DDQ Flashcards

1

1
Q

A DDQ ocorre unilateralmente com maior frequência em qual lado (D/E)?

A

É mais frequente no lado esquerdo (60% dos casos), devido ao posicionamento do feto intraútero.

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2
Q

Quais testes podem ser feitos para avaliar DDQ de 3 a 18 meses?

A

Teste de Galeazzi → realiza-se flexão da perna e coxa, em decúbito dorsal, e compara-se a altura dos joelhos dos dois MMII. Se houver discrepância, o lado com menor altura é o afetado, devido ao deslocamento posterior da cabeça do fêmur.

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3
Q

Quais são as consequências patológicas da DDQ na anatomofisiologia pélvica?

A

Ocorre deformidade progressiva nos ossos do quadril, defeitos no acetábulo (mal direcionado e pode haver formação de pseudoacetábulo que articula com a cabeça femoral luxada), defeitos nos músculos ileopsoas e adutores (contratura), defeitos na cápsula articular (hipertrofiada e alongada) e defeitos no fêmur proximal (anteversão exagerada).

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4
Q

Quais são as principais complicações da DDQ?

A

Recidiva, alterações permanentes de postura e marcha e, a mais grave, necrose avascular da cabeça femoral, que costuma ser iatrogênica devido à redução descuidada do quadril luxado ou por uso de órtese em extrema abdução.

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5
Q

Qual é a sequela natural da DDQ não tratada?

A

Displasia acetabular irreversível que resultará em osteoartrose grave do quadril no adulto jovem.

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6
Q

Qual o tratamento indicado para crianças de 18 meses a 8 anos?

A

Redução cruenta (cirurgia aberta) é sempre indicada a partir dessa idade, devido ao alto grau de displasia. Deve-se realizar tenotomia adutora e osteotomia corretiva.

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7
Q

Qual o principal fator de risco para complicações da DDQ?

A

Diagnóstico tardio.

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8
Q

Como é classificada a DDQ, segundo o Nelson de Pediatria?

A

É classificada em típica (a mais comum) e teratológica, quando associada a distúrbios neurológicos (p. ex. espinha bífida e artrogripose), sendo a luxação sempre congênita e o prognóstico pior.

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9
Q

Qual a indicação e como procede a osteotomia de Pemberton (acetabuloplastia)?

A

É indicada para crianças de 18 meses até 6 anos (Tiango diz 10 anos) com cartilagem trirradiada aberta. Realiza-se osteotomia ilíaca bicortical, começando logo acima da espinha ilíaca anteroinferior e prosseguindo posteriormente até o ramo ilioisquial da cartilagem trirradiada, sendo curvilínea e paralela a aprox. 1 cm acima da cápsula articular. O acetábulo é rotacionado inferiormente, a fim de corrigir o alinhamento dos elementos. Um fragmento ósseo da crista ilíaca é retirado e usado para corrigir a osteotomia, com fixação.

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10
Q

Qual o tratamento indicado para crianças de 1-6 meses com diagnóstico de DDQ?

A

A primeira escolha são os tirantes de Pavlik. Se não houver redução da luxação após 3-4 semanas, realiza-se redução incruenta (não cirúrgica): mantém-se tração abdutora por 1-3 semanas, realiza-se tenotomia percutânea dos adutores e após, encaminha-se para anestesia em centro cirúrgico para realização da redução fechada com técnicas de reposicionamento da cabeça femoral no acetábulo, com cuidado para evitar necrose avascular epifisária. Após redução fechada, mantém-se a criança em gesso para fixação da postura de flexão e ligeira abdução.

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11
Q

Qual é a chance de a DDQ acometer bilateralmente o quadril?

A

Ocorre em 20% dos casos.

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12
Q

Quais são os fatores de risco para instabilidade da articulação do quadril?

A

Oligoâmnio, gestação gemelar, ser primogênito, apresentação do quadril (pp. de nádegas) e joelho estendido intraútero.

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13
Q

Qual o tratamento indicado para recém-nascidos com diagnóstico de DDQ?

A

Uso de aparelhos fixos ou dinâmicos que mantenham as pernas fletidas e abduzidas, a fim de manter a cabeça do fêmur centralizada no acetábulo. O travesseiro de Frejka é uma opção fixa, enquanto os tirantes de Pavlik são opções dinâmicas.

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14
Q

Defina displasia em ortopedia

A

É o desenvolvimento anormal de um osso que, durante o processo de maturação, torna-se deformado.

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15
Q

Qual o perfil epidemiológico da instabilidade da articulação do quadril?

A

É mais comum em meninas com frouxidão ligamentar, tendo predisposição genética e ambiental, em relação à postura, sendo mais comum se a criança permanece com os MMII estendidos e aduzidos.

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16
Q

Até quantos meses o diagnóstico pode ser considerado precoce?

A

Até 3 meses de idade.

17
Q

Quais testes podem ser feitos para avaliar instabilidade do quadril de 0 a 3 meses?

A

Teste de Ortolani → realiza-se abdução do quadril, forçando a coxa para cima. Se houver um clique, o teste é positivo, indicando que havia luxação congênita do quadril.
Teste de Barlow → realiza-se o oposto de Ortolani, com adução do quadril, forçando a coxa para baixo. Se houver um clique (solavanco), o teste é positivo, pois ocorreu luxação do quadril, indicando instabilidade do quadril.
Teste de Peter-Bade → verificar assimetria de pregas das coxas (70% dos casos de assimetria são DDQ).

18
Q

Quais são as principais opções de osteotomia realizadas?

A

Osteotomia de Salter e Osteotomia de Pemberton (acetabuloplastia).

19
Q

Sobre a evolução da instabilidade da articulação do quadril, qual o risco de um paciente evoluir com subluxação, luxação ou displasia?

A

10% dos casos evoluem com subluxação, luxação ou displasia.

20
Q

O que é a displasia do acetábulo?

A

É o desenvolvimento anormal do acetábulo devido ao deslocamento (luxação/subluxação) da articulação do quadril, que geralmente ocorre nos primeiros meses de vida, sendo a grande causadora de osteoartrose do quadril no adulto.

21
Q

Qual a indicação e como procede a osteotomia de Salter?

A

É indicada para crianças de 18 meses a 8 anos com deficiência acetabular anterolateral em um quadril reduzido concentricamente. É realizado um corte oblíquo transversal no ílio, acima do acetábulo, até a incisura isquiática. O acetábulo é rotacionado lateralmente, proporcionando maior área de cobertura anterolateral da cabeça femoral. Um fragmento da crista ilíaca é retirado para correção da osteotomia, sendo fixado por 2-3 fios K rosqueados.

22
Q

Qual o tratamento indicado para crianças de 6-18 meses com diagnóstico de DDQ?

A

Deve-se tentar a redução incruenta. Se não funcionar, indica-se a redução cruenta (cirurgia aberta) para tenotomia dos adutores, reposicionamento da cabeça femoral no acetábulo e eventuais correções ósseas. Após a cirurgia, mantém-se a criança em gesso para abdução fixa por vários meses.

23
Q

Quais testes podem ser feitos para avaliar DDQ após os 12 meses?

A

Avaliação do sinal de Trendelenburg → ao ficar de pé, no membro inferior afetado, o quadril cai para o lado oposto e o tronco se desvia para o lado afetado.
Avaliação da marcha claudicante em “gingado de pato” → tronco balança para o lado afetado.

24
Q

Por quanto tempo deve ser usado aparelho gessado após a cirurgia aberta na DDQ?

A

Durante 6-8 semanas, retomando paulatinamente as atividades.

25
Q

Quando a USG é uma opção para avaliação de DDQ?

A

Em pacientes de até 3 meses de idade, pois permite avaliar todas as estruturas não visíveis pelo RX (radiotransparentes), possibilitando a quantificação e qualificação do comprometimento. Não é indicado no período neonatal (0-4 semanas) devido ao alto índice de falso-positivos (prefere-se o exame físico).

26
Q

Como se avalia um RX de suspeita de DDQ?

A

Traçam-se as linhas de Hilgenreiner e Perkins. A linha de Hilgenreiner é horizontal e vai de uma cartilagem do acetábulo até a outra, sendo usada para comparar a altura das epífises femorais. As linhas de Perkins são perpendiculares às anteriores e são traçadas tangenciando o rebordo ósseo lateral do acetábulo. Essas linhas formam os quadrantes de Ombredane. No quadril normal, a porção medial da matáfise femoral deve estar no quadrante inferior interno.
Além disso, pode-se avaliar o arco de Maynard, formado pela linha medial do fêmur e o teto do acetábulo. Se o arco estiver descontinuado, isso sugere luxação do quadril.
O índice acetabular também pode ser avaliado, sendo o ângulo formado entre a linha de Hilgenreiner e outra linha traçada no teto acetabular. Se o ângulo formado for > 30º, isso sugere DDQ.

27
Q

Até que idade o tratamento da DDQ é modificador da doença?

A

Até os 8 anos de idade. Após isso, a correção não apresenta mais benefício.