Definitivo Flashcards

1
Q

Como é usual em textos literários, no texto apresentado, observa-se o emprego recorrente de figuras de linguagem, tais como a prosopopeia, presente em “o papel aceita tudo” (linha 2) e “tipos negros mancham agora uma página branca” (linhas 12 e 13).

A

Não há uso da prosopopeia nos exemplos citados no item. Essa figura de linguagem é utilizada quando se personificam as coisas inanimadas, atribuindo-lhes os feitos e ações das pessoas, como nas fábulas. No primeiro exemplo (“o papel aceita tudo”), ocorre a metonímia, pois a palavra “papel” é utilizada no lugar de “uma página em branco”. No segundo caso (“tipos negros mancham agora uma página branca”), ocorre a antítese (paradoxo), pois há uma aproximação de duas palavras que expressam ideias opostas – tipos negros e página branca.

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2
Q

nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. A frase contém um hipérbato

A

correto. Hipérbato é a inversão dos termos da oração

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3
Q

A estrofe: O poeta é um fingidor

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente. Configura uma anáfora

A

Errado. A anáfora consiste na repetição de uma palavra ou expressão no início de frases ou versos, criando um efeito de reforço ou ênfase. No entanto, para que seja considerada anáfora, a repetição deve ocorrer no início das frases ou versos, e não em qualquer posição. Nesse caso, temos a mesma palavra no final de um verso e no começo de outro, o que é conhecido como anadiplose.

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4
Q

O trecho “Na dor lida sentem bem”. Contém uma sinestesia

A

Certo. Sinestesia é uma figura de linguagem que consiste na mistura de sensações percebidas por diferentes sentidos. Neste caso, a leitura envolve a visão, enquanto a dor envolve o tato.

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5
Q

No texto, Para viver um grande amor de Vinícius de Moraes, a linguagem foi empregada predominantemente em suas funções emotiva e poética.
Trechos: “Poucos depoimentos eu tenho lido mais emocionantes que o artigo-reportagem de Oscar Niemeyer sobre sua experiência em Brasília.”
“Oscar não acredita em Papai do Céu, nem que estará um dia construindo brasílias angélicas nas verdes pastagens do Paraíso.”

A

A função emotiva reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a utilização do sentido conotativo das palavras. Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das figuras de linguagem.

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6
Q

Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto se os infinitivos flexionados fossem substituídos pelas respectivas formas do infinitivo não flexionado no segmento “as gotas a evaporarem, as lesmas a prepararem os corpos para novas caminhadas”.

A

O usuário da língua só é obrigado a empregar o verbo no infinitivo pessoal (flexionado), caso o sujeito esteja explícito, próximo e o antecedendo. Como, nas duas ocorrências, a preposição “a” dá início a novas orações, o sujeito acaba por ficar apenas subentendido antes de tais verbos. É imperioso observar que os termos “as gotas” e “as lesmas” complementam o sentido de “olhar”, desempenhando a função de objeto direto. Logo, não havendo sujeito explicitado em “a evaporarem” e “ a prepararem os corpos para novas caminhadas”, o emprego do infinitivo impessoal também se coaduna com as prescrições gramaticais.

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7
Q

Brasil e Paraguai assinaram a Ata das Cataratas em 1966, com o propósito de atenuar as rivalidades territoriais no Salto das Sete Quedas e de aproveitar conjuntamente os recursos hidrelétricos do rio Paraná. Nessa ata, os dois países concordaram em realizar a partilha igualitária da energia elétrica que eventualmente seria produzida nos desníveis do rio Paraná até a foz do rio Iguaçu.

A

A Ata das Cataratas é o ponto de partida da chamada “diplomacia das cachoeiras” na Bacia do Prata, que gerou grande tensão com a argentina até a assinatura do Acordo Tripartite (Brasil, Argentina e Paraguai) sobre coordenação técnico-operativa para o aproveitamento hidrelétrico de Itaipu e Corpus, que resolve definitivamente a disputa política em relação à utilização dos recursos energéticos da bacia do Rio Paraná.

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8
Q

Os termos “trágico” (R.15), “de Uirá” (R.16) e “deste século” (R.16) exercem a mesma função sintática, na oração em que ocorrem.

A

Todos os termos exercem a função de adjunto adnominal (acompanham nomes). “(…) trágico percurso de Uirá (…)”; “(…) no Maranhão deste século (…)”.

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9
Q

Mantendo-se a correção gramatical do texto, o segmento “fora transformado em filme” (R. 11 e 12) poderia ser reescrito da seguinte forma: foi transposto para o cinema.

A

Item certo!

A presença do adjunto adverbial de tempo “no início da década de 70” permite que o verbo seja alterado do tempo pretérito mais que perfeito para o tempo pretérito perfeito (já que o item fala apenas em manter a correção gramatical).

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10
Q

No trecho “porque eu, Dom Pedro Quaderna” (R.54), a conjunção “porque” é expressão de realce, empregada de modo expletivo, visto que não estabelece relação entre a oração que ela introduz e outra oração do período.

A

Comprova-se a expressão de realce, ou expletiva, quando o termo pode ser retirado da oração sem prejuízo gramatical e do sentido.
“Sim, nobres Senhores e belas
Damas: porque eu, Dom Pedro Quaderna, desafio qualquer irônico…

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11
Q

A inserção de uma vírgula logo após “impossível”, em “um mal de amor impossível que leva a alma à desesperança” (l. 70 e 71), obrigaria à interpretação de que todo mal de amor impossível leva a alma a tal consequência.

A

Item certo! A inserção de uma vírgula após “impossível” realmente mudaria a interpretação da frase, indicando que todo mal de amor impossível leva a alma à desesperança, o que caracteriza uma oração adjetiva explicativa. Sem a vírgula, a frase sugere que apenas um mal de amor impossível específico leva a alma à desesperança, o que caracteriza uma oração adjetiva restritiva.

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12
Q

O trecho “se não corrente” (l.4) poderia ser corretamente substituído por se não for corrente, preservando-se o sentido original do texto.

A

O trecho “se não corrente” (l.4) poderia ser corretamente substituído por “se não for corrente”, preservando-se o sentido original do texto. A expressão “se não corrente” indica que a dupla significação do termo “caráter” ainda é vernácula, mesmo que não seja comum ou usual. A substituição por “se não for corrente” mantém essa ideia, indicando que a dupla significação ainda é vernácula, mesmo que não seja frequentemente utilizada.

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13
Q

No excerto entre parênteses (R.5-8), em que predomina a função poética da linguagem, é exemplo de construção sintática típica da linguagem coloquial: ‘e desgraçadamente está certo, essa é a lei dos homens.’

A

(“Disputam esfomeadamente a presa sublime, e desgraçadamente está certo, essa é a lei dos homens. Dos homens selvagens.”, desabafa Mário em carta a Paulo Duarte”) predomina a função poética, na qual se realça a expressividade da mensagem. Percebe-se, também, elementos de coloquialidade, como o sujeito elidido (suposto pelo autor).

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14
Q

Aquilo que reputava indispensável ao escritor, “certo sentimento íntimo que o torne homem do seu tempo e do seu país, ainda quando trate de assuntos remotos no tempo e no espaço”, ele o possuiu inteiramente.

A retirada do pronome oblíquo na oração “ele o possuiu inteiramente” preservaria a correção gramatical e o sentido original do texto.

A

Certo. Caso de pronome oblíquo pleonástico, com mera função de realce. O pronome se refere à “Aquilo”.

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15
Q

A substituição da oração relativa “que não formula” (R.11) por embora não a formule manteria o sentido original do texto e sua correção gramatical, desde que fossem mantidas as vírgulas que isolam referida oração.

“No plano cultural, satiriza a tirania da herança greco-latina e aspira a algo diferente, que não formula, sendo porém significativo que enquanto menciona Homero como exemplo de poeta desligado do real”

A

A oração “que não formula” faz referência a “algo diferente”. Por isso, para manter o sentido original do texto, o trecho “embora não a formule” deveria vir com o pronome oblíquo no masculino “o”, para fazer referência correta a “algo diferente”.

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16
Q

A substituição da conjunção “embora” (R.29) pela conjunção conquanto prejudicaria o sentido original do texto.

A

Embora e Conquanto são concessivas, sendo intercambiáveis no trecho apresentado.

17
Q

Na linha 23, o emprego da vírgula logo após a expressão “da nova dinâmica” bem como o emprego do artigo definido em “da” indicam que a oração “que agita e move a sociedade” (R.24) não participa da construção da referência dessa expressão.

A

certo. O emprego da vírgula e do artigo definido compõem a construção de uma oração adjetiva explicativa, não restritiva, o que a isola da construção da referência, podendo ser, inclusive, retirada sem prejuízo para o texto.

18
Q

A colocação do pronome em “embriagou-se” (R.12),“Elevava-se” (R.14), ‘Já se vê’ (R.47) e “que se identificaria” (R.55) está de acordo com a variedade formal culta da língua portuguesa e deve-se a razões fonético-sintáticas

A

Nos casos de “embriagou-se” e “Elevava-se”, como não há nenhum fator de próclise, a ênclise é obrigatória, conforme a norma culta da gramática portuguesa. Já nos casos “Já se vê” e “que se identificaria”, há fatores de próclise: advérbio de tempo e pronome relativo “que”, respectivamente.

19
Q

Qual o fator de próclise nessa frase:

Jamais o vi aqui.

A

Palavras de sentido negativo. Outro exemplo:
Não lhe dei direito de falar aqui.

20
Q

Qual o fator de próclise nessa frase:

O relatório diz que se encontraram irregularidades
no processo.

A

Conector subordinativo próximo:
Partiremos quando nos chamarem.

(conjunção integrante, conjunção adverbial e pronome relativo);

21
Q

Tanto em “do albardeiro ao círculo dos fidalgos” (R. 20 e 21) quanto em “dos doze aos trinta e dois anos” (R.41), a preposição de foi empregada no sentido de desde.

A

Item errado!

No primeiro trecho a preposição não foi empregada com sentido de “desde”, pois não se relaciona com uma construção temporal, como no segundo caso. A preposição “do”, no primeiro caso”, diz respeito aos diferentes meios de qualificação social na época imperial, possuindo função de complemento nominal do substantivo “ascensão”, entre as linhas 18 e 21.

22
Q

O trecho “tanto uma oposição absoluta como uma incompreensão radical” (R.22) exprime uma relação de proporcionalidade entre “uma oposição absoluta” e “uma incompreensão radical”.

A

Item errado!

A relação indicada na expressão é de adição, não de proporcionalidade (a expressão “tanto … como” pode mesmo ser substituída por “nem … nem”).

23
Q

São enaltecidos pelos aventureiros as energias que visam à estabilidade. O acento indicativo de crase é opcional?

A

Sim. O verbo visar com sentido de ter como fim ou objetivo tem dupla transitividade.

24
Q

Segundo preconiza o Novo Acordo Ortográfico, o vocábulo “contrassensos” (R.4) é grafado conforme as mesmas regras que antissocial.

A

Item certo!

Conforme o Novo Acordo Ortográfico, não se utiliza hífen quando o prefixo da palavra termina em vogal (anti) e a palavra é iniciada por “s” ou “r” (social). Nesse caso, as consoantes devem dobrar: “antissocial”; “contrassensos”.

25
Q

A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados caso o período “Assim, com mil formas e nomes, o favor atravessou e afetou no conjunto a existência nacional, ressalvada sempre a relação produtiva de base, esta assegurada pela força.” (R. 29 a 32) fosse assim reescrito: Dessa forma, o favor atravessou e afetou, no conjunto e com mil formas e nomes, a existência nacional, embora a relação produtiva de base estivesse sempre ressalvada e assegurada pela força.

A

Item errado!

No texto, a ideia apresentada é a de que o favor tinha mil formas e nomes e atravessou e afetou a existência nacional. Na reescrita, consta que o favor “atravessou e afetou com mil formas e nomes” a existência nacional.

26
Q

No período “Sobe uma classe e dentro dela elevam-se muitos aspirantes a essa camada” (R. 36 a 38), os termos “uma classe” e “muitos aspirantes a essa camada” exercem função de sujeito nas orações em que se inserem.

A

Vamos fazer a análise sintática to trecho:

“Sobe (Verbo intransitivo) uma classe (sujeito) e (conjunção coordenativa) dentro dela (adjunto adverbial de lugar) elevam-se (verbo intransitivo) muitos aspirantes a essa camada (sujeito).”

27
Q

Na segunda estrofe, a linguagem poética é intensificada por metáforas representadas, entre outras formas, por palavras compostas por justaposição.

Língua-lâmina, língua-labareda, língua-linfa

A

Certo. São feitas metáforas por justaposição, comparações juntando duas palavras ou radicais para formar uma nova palavra que possui uma comparação implícita em seu significado.

28
Q

No verso “Vem buscar moça que ainda não conheceu homem” (v.38), o atributo do núcleo nominal “moça” é expresso por estrutura oracional que corresponde a uma perífrase.

A

perífrase (= processo que consiste em expressar por muitas palavras o que se poderia dizer em poucos termos). Vale ressaltar que o termo que poderia substituir tal estrutura oracional seria a expressão “virgem”.

29
Q
A