Definitivo Flashcards
No ano de 2006, o governo brasileiro, por intermédio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Secretaria de Produção e Agroenergia, lançou o Plano de Desenvolvimento de Biocombustíveis, inserido no contexto global da busca por novas fontes de energia, sobretudo as renováveis, promovendo a expansão de usinas canavieiras para produção de etanol, consorciadas ao processamento de biodiesel.
O erro se encontra no fato do item trazer a ideia de consórcio na produção do biodiesel. A produção é feita em áreas diferentes. Geralmente, o álcool (cana-de-açúcar) é produzido em determinado lugar, e o biodiesel (soja, mamona, óleo de dendê) em outro.
O Plano de Desenvolvimento de Biocombustíveis foi lançado pela União Europeia, o brasileiro se chamava Plano Nacional de Agroenergia.
Em 1975, foi criado o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), que incentivou a produção de etanol anidro e hidratado, além de desenvolver a cogeração de energia por meio do bagaço e da palha da cana-de-açúcar. O Proálcool foi consequência do forte impacto na economia nacional, causado pelos dois choques do petróleo (OPEP) em 1973 e em 1979, respectivamente.
O Proálcool foi criado no governo Geisel em 1975 em decorrência do choque do petróleo de 1973. Trazer o ano de 1979 pode gerar uma confusão temporal, que é o que a redação do item dá a entender. Entretanto, o Programa realmente ganhou força após 1979.
Na Amazônia, há intensa variação da insolação no transcorrer das estações climáticas do ano. O verão (de dezembro a março) apresenta altos índices de insolação em comparação ao inverno (de junho a setembro), estação em que os dias são mais curtos e com menor radiação solar.
Como a Amazônia está próxima ao Equador, não possui intensa variação de insolação. Isto geralmente ocorre em áreas de clima temperado.
O inverno amazônico dura (geralmente) até abril, enquanto o verão amazônico começa geralmente em maio. O que caracteriza o inverno é o maior índice de chuva, enquanto no verão o tempo é mais seco.
O homem enquanto espécie ou população, em seu caráter coletivo, é entendido como elemento quantitativo e neutro na perspectiva decolonial, pois é agente neutro em relação ao Estado, mas agente político das relações de poder.
a perspectiva decolonial na geografia não vê o homem, em seu caráter coletivo, como apenas mais um número, sem identidade. Ele é um agente de transformação e sua vivência é relevante, ainda mais na sua condição como subalterno dos agentes do capital.
O mercado de produtos agroalimentares organiza-se em uma tríade composta por países da Europa Ocidental, dos Estados Unidos da América e do Japão, que controlam a produção e a comercialização de commodities agrícolas, a regulação dos preços desses produtos, bem como a cadeia produtiva e logística do setor.
A questão fala do controle do mercado e não de onde a produção é realizada.
Esta tríade controla a produção ao comportar a rede de matrizes de empresas multinacionais que controlam a produção e o processamento industrial assim como o financiamento das cadeias produtivas. Ademais, a regulação do preço das commodities pelas bolsas de mercados.
O fator metropolitano ganha expressão na política pública brasileira na década de 1970, com a criação das primeiras regiões metropolitanas no ano de 1973. A partir da Constituição Federal de 1988, a criação das regiões metropolitanas passou do âmbito federal para a competência dos estados.
Item certo!
As primeiras Regiões Metropolitanas criadas foram Porto Alegre, Curitiba, São Paula, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém. Elas correspondiam as metrópoles definidas por estudos do IBGE e nos anos 70 essa criação era atribuição do governo federal. A CF de 1988 passou essa atribuição para os estados o que criou a estranha situação atual em que temos várias RM (criadas pelos governadores) sem metrópoles (que continuam sendo definidas por estudos do IBGE).
Metrópole pode ser definida conceitualmente como espaços urbanos complexos e de grande extensão territorial e demográfica, acima de um milhão de habitantes e com diversos municípios de diferentes tipologias, tamanhos e níveis de integração, o que define o caráter metropolitano dessas aglomerações.
Item certo!
Embora o Estatuto da Metrópole nem o REGIC definam um número de mínimo de habitantes, para que uma cidade seja considerada uma metrópole, as 12 metrópoles definidas oficialmente pelo IBGE possuem mais de 1 milhão de habitantes. Todos as outras características estão corretas, apenas a questão do número de habitantes que gerou debate, após a prova de 2019.
A Rússia, o maior país do mundo, é aproximadamente duas vezes maior que os Estados Unidos da América (EUA) ou a China e cinco vezes maior que a Índia. Estendendo-se por cerca de 170º de longitude, possui ampla fronteira terrestre com países europeus e asiáticos, bem como fronteiras marítimas com o Japão e os EUA. A profundidade territorial russa, que dificultaria ataques de potências marítimas, aliada à existência de recursos naturais e energéticos e de um relevo predominantemente plano, inspiraram Harlford Mackinder a formular a teoria da Área Pivô.
Item certo!
As proporções territoriais da Rússia estão corretas e, realmente, Mackinder valorizava o poder terrestre, cunhando o termo “heartland”, ou “área pivot”.
As grandes transformações no padrão demográfico brasileiro começaram a ocorrer a partir da década de 1920, quando se nota um acelerado declínio dos níveis gerais de mortalidade, não acompanhado por um concomitante declínio da natalidade. Cabe mencionar, entre as causas que levaram à rápida redução da mortalidade, o impulso dado ao sistema de saúde pública, à previdência social, à ínfraestrutura urbana e à regulamentação do trabalho nas principais regiões do País a partir daquela década, bem como os avanços da indústria farmoquímica.
Item errado!
O erro da questão está na década indicada. Não foi na década de 1920, mas na de 1930 que o Brasil ingressou na segunda fase de transição demográfica, em que se verifica o declínio das taxas de mortalidade, sem concomitante queda das taxas de natalidade. O impulso dado ao sistema de saúde pública, à previdência social, à infraestrutura urbana e à regulamentação do trabalho nas principais regiões do País, bem como os avanços da indústria farmoquímica, também se verificam na década de 1930.
Os chapadões cobertos por cerrados brasileiros pertencem ao bioma savânico. Os cerrados arbóreos têm fisionomia marcada por árvores geralmente tortuosas e espaçadas, com troncos de cortiça espessa e aspecto xeromórfico das árvores e dos arbustos, em razão da escassez de água, característica daquele domínio morfoclimático durante a estação mais seca. Os cerrados brasileiros, em contraste com as savanas africanas, são, portanto, secos em virtude da baixa umidade média observada em boa parte do ano.
O maior erro da questão está no fato de que as savanas africanas não são mais úmidas que o cerrado. A umidade é semelhante nas duas regiões. Além disso, não é somente a escassez de água que influencia na composição retorcida dos troncos das árvores e no seu caráter xeromórfico, mas também a pobreza do solo e a própria ação das queimadas.
A categoria de cidades médias no Brasil é oficialmente definida pelos critérios de localização, papel regional, densidade e porte demográfico.
Não existe uma categorização oficial de cidades médias no Brasil. Há categorias como a do IBGE, no REGIC, que estabelece alguns parâmetros para as chamadas cidades médias, como população, posição geográfica e PIB.
O agronegócio engloba sistemas produtivos que vão desde a produção agropecuária até o seu beneficiamento, transformação e distribuição no mercado nacional e internacional e, em 2019, representou 21,4% do produto interno bruto (PIB) brasileiro. No Brasil e no mundo, esses sistemas produtivos prescindem de tecnologias voltadas ao aumento da produtividade da terra, do trabalho e do capital; exigem conhecimentos, tecnologias, investimentos e escala mínima de produção.
Pegadinha clássica da banca neste item. Ao contrário do que afirma o exemplo acima, o uso de tecnologias é imprescindível para o agronegócio, pois permite não apenas o aumento da produtividade, mas também a melhoria da qualidade dos produtos, a sustentabilidade das práticas agrícolas e a capacidade de atender às demandas dos mercados interno e externo.
Portanto, é incorreto afirmar que os sistemas produtivos do agronegócio prescindem de tecnologias para aumentar a produtividade da terra, do trabalho e do capital porque, na realidade, o agronegócio depende fortemente do uso de tecnologias avançadas para manter e aumentar sua eficiência e competitividade em diversas etapas do processo produtivo.
A partir da inauguração de Brasília, em 1960, a rede urbana brasileira passou a apresentar centros com alta complexidade funcional e elevado grau de articulação entre si, contribuindo para que se ampliasse a escala da urbanização.
Item errado! O processo de urbanização do Brasil e o desenvolvimento de centros urbanos complexos e articulados já estavam em curso antes de 1960. A urbanização brasileira teve um crescimento significativo a partir da década de 1930, com a intensificação do processo de industrialização e o êxodo rural, levando ao crescimento das cidades e à complexificação da rede urbana. A inauguração de Brasília, como nova capital, teve um papel importante na interiorização do desenvolvimento e na criação de uma nova dinâmica na rede urbana, mas não foi o ponto de partida para a existência de centros urbanos complexos e bem articulados no Brasil.
Processos como a expansão da fronteira agrícola, das atividades do agronegócio e do setor de serviços permitiram o crescimento demográfico das cidades médias no interior do País em detrimento das capitais.
Item certo!
A expansão da fronteira agrícola, das atividades do agronegócio e do crescimento do setor de serviços têm sido fatores importantes para o crescimento demográfico das cidades médias no interior do Brasil. Esses fatores contribuem para a criação de empregos e infraestrutura nessas cidades, o que atrai população das áreas rurais e até mesmo das capitais e grandes metrópoles. Esse fenômeno é parte do processo de ““desmetropolização””, onde as cidades médias passam a ter um papel mais relevante na dinâmica urbana e econômica do país, funcionando como polos regionais de desenvolvimento e atraindo fluxos migratórios.
A consolidação de grupos de migrantes em seus novos lugares de vida passa por ampla inserção no mercado de trabalho, pelo reconhecimento social, pela representação política e pelas possibilidades de esses sujeitos participarem da vida social dos países que os recebem.
Item certo!
A inserção de grupos de migrantes em novos países geralmente envolve sua integração no mercado de trabalho e na sociedade como um todo, o que inclui o reconhecimento social, a representação política e a participação na vida social desses países. A integração efetiva dos migrantes pode contribuir para o desenvolvimento econômico e cultural das regiões que os recebem, como é o caso de cidades globais como Londres e Nova Iorque, que se beneficiam da diversidade cultural e das habilidades dos migrantes. No entanto, o grau de integração pode variar amplamente dependendo das políticas de imigração do país de acolhimento, da presença de redes de apoio e da receptividade da população local.