DDQ Flashcards
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A DDQ ocorre unilateralmente com maior frequência em qual lado (D/E)?
É mais frequente no lado esquerdo (60% dos casos), devido ao posicionamento do feto intraútero.
Quais testes podem ser feitos para avaliar DDQ de 3 a 18 meses?
Teste de Galeazzi → realiza-se flexão da perna e coxa, em decúbito dorsal, e compara-se a altura dos joelhos dos dois MMII. Se houver discrepância, o lado com menor altura é o afetado, devido ao deslocamento posterior da cabeça do fêmur.
Quais são as consequências patológicas da DDQ na anatomofisiologia pélvica?
Ocorre deformidade progressiva nos ossos do quadril, defeitos no acetábulo (mal direcionado e pode haver formação de pseudoacetábulo que articula com a cabeça femoral luxada), defeitos nos músculos ileopsoas e adutores (contratura), defeitos na cápsula articular (hipertrofiada e alongada) e defeitos no fêmur proximal (anteversão exagerada).
Quais são as principais complicações da DDQ?
Recidiva, alterações permanentes de postura e marcha e, a mais grave, necrose avascular da cabeça femoral, que costuma ser iatrogênica devido à redução descuidada do quadril luxado ou por uso de órtese em extrema abdução.
Qual é a sequela natural da DDQ não tratada?
Displasia acetabular irreversível que resultará em osteoartrose grave do quadril no adulto jovem.
Qual o tratamento indicado para crianças de 18 meses a 8 anos?
Redução cruenta (cirurgia aberta) é sempre indicada a partir dessa idade, devido ao alto grau de displasia. Deve-se realizar tenotomia adutora e osteotomia corretiva.
Qual o principal fator de risco para complicações da DDQ?
Diagnóstico tardio.
Como é classificada a DDQ, segundo o Nelson de Pediatria?
É classificada em típica (a mais comum) e teratológica, quando associada a distúrbios neurológicos (p. ex. espinha bífida e artrogripose), sendo a luxação sempre congênita e o prognóstico pior.
Qual a indicação e como procede a osteotomia de Pemberton (acetabuloplastia)?
É indicada para crianças de 18 meses até 6 anos (Tiango diz 10 anos) com cartilagem trirradiada aberta. Realiza-se osteotomia ilíaca bicortical, começando logo acima da espinha ilíaca anteroinferior e prosseguindo posteriormente até o ramo ilioisquial da cartilagem trirradiada, sendo curvilínea e paralela a aprox. 1 cm acima da cápsula articular. O acetábulo é rotacionado inferiormente, a fim de corrigir o alinhamento dos elementos. Um fragmento ósseo da crista ilíaca é retirado e usado para corrigir a osteotomia, com fixação.
Qual o tratamento indicado para crianças de 1-6 meses com diagnóstico de DDQ?
A primeira escolha são os tirantes de Pavlik. Se não houver redução da luxação após 3-4 semanas, realiza-se redução incruenta (não cirúrgica): mantém-se tração abdutora por 1-3 semanas, realiza-se tenotomia percutânea dos adutores e após, encaminha-se para anestesia em centro cirúrgico para realização da redução fechada com técnicas de reposicionamento da cabeça femoral no acetábulo, com cuidado para evitar necrose avascular epifisária. Após redução fechada, mantém-se a criança em gesso para fixação da postura de flexão e ligeira abdução.
Qual é a chance de a DDQ acometer bilateralmente o quadril?
Ocorre em 20% dos casos.
Quais são os fatores de risco para instabilidade da articulação do quadril?
Oligoâmnio, gestação gemelar, ser primogênito, apresentação do quadril (pp. de nádegas) e joelho estendido intraútero.
Qual o tratamento indicado para recém-nascidos com diagnóstico de DDQ?
Uso de aparelhos fixos ou dinâmicos que mantenham as pernas fletidas e abduzidas, a fim de manter a cabeça do fêmur centralizada no acetábulo. O travesseiro de Frejka é uma opção fixa, enquanto os tirantes de Pavlik são opções dinâmicas.
Defina displasia em ortopedia
É o desenvolvimento anormal de um osso que, durante o processo de maturação, torna-se deformado.
Qual o perfil epidemiológico da instabilidade da articulação do quadril?
É mais comum em meninas com frouxidão ligamentar, tendo predisposição genética e ambiental, em relação à postura, sendo mais comum se a criança permanece com os MMII estendidos e aduzidos.