento a ser tratado
Tipo de microrganismo envolvido
Nível de descontaminação requerido
Tempo disponível para a descontaminação
Risco que representa para os profissionais
Desinfeção
Trata-se de um método de descontaminação.
Aplicações: recorre-se à desinfeção quando não é praticável a esterilização (tamanho ou termosensibilidade do material, como por exemplo em equipamentos, bancadas,
móveis) ou de acordo com o risco (pessoal/doente).
Da mesma forma não é possível aplicar à pele os processos de esterilização.
Não constitui alternativa à lavagem e à esterilização
Esterilização
Trata-se do nível mais alto de descontaminação, pois ocorre completa destruição ou remoção de todas as formas de vida, incluindo os esporos e os vírus, existentes num material qualquer. Assim, algo que esteja esterilizado está ausente de qualquer microrganismo.
Técnicas de esterilização
Métodos Físicos: calor (seco, húmido); radiações (ionizantes e não ionizantes) (as câmaras de segurança biológica são esterilizadas com uma lâmpada UV) e filtração.
Métodos Químicos: fase líquida e fase gasosa.
Métodos de Esterilização pelo Calor Seco
Método muito utilizado em microbiologia.
Aquecimento ao rubro vermelho (efetua-se com as ansas de cromoníquel – trata-se de uma espécie de inceneração)
Flamejamento (passamos o bucal dos tubos (que geralmente são em pirex) pelo bico de bunsen)
Esterilização em estufa de ar quente, sendo que este constitui o método mais
importante de esterilização pelo calor seco. Serve para esterilizar o material que não pode ir aos autoclaves. Neste caso, não podemos abrir a estufa, pois tal compromete a esterilização dos materiais
Cuidados na Esterilização em Estufa
Selecionar o material
Vedam-se os balões e tubos de ensaio com tampões de algodão cardado, o restante material (pipetas, placas de Petri) envolve-se com papel pardo
O material deve estar o mais limpo possível
O material deve estar completamente seco
Esterilização pelo Calor Húmido
Tindalização (não é utilizado habitualmente)
Esterilização por aquecimento a 100°
Esterilização por aquecimento a 100° com adição de um bactericida
Autoclaves – é o melhor método e o mais eficiente, utiliza-se o vapor de água saturado, significa isto, que para um dado valor de temperatura, o vapor está à máxima pressão e tem a maior densidade possíveis. A temperatura só pode ser alterada fazendo variar a pressão. O método de esterilização por autoclaves pode ser comparado a uma “panela
de pressão”, pois dentro deste as coisas não fervem, uma vez que a pressão é mais elevada no autoclave que no exterior, sendo a temperatura superior a 100°. Este método baseia-se nas correntes de convecção. Só podemos abrir o autoclave, quando este atinge uma temperatura inferior aquela em que entrava em ebulição (atualmente isto não é uma grande preocupação, pois os autoclaves são automáticos).
