DAC estável e IAM Flashcards

1
Q

O que é DAC estável?

A

-Desconforto torácico crônico (>2 meses)
-não progressiva (sem mudança de padrão)
-ECG normal
-Marcadores de necrose negativos

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2
Q

Fisiopatologia da placa aterosclerótica

A

HAS, DM, Dislipidemia, Obesidade.. provocam lesão endotelial na camada intima da coronária. Com isso há disfunção endotelial, infiltração de células LDL, inflamando e atraindo macrófagos que vao fagocitar o LDL e exacerbar a inflamação, células vao morrer e formar a placa fibrótica (aterosclerótica)

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3
Q

Diferença entre placa estável e instável

A

Estável: capa fibrosa bem grossa, com grande parte da a. obstruída, poucos macrófagos, mais células m. lisas.
Instável: tem mais luz aparente, mas a capa fibrosa é mais fina, mais macrof.,grande core lipídico (>50%)

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4
Q

Fisiopatologia da cascata isquêmica

A

Progridem com magnitude e duração da isquemia: metabolismo anaeróbio disfunção diastólica (↓relaxamento)  disfunção sistólica  alteração de ST  angina (já teve toda essa alteração antes da dor torácica). Os exames tentam pegar essa parte inicial da cascata

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5
Q

DAC estável: Como é feita a avaliação ambulatorial?

A

-anamnese + EF
-exames complementares:
✓ECG
✓Eco
✓Teste ergométrico
✓Cintilografia de perfusão miocárdica
✓TC de coronárias
✓Cateterismo

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6
Q

DAC estável: características da dor torácica

A

-localização e tipo:
✓ precordial, retroesternal, epigástrio
✓ aperto, peso, queimação
-irradiação e sintomas associados
✓ pescoço, mandíbula, MMSS, epigástrio
✓ sudorese, náuseas, vômitos, palidez
-fatores desencadeantes
✓ estresse físico, emocional, frio, refeições copiosas
✓ alivio em repouso ou nitrato
-pode apresentar Sinal de Levine = dor anginosa

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7
Q

Classificação da dor torácica

A

-tipo A (definitivamente anginosa): 3 caracteristicas
-tipo B (provavelmente anginosa): 2 car.
-tipo C (provav. não anginosa): 1 caract.
-tipo D (definitivamente ñ ang): nenhum

Dor típica: A e B
Dor atípica: C e D

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8
Q

O que são equivalentes isquêmicos

A

Sintomas atípicos de maior propensão em mulheres, idosos, DM, DRC, quadro demencial, transplante cardíaco…
Dispneia, cansaço aos esforços, síncope, sudorese, palidez

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9
Q

DAC estável: Após anamnese e exame físico qual exame escolher?

A

De acordo com Classificação de Diamond-Forrester (tabela de probabilidades idades x tipo de dor).
Probabilidade de coronariopatia pelo escore:
<10% (dor não anginosa em H/M<50a) = baixa  avaliar diagnósticos alternativos ou testes não invasivos
10-90% (restante) = intermed. (maioria)  testes não invasivos
>90% (angina típica em H>50 e M>60a = alta probabilidade = cateterismo - TNI para avaliação prognostica

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10
Q

Como escolher o teste não invasivo?

A

-ECG para todos os pacientes (normal na maioria ou com alterações inespecíficas)
-Ver tabela
ECG interpretável: sem BRE, marca-passo, infra ST>1mm (fazer teste farmacológico)

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11
Q

Quais são as indicações de teste ergométrico além do fluxograma?

A

-assintomáticos com 2 fatores de risco
-história familiar de DAC precoce ou morte súbita

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12
Q

Quando o teste ergométrico é positivo para isquemia?

A

-infra de ST horizontal ou descendente > 1mm (baseado no ponto J)
-infra de ST ascendente > 1,5mm (se prob do pct moderada ou alta) ou >2mm (baixo risco) medido no ponto Y (80ms do ponto J)

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13
Q

Indicações de ECO transtorácico

A

-incapacidade de se exercitar
-assintomaticos com TE + ou duvidoso
-ECG não interpretável (BRE/infra ST>1)
-avaliar viabilidade miocárdica (avaliar as células vivas)
-avaliação funcional de lesões conhecidas (obstruções)

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14
Q

Cintilografia miocárdica: função e indicações

A

-avalia perfusão e metabolismo (muito antes de alterações ECG)
-sintomaticos+prob mod/alta + ECG não interpretável
-assintomaticos com TE+ ou duvidoso
-avaliar viabilidade miocárdica (injeção de tálio)
-avaliação funcional de lesões conhecidas

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15
Q

Função da TC de coronárias

A

-pode avaliar escore de cálcio (s/cte) e fazer angioTC (com contraste)
Escore de cálcio
-avalia a quantidade de cálcio (total de aterosclerose) – indicação: detecção de aterosclerose subclínica (assintomáticos) – avalia risco de eventos futuros (escore alto)
AngioTC:
-avaliar anatomia da coronária
-alto valor preditivo negativo
- boa para excluir doença em sintomáticos (chega no PS e tem prob intermediaria) - inclusive superestima as lesões (ex: 70% é menor quando vai pro cat (padrão ouro)

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16
Q

Indicações de AngioTC

A

-sintomaticos com TNI duvidosos
-sintomas persistentes
-avaliação de enxertos de revascularização (ponte safena ou mamaria)

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17
Q

Achados de alto risco nos TNI

A

Se presentes, deve ir pra cateterismo imediato

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18
Q

Indicações de cateterismo

A

-angina classe funcional 3 (CCS) – em repouso ou aos esforços) – refrataria ao tto clinico
-achados de alto riscos no TNI
-morte súbita abortada
-arritmias ventriculares graves
-angina + IC

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19
Q

Fluxograma de avaliação da dor torácica crônica

A
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20
Q

Tratamento da angina estável

A

-não medicamentoso: dieta, atividade física, abandono do tabagismo (fala mais na aula de dislipidemia)
-medicamentoso: anti-isquemicos + prevenção

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21
Q

DAC estável: medicações anti-isquêmicas

A

-betabloqueador (padrão ouro)
-BCC
-nitratos
-trimetazidina
-ivabradina
-alopurinol

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22
Q

DAC estável: medicações preventivas de eventos futuros

A

-IECA
-estatinas de alta potencia (ator e rosu)
-betabloqueadores
-AAS* (profilaxia secundária)

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23
Q

DAC estável: Tratamento anti-isquêmico

A

Não deu certo a 1ª linha, vai associando.

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24
Q

DAC estável: mecanismos dos betabloqueadores

A

diminuição da FC, contratilidade e condução atrioventricular, melhorando a balança oferta x demanda

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25
Q

DAC estável: inibidores de IECA

A

-maior beneficio em pcts com
✓ IC (FE<40%)
✓ HAS
✓ DM
✓ DRC
Alternativa se EA: BRA

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26
Q

DAC estável: estatinas

A

-estabilizam a placa
-LDL alvo < 50
-saber as doses:
✓ Rosuv. 20-40mg
✓ Atorvas. 40-80mg

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27
Q

DAC estável: AAS

A

apenas para profilaxia secundária (já tiveram DAOP, AVC, IAM, angina
-100mg
-profilaxia primária: chance de eventos cardiovasc de 1% ao ano ou 10% em 10 anos e risco de sangramento baixo

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28
Q

Todos os farmacos abaixo reduzem a mortalidade por doença arterial coronariana, exceto:
a) Clopidogrel
b) Estatinas
c) AAS
d) Nitrato de ação prolongada
e) betabloqueadores

A

Nitratos

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29
Q

DAC estável: como decidir entre tratamento medicamentoso, revascularização ou angioplastia?

A

Ischemia trial: estudo em pcts DAC crônica grave (>70%), excluídos pcts:
-FEVE<35% e lesão de tronco>50% = indicação de revascularização
Conclusão: angioplastia NÃO reduziu eventos cardiovasc em comparação com tto clinico otimizado (em pcts graves)
Para responder as questões:
-Lesão de TCE ou Fe<35% = CIRURGIA
-Sem lesão de tronco ou FE preservada = MEDICAÇÃO  se angina refrataria: revasc (angio ou cirurgia)

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30
Q

DAC estável: em caso de revascularização, como escolher entre angioplastia ou cirurgia?

A

Angioplastia: angina refrataria para alivio dos sintomas (melhora qualidade de vida, reduz hospitalizações), não reduz mortalidade
Cirurgia: safena ou mamaria – pcts com maior beneficio
✓ Lesão de tronco > 50%
✓Disfunção do VE (FE<35%)
✓Diabéticos
✓Lesão grave em vaso derradeiro (lesão nos 2 vasos e só sobrou 1)
Tambem leva em conta:
Angioplastia: lesão uniarterial, exceto se:
✓Lesão de TCE
✓Lesão da DA proximal
✓Paciente irá realizar outro proc cirúrgico (troca de válvula)
Cirurgia: lesão do TCE ou multiarterial

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31
Q

DAC estável: terapia pós angioplastia

A

Dupla antiagregação: AAS + clopidogrel (independente se o Stent é farmacológico ou não, manter por 6 meses)
*se alto risco de sangramento pode fazer por 1-3 meses (para Stent não farmacológicos)

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32
Q

IAM sem supra: manejo da síndrome coronariana aguda

A

ECG:
-com supra de ST: IAM
-sem supra: marcadores de necrose miocárdica.
Positivos: IAM sem supra
Negativos: angina instável

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33
Q

IAM sem supra: clínica da angina instável

A

-desconforto torácico recente (<2 meses)
-pode ter carater intermitente (piora no padrão da DAC estável)
-pode ser dor progressiva (e dura <20min)
-não há necrose miocárdica

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34
Q

IAM sem supra: clínica do IAM sem supra

A

-caracteristicas semelhantes a angina
-dor > 30min
-COM necrose miocárdica

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35
Q

Critérios de isquemia aguda: só elevação de troponinas não conta

A

Pelo menos 1:
-sintomas típicos
-alterações isquêmicas novas no ECG, do segmento ST, onda T ou BRD/BRE novo
-exames de imagem com nova perda de miocárdio viável ou alteração segmentar nova
-presença de trombo coronariano no cateterismo ou autopsia

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36
Q

O que fazer se aumento de troponinas?

A

Verificar se faz curva: aumento >20% pra cima e pra baixo (variação de 20%):
Sem curva: injuria miocárdica crônica (IC crônica, DRC)
Com curva: evento agudo
-tem critérios de isquemia: IAM
-sem critérios: miocardite, TEP, taquiarritmias, IC descompensada..
“mesmo com curva positiva, tem que ter evidencia de isquemia, pq outras causas podem fazer curva”

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37
Q

MINOCA e TINOCA

A

MINOCA: clínica típica e quando vai pro CAT obstrução é <50% (espasmo coronariano)

TINOCA: aumento isolado de troponina sem clínica de IAM (MINOCA está incluida)

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38
Q

Classificação do IAM

A

Tipo 1: secundário a instabilidade da placa (causado por DAC)
Tipo 2: desbalanço oferta/demanda de O2 (tratar a causa: anemia, hipertensão, hipotensão, dissecção e vasoespasmo coronariano
Tipo 3: morte súbita (em até 1h após o evento)
Tipo 4: relacionado à angioplastia
✓ Tipo 4A: complicação durante a angioplastia (oclusao, embolizaç)
✓ 4B: trombose do Stent
✓ 4C: reestenose intrastent ou pós angioplastia
Tipo 5: relacionado à cirurgia cardíaca

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39
Q

IAM sem supra: avaliação inicial extrahospitalar

A

Se sinais e sintomas de gravidade = AMBULANCIA
✓Dor torácica persistente
✓Dispneia
✓Palpitações por arritmias graves (TV)
Sem sinais de gravidade = pode ir por meios próprios

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40
Q

IAM sem supra: considerações sobre o ECG

A

-realizar e interpretar em até 10min
-pode ser normal em 1-6% = realizar de forma seriada (se persistência da dor)
-as anormalidades podem ser flutuantes, indo e voltando (onda T, simétrica e apiculada, inversão de onda T, infra ST)
-repetir entre 15-30min nos pacientes sintomáticos
-fazer derivações adicionais (V3R-V4R, V7-V9 se permanecer sintomático e ECG seriado não diagnostico)

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41
Q

Alterações do ECG no IAM sem supra

A

-normal: ponto J (final do QRS e inicio do ST) na linha de base (mesma do segmento PR)
-infra: ponto J abaixo do PR

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42
Q

IAM sem supra: marcadores de necrose miocardica

A

-padrão ouro: troponina ultrassensível (se disponível não precisa pedir CKMB)
✓Troponina US negativa: nova dosagem em 1-2h
✓Troponina convencional negativa: nova dosagem em 3-6h
-CK-MB: apenas se trop US não disponível. Muito útil no dx de reinfarto precoce (novo infarto durante internação)
-mioglobina: contraindicada para IAM

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43
Q

Inicio, pico e duração dos marcadores de necrose miocárdica

A

“troponina só é útil para IAM tardio (após ter acontecido)”

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44
Q

IAM sem supra: critérios de internação

A

HEART score

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45
Q

Fluxograma de atendimento de paciente com dor torácica aguda e suspeita de SCA

A
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46
Q

IAM sem supra: indicações de cateterismo

A
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47
Q

IAM sem supra: tratamento geral

A

Anti-isquêmicos:
✓Oxigênio
✓Morfina
✓Nitratos
✓Betabloqueadores
✓BCC
✓IECA/BRA
Anti-trombóticos:
✓AAS
✓Inibidores P2Y12
✓Anticoagulantes
Estabilização da placa:
✓Estatina

48
Q

IAM sem supra: considerações sobre o O2

A

-indicado somente se:
✓Dispneia
✓sinais de IC
✓saturação < 90%
(pode causar vasoconst sistêmica e piorar isquemia)

49
Q

IAM sem supra: considerações sobre a morfina

A

-somente se:
✓ dor intensa e refrataria (após BB e nitrato)
✓ EAP
(pois diminui ação dos P2Y12).
-Evitar em:
✓ IAM de parede inferior
(vasodilatadora, reduz retorno venoso e VD precisa de mto sangue)

50
Q

IAM sem supra: considerações sobre os nitratos

A

De forma oral para alivio da dor (IV se refrataria = tridil). Contraindicado se:
✓ infarto de VD
✓ hipotensão (PAS<90-100)
✓ uso de sildenafil em 24h ou tadalafila (48hrs)
(NÃO ALTERAM A MORTALIDADE)

51
Q

IAM sem supra: considerações sobre os betabloqueadores

A

-Diminui FC, PA e contratilidade, reduzindo consumo de O2.
-Contraindicado se:
✓Intervalo PR > 0,24s
✓BAV 2º e 3º graus
✓FC<50
✓Hipotensão
✓IC descompensada
✓Broncoespasmo ativo
✓DAOP critica
“ALTERA A MORTALIDADE NA SCA” – sempre deve ser usado se ausência de CI

52
Q

IAM sem supra: considerações sobre os bloqueadores dos canais de calcio

A

-Diminui FC, PA e contratilidade, reduzindo consumo de O2
-Indicação: angina refratária e/ou intolerância aos BB
-não usar nifedipina (aumenta mortalidade  ea: taquicardia reflexa)
-não dihidropiridínicos (diltiazem e verapamil) podem provocar bloq cardíaco se paciente tiver IC (contraindicados nesse caso)
-NÃO ALTERAM MORTALIDADE

53
Q

IAM sem supra: como é feita a terapia anti-trombótica?

A

-AAS (retirar da prescrição outros AINES)
✓Ataque: 200-300mg VO
✓Manutenção: 100mg/dia
em conjunto com antagonista da P2Y12
✓Clopidogrel
✓Prasugrel
✓Ticagrelor
-independente se angina instável ou IAM sem supra, fazer antiagregação dupla por 1 ano
Em conjunto com anticoagulantes

54
Q

IAM sem supra: considerações sobre o clopidogrel

A

-menos potente dos 2
-dose de ataque: 300-600mg
✓Estratégia conservadora: 300mg
✓Se angioplastia: 600mg
-manutenção de 75mg/dia

55
Q

IAM sem supra: considerações sobre o prasugrel

A

-ataque: 60mg
-manutenção: 10mg/dia
-evitar em:
✓AVC ou AIT prévio
✓<60kg
✓>75 anos
-só pode ser prescrito após o cateterismo

56
Q

IAM sem supra: considerações sobre o Ticagrelor

A

ataque: 180mg
-manutenção:90mg 12/12h

57
Q

IAM sem supra: não administrar antiplaquetários (P2Y12) se:

A

-instabilidade hemodinâmica
-paciente de alto risco
-necessidade de CAT imediato <2h
Administrar somente após o CAT (por chance desses pacientes irem pra cirurgia e medicações causarem sangramento)

58
Q

IAM sem supra: Inibidores da Glicoproteina IIb/IIIa

A

-Abxicimab e tirofiban
-iniciados na sala de hemodinâmica se paciente tiver alta carga trombótica ou se dor refrataria em tratamento conservador

59
Q

Local de ação dos antiagregantes plaquetários

A
60
Q

IAM sem supra: considerações sobre os anticoagulantes

A

Opções:
✓enoxaparina
✓Fondaparinux
✓HNF (ultima opção)
-duração:
✓Estratégia conservadora: 1 a 8 dias ou até alta (o que for menor)
✓Angioplastia: suspender logo após o procedimento

61
Q

Fluxograma de tratamento da SCA

A
62
Q

IAM sem supra: considerações sobre o IECA/BRA

A

-beneficio se FE < 40%, HAS ou DM
-iniciar nas primeiras 24h (não precisa ser na sala de emergência, pode ser depois na enfermaria ou UTI)
-PA alvo: <130x80

63
Q

IAM sem supra: considerações sobre as estatinas

A

-alta potencia (rosuvastatina ou atorvastatina
-LDL alvo < 50 (usa mesmo se LDL menor pq reduz mortalidade!!)

64
Q

IAM sem supra: considerações sobre o tratamento de diabéticos

A

-HBA1c < 7%
-metformina é a escolha
-pode associar Isglt2 ou agonistas do GLP1

65
Q

IAM sem supra: orientações a todos os pacientes

A

-vacinação contra influenza (anual) e pneumococo (pneumo 23 – com reforço a cada 5 anos)

66
Q

IAM sem supra: tratamento após a alta

A

Quinteto farmacológico
-AAS
-clopidogrel/ prasugrel ou ticagrelor
-betabloqueador
-IECA
-estatina

67
Q
A
68
Q

O que fazer se paciente alérgico a AAS?

A

-usar apenas um inibidor P2Y12: ou prasugrel ou ticagrelor (clopidogrel é fraco)

69
Q

Por que se usa HNF se cateterismo < 2h

A

Pode-se reverter com protamina caso precise de cirurgia

70
Q

IAM com supra: como é definido um supra de ST?

A

-Definir o segmento PR
-Passar uma linha pelo PR
-Definir o ponto J (final do QRS e inicio do ST)
-traçar linha que toque o ponto J
-ver a diferença entre as 2 linhas

71
Q

IAM com supra: tamanho do ST para ser considerado supra?

A

Em derivações contíguas!!

72
Q

Qual achado no ECG equivale a um supra de ST?

A

BRE novo ou presumivelmente novo

73
Q

IAM com supra: evolução do supra se nada for feito

A

Fase hiperaguda (min): onda T apiculada precede o supra
Fase aguda (h): supra com cavidade para cima + onda Q patológica
Fase subaguda (12-24h): supra com cavidade para baixo + onda T invertida + complexo QS
Fase crônica (semanas): supra desaparece, onda Q permanece, onda T volta ao normal ou permanece invertida

74
Q

IAM com supra: como definir a parede do infarto?

A
75
Q

IAM com supra: como saber qual a artéria acometida?

A
76
Q

IAM com supra: tratamento geral

A

Igual o sem supra:
-anti-isquemicos
-anti-trombóticos*é diferente
-estabilização da placa
E como está totalmente ocluído:
-reperfusão (apenas se supra):
✓angioplastia primária (ouro)
✓fibrinolíticos (dissolução do trombo)

77
Q

IAM com supra: considerações sobre o clopidogrel

A

Dose muda:
-se fibrinolítico
✓ <75 a: 300mg
✓ >75 a: sem ataque
-se angioplastia: 600mg qq idade

78
Q

IAM com supra: considerações sobre o prasugrel e o ticagrelor

A

São contraindicados se fibrinólise

79
Q

IAM com supra: considerações sobre a anticoagulação

A

-enoxaparina: preferível se fibrinolítico
-HNF: preferível se angioplastia
-fondaparinux
Duração (mesmo se angioplastia): 8 dias ou até a alta (o que for menor)
(pq o trombo é maior)

80
Q

IAM sem supra: considerações sobre a enoxaparina

A

<75a:
✓Ataque: 30mg IV em bolus
✓Manut: 1mg/kg 12/12h
>75a:
✓Sem ataque
✓Manut: 0,75mg/kg 12/12h
Clearence <30ml/min:
✓Sem ataque
✓Manut: 1mg/kg 1x ao dia

81
Q

IAM com supra: considerações sobre a angioplastia

A

-padrão ouro
-pode colocar em até 12h do inicio dos sintomas (musculo cardiaco sobrevive a isquemia por até 12h)

82
Q

IAM com supra: situações em que se faz angioplastia tardia (12-24h)

A

-isquemia persistente (continua com dor após o tto)
-instabilidade hemodinâmica
-arritmias ventriculares graves

83
Q

IAM com supra: opções de fibrinolíticos

A

-tenecteplase (TNK-tPA): escolha
-estreptoquinase (SK)
-alteplase (tPA)
-reteplase (rPA)

84
Q

IAM com supra: contraindicações absolutas aos fibrinolíticos

A

-sangramento intracraniano prévio
-dano ou neoplasia de SNC
-sangramento ativo (exceto menstruação
-AVCi nos últimos 3 meses
-trauma importante em rosto ou cabeça nos últimos 3 meses
-malformação arteriovenosa cerebral conhecida
-suspeita de dissecção de aorta
-discrasia sanguínea

85
Q

IAM com supra: contraindicações relativas aos fibrinolíticos

A

-AVCi há mais de 3 meses
-uso de estreptoquinase há mais de 5d
-alergia a estreptoquinase
-gestação
-uso de anticoagulantes orais
-PAs > 180 ou PAd > 110
-punções vasculares não compressíveis
-ulcera péptica ativa
-RCP traumática ou superior à 10min
-cirurgia nas ultimas 3 semanas

86
Q

IAM com supra: critérios de reperfusão após trombólise química

A

-redução do supra >50% em 60-90min
-melhora da dor
-arritmias de reperfusão (+comum: ritmo idioventricular acelerado: QRS alargado, sem onda P, FC 60-120bp (ver imagem)
-pico precoce dos marcadores de necrose miocárdica (troponina e CK-MB atingem pico antes do tempo esperado)

87
Q

IAM com supra: como escolher entre angioplastia e fibrinolítico?

A
88
Q

Tempos do IAM com supra

A

Tempo porta-ECG: <10min
Tempo porta-agulha (de fibr.): <30min
Tempo porta-balão:<90min (se transf<120)
*considera o tempo de chegada e não do inicio da dor

89
Q

IAM com supra: se o paciente chegar após 12h de dor?

A

Não precisa contar os tempos, só avaliar se tem critérios para angioplastia tardia
✓Isquemia persistente (dor)
✓Instabilidade hemodinâmica
✓Arritmias ventriculares graves

90
Q

IAM com supra: o que fazer após fibrinólise?

A

Transferência em 2 a 24h para realizar angioplastia (50% dos pacientes não abrem a artéria de forma adequada, apenas um pouco)

91
Q

IAM com supra: o que fazer se ausencia de reperfusão após fibrinólise?

A

Angioplastia de resgate – transferir o paciente para realização de angioplastia em até 180min

92
Q

IAM com supra: indicações de cirurgia de revascularização

A

-insucesso da angioplastia com instabilidade e/ou grande área em risco
-isquemia recorrente
-arritmias ventriculares complexas (TV)
-choque cardiogênico
-complicações mecânicas

93
Q

IAM com supra: se o tempo de transferencia for>120min, usar trombolítico em paciente com contraindicação?

A

Não - ainda assim transferir pq é a única opção de tratamento

94
Q

IAM com supra: complicações

A

-IC aguda e choque cardiogênico
-Infarto de VD
-pericardite pós-infarto: precoce e tardia
✓P. epistenocárdica
✓Sd. de Dressler
-complicações mecânicas
-complicações elétricas: taqui/bradiarrit.

95
Q

IAM com supra: clínica do infarto de VD

A

Tríade:
-hipotensao arterial
-turgencia jugular (congestão sistêmica)
-asculta pulmonar limpa (congestão pulmonar só em VE)

96
Q

IAM com supra: ECG no infarto de VD

A

-supra em D2, D3 e aVF (parede inf)
+
-supra em V3R e V4R (parede do VD)
-principal artéria acometida: CD

97
Q

IAM com supra: quando pensar no infarto de VD

A

-supra de parede inferior: D2, D3, aVF
-supra de D3>D2 (CD obstruída)
-supra nas derivações direitas: V3R e V4R
-presença de BAV de 2º e 3º graus (CD irriga o nó sinusal)
-presença de BRD
-triade clássica: hipotensão, estase jugular e pulmões limpos

98
Q

IAM com supra: tratamento do infarto de VD

A

-otimizar pré-carga (precisa de volume)
✓Reposição volêmica
✓Evitar nitrato, morfina e outros diuréticos ou vasodilatadores (ex: nitroglicerina)
✓Marcapasso se BAV avançado
-suporte inotrópico: dobutamina
-reduzir pós-carga: vasodilatador arterial (nitroprussiato) se PA normal ou pode usar balão intra-aortico
-reperfusão coronariana (pq tem supra): angioplatia ou fibrinolítico

99
Q

IAM com supra: pericardite epistenocárdica

A

-mais frequente (10%)
-1 a 4 dias após IAM (precoce)
-clinica igual a pericardite
✓Sintomas constitucionais (ex: febre)
✓Dor torácica pleurítica
✓Atrito pericárdico
-ECG: supra difuso de ST acompanhado a infra de PR
-tratamento
✓Analgésicos comuns (paracetamol – evitar AINES) ou colchicina
✓AAS 500mg 4/4h (ótima medicação pq já ta usando pro IAM)

100
Q

IAM com supra: considerações sobre a Síndrome de Dressler

A

-entre 2-12 semanas pós-IAM (tardia)
-natureza autoimune
-clinica = epistenocardica
-ECG com modificações dinâmicas e inespecíficas do ST
-Tratamento = epistenocardica, mas pode usar AINE e corticoides (se após 4s do IAM)

101
Q

IAM com supra: complicações mecânicas

A

-insuficiencia mitral aguda
-ruptura do septo interventricular
-ruptura de parede livre do VE
-aneurisma e pseudoaneurisma

102
Q

IAM com supra: quando suspeitar de complicações mecânicas? Qual exame solicitar?

A

-deterioração clinica e hemodinâmica súbita: EAP, choque cardiogênico
-sopro cardíaco novo

ECO transtorácico

103
Q

IAM com supra: insuficiencia mitral aguda

A

-leve a moderada
-maioria transitória e assintomática
-por ruptura
-ocorre por vários mecanismos: VE dilatou e afastou músculos papilares, musculo papilar mais bobão por isquemia ou:
-ruptura do m. papilar (5%)
✓2 a 7 dias após IAM
✓ +comum no papilar posteromedial (irrigação única pela CD)
✓Tratamento de suporte: balão intraortico , inotrópicos, vasodilatadores (nitroprussiato), diuréticos e cirurgia valvar

104
Q

IAM com supra: ruptura do septo interventricular

A

-3º a 5º dia pós-IAM
-+comum no IAM de parede anterior
-clinica
✓ IC de inicio súbito
✓ Sopro pansistólico na borda esternal esquerda baixa
✓ Tratamento sempre cirúrgico

105
Q

IAM com supra: ruptura de parede livre do VE

A

-5 dias até 2 semanas após IAM
-+comum no IAM de parede anterior ou lateral
-+frequente no VE (7x)
-clínica:
✓ IC aguda
✓ Tamponamento cardíaco (sangue vai para o pericárdio)

Tratamento sempre cirúrgico
106
Q

IAM com supra: aneurisma x pseudoaneurisma de VE

A

-aneurisma: composto por todas as camadas do musculo
-pseudoaneurisma: apenas o pericárdio forma a parede - alto risco de ruptura causando tamponamento
-ambos podem ter trombos e serem focos de arritmias

107
Q

IAM com supra: aneurisma de VE

A

-complicações
✓Tromboembolismo
✓Arritmias ventriculares
✓IC progressiva
-ECG: supra persistente
-tratamento: clinico, porem:
✓Cirurgia precoce: choque cárdio
✓Cirurgia tardia: arritmias e tromboemb mesmo com tto clin.

108
Q

IAM com supra: bradiarritmias

A

-CD irriga nó sinusal em 60% e nó AV em 90%
-DA irriga o His-Purkinje
Concluindo:
-IAM parede inferior: pode ter bloqueio nodal (NSA ou AV) (supra-hissiano)
-IAM parede anterior: bloq infra nodal (infra-hissiano)

109
Q

Situações especiais: angina de Prinzmetal ou vasoespástica: definição

A

-são episódios recorrentes de anginas por vasoespasmo coronariano
-fisiopatologia ligada a redução de NO
-acontece em jovens (princ. mulheres)
-sem fatores de risco tradicionais (exceto tabagismo)

110
Q

Angina de Prinzmetal: clínica

A

-predominio entre 0-6h
-tolerancia ao esforço preservada
-associação com outros fenômenos vasoespasticos (Reynaud e migrânea)
-precipitantes: atividade física e hiperventilação
-FR: tabagismo, cocaína, maconha, anfetaminas e alcool
-as arritmias podem ser ameaçadoras

111
Q

Angina de Prinzmetal: diagnóstico

A

1.episodios súbitos de angina em repouso aliviados com nitrato
2. alterações transitórias no ECG (supra de ST em várias derivações apenas durante o vasoespasmo)
3.evidencia angiográfica de vasoespasmo coronariano espontâneo ou induzido (ergonovina e acetilcolina)

112
Q

Angina de Prinzmetal: tratamento

A

Interrupção do tabagismo
-BCC (1ª linha): diltiazem, anlod.
-nitratos de ação prolongada (2ª linha)
-betabloq pioram o vasoespasmo: bloq os beta e os alfa ficam livres, que se estimulados causam vasoespasmo

113
Q

IAM relacionado ao uso de cocaína - fisiopatologia

A

-alta demanda de O2 pelo coração (pico adrenérgico)
-cocaina induz vasoconstrição
-aterosclerose acelerada por maior agregabilidade plaquetária

114
Q

IAM relacionado ao uso de cocaína: epidemiologia

A

-geralmente após 5 a 6 “carreiras”
-usuarios crônicos ou 1ª vez
-75% ocorre via intranasal
-média 34 anos e maioria homens
-ocorre minutos após o uso ou entre 5 e 15 horas após o uso

115
Q

IAM relacionado ao uso de cocaína

A

-semelhante ao IAM associado ao uso de BDZ (dim ansiedade e pico adrenérgico)
-BB contraindicados na fase aguda