Descartes Flashcards

1
Q

objetivo do projeto de Descartes

A

garantir de que o nosso conhecimento é constituído por verdades indubitáveis

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2
Q

Que falhas apresentava o sistema de conhecimento do século XVI/XVII?

A
  • Bases pouco firmes e sólidas: o conhecimento era obtido através da experiência, ou seja métodos aristotélicos e medievais.
    Como o conhecimento provém da experiência, os sentidos são fontes de conhecimento; acontece que, segundo Descartes, estes falham-nos com regularidade, como as ilusões óticas. Posto isto, Descartes conclui que as bases do conhecimento da altura não são fiáveis, devido à sua fonte.
  • Sistema desorganizado: como as bases desse “conhecimento” não são fiáveis, os outros fundamentos
    que acentam sobre essas não serão também fiáveis. Isto faz com que não haja lógica nos argumentos, pois acentam sobre algo pouco fiável ou até falso.

Não se pode construir algo verdadeiro sobre algo falso ou duvidoso.

  • ceticismo
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3
Q

Método de Descartes

A
  • regra da evidência
  • regra da análise
  • regra da síntese
  • regra da enumeração
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4
Q

Que razões levaram Descartes a rejeitar as crenças baseadas nos nossos sentidos?

A

A única forma de poder rejeitar a perspetiva céptica baseava-se na dúvida de
tudo e na realização que algo era indubitável. Para isso era necessário duvidar também dos
sentidos, visto que estes são uma forma de captar a realidade que, possivelmente nos podem
enganar

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5
Q

Descartes é um filósofo céptico?

A

Apesar de tal como os cépticos caminhar na dúvida,
ao invés destes ele supera a dúvida e chega a uma certeza; realização impossível para um céptico.
“Penso, logo existo”

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6
Q

Porque razão Descartes rejeita, como se fosse falso, o que é, apenas, duvidoso?

A

Quando Descartes está imerso na dúvida hiperbólica, existem muitas possibilidades. No
entanto, para ele, o importante não são as possibilidades, são as certezas. Porque se ele quer
chegar a uma certeza, ele tem que chegar a uma coisa que não deixe margem de dúvida, algo
indubitável (o cogito). Tudo o que cause apenas dúvida pode ser classificado como falso, porque
não é interessante para a descoberta da certeza

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7
Q

O que é a dúvida metódica de Descartes? Qual o seu objectivo?

A

instrumento de procura de uma verdade absolutamente indubitável, separando o verdadeiro do falso.
Está ao serviço da regra da evidência, só aceita o que é claro e distinto.

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8
Q

Distingue a dúvida metódica da cética

A

-Em primeiro lugar no objectivo: a metódica tem como objectivo chegar ao conhecimento
enquanto que a segunda tem apenas um objetivo de duvidar e desta forma provar que não existe
possibilidade de conhecimento.

-Em segundo lugar a dúvida metódica não é dinâmica, em
constante alteração, enquanto que a céptica é estática, nunca saindo da conclusão nem aceitando
outras.

-Por fim, a dúvida metódica apresenta uma perspectiva mais abrangente do que a céptica,
na medida em que a Cartesiana é hiperbólica, e a dúvida metódica ultrapassa a dúvida, enquanto
que a céptica se mantém na dúvida

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9
Q

O que se segue, de acordo com Descartes, do facto de duvidarmos de uma determinada
crença?

A

Ao duvidarmos de uma determinada crença, estamos a dizer que esta não é absolutamente
certa; para a jus>ficar temos que recorrer a outras crenças (à excepção do cogito). Tal como
aconteceu com Descartes (na sua dúvida hiperbólica), depois da dúvida vem a compreensão do
cogito como crença primeira e, como consequente, a jus>ficação ou não dessa crença (sendo
verdadeira se jus>ficada, ou falsa se não jus>ficada)

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10
Q

Características da dúvida

A
  • Metódica: é usada para separar o verdadeiro do falso ou duvidoso. Pretende alcançar uma verdade indubitável.

-Hiperbólica: separa radicalmente o verdadeiro do falso e segue as regras seguintes:
(1)- quando existe a minima
razão para duvidar, e
proposição é falsa, pois
não é completamente
verdadeira.
(2)- Se a faculdade que temos
usado para conhecer algo
nos engana uma vez,
devemos descartá-la.
nota: a dúvida é exagerada pois duvida de todo, até da existência.

  • Radical: ela aborda toda a crença até às suas raízes
  • Universal: abrange todas as crenças
  • Provisória: só dura até que a verdade seja encontrada
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11
Q

Segundo Descartes, quando é que uma crença é indubitável?

A

Uma crença é indubitável quando é absolutamente certa, ou seja, não há margem de erro, nem
possibilidades para falsidades; é verdadeira.

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12
Q

O que é a hipótese do “génio maligno”?

A

O génio maligno foi uma experiência mental realizada por Descartes de forma a duvidar de
tudo. Mais concretamente, para abrangir os objetos inteligíveis, como a matemática.

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13
Q

O que é o cogito? E como foi obtido?

A
  • O cogito é a primeira causa, “Penso, logo existo” que vai jus>ficar todas as outras crenças. O
    cogito é indubitável é absolutamente certo. Do pensar vem a existência, sendo esta a única opção,
    e algo que justifica tudo o que vem a seguir.
  • de que a única certeza era de
    que duvidava, e por isso pensava (porque para duvidar é necessário pensar). No entanto para
    pensar é necessário exis>r, concluiu ele.
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14
Q

Porque razão considera Descartes o cogito como a nossa primeira crença?

A

Como esta crença não necessita de mais jus>ficações para além de si mesma, é
considerada a primeira crença, sendo considerada também como jus>ficação para as que lhe
seguem

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15
Q

O cógito é um argumento ou uma afirmação?

A

argumento, tem duas permissas e um conector.

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16
Q

A razão, para Descartes, dá-nos conhecimentos acerca da realidade independentemente da
experiência?

A

Sim. A razão, ao contrário dos sen>dos, não nos engana. Tudo o que inferimos do mundo gsico
através dos nossos sen>dos pode estar errado, e o transporte dessa informação para análise
através da razão leva a que as nossas conclusões possam estar erradas. No entanto, o pensamento
a priori
, sem recorrer à experiência é algo que é impossível estar errado

17
Q

Diferencie corpo de alma

A

Descartes começa por supor que não tem corpo devido à duvida sobre o mundo físico. Acontece que, mesmo não tendo um corpo físico, ainda consegue duvidar, e assim pensar. Logo, se pensa existe. Assim o corpo e a alma são coisas diferentes: a alma não precisa de um corpo para existir, pois é a nossa substância ou essência, não é uma substância corpórea. Já um corpo, não passa de um corpo sem alma.

18
Q

Porque se diz que Descartes é racionalista?

A

Descartes, rejeitando o empirismo (porque os nossos sen>dos enganam-nos), é considerado
racionalista porque toda a sua teoria se baseia na razão. A jus>ficação, para ele, deve ser sempre
a
priori
e nunca recorrendo à experiência porque esta, ao contrário da razão, pode enganar-nos

19
Q

Posteriori

A

O conhecimento é adquirido de forma impírica, ou seja, através da experiência e dos sentidos.

20
Q

A priori

A

O conhecimento não necessita da experiência para ser justificado. A razão é suficiente.

21
Q

ceticismo

A

Os céticos acreditam que é impossível apreender conhecimento. Não depositam confiança na capacidade racional do sujeito, sendo assim o conhecimento impossível.