Conteúdos Flashcards

1
Q

Quais os principais fatores de risco para constipação?

A

o Idade avançada;
o Sexo feminino;
o Baixo nível educacional e socioeconômico;
o Sedentarismo;
o Uso de alguns medicamentos (como opióides).

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2
Q

O que é Anismus?

A

Incoordenação do músculo puborretal que não consegue relaxar e consequentemente não
evacua

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3
Q

Como diferenciar a constipação como doença dela como um sintoma?

A
  • Sintoma: duração de até 6 meses;
  • Doença: duração acima de 6 meses.
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4
Q

Quais os critérios de Roma para o diagnóstico de constipação?

A

Pelo menos 2 dos seguintes sintomas nos últimos 3 meses:

  • Menos de 3 evacuações espontâneas por semana;
  • Esforço por mais de 25% das tentativas de defecação;
  • Fezes volumosas ou duras em pelo menos 25% das tentativas de defecação;
  • Sensação de obstrução ou bloqueio anorretal por pelo menos 25% das tentativas de defecação;
  • Sensação de defecação incompleta por pelo menos 25% das tentativas de defecação;
  • Manobra manual necessária para defecar em pelo menos 25% das tentativas de defecação
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5
Q

Quais as características da constipação de trânsito lento?

A
  • Evacuações infrequentes (<1/semana);
  • Não tem vontade de defecar;
  • Resposta pobre à reposição de fibras e laxantes;
  • Mais frequente em mulheres jovens;
  • Geralmente a dor abdominal não predomina.
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6
Q

Quais as características da constipação causada por distúrbios defecatórios?

A
  • Esforço frequente;
  • Evacuação incompleta;
  • Necessidade de manobras manuais para facilitar defecação;
  • Manometria anorretal alterada ou teste de expulsão do balão alterado
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7
Q

Quais as características da constipação comportamental?

A

o Mais comum;
o Sedentário;
o Baixa ingesta de líquidos;
o Dieta inadequada;
o Falta de tempo ou de oportunidade

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8
Q

Quais os principais medicamentos que causam constipação?

A
  • Antidepressivos;
  • Antipsicóticos;
  • Cálcio;
  • Bloqueadores de canal de cálcio;
  • Antiparkinsonianos;
  • Opioides
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9
Q

Quais as principais doenças metabólicas que causam constipação?

A
  • Hipotireoidismo;
  • Diabetes;
  • Insuficiência renal crônica
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10
Q

Quais as principais doenças neuropsiquiátricas que causam constipação?

A
  • Neuropatias;
  • AVC;
  • Depressão;
  • Doença de Parkinson.
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11
Q

Entre os exames para investigação da constipação, quais as características do Tempo de Trânsito Colônico?

A

Ingestão de cápsula com 20 marcadores radiopacos -> RX simples abdômen após 3-5 dias para avaliar se os marcadores ainda estão presentes no cólon (trânsito lento) ou no reto (distúrbio evacuatório). Normal = até 4 marcadores no 5 dia.

  • Se ficar cápsulas apenas no reto = indica que se tem bloqueio evacuatório;
  • Se tiver mais de 5 marcadores espalhados = indica-se tempo de trânsito colônico lento.
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12
Q

Entre os exames para investigação da constipação, quais as características da Defecografia?

A

Pasta contrastada introduzida no reto (paciente ingere 150 ml de bário) -> paciente sentado em uma cadeira sanitária -> estimulado a realizar movimentos de evacuação e continência -> filmados ou fotografados em decúbito lateral durante a defecação.

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13
Q

Entre os exames para investigação da constipação, quais as características da Manometria Anorretal?

A
  • Método objetivo de avaliação do aparelho esfincteriano;
  • Pressão de repouso: 60-70cm, pressão de contração cerca de 120
  • Avalia hipertonia esfincteriana e
    contração paradoxal do m. puborretal (anismus)
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14
Q

Quais as modalidades de tratamento não farmacológico para a constipação?

A
  • Dieta: fibra, líquidos (>1,5L por dia), mastigar bem o alimento, evitar jejum prolongado;
  • Atividade física: caminhadas, corrida, ginástica;
  • Disciplina de horário: responder ao estímulo (Reflexo gastro cólico), frequência matinal
    (Reservar horário).
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15
Q

Entre os incrementados de bolo fecal, quais as características das fibras alimentares?

A

Resistem a digestão e chegam intactas ao cólon, captam água e aumentam
o bolo fecal, diminuem consistência das fezes, distendem a parede do cólon, estimulam um
aumento da motilidade -> metamucil, plantabem, fibras e sementes em geral -> tomar cuidado com idosos porque o intestino já é mais lento

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16
Q

Entre os incrementados de bolo fecal, quais as características dos agentes lubrificantes ou amaciantes? Dica: ação, exemplos, grupos que não devem usar.

A

Não digeridos pelas enzimas, facilitam deslizamento
fecal pelo IG, não devem ser utilizados em idosos e crianças (aspiram), diminuem absorção de
vitaminas lipossolúveis -> óleo mineral

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17
Q

Entre os incrementadores de bolo fecal, quais as características dos laxantes osmóticos? Dica: ação, exemplos.

A

Sequestro de líquidos da corrente sanguínea, fluidificam as fezes,
produção excessiva de gases pela fermentação dos açúcares pelas bactérias intestinais ->
lactulose, sorbitol, maniol, hidróxido de magnésio, PEG

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18
Q

Entre os incrementadores de bolo fecal, quais as características dos laxantes estimulantes? Dica: ação, exemplos.

A

Aumentam a motilidade intestinal, causam discreta inflamação na
mucosa, são absorvidos e excretados na bile, saliva, leite, causam cólicas, taquifilaxia
(aumento de dose), não tem indicação clínica em constipação crônica -> cáscara, sere,
bisacodil, fenolftaleína

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19
Q

Entre os incrementadores de bolo fecal, quais as características da neuroestimulação sacral?

A

Marcapasso com cateter no sacro aumentando peristaltismo dos
pacientes, usado mais para constipação idiopática crônica

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20
Q

Qual a conduta cirúrgica para pacientes com constipação refratária as medidas não farmacológicas e farmacológicas?

A
  • Colectomia total com IRA se não responder a nenhum desses tratamentos;
  • 10% permanecem com constipação, 15% apresentam diarreia mais de 3 episódios por
    dia, 14% apresentam incontinência fecal, 70% com desconforto abdominal;
  • Em geral, faz-se antes a ileostomia para ver se é todo trânsito é realmente lento ou se apenas o colón.
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21
Q

Dentre os ductos da vias biliares, qual a função e localização de cada um?

A
  • Ducto hepático direito e esquerdo: drenam a bile produzida pelo fígado. Em sua junção, há o hilo hepático, onde há o hepático comum;
  • Ducto cístico: é quem drena a vesícula – se une ao ducto hepático comum;
  • Ducto colédoco: é a junção do cístico com o hepático comum – leva a bile até o duodeno;
  • Ampola de Vater (esfíncter de Oddi): é a junção do colédoco com o ducto pancreático principal
    (Wirsung);
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22
Q

Quais os limites e qual a importância do Triângulo de Calot?

A

Importância para a realização da colecistectomia – precisamos identificar a artéria cística.

-Limite superior: borda hepática;
- Limite lateral: ducto cístico;
- Limite medial: ducto hepático comum;
- Conteúdo: artéria cística

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23
Q

Quais são as estruturas que compõe o Hilo Hepático?

A
  • Artéria hepática própria;
  • Artéria gastroduodenal;
  • Artéria hepática direita e esquerda;
  • Veia porta.
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24
Q

Qual o tipo de cálculo mais comum?

A

Mais comum (75%), sendo formado de colesterol - excesso de colesterol em relação à capacidade carreadora.

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25
Q

Quais os fatores de risco para cálculo amarelo?

A

Mulher, estrogênio, idade, obesidade, emagrecimento rápido, drogas
(clofibrato), doença ileais (Crohn, ressecção)

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26
Q

Qual a definição de colelitíase?

A

Cálculo na vesícula biliar

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27
Q

Qual a clínica da Colelitíase?

A
  • Assintomático, na maioria das vezes (85%);
  • Dor em HD com alívio em < 6h -> A dor, muitas vezes, ocorre após refeição com alimentos gordurosos;
  • Mal-estar vago e impreciso
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28
Q

Como é feito o diagnóstico e quais os achados sugestivos de colelitíase?

A

Ultrassonografia de abdômen: padrão-ouro -> Vesícula hipoecoica com imagens hiperecoicas em seu interior, com sombra acústica posterior.

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29
Q

Qual o uso do Raio-X no diagnóstico da Colelitíase?

A

Apenas visualiza cálculos radiopacos e calcificação ou edema da parede da vesícula.

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30
Q

Quais as principais complicações da Colelitíase?

A

o Colecistite aguda;
o Coledocolitíase;
o Pancreatite aguda;
o Colangite;
o Vesícula em porcelana;
o Íleo biliar;
o Síndrome de Bouveret.

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31
Q

Qual o tratamento da Colelitíase e quais as suas indicações?

A
  • Procedimento: Colecistectomia videolaparoscópica (CVL);
  • Sintomático ou com complicação ou história de complicação (pancreatite aguda, colecistite);
  • Assintomático se:
    o Cálculo > 3 cm (> 2,5);
    o Pólipos de vesícula biliar (> 1cm, > 60 anos, + cálculo);
    o Vesícula em porcelana;
    o Anomalia congênita (vesícula dupla);
    o Anemia hemolítica (cálculo preto de bilirrubinato de cálcio);
    o Risco aumentado de pancreatite aguda (por microcálculos)
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32
Q

Qual a definição de Colecistite Aguda?

A

Inflamação/infecção por um cálculo obstruindo a vesícula (impactação no infundíbulo ou ducto cístico) -> vesícula dilatada favorece a formação de isquemia -> inflamação parede vesícula -> translocação bacteriana -> infecção

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33
Q

Qual a clínica da Colecistite Aguda?

A
  • Dor abdominal debaixo do gradil costal direito > 6 horas
  • Anorexia, náusea e vômitos;
  • Febre;
  • Sinal de Murphy: interrupção súbita da inspiração profunda por dor durante a compressão do
    ponto cístico.
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34
Q

O que revela o laboratório da Colecistite Aguda?

A
  • Pouco específico, com leucocitose e aumento de provas inflamatórias
  • Bilirrubina aumentada
    (se mais que 4 mg/dl, suspeitar de coledocolitíase associada)
  • Aumento discreto de FA e AST (TGO) e aumento da amilase sérica.
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35
Q

Quais as características da ultrassonografia de abdômen na Colecistite Aguda?

A
  • Não é o padrão-ouro;
  • Imagem hiperecoica dentro da vesícula, impactada no infundíbulo;
  • Espessamento da parede da vesícula biliar (> 3 cm);
  • Sinal de Murphy ultrassonográfico (dor quando o transdutor está sobre a vesícula).
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36
Q

Qual o exame padrão-ouro para o diagnóstico da Colecistite Aguda?

A

Cintilografia das vias biliares: padrão-ouro - ausência de contraste na vesícula biliar (vesícula não enche pela obstrução).

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37
Q

Quais as medidas gerais no tratamento da Colecistite Aguda?

A
  • Internação;
  • Hidratação venosa;
  • Analgesia;
  • NPO;
  • Antibioticoterapia por 7-10
    dias: Amoxicilina + Clavulanato ou Ceftraxone/Ciprofloxacino + Metronidazol).
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38
Q

Qual o tratamento padrão-ouro para Colecistite Aguda, quando ela deve ser realizada e qual o tratamento alternativo?

A
  • Colecistectomia Videolaparoscópica: ideal < 72 horas, podendo ser feita até 7 dias – tratamento padrão-ouro.
  • Colecistotomia percutânea: em casos de pacientes que não toleram cirurgia (paciente grave) -> precisa intervir drenando, há possível infecção.
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39
Q

De acordo com o Tokyo Guideline, como é feito o diagnóstico da Colecistite Aguda? Dica: suspeita e confirmação.

A
  • A: sinais de inflamação local – Murphy +, dor em QSD, massa;
  • B: sinais de inflamação sistêmica – febre, leucocitose, aumento de PCR;
  • ## C: achados USG;
  • Suspeita diagnóstica: A+B;
  • Confirmação diagnóstica: A+B+C.
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40
Q

De acordo com o Tokyo Guideline, quais são os graus da Colecistite Aguda?

A
  • Grau III (grave): disfunção orgânica (não está restrito as vias biliares) – paciente com
    sepse;
    o Tratamento: conservador até correção da disfunção. Após estabilizar, CVL por cirurgião experiente.
    ——
  • Grau II (moderada): sem disfunção + algum dos achados:
    o Leucocitose > 18.000/mm3;
    o Massa palpável e dolorosa em QSD;
    o Evolução > 72h;
    o Sinais de complicação local;
    o Tratamento: colecistectomia videolaparoscópica em centro especializado
    ————-
  • Grau I (leve): sem critérios para moderado e grave;
    o Tratamento: colecistectomia videolaparoscópica
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41
Q

Qual a definição de Síndrome de Mirizzi?

A

Compressão do ducto hepático comum por um cálculo impactado no infundíbulo ou ducto
cístico -> ao obstruir ducto hepático, obstrui a via biliar principal.

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42
Q

Qual a clínica da Síndrome de Mirizzi?

A
  • Colecistite “crônica” (dor dura mais tempo) + icterícia;
  • Inflamação pode causar fístula entre o infundíbulo e o ducto hepático.
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43
Q

Como é feito o diagnóstico da Síndrome de Mirizzi?

A

Intraoperatório ou CPRE (ideal).

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44
Q

Qual a descrição e tratamento do Tipo I da Síndrome de Mirizzi pela Classificação de CSENDES?

A
  • Descrição: Sem fístula
  • Tratamento: Colecistectomia
    videolaparoscópica
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45
Q

Qual a descrição e tratamento do Tipo II da Síndrome de Mirizzi pela Classificação de CSENDES?

A
  • Descrição: Fístula pega até 1/3 do hepático comum
  • Tratamento: Rafia + dreno de Kehr.
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46
Q

Qual a descrição e tratamento do Tipo III da Síndrome de Mirizzi pela Classificação de CSENDES?

A
  • Descrição: Fístula pega até 2/3 do hepático comum
  • Tratamento: Coledocoplastia.
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47
Q

Qual a descrição e tratamento do Tipo IV da Síndrome de Mirizzi pela Classificação de CSENDES?

A
  • Descrição: Fístula pega toda a circunferência do hepático comum
  • Tratamento: Coledocoplastia ou biliodigestiva.
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48
Q

Qual a definição de Coledocolitíase?

A

Presença de cálculo no colédoco.

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49
Q

Quais os tipos de Coledocolitíase?

A
  • Primária: cálculo tem origem no colédoco, cálculo marrom (concentração de bilirrubinato de
    cálcio), < 5% dos casos;
  • Secundária: cálculo tem origem na vesícula e vai para o colédoco, cálculo amarelo (cálculo de
    colesterol), > 90% dos casos.
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50
Q

Qual a clínica da Coledocolitíase?

A

o Assintomático (50%);
o Icterícia flutuante/intermitente: ao obstruir o colédoco (cálculo se movimenta e bile escoa ->
melhor a icterícia);
o Acolia e colúria;
o Dor do tipo biliar, idêntica à dor da colelitíase sintomática: dor no quadrante superior direito
e/ou epigástrio, contínua, <6h;
o Prurido não é frequente;
o Vesícula escleroatrófica, sendo impalpável.

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51
Q

Como pode se manifestar o laboratório da Coledocolitíase?

A
  • Hiperbilirrubinemia (a custa de direta - entre 2–5 mg/dl);
  • FA > 150;
  • Transaminases > 100
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52
Q

Na investigação da Coledocolitíase, quais são os preditores de Alto risco e qual a conduta diante deles?

A

Preditores:
- USG identificando o cálculo
- Colangite associada
- Icterícia flutuante, colúria, episódios de acolia fecal
- BT > 4mg/dL + colédoco dilatado na USG.

Conduta: CPRE.

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53
Q

Na investigação da Coledocolitíase, quais são os preditores de Médio risco e qual a conduta diante deles?

A

Preditores:
- Alterações laboratoriais
(transaminases, hiperbilirrubinemia,
aumento FA)
- Idade > 55 anos
- Colédoco dilatado ≥ 5 mm à USG.

Conduta: ColângioRM ou USG endoscópica.

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54
Q

Na investigação da Coledocolitíase, quais são os preditores de Baixo risco e qual a conduta diante deles?

A

Nenhum preditor.
Conduta: CVL com colangiografia transoperatória.

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55
Q

Qual a diferença entre Coledocolitíase Residual e Primária?

A

o Residual: se coledocolitíase até 2 anos após a CVL;
o Primária: se coledocolitíase após 2 anos da CVL.

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56
Q

Qual a definição de Colangite Aguda?

A

Infecção bacteriana das vias biliares.

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57
Q

Qual a fisiopatologia da Colangite Aguda?

A

o Obstrução das vias biliares + infecção;
o Coledocolitíase (60%), tumores ou estenoses são caracterizadas as obstruções das vias biliares.

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58
Q

Qual é a Tríade de Charcot da Colelitíase?

A

Dor abdominal + Icterícia + Febre

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59
Q

Qual o tratamento da Tríade de Charcot?

A

Tratamento empírico com antibiótico:
- Opção 1: Ampicilina Sulbactam 3g EV 6/6h por 7-10 dias;
- Opção 2: Metronidazol 500mg EV 8/8h + Ceftriaxona 2g EV de 24/24h por 7-10 dias;
- Opção 3: Metronidazol 500mg EV 8/8h + Ciprofloxacino 400mg EV de 12/12h por 7-10 dias.

+ Drenagem das vias biliares eletiva

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60
Q

O que é a Pêntade de Reynolds?

A

Febre com calafrios + icterícia + dor abdominal + queda do sensório + hipotensão

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61
Q

Qual o tratamento da Pêntade de Reynolds?

A

Tratamento empírico com antibiótico:
- Opção 1: Ampicilina Sulbactam 3g EV 6/6h por 7-10 dias;
- Opção 2: Metronidazol 500mg EV 8/8h + Ceftriaxona 2g EV de 24/24h por 7-10 dias;
- Opção 3: Metronidazol 500mg EV 8/8h + Ciprofloxacino 400mg EV de 12/12h por 7-10 dias.

+ Drenagem das vias biliares imediata, de urgência

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62
Q

Quais os critérios diagnósticos da Colangite Aguda do Tokyo Guideline?

A
  • A: sinais de inflamação sistêmica – febre (> 38), leucocitose, aumento de PCR, BT < 4 ou > 10;
  • B: colestase – icterícia, alteração de função hepática (TGO, TGP, FA ou Gama-GT);
  • C: imagem – dilatação ou evidência de obstrução (cálculo, tumor, estenose);
  • Suspeita diagnóstica: A+B ou C;
  • Confirmação diagnóstica: A+B+C
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63
Q

Quais as características e conduta da Colangite Grau III de Tokyo?

A

Disfunção orgânica (não está restrito as vias biliares).
o Tratamento: ATB + drenagem de emergência.

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64
Q

Quais as características e conduta da Colangite Grau II de Tokyo?

A

Sem disfunção + ≥ 2 dos achados:
o Leucocitose > 12.000/mm3 ou < 4.000/mm3;
o Febre > 39ºC;
o Idade ≥ 75 anos;
o Hiperbilirrubinemia: BT ≥ 5mg/dL;
o Hipoalbuminemia;

o Tratamento: ATB + drenagem de urgência.

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65
Q

Quais as características e conduta da Colangite Grau I de Tokyo?

A

Sem critérios para moderado e grave – só a Tríade de Charcot.

o Tratamento: ATB e aguardar a evolução + drenagem se refratário.

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66
Q

Quais os tipos de drenagem que podem ser utilizadas na Colangite Aguda?

A
  • Se a colangite sabidamente se deve à colelitíase complicada por coledocolitíase: usar a papilotomia endoscópica (CPRE) para descompressão do trato biliar;
  • A drenagem biliar trans-hepática percutânea (CTP) é uma alternativa de desobstrução biliar, simples e relativamente segura - A CTP preferida na suspeita de obstruções mais proximais;
  • Na impossibilidade de se conseguir uma descompressão endoscópica
    (CPRE) ou trans-hepática percutânea (CTP), deve-se optar pela cirurgia (coledocotomia) sem demora.
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67
Q

Que estruturas formam o Tronco Celíaco?

A
  • Artéria hepática comum
  • Artéria esplênica
  • Artéria gástrica esquerda
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68
Q

Qual a definição de Pancreatite Aguda?

A

Autodigestão pancreática por suas enzimas -> processo inflamatório se inicia pela lesão das células acinares, que passam a liberar enzimas pancreáticas ativas para o interstício

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69
Q

Qual a principal etiologia da Pancreatite Aguda?

A

Litíase biliar (mais comum) -> normalmente pedra não encalha ali, passa para o duodeno e vai embora (cálculos < 5mm)

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70
Q

Qual é a clínica da pancreatite aguda?

A

o Dor continua “em faixa” -> irradia para o dorso;
o Náuseas e vômitos;
o Icterícia leve -> pedra não fica impactada (normalmente é por edema da cabeça do pâncreas).

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71
Q

Quais são os principais sinais semiológicos da pancreatite aguda?

A

Sinais semiológicos: não são patognomônicos, são causados por hemorragia retroperitoneal
-> indicam maior gravidade do quadro de pancreatite;

o Sinal de Cullen: equimose periumbilical;
o Sinal de Grey Turner: equimose em flancos.

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72
Q

Como é feito o diagnóstico da Pancreatite Aguda?

A

1- Dor abdominal fortemente sugestiva de pancreatite aguda (em faixa);
2- Aumento das enzimas pancreáticas (amilase/lipase) ≥ 3x a normalidade;
3- Exames de imagem característicos.

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73
Q

Quais as características da Amilase e Lipase no laboratório da Pancreatite Aguda?

A
  • Amilase: volta ao normal mais rápido -> em 3 a 5 dias (valor normal até 160U/L);
  • Lipase: volta ao normal em 7 a 14 dias (valor normal até 140U/L), sendo melhor por
    ficar positiva por mais tempo e é mais específica
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74
Q

Qual é o exame inicial para avaliar pancreatite aguda?

A

USG - identificando litíase biliar/avaliar via biliar -> não vê bem pâncreas.

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75
Q

Qual é o exame definitivo para avaliar Pancreatite Aguda e quando deve ser feito?

A

TC com contraste - diferenciando entre edematosa, intersticial ou
necrosante.

É utilizada após ≥ 72 horas de evolução do caso, contudo é utilizada de forma
imediata em casos graves, piora rápida dos sintomas ou dúvida.

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76
Q

Qual exame devemos solicitar na suspeita de microlitíase nos casos de Pancreatite Aguda?

A

USG endoscópica

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77
Q

Quais os tipos de classificação tomográfica da Pancreatite Aguda? Dica: nomes, duração, aspecto tomográfico.

A

Edematosa: captação homogênea do contraste (80% dos casos);
* Curso autolimitado em 3–7 dias.

Necrosante: captação heterogênea do contraste (bolha de sabão: gás na necrose, infectada =
ponto preto na imagem);
* Quadro sistêmico grave e uma evolução de 3–6 semanas.

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78
Q

Quais são os critérios de Ranson da chegada na Pancreatite Aguda? Dica: são 5 parâmetros.

A
  • Leucocitose = > 16.000
  • Enzimas = TGO > 250
  • Glicose = > 200
  • Age = > 55 anos
  • LDH = > 350
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79
Q

Quais são os critérios de Ranson das primeiras 48h na Pancreatite Aguda? Dica: são 6 parâmetros.

A

Fluidos sequestrados = perda de > 6L
Excesso de base = mais negativo que -4,0
Cálcio sérico = < 8
Hematócrito caiu = 10% de queda
O2 = PaO2 < 60
Ureia = aumento de 10.

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80
Q

Quais são os critérios de Atlanta para avaliação de Pancreatite Aguda?

A

Pancreatite leve:
* 80-90% dos casos;
* Geralmente edematosa;
* Não tem falência orgânica nem complicações locais ou sistêmicas;

o Pancreatite moderada:
* Falência orgânica transitória (< 48h) +/- complicações locais e/ou a distância;

o Pancreatite grave:
* Geralmente necrosante;
* Falência orgânica persistente ≥ 48h de duração.

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81
Q

Quais as medidas gerais de tratamento do paciente com Pancreatite Aguda?

A
  • Internação;
  • Dieta zero (NPO) por período curto;
  • Hidratação (preferência por solução cristaloide – Ringer Lactato corrige cálcio) e
    controle eletrolítico (principalmente o cálcio – queda é muito comum);
  • Analgesia com opioide (preferência por meperidina)
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82
Q

Como deve ser a dieta inicial do paciente com Pancreatite Aguda?

A
  • < 30% VCT em lipídios;
  • Preferir a VO: PA leve, sem dor = dentro de 24-72h;
  • Cateter NG/NJ: se não tolerou a VO;
  • NPT: se não tolerou enteral.
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83
Q

Qual o tratamento cirúrgico da Pancreatite biliar leve?

A

Colecistectomia por vídeo antes da alta

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84
Q

Qual o tratamento da Pancreatite Biliar Grave +/- Colangite?

A

CPRE (primeiras 72h) + Papilotomia via EDA
imediata.
Depois de 6 semanas, realizar colecistectomia – prioridade é descomprimir
a via biliar.

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85
Q

Quais as complicações locais da Pancreatite Edematosa? Dica: < 4 semanas e > 4 semanas.

A
  • ≤ 4 semanas: coleção fluida aguda peripancreática, sendo reabsorvida
    espontaneamente;
  • > 4 semanas: Pseudocisto, sendo regredido espontaneamente.
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86
Q

Quais as complicações locais da Pancreatite Necrosante? Dica: < 4 semanas e > 4 semanas.

A
  • ≤ 4 semanas: coleção necrótica aguda intra e/ou extrapancreática, sendo reabsorvida
    espontaneamente;
  • > 4 semanas: coleção necrótica organizada (WON), sendo reabsorvida
    espontaneamente.
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87
Q

Qual a definição do Pseudocisto após Pancreatite Aguda?

A

Coleção líquida intra ou peripancreática não infectada, envolvida por uma cápsula de fibrose e tecido de granulação, que se manteve ou se instalou após quatro semanas do início do quadro.

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88
Q

Quando devemos intervir nos casos do Pseudocisto após Pancreatite Aguda?

A

Compressão de estruturas (principalmente o estômago);
- Plenitude pós-prandial;
- Náuseas, vômitos e anorexia;

o Ruptura;
o Hemorragia por pseudoaneurisma

Conduta: drenagem por via endoscópica.

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89
Q

Como identificar infecção da Necrose após Pancreatite Aguda e qual a conduta?

A

Infecção (necrose infectada – gás na TC).

  • Passo 1: Iniciar Imipeném (resolutivo em 40% dos
    casos);
  • Passo 2: ATB não resolveu: drenagem endoscópica (encapsulado) ou percutânea (solto) -> resolve em até 80% dos casos;
  • Passo 3: Cirurgia (Necrosectomia): anteriores não resolveram.
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90
Q

Qual a definição do Tumor de Klatskin?

A

Colangiocarcinoma proximal ou hilar

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91
Q

Qual a clínica do Tumor de Klatskin?

A
  • Icterícia colestática (90%)+ perda de peso + vesícula murcha (dilatação intra-hepática);
  • Bilirrubina total > 10;
  • Anorexia
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92
Q

Qual a Classificação de Bismuth-Corlette para o Tumor de Klatskin?

A
  • Bismuth I: estenose antes da junção dos hepáticos > 2cm;
  • Bismuth II: estenose antes da junção dos hepáticos < 2cm mas sem pegar a junção;
  • Bismuth III: estenose ultrapassando a junção dos hepáticos, pegando o lobo hepático direito (3A) ou esquerdo (3B);
  • Bismuth IV: estenose ultrapassando a junção dos hepáticos, pegando parênquima hepático.
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93
Q

Qual a o tratamento de cada tipo da Classificação de Bismuth-Corlette para o Tumor de Klatskin?

A
  • Bismuth I: colecistectomia +
    hepaticojejunostomia em Y de Roux;
  • Bismuth II:colecistectomia + hepaticojejunostomia em Y de Roux;
  • Bismuth III: colecistectomia + hepaticojejunostomia em Y de Roux + lobectomia
    hepática;
  • Bismuth IV: colecistectomia + hepaticojejunostomia em Y de Roux + lobectomia
    hepática.
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94
Q

Quais os pólipos considerados de risco na vesícula biliar?

A

o Pólipo + cálculo,
o Idade > 60 anos;
o Tamanho > 1cm;
o Crescimento documentado na USG;
o Quantidade: no caso de múltiplos pólipos, existe a indicação de retirada;
o Localização: fundo da vesícula

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95
Q

Quais os fatores de risco para Câncer de Vesícula Biliar?

A

o Colelitíase;
o Vesícula em porcelana;
o Colangite esclerosante;
o Cistos de vias biliares.

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96
Q

Qual o estadiamento e tratamento do Câncer de Vesícula Biliar?

A

T1 (muscular) -> colecistectomia convencional;

o T2 -> colecistectomia estendida (+ IVb e V do leito hepático) – Cirurgia de Fain;

o T3 e T4 -> colecistectomia radical (vesícula + IV a e b, V, VI, VII e VIII do leito hepático = hepatectomia direita);

o Sem resposta a terapia adjuvante

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97
Q

Sobre as lesões iatrogênicas da Via Biliar, qual o tratamento quando no intraoperatório?

A
  • Ducto principal:
    o < 30%: Dreno de Kehr;
    o > 30%: Biliodigestiva;
  • Ducto secundário:
    o < 3mm: ligadura;
    o > 3mm: Biliodigestiva
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98
Q

Sobre as lesões iatrogênicas da Via Biliar, qual o tratamento quando no pós-operatório?

A
  • Fístula ducto cístico: drenagem percutânea + CPRE;
  • Fístula ducto principal: drenagem transepática percutânea + biliodigestiva
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99
Q

Qual a definição de Derrame Pleural?

A

Acúmulo anormal de líquido no espaço pleural (membrana de tecido
conjuntivo que recobrem superfície do pulmão interna e externamente = pequena quantidade é normal e necessária para uma pleura deslizar sobre a outra).

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100
Q

Qual a diferença de Pleura Parietal e Pleura Visceral?

A
  • Pleura parietal: reveste superfície interna a caixa torácica, diafragma e porção interna do mediastino -> com terminações nervosas (sensibilidade dolorosa);
  • Pleura visceral: reveste intimamente superfície externa pulmonar -> não tem terminações nervosas
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101
Q

Qual é a terceira lei de LaPlace?

A
  • Pressão no interior do brônquio = +5
  • Pressão pulmonar
    (pleural) -5 (sempre proporcional).
  • Quando o diafragma contrai torna-se ainda mais negativa a pressão pleural -15
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102
Q

Como é o exame físico do paciente com Derrame Pleural?

A

o Inspeção: expansibilidade reduzida e Sinal de Lemos-Torres (abaulamento expiratório do espaço intercostal);
o Palpação: frêmito tóraco-vocal reduzido/abolido;
o Percussão: som maciço/submaciço;
o Ausculta: murmúrio vesicular reduzido/abolido e egofonia (som anasalado).

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103
Q

Quais as características da incidência em PA na avaliação do Derrame Pleural?

A

o Visualiza melhor derrames volumosos (> 200ml);
o Velamento dos seios costofrênicos (início do acúmulo de líquido);
o Parábola de Damoiuseau (meia-lua) - opacidade em formato de parábola
(borda côncava) -> contorna as bases pulmonares.

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104
Q

Quais as características da incidência lateral na avaliação do Derrame Pleural?

A

Vê derrames de pequena monta;
o Velamento (obliteração) do seio costofrênico posterior.

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105
Q

Quais as características da incidência Laurell na avaliação do Derrame Pleural?

A

Decúbito lateral direito, quando paciente deita, liquido escorre e fica na porção inferior da imagem - vê derrames de pequena monta, sinais de fibrose e possibilidade de toracocentese (precisa ter 1cm para ser com segurança).

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106
Q

Qual o principal uso e achados da USG no Derrame Pleural?

A

o USG: usada principalmente para guiar toracocentese;
* Sinal do Quadrado (imagem reverbera na costela e forma sobras delimitando quadrado, com interior hipoecoico representando líquido);
* Sinal do Sinusoide (modo M do ultrassom = mostra aproximação das pleuras alteradas).

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107
Q

Como deve ser realizada a coleta da toracocentese diagnóstica?

A

Agulha com jelco 14/16 na borda superior da costela inferior do espaço intercostal (geralmente ½ espaços do limite do derrame), pois logo abaixo da costela há vasos e nervos – faço isso para evitar hemorragia e lesão nervosa.

o O procedimento é realizado sob anestesia local, na subtotalidade dos casos,
obedecendo ao cuidado técnico de puncionarmos o paciente sentado e tendo como referência anatômica a linha axilar posterior, logo abaixo da ponta do omoplata.

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108
Q

Quando dizemos que um líquido é puncionável no Derrame Pleural?

A

Lâmina de líquido >1cm de espessura (incidência de Laurell)

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109
Q

Quais são contraindicações relativas da toracocentese?

A

Diagnóstico clínico evidente, derrame de pequeno volume
(< 1cm em decúbito lateral), distúrbio de coagulação, ventilação mecânica.

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110
Q

Quais os Critérios de Light para Exsudato?

A

≥ 1 critério = exsudato;

  • Proteína do líquido pleura l/ sérica > 0,5;
  • LDH do líquido pleural/ sérica > 0,6;
  • LDH do líquido pleural > 2/3 LSN sérico (> 200).
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111
Q

Quais as características do líquido do transudato?

A

Extravasamento de apenas líquido para espaço pleural.

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112
Q

Quais são as principais etiologias de Transudato?

A

o Síndrome nefrótica;
o Cirrose hepática;
o Urinotórax;
o Diálise peritoneal;
o Mixedema (divergência na literatura);
o Obstrução da cava superior (divergência na literatura);
o ICC – causa mais comum de derrame pleural

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113
Q

Quando devemos fazer toracocentese diagnóstica em pacientes com ICC?

A

§ Acúmulo unilateral;
§ Tamanho discrepante;
§ Febre;
§ Dor pleurítica.

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114
Q

Quais as características do líquido do exsudato?

A

Extravasamento de líquido e proteínas (> 3,5) para espaço pleural.

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115
Q

Quais as principais etiologias de exsudato?

A

o Doenças infecciosas – tuberculose e parapneumônico;
o Doenças reumatológicas - AR = glicose < 40mg/dL;
o Pancreatite aguda/rotura esofágica: aumento de amilase;
o Câncer: sanguinolento/citologia oncótica + (divergência na literatura);
o TEP (divergência na literatura);
o Sarcoidose avançada (divergência na literatura);
o Quilotórax: leitoso, aumento de triglicerídeos

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116
Q

Quais são as principais suspeitas diagnósticas que indicam a biópsia pleural na presença de derrame?

A

Tuberculose e Neoplasia

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117
Q

Qual a definição de Hidrotórax hepático?

A

Migração do líquido de ascite para o tórax através de pequenos defeitos no diafragma com ou sem ascite presente no abdômen.

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118
Q

Qual o tratamento de Hidrotórax hepático?

A

Tratar a ascite -> NÃO drenar (paracentese);
o Toracocentese na região axilar com colocação de cateteres finos;
o Cateter totalmente implantável no 2° espaço intercostal para aspiração intermitente;
o Pleuroscopia com pleurodese.

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119
Q

Qual é uma alternativa de tratamento de derrame pleural neoplásico ou com muitas recidivas?

A

Pleurodese: obliteração da cavidade pleural, por aderências entre a pleura
visceral e a pleura parietal (química ou cirúrgica) = obliterar pleura com substância irritativa, como talco.

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120
Q

Qual a definição de quilotórax?

A

o Vazamento de linfa no espaço pleural;
o Aspecto turvo e leitoso;
o Alta concentração de gordura (triglicerídeos >110 mg/ml) e rico em linfócitos.

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121
Q

Qual a etiologia do Quilotórax?

A

Causado por ruptura do ducto torácico (por neoplasia, cirurgia, linfadenectomia, punção da subclávia) -> extravasamento de linfa.

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122
Q

Qual o tratamento do Quilotórax?

A
  • Clínico: falha em 48% dos casos;
  • Drenagem do derrame
  • Nutrição parenteral total (NPT) ou dieta pobre em gordura com suplementação de triglicerídeos de cadeia
    média.
  • Cirúrgico (definitivo): em caso de falha do tratamento clínico;
  • Ligadura do ducto torácico (vídeo ou toracotomia);
  • Embolização do ducto torácico (radiologia intervencionista).
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123
Q

Qual a definição de Derrame Pleural Parapneumônico?

A

Derrame pleural que surge no contexto de uma pneumonia -> inflamação do parênquima pulmonar se estende até a pleura.

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124
Q

Qual a definição de derrame parapneumônico complicado?

A
  • Líquido secundário ao processo inflamatório E bactérias (processo infeccioso) -> basta 1 critério para ser complicado;
  • pH: < 7,0 - 7,2 -> importante;
  • Glicose < 40-60mg/dL;
  • LDH > 1000;
  • Bactérias ao gram -> importante;
  • Derrame purulento (empiema).
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125
Q

Qual o tratamento do Derrame Parapneumônico Simples?

A
  • Resolver pneumonia: seguir tratamento da pneumonia;
  • Drenagem pleural não indicada - exceções: aumento progressivo de volume, desenvolvimento
    de loculações, piora clínica ou laboratorial.
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126
Q

Qual a definição de empiema?

A

Líquido pleural purulento no seu aspecto macroscópico ou na presença de bactérias por Gram (S. pneumoniae, Klebsiella, S. aureus, S. pyogenes ou anaeróbios).

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127
Q

Quais as manifestações clínicas do Empiema?

A

o Queda do estado geral;
o Febre persistente;
o Leucocitose com desvio à esquerda;
o Dispneia e dor torácica;
o Calafrios e suores noturnos.

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128
Q

Quais as 3 fases clínicas evolutivas do Empiema?

A

1- Fase exsudativa
2- Fase fibrinopurulenta
3- Fase de organização

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129
Q

Quais as características da Fase Exsudativa do Empiema? Dica: líquido, septações, níveis de glicose/LDH/pH, mobilidade pulmonar e pleural.

A

Líquido claro e sem septações - rápido acúmulo de líquido estéril como resposta à reação inflamatória pleural, com níveis de glicose, desidrogenase láctica DHL) e pH ainda dentro dos limites da normalidade, a mobilidade pulmonar e da pleura visceral estão preservadas.

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130
Q

Quais as características da Fase Fibrinopurulenta do Empiema? Dica: líquido, septações/organização, mobilidade pulmonar e pleural.

A

Subaguda – a partir a 2ª semana: líquido purulento e com fibrina, que se organiza em traves de fibrose, formando septações na pleura (lojas no espaço pleural que não possuem comunicação entre si).

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131
Q

Quais as características da Fase de Organização do Empiema? Dica: líquido, septações/organização, mobilidade pulmonar e pleural.

A

Fibrose de toda a pleura, pulmão envolto em carapaça de fibrose e não consigo expandir pleura (impede a reexpansão pulmonar).

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132
Q

Que fatores podem contribuir para a cronificação do Empiema?

A

Retardo no diagnóstico ou terapêutica, drenagem
inadequada, reinfecção continuada (fístula), presença de corpo estranho, infecção inespecífica, reexpansão incompleta (por obstrução brônquica, consolidação do parênquima ou doença intrínseca do parênquima).

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133
Q

Quais as funções da ecografia no diagnóstico do derrame pleural?

A
  • Identifica derrames muito pequenos;
  • Diferencia transudatos de exsudatos, lesões sólidas de líquidos, líquido livre de
    loculado e abscesso de empiema;
  • Avalia espaços subfrênicos adjacentes;
  • Guia toracocentese ou drenagem.
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134
Q

Qual o exame de imagem padrão-ouro na avaliação do Empiema?

A

TC tórax com contraste

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135
Q

Qual o tratamento antimicrobiano para o Empiema?

A

Preciso cobrir aeróbios e anaeróbios –
cuidado em pneumonias hospitalares.

Exemplos:
* Amoxilina-Clavulanato
* Ampicilina/sulbactam; ou
* Piperazilina/tazobactam; OU
* Carbapenêmicos em monoterapia (imipenem ou meropenem); OU
* Cefalosporinas 3ª/4ª geração + clindamicia (ou metronidazol + oxacilina)

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136
Q

Como é feita a remoção do líquido do Empiema na Fase Exsudativa?

A

Toracostomia em selo d’água (drenagem fechada), com o
dreno introduzido às cegas no espaço pleural, na maioria das vezes sob anestesia local -> 4º ou 5º espaço intercostal junto à linha axilar média. Manter o dreno até drenagem < 50ml/dia e reexpansão pulmonar total.

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137
Q

Como é feita a remoção do líquido do Empiema na Fase Fibrinopurulenta?

A

o Fibrinolítico como TPA ou
mucolítica como DNAse por dreno na pleura OU VATS com pleuroscopia (quebro manualmente as traves de fibrose + drenagem);
o Avaliação por TC obrigatória;
o Fisioterapia respiratória;
o TC pós-operatória para monitorar evolução;

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138
Q

Como é feita a remoção do líquido do Empiema na Fase de Organização?

A

Decorticação (VATS ou aberta) e/ou pleurostomia
(drenagem pleural aberta = com comunicação com o meio externo).

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139
Q

Como deve ser a pré-medicação antes da drenagem torácica?

A
  • A analgesia deve ser sempre realizada antes do procedimento (ex.: Morfina 2 mg EV imediatamente antes);
  • Pode-se realizar sedação (Midazolam 1-2 mg).
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140
Q

Qual deve ser a avaliação anatômica antes da inserção do dreno de tórax?

A
  • Anatomia: Lateral – “triângulo de segurança”:
  • Borda lateral do músculo peitoral maior (anteriormente);
  • Porção lateral do grande dorsal (lateral);
  • Base axilar (superiormente);
  • Quinto espaço intercostal (inferiormente);
  • Punção de descompressão torácica é realizada no quinto espaço intercostal, na linha axilar média do lado acometido;
  • Inserção sempre acima do arco costal para se evitar lesão ao feixe neurovascular intercostal.
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141
Q

Quais são contraindicações relativas a drenagem de tórax?

A
  • Distúrbio de coagulação (INR > 1,5; plaquetas < 150.000);
  • Anticoagulação;
  • Pequenos volumes de líquido (janelas < 10 mm).
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142
Q

Qual deve ser o posicionamento do paciente para a drenagem torácica?

A
  • No leito, em posição semirrecumbente, ligeiramente rotado com o braço do lado acometido abduzido (atrás da cabeça) ou, ainda, sobre o quadril;
  • Decúbito lateral com exposição do lado acometido e flexão dos braços;
  • Sentado no leito, apoiando-se anteriormente sobre uma mesa (drenagem posterior);
  • Decúbito dorsal com braços estendidos (para a inserção de drenos anteriores).
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143
Q

Como escolher o tamanho do dreno para drenagem torácica?

A

Drenos de menor calibre (8-14 Fr):
* Primeira linha de tratamento para pneumotórax e derrames pleurais fluidos;
* Maior taxa de obstrução, deslocamento, acotovelamento;
* Eventualmente necessário o regime de desobstrução do dreno de forma regular, principalmente em empiemas.

Drenos de maior calibre (> 14 Fr):
* Permitem maior fluxo, principalmente em pneumotórax com escape aéreo persistentemente elevado (principalmente em pós-operatório de cirurgia torácica);
* Hemotórax (maior risco de obstrução).

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144
Q

Como deve ser feita a anestesia antes da inserção do dreno de tórax?

A
  • No sítio de inserção do dreno (incluindo pele, periósteo e pleura);
  • Considerar o bloqueio dos nervos intercostais próximos ao dreno como medida analgésica adicional;
  • O periósteo e a pleura são os pontos mais dolorosos;
  • Lidocaína 1%, até a dose de 3 mg/kg, sem epinefrina (5 mg/kg com epinefrina).
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145
Q

Como deve ser fixado o dreno de tórax?

A

Deve-se fixar bem o dreno à pele (subcutâneo) do paciente com fio não absorvível e calibroso (0-0 a 2-0) – seda, algodão, polipropileno, nylon, poliéster.

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146
Q

Quando podemos retirar o dreno de tórax?

A
  • Light, 2013: Débito < 50 mL/dia, coloração amarelo translúcida:
  • Ausência de fuga aérea por 24-48 horas;
  • Após retirada do dreno, observar quadro por 24 horas.
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147
Q

Qual deve ser o esquema antibiótico para os quadros agudos de Empiema?

A

Tratamento por 14 a 21 dias.
* Streptococcus pneumoniae ou Streptococcus pyogenes. Escolha uma das opções a seguir:
* Cefotaxima (500 mg/Fa) 1 g EV a cada 8 horas. Diluir em 50-100 mL de SF 0,9%;
* Ceftriaxona (1 g/Fa) 2 g EV a cada 24 horas. Diluir em 50-100 mL de SF 0,9%.

Se H. influenzae: Ceftriaxona (1 g/Fa) 2 g EV a cada 24 horas;

Se suspeita de S. aureus sensível à meticilina: Oxacilina (500 mg/Fa) 2 g EV de 4/4 horas.

Se suspeita de S. aureus resistente à meticilina: Escolha uma das seguintes opções:
* Vancomicina (500-1.000 mg/Fa) 15-20 mg/kg EV a cada 8 ou 12 horas;
* Linezolida (2 mg/mL) 600 mg EV a cada 12 horas.

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148
Q

Qual deve ser o esquema antibiótico para os quadros subagudos e crônicos de Empiema?

A

I. Clindamicina 450-900 mg EV a cada 8 horas.
+
II. Ceftriaxona (1 g/Fa) 2 g EV a cada 24 horas.

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149
Q

Quais são os principais fatores de risco para os pólipos intestinais evoluírem para neoplasia colorretal?

A
  • Tamanho: > 2cm;
  • Histologia: Viloso;
  • Displasia: alto grau.
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150
Q

Qual é a epidemiologia do Câncer Colorretal no Brasil?

A
  • Homens: terceiro câncer mais comum;
  • Mulher: segundo câncer mais comum;
  • Incidência: Porto Alegre > RS > Brasil.
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151
Q

Quais os fatores de risco para o Câncer Colorretal?

A
  • Idade (idoso);
  • História Familiar;
  • Doença Inflamatória Intestinal - displasia epitelial que surge na parede colônica;
  • Tabagismo;
  • Alcoolismo;
  • Histologia +;
  • Obesidade + resistência a insulina;
  • Dietas ricas em calorias e gorduras de origem animal e/ou carboidratos refinados.
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152
Q

Quais os fatores de proteção para a Neoplasia Colorretal?

A
  • Consumo de frutas e vegetais (5x ao dia) – cólon distal, benefício não observado em tumores proximais;
  • Exercícios físicos e controle da obesidade;
  • AAS e AINE;
  • Terapia de reposição hormonal.
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153
Q

Quais as principais características da Polipose Adenomatosa Familiar (PAF)? Dica: distúrbio, gene, localização dos pólipos, associação, risco de câncer.

A
  • Distúrbio autossômico dominante;
  • Presença do gene APC mutante (história familiar) – não consegue inibir crescimento tumoral;
  • Pólipos adenomatosos em todo o cólon e o reto (> 100);
  • Doença começa na adolescência com o aparecimento de alguns poucos pólipos, e, com o passar dos anos, estes se desenvolvem às centenas ou milhares na luz do intestino grosso, causando sintomas como diarreia e sangramento retal,
  • Presença de retinite pigmentosa;
  • Risco de Câncer Colorretal = 100% até os 40 anos.
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154
Q

Quais a conduta diante da Polipose Adenomatosa Familiar (PAF)? Dica: procedimento profilático e rastreamento.

A

Tratamento: protocolectomia profilática para todos os pacientes com a doença, assim que ela for detectada, idealmente antes dos 20 anos e após a infância;
* Procedimento preferido: Colectomia total + anastomose ileoanal, com bolsa ileal.

  • Rastreamento: colonoscopia anual a partir de 10-12 anos até os 35-40 anos (3/3 anos após).
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155
Q

O que é a Síndrome de Lynch e quais são as mutações associadas a ela?

A

Desordem autossômica dominante parecida com PAF, mas não apresenta a grande quantidade de pólipos > aumenta a chance de neoplasia em outras localizações.

  • Mutações: MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2
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156
Q

Quais os Critérios de Amsterdã Modificados para Neoplasia Colorretal?

A
  • CA cólon ou outro associado (endométrio, ureter);
  • Pacientes desenvolvem CA colorretal numa idade precoce (média 35–45 anos), quase sempre no cólon direito ou ceco;
  • Três ou mais familiares (pelo menos 1 de 1º grau) com história do câncer;
    o ≥ 1 caso antes dos 50 anos;
    o Acometer duas gerações consecutivas;
    o Não associado à polipose hereditária;
  • Tipos:
    o Tipo 1: somente CA colorretal;
    o Tipo 2: CA colorretal + ginecológicos (endométrio, ovário)
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157
Q

Quando deve ser feito o rastreamento para Câncer Colorretal nos pacientes com Síndrome de Lynch?

A

Colonoscopia a cada 2 anos a partir dos 20 anos de idade. Após os 35 anos, o rastreamento deve ser anual.

  • A partir de 30–35 anos de idade também existe indicação de EDA a cada 2–3 anos, para rastreio de câncer gástrico;
  • Em mulheres, está recomendado realizar anualmente curetagem a vácuo, USG transvaginal e dosagem de CA-125 a partir dos 25 anos para rastreio dos cânceres de endométrio e de ovário.
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158
Q

Qual o principal sintoma de alarme para o Câncer Colorretal?

A

Sangramento nas fezes

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159
Q

Qual o segundo sintoma de mais comum para o Câncer Colorretal?

A

Alteração do hábito intestinal (mudança do padrão intestinal por 6 meses, diminuição do calibre das fezes.

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160
Q

Quais os sintomas do Câncer Colorretal que acomete o Cólon Direito (ascendente, ceco)?

A
  • Anemia ferropriva, sangue oculto nas fezes, sangramentos, massa palpável;
  • Adenocarcinoma do tipo polipoide;
  • Câncer de cólon direito cresce para fora -> massa palpável + anemia (+ comum em mulheres).
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161
Q

Quais os sintomas do Câncer Colorretal que acomete o Cólon Esquerdo (descendente, sigmoide)?

A
  • Alteração do hábito intestinal (diarreia/constipação), obstrução;
  • Adenocarcinoma do tipo lesão anular constritiva;
  • Câncer de cólon esquerdo cresce de forma constritiva
    -> sangramento + alteração do colón distal.
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162
Q

Quais os sintomas do Câncer de Reto?

A

Hematoquezia (mais comum), tenesmo, constipação.

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163
Q

Como é feito o diagnóstico do Câncer Colorretal?

A

Colonoscopia (tumor sincrônico) + biópsia.

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164
Q

Como deve ser feito o rastreamento do Câncer Colorretal?

A
  • Geral: ≥ 50 anos (ACS: 45 anos) com colonoscopia a cada 10 anos até 75 anos (máximo 85);
  • A colonoscopia é o exame de maior sensibilidade (quase 100%) para detectar pólipos ou cânceres colorretais -> diminui em 90x a incidência de câncer de intestino grosso e consequentemente de mortalidade.
  • Situações especiais:
    o Esporádico + história familiar: ≥ 40 anos ou 10 anos antes da idade do familiar acometido (o
    que for mais cedo) com colonoscopia a cada 10 anos;
    o Polipomatose Adenomatosa Familiar: a partir dos 10-12 anos com colonoscopia anual;
    o Síndrome de Lynch: a partir dos 21-40 anos com colonoscopia a cada 2 anos, após 35 = anual;

o Doença Inflamatória Intestinal:
* Gravidade da doença sem tratamento e tempo de duração prolongada;
* Iniciar o rastreamento de neoplasia após 8-10 anos do diagnóstico.

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165
Q

Quais são os principais sítios de metástase do Câncer Colorretal e forma de disseminação para esses locais?

A

o Através da parede do intestino até a gordura pericolônica e mesentério, invadindo órgãos adjacentes;
o Através dos linfáticos para os linfonodos regionais;
o Através da veia porta para o fígado (principal sítio de metástases);
o Para toda a cavidade peritoneal, para os pulmões e ossos.

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166
Q

Como deve ser feito o estadiamento do Câncer Colón?

A

o Avaliação da neoplasia: Colonoscopia com biópsia (tipo histológico);
* Se colonoscopia incompleta faz-se tomografia com reconstrução do colón
(colonoscopia virtual);
o TC de abdome e pelve: metástase hepática e linfonodos;
o TC de tórax: solicitar se CEA > 10ng/ml – pode ser sugestivo de metástase pulmonar;
o Cintilografia óssea: solicita apenas se outros sintomas sugestivos de metástase.

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167
Q

Como deve ser feito o estadiamento do Câncer de reto?

A

Avaliar mesorreto (T/N) – drenagem linfática do reto se dá pelo mesorreto;
* RM;
* USG endoscópica transretal - profundidade de invasão do tumor na parede retal e o
envolvimento de linfonodos do mesorreto = estadiamento clínico mais confiável (planejamento cirúrgico).

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168
Q

Qual o valor do CEA no Câncer Colorretal?

A
  • Não é diagnóstico – avalia prognóstico e acompanhamento;
  • A quantificação pré-operatória tem valor prognóstico - valores acima de 10 ng/ml geralmente indicam doença avançada;
  • Em caso de tumores malignos esse antígeno está aumentado e deve reduzir pós-cirurgia de retirada da neoplasia;
  • 40% dos pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso têm CEA normal (pouco sensível e específico para tumor primário), mas é muito útil para metástase (quase sempre está alterado quando tem doença metastática -> ele dobra a cada 60 dias na presença de metástase).
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169
Q

Qual o tratamento cirúrgico do Câncer de Cólon e Reto Alto?

A

Ressecção com margem (mínimo 5cm) e anastomose primária + linfadenectomia
(pelo menos 12 linfonodos);
o Mesmo nos casos de metástases a distância, o tumor colônico deve ser
ressecado, para evitar complicações abdominais futuras, como obstrução ou perfuração.

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170
Q

Qual o tratamento adjuvante do Câncer de Cólon e Reto Alto e quando ele deve ser feito?

A

Exemplos: anti-angiogênicos (bevacizumab), quimioterapia oral (capecitabina);

o T3 (extensão a subserosa e gordura pericólica ou perirretal) e T4 (invasão de
estruturas adjacentes);
o N+ ou insuficiente;
o Pouco diferenciado;
o Perfuração;
o Obstrução;
o Margens comprometidas.

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171
Q

Qual deve ser o tipo de cirurgia e ligadura vascular nos casos de tumores no ceco e cólon ascendente?

A

Hemicolectomia direita + ileotransverso anastomose.

Artérias ileocólica + cólica direita + raiz da artéria mesentérica superior + ramo direito da artéria cólica média.

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172
Q

Qual deve ser o tipo de cirurgia e ligadura vascular nos casos de tumores em flexura hepática e na metade direita do cólon transverso?

A

Hemicolectomia direita ampliada + ileotransverso anastomose

Artérias ileocólica e cólica direita, raiz da artéria mesentérica superior, e o ramo direito da artéria cólica média.

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173
Q

Qual deve ser o tipo de cirurgia e ligadura vascular nos casos de tumores na porção média do cólon
transverso?

A
  • Transversectomia + considerar ressecção
    do estômago.
  • Ligadura da artéria cólica média em sua
    raiz.
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174
Q

Qual deve ser o tipo de cirurgia e ligadura vascular nos casos de tumores da metade esquerda do cólon
transverso e da flexura esplênica?

A

Ressecção da metade esquerda do cólon transverso, quase toda a metade direita e o cólon descendente

Ligadura das artérias cólica média e cólica esquerda, veia mesentérica inferior.

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175
Q

Qual deve ser o tipo de cirurgia e ligadura vascular nos casos de tumores da metade esquerda do cólon descendente?

A

Hemicolectomia esquerda + anastomose entre o cólon transverso e o reto alto

Artéria mesentérica inferior em sua origem na aorta e em seu trajeto por trás do pâncreas.

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176
Q

Qual deve ser o tipo de cirurgia e ligadura vascular nos casos de tumores localizados no sigmoide?

A

Ressecção do cólon sigmoide
(sigmoidectomia) + anastomose entre o cólon descendente e a porção superior do reto.

Ramos sigmoides da artéria mesentérica inferior.

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177
Q

Como deve ser o tratamento cirúrgico dos tumores de Reto médio/baixo?

A
  • Margem de 2cm se reto baixo – tenta poupar esfíncter;
  • Excisão total do mesorreto (ETM);
  • Ressecção anterior do reto (RAR) – em tumor que não acomete esfíncter;
    o Acesso abdominal + excisão total mesorreto + anastomose colorretal;
  • Acomete esfincter: ressecção abdominoperineal ou Miles (RAP): ressecção
    abominoperineal + excisão total do mesorreto + colostomia definitiva;
  • Reto médio (entre 10 e 5 cm do ânus): prefere-se fazer cirurgia de Hartmann = retossigmoidectomia, fechamento do coto anorretal e criação de uma colostomia terminal
    (colostomia provisória para deixar que anastomose cicatrize após a ressecção da
    neoplasia de reto para posteriormente desfazer a colostomia);
  • Reto baixo (menos de 5 cm do ânus): grande risco de precisar de colostomia definitiva.
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178
Q

Quais as características da neoadjuvância nos tumores de reto?

A

QT/RT para reduzir tamanho tumoral -> RT não tem efeito em sobrevida, mas tem diminuição da recidiva local);
o Indicações: T3/T4 ou N+ (invade mesorreto);
o Localmente avançado: invade esfíncter (reto baixo), circunferencial, invasão
linfovascular;
o Objetivo: Downstage + cirurgia = reduzir o tamanho da lesão para poder fazer
cirurgia poupadora de esfíncter;
§ Mesmo com involução completa da lesão, tradicional é que a cirurgia
continua sendo indicada.

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179
Q

O que diz o Opera Trial em relação a Total Neoadjuvant Therapy dos tumores de reto?

A

o NEO QT/RT com resposta clínica completa: conduta de watch and wait – acompanhar a evolução do paciente (faz-se exames de imagem frequentes por pelo menos 2 anos);
o Feito principalmente em para pacientes com alto risco cirúrgico ou paciente com alto risco de precisar realizar colostomia de forma permanente.

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180
Q

Quais as contra-indicações a ressecção de metástase hepática?

A

o Doença extra-hepática extensa e irressecável;
o Acometimento da artéria hepática ou veia porta;
o Acometimento das 3 veias hepáticas ou vias biliares;
o Child B ou C;
o Volume residual insuficiente: 20-30%: saudável, 30-40%: após QT e 40-50%: cirrótico Child A.

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181
Q

Como realizar o tratamento cirúrgico da doença metastática?

A

≤ 4 lesões: cirurgia (metastasectomia);
o Tendência de se fazer QT para todos;
o Cirurgia Clássica: cólon e depois fígado -> lesão muito grande, risco para obstrução, sangramento;
o Cirurgia Reversa: fígado e depois cólon -> lesão pequena, sem risco
obstrutivo.

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182
Q

Como fazer o acompanhamento após tratamento do paciente com Neoplasia Colorretal?

A

o Dosagem do CEA: a cada 3–6 meses por 2 anos, depois, a cada 6 meses até completar 5 anos -> aumento do CEA maior do que 10 ng/dl ou duas elevações persistentes normalmente indicam recidiva;

o Colonoscopia: após um ano. Se negativa, repetir em três anos e, depois, a cada cinco anos.

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183
Q

Na abordagem do paciente vítima de trauma, qual deve ser a ordem de atendimento?

A

o A: Airway;
o B: Breathing;
o C: Circulation;
o D: Disability;
o E: Exposition e Environment.

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184
Q

Na avaliação da via aérea (item A) do paciente vítima de trauma, como deve ser feita a ordem da conduta?

A

1- Colar cervical e coxins
2- Falar com paciente (Qual o seu nome? O que aconteceu?)
3- Inspeção da boca – aspiração de vômitos, acúmulo de saliva e sangue e remoção de corpos estranhos, identificação de fraturas
4- Oxímetro
5- Paciente consciente – máscara de oxigênio complementar (10 a 15 L/min). | Paciente inconsciente: manobras de Chin Lift e Jaw Thrust + guedel (tamanho: asa do nariz até o lóbulo da orelha) ou tubo nasofaringeo (não deve ser tentado em doentes com suspeita ou possível lesão de placa cribiforme.

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185
Q

Na avaliação da via aérea do paciente vítima de trauma, como deve ser feita a proteção da coluna e por que ela é feita?

A

1) Proteção da coluna com colar cervical + prancha/coxins:
* Movimentações intempestivas do pescoço podem comprometer de forma fatal medula espinal alta;
* Prancha rígida e coxins -> garantir a fixação da cabeça ao transportar -> colar cervical sozinho permite certa movimentação da cabeça.

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186
Q

Na avaliação da via aérea (item A) do paciente vítima de trauma, quando devemos indicar via aérea artificial?

A
  • Apneia: sem drive respiratório para usar ar da máscara;
  • Proteção da VA: evitar broncoaspiração, paciente que está vomitando, sangue;
  • TCE grave: Glasgow ≤ 8;
  • Comprometimento iminente de vias aéreas: lesão por inalação, fraturas faciais,
    convulsões reentrantes;
  • Incapacidade de manter oxigenação com máscara - exemplo: muita dor.
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187
Q

Quais as opções de VA artificiais?

A
  • Preferencial: Intubação Orotraqueal (IOT)
  • E se não posso ou não consigo IOT: “O crico” eu faço? Cricoitireoidostomia cirúrgica: melhor por ser definitiva - obs: Cricotireoidostomia por PUNÇÃO em geral, é feita quando criança < 12 anos e se não sei fazer crico cirúrgica (mas é temporária);
    o Alternativas: máscara laríngea, combitubo (mas são temporários)
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188
Q

Na avaliação inicial do paciente vítima de trauma, qual a ordem de procedimentos do item B (Breathing)?

A

1- Inspeção do tórax
2- Palpação do tórax -> observar distensão das veias jugulares, posição da traqueia, esforço respiratório, FR, assimetria dos movimentos respiratórios e crepitações na palpação. Atenção para agitação do paciente e alteração no nível de consciência;
3- Percussão;
4- Ausculta pulmonar.

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189
Q

Qual a fisiopatologia do Pneumotórax Hipertensivo?

A
  • Clássica: ar sai do espaço alveolar para o espaço pleural (entra e não consegue sair) = lesão em “saco de papel”;
  • Etiologia diversa: mais comum trauma torácico fechado que penetrante -> colapso do pulmão ipsilateral a lesão.
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190
Q

Qual a clínica do Pneumotórax Hipertensivo?

A
  • Desvio de traqueia (contralateral);
  • Desvio de mediastino: dificulta retorno venoso e gera diminuição do débito
    cardíaco (bola de ar empurra);
  • Turgência jugular: vasos da base “dobram” ao serem empurrados pelo ar;
  • Percussão: timpanismo/hipertimpanismo (ar preenche hemitórax),
  • Ausculta: diminuído ou MV abolido;
  • Hipotensão: vasos dobrados impedem sangue = choque OBSTRUTIVO.
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191
Q

Como é feito o diagnóstico do Pneumotórax Hipertensivo?

A

CLÍNICO – na prática até pode pedir Raio-X

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192
Q

Qual é a conduta imediata do Pneumotórax Hipertensivo?

A

Toracocentese de alívio;
* Criança: 2º EIC na linha hemiclavicular;
* Adultos: 4º/5º EIC, entre as linhas axilares anterior e média.

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193
Q

Qual é a conduta definitiva do Pneumotórax Hipertensivo?

A

Toracostomia com dreno em selo d’água;
* Entre as linhas axilares anterior e média.

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194
Q

Qual a fisiopatologia do Pneumotórax aberto?

A

Trauma penetrante no tórax;
* Ar prefere entrar pelo buraco e não pela via aérea;
* Buraco maior que via aérea do paciente = orifício > 2/3 do diâmetro da traqueia
-> leva paciente a insuficiência respiratória.

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195
Q

Qual a conduta temporária do Pneumotórax aberto?

A

Curativo em 3 pontas (quando paciente inspira, ar não consegue entrar; quando paciente expira, ar consegue sair).

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196
Q

Qual a conduta definitiva do Pneumotórax aberto?

A

Toracostomia com dreno em selo d’água + fechamento;
* Entre as linhas axilares anterior e média.

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197
Q

Qual a definição de pneumotórax simples?

A

o Todo aquele pneumotórax que não apresenta desvio do mediastino;
o Decorrente tanto de trauma penetrante como fechado
o Pneumotórax pequeno = perda do parênquima inferior a 1/3 do volume do pulmão;
o Drenagem intercostal (toracostomia) em selo d’água é recomendada no 5º espaço intercostal - não para todos.

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198
Q

Quando drenar o Pneumotórax Simples?

A
  • Se for simples E pequeno (20 a 30%) = não precisa drenar, ele reabsorve
    espontaneamente -> MAS, em situações em que aumenta pressão intratorácica, drenar mesmo sendo simples e pequeno;
    o Transporte aéreo;
    o Paciente intubado que recebe ventilação mecânica.
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199
Q

Na avaliação inicial do paciente vítima de trauma, qual a ordem de procedimentos do item C (Circulation)?

A

1- Buscar hemorragias externas – compressão
2- Verificar sinais de choque (pulso, FC, extremidades e PA, HGT)
3- 2 acessos venosos (abocath 18) – realizar TP/KTTP, plaquetas, provas cruzadas, tipagem sanguínea, fator Rh, B-HCG
4- Ringer lactato aquecido a 37-40 graus (1-2L)
5- Inspeção do períneo
6- Sonda vesical (controle da diurese - 0,5ml/kg/h)
7- Sonda nasogástrica (reduzir a distensão gástrica, diminuir os riscos da aspiração e avaliar a presença de hemorragia do TGI alto)
8- Monitor cardíaco
9- Ausculta cardíaca
10- Inspeção, ausculta, percussão e palpação do abdômen - observar marcas, hematomas e distensão do abdômen, sangue pode provocar perda dos RHA, sinais de irritação peritoneal durante a palpação
11- Palpação da pelve.

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200
Q

Quais são casos em que a sonda vesical é contraindicada no item C?

A

Contraindicada nos casos em que se suspeita de LESÃO URETRAL =
- Sangue no meato uretral
- Equimose perineal
- Deslocamento cranial da
próstata ou ela não é palpável ao toque retal).

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201
Q

Quais são casos em que a sonda nasogástrica é contraindicada no item C?

A

Caso haja fraturas ou mesmo suspeita de fratura da placa crivosa, a sonda gástrica deve ser passada por via oral:
 Olhos de guaxinim;
 Equimose retroauricular;
 Rinorreia ou otorreia.

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202
Q

Quais são casos em que se suspeita de fratura de pelve no item C?

A

Sinais de fratura: hipotensão inexplicável, ruptura de uretra, tamanhos diferentes dos MI, deformidade rotacional da perna sem fratura.

Um lençol, cinta pélvica ou outro dispositivo pode ser aplicado no nível dos trocânteres maiores dos fêmures para se estabilizar a pelve instável.

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203
Q

Quais a principal causa e características do choque cardiogênico na avaliação inicial do paciente no item C (Circulation)?

A

Coração não consegue bombear sangue TAMPONAMENTO: turgência jugular, hipofonese de bulhas e hipotensão arterial = Tríade de Beck.

CONTUSÃO – arritmias, dor pré-cordial, alterações enzimáticas e no ECG.

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204
Q

Quais a principal causa e características do choque séptico na avaliação inicial do paciente no item C (Circulation)?

A

Causado por infecção

Ao exame:
- Extremidades aquecidas
- Febre
- Tempo após o trauma

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205
Q

Quais a principal causa e características do choque neurogênico na avaliação inicial do paciente no item C (Circulation)?

A

Causa: uma lesão medular cervical ou torácica alta.

Sinais:
- Hipotensão sem taquicardia
- Sem pulso fino
- Perda do tônus esfincteriano
- Ereção

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206
Q

Quais a principal causa e características do choque obstrutivo na avaliação inicial do paciente no item C (Circulation)?

A

PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO – ar no espaço pleural causando colapso pulmonar.

Exame:
- Hipertimpanismo e ausência de MV
- Turgência jugular, desvio da traqueia e desvio do mediastino
- Dispneia e taquipneia
- Enfisema subcutâneo

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207
Q

Quais a principal causa e características do choque hipovolêmico na avaliação inicial do paciente no item C (Circulation)?

A

Hemorragia.

O insucesso no restabelecimento da
perfusão orgânica com a reposição volêmica sugere a presença de hemorragia contínua ou de choque neurogênico.

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208
Q

Qual a definição do Hemotórax?

A

Ocorre na vasculatura pulmonar (de baixa pressão) -> lesão por trauma penetrante em território de baixa pressão = sangramento em geral autolimitado

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209
Q

Qual a clínica do Hemotórax?

A
  • Jugular colabada: sangue todo no tórax;
  • Percussão: maciça -> principal forma de diferenciar do pneumotórax;
  • MV: diminuído;
  • Hipotensão: choque hipovolêmico
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210
Q

Qual a conduta do Hemotórax?

A

Lesão vascular em território de baixa pressão = não preciso abrir;
- Toracostomia com dreno em selo d’água +/- autotransfusão -> tira sangue e bombinha no dreno joga de volta para bolsa e paciente.

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211
Q

Quais a condições que preciso partir para Toracotomia do Hemotórax?

A

Hemotórax maciço;

o Drenagem imediata de 1500mL -> indicação de lesão vascular grande;
o Paciente que não para de sangrar -> mantém drenagem de 200mL/h durante 2 a 4h;
o Necessidade persistente de transfusão -> não é sangramento autolimitado = sugestão de lesão complexa

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212
Q

Em relação a classificação do Choque Hipovolêmico no paciente vítima de trauma, quais as características do Choque Grau I? Dica: perda polêmica e fluido de reposição.

A

Grau I: PA normal e FC normal.
o Perda volêmica pequena < 750ml;
o Fluido: cristaloide.

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213
Q

Em relação a classificação do Choque Hipovolêmico no paciente vítima de trauma, quais as características do Choque Grau II? Dica: perda polêmica e fluido de reposição.

A

Grau II: PA normal e FC ≥ 100.
o Perda volêmica ≥ 15% ou ≥ 750ml (e < 1500ml);
o Fluido: cristaloide.

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214
Q

Em relação a classificação do Choque Hipovolêmico no paciente vítima de trauma, quais as características do Choque Grau III? Dica: perda polêmica e fluido de reposição.

A

PA hipotenso e FC ≥ 120.
o Perda volêmica ≥ 30% ou ≥ 1500ml (e < 2000ml);
o Fluido: cristaloide + sangue

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215
Q

Em relação a classificação do Choque Hipovolêmico no paciente vítima de trauma, quais as características do Choque Grau IV? Dica: perda polêmica e fluido de reposição.

A

PA hipotenso e FC ≥ 140.
o Perda volêmica ≥ 40% ou ≥ 2000ml;
o Fluido: cristaloide + protocolo de transfusão maciça (mesma proporção hemácias, fator de coagulação/plasma e plaquetas).

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216
Q

Como calcular o Índice de Choque?

A

FC / PA sistólica -> SI > 0,9 = PTM.

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217
Q

Quais as características do Ácido Tranexâmico no paciente vítima de Trauma?

A

Feito apenas se paciente tem sangramento não compressível e perda volêmica pelo menos Grau III (FC > 120 e PAs < 90mmHg);

  • 1g IV (até 3h após trauma) + 1g ao longo de 8h.
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218
Q

Quais os parâmetros da escala de Coma de Glasgow?

A

ABERTURA OCULAR
- Espontânea 4
- A estimulo verbal 3
- A estimulo doloroso 2
- Sem resposta 1

RESPOSTA VERBAL
- Orientado 5
- Confuso 4
- Palavras inapropriadas 3
- Sons incompreensíveis 2
- Sem resposta 1

MELHOR RESPOSTA MOTORA
- Obedece aos comandos 6
- Localiza dor 5
- Flexão normal (retirada) 4
- Flexão anormal (decorticação) 3
- Extensão (descerebração) 2
- Sem resposta (flacidez) 1

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219
Q

Como é feita a classificação do TCE de acordo com a Escala de Coma de Glasgow?

A

o TCE leve: Pontuação de 13 a 15 na ECG;
o TCE moderado: Pontuação de 9 a 12 na ECG;
o TCE grave: Pontuação de 3 a 8 na ECG.

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220
Q

Na avaliação primária do trauma, como conduzir no item E (Exposição e ambiente)?

A

o Exposição: despir vítima dos pés a cabeça para examinar rapidamente;
o Prevenção da hipotermia: sala aquecida e cobertores térmicos;
o Rolar vítima em bloco: quando der.

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221
Q

No trauma abdominal, qual o principal órgão lesado no trauma contuso?

A

Baço

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222
Q

No trauma abdominal, qual o principal órgão lesado no trauma penetrante?

A
  • Fogo: Delgado (50%) > Cólon > Fígado;
  • Branco: Fígado (maioria da população é destra) > Delgado > Diafragma.
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223
Q

Em relação a investigação de trauma abdominal, quais a características da TC com contraste?

A
  • EXIGE: estabilidade hemodinâmica;
  • Melhor exame: capaz de avaliar conteúdo da cavidade peritoneal e retroperitônio
    (principalmente do trauma contuso);
  • Não avalia bem: vísceras ocas e o Diafragma.
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224
Q

Em relação a investigação de trauma abdominal, quais a características do lavado peritoneal?

A
  • Praticamente não se usa mais
  • Utilizado em: pacientes não responsivos (TCE, intoxicação) e/ou hipotensos sem causa aparente
  • Método: aspira por cateter no abdômen do paciente - Se vier sangue: aspirado positivo.
  • Paciente instável e lavado (+): laparotomia;
  • Paciente estável e lavado (+): tomografia
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225
Q

Em relação a investigação de trauma abdominal, quais a características do FAST?

A

Aplicabilidade: vem substituindo o lavado – é para ser feito dentro da sala de trauma = avalia líquido livre (+ sangue);
o Positivo quando ele detecta uma lâmina preta entre duas estruturas ->
presença de líquido livre rechaçando as estruturas adjacentes. Janelas:
- Subxifoide
- Hepatorenal
- Esplenorenal
- Supra-púbica.

Conduta:
o Paciente instável e FAST (+): laparotomia;
o Paciente estável e FAST (+): tomografia

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226
Q

Em relação a investigação de trauma abdominal, quais a características da videolaparoscopia?

A
  • EXIGE: estabilidade hemodinâmica;
  • Grande indicação: trauma penetrante em Transição Toracoabdominal.
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227
Q

No trauma de abdome, qual a definição de cirúrgico e o que fazer nesses casos?

A
  • Trauma penetrante: Choque, Peritonite ou Evisceração;
  • Trauma contuso: Peritonite (explodiu alça – cocô ou muito sangramento),
    Retropneumoperitônio, Pneumoperitônio.

Conduta: laparotomia imediata

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228
Q

No trauma de abdome, qual a conduta diante de abdômen não cirúrgico por arma de fogo?

A
  • Face anterior do abdome: 90-98% dos pacientes tem indicação de laparotomia;
  • Flanco e dorso e paciente estável: TC
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229
Q

No trauma de abdome, qual a conduta diante de abdômen não cirúrgico por arma branca?

A

Face anterior: quem decide é o cirurgião (fluxograma);
* Exploração local/digital da ferida;
* Exame clínico seriado;
* Exame de imagem.

Flanco e dorso e paciente estável: TC

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230
Q

No trauma de abdome, qual a conduta diante de abdômen não cirúrgico causado por lesão contusa?

A

Instabilidade: avaliar gravidade do trauma;
* Politrauma: tem lesão no abdome? Fazer FAST -> Fast
positivo? LAPAROTOMIA
* Não é politrauma: só tem lesão no abdome
(distensão/escoriação) = não precisa fazer exame, se só tem uma lesão a instabilidade vem dela -> LAPAROTOMIA;

  • Estabilidade: TC de abdome com contraste +/- FAST antes
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231
Q

Diante do trauma de abdome, quais os critérios que permitem uma conduta conservadora?

A
  • Abdômen não pode ser cirúrgico: nem contuso, nem penetrante;
  • Critérios: estabilidade hemodinâmica, consciente e SEM intoxicação (drogas e álcool – exame passa a não ser confiável);
  • Condições de observação/intervenção: hospital, médico, TC, angiografia com embolização
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232
Q

Quando podemos ter uma conduta conservadora no trauma de baço?

A

Se paciente apresenta extravasamento de contraste (Blush) ou pseudoaneurisma + lesões com sangramento ativo na TC = considerar
arteriografia + angioembolização;

o Se paciente não tem lesões com sangramento ativo, sem extravasamento nem choque = observação.

o Critérios:
§ Estabilidade hemodinâmica;
§ Exame abdominal negativo para irritação peritoneal;
§ Ausência de indicações precisas para laparotomia;
§ Ausência de condições que aumentam risco de sangramento
(coagulopatias, uso de anticoagulantes e insuficiência hepatocelular
crônica);
§ Lesões esplênicas graus I a III -> lesão vascular, independentemente
do comprometimento do parênquima, resulta em graus IV e V (não pode tentar).

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233
Q

Quando podemos ter uma conduta conservadora no trauma de fígado?

A

Se paciente apresenta extravasamento de contraste (para dentro do parênquima) ou pseudoaneurisma = considerar arteriografia +
angioembolização.

Conduta cirúrgica:
o Instabilidade hemodinâmica ou falha no conservador;
o 2/3 dos Graus IV e V de lesão (alto grau) pode tentar o conservador, mas
provavelmente irá falhar

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234
Q

Se o trauma hepático evoluir com sangramento, qual a manobra inicial?

A

Manobra de Pringle: clampeamento do Ligamento
Hepatoduodenal -> Colédoco, Artéria Hepática e Veia Porta

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235
Q

Quais são as fraturas mais comuns da pelve?

A
  • Reduzem a luz da pelve = sangram pouco (mas podem lesar vísceras);
  • Fraturas decorrentes de forças laterais (60-70%) e verticais (5-15%).
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236
Q

Quais são as fraturas que mais sangram no trauma e seus vasos responsáveis?

A

Fratura em Livro Aberto;
* Compressão anteroposterior (15-20%) -> maior esgarçamento dos ligamentos e dos vasos do plexo sacro -> hemorragia para o retroperitônio;
* Provoca choque e sangramento venoso (maioria pega Plexo);

  • Vasos:
    o Plexo Venoso Posterior: 85%
    Ramos da artéria ilíaca.
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237
Q

Quais os achados mais comuns e conduta diante de trauma de pelve?

A

o Achados comuns:
* Equimoses em região pélvica;
* Instabilidade hemodinâmica;
* Discrepância no tamanho de membros inferiores;
* Um dos membros em rotação lateral;
* Sinais clínicos de lesões nas vísceras pélvicas (uretrorragia, metrorragia e
sangramento retal);
o Conduta inicial:
* Sangramento venoso é mais facilmente compressível do que o arterial;
* Comprime amarrando a pelve para parar o sangramento;
o Precisa ocorrer ao nível do trocânter maior do fêmur;
o Pode ser feito com lençol;
* Não melhorou? Instável? FAST -> faz imagem de sangue intraperitoneal (FAST +)?
o Sim: Laparotomia

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238
Q

Quais as características da cirurgia para controle de danos?

A

Serve para evitar a Tríade Mortal = Hipotermia, coagulopatia e acidose;

o Cirurgia inicial: BREVE -> reanimação em UTI -> reoperação planejada (48-72h);
* Envolve laparotomia abreviada, com controle vascular rápido somado a ressecção de ou sutura de lesões orgânicas

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239
Q

Quais as características da Síndrome Compartimental Abdominal?

A

Características:
* PIA ≥ 12mmHg (algumas sociedades colocam como PIA ≥ 21mmHg);
* Preciso ter evidência de lesão de órgãos: Hipotensão, insuficiência respiratória
(diafragma não baixa), oligúria (comprime vasos), hipertensão intracraniana;

o Diagnóstico: aferição da pressão infravesical em pelo menos 3 ocasiões diferentes distando entre si de quatro a seis horas;

o Conduta:
* Considerar: valores de PIA, presença de disfunção de órgãos e a PPA;
* Manejos gerais:
o Redução do volume intra-abdominal -> drenagem de coleções intra- abdominais, paracentese (se ascite);
o Evacuação do conteúdo intra-abdominal;
o Descompressão da bexiga com sondagem;
o Sondagem nasogástrica e endoanal;
o Medidas para melhorar a complacência da parede abdominal: controle da dor, sedação, relaxamento e VM, posição supina (elevação da cabeceira em 20º piora pressão intra-abdominal);
o Reposição volêmica cuidadosa;
o Analgesia, sedação, bloqueio, acerto da VM

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240
Q

Qual a conduta cirúrgica no trauma de delgado?

A
  • Rafia primária: se < 50% da circunferência;
  • Ressecção + anastomose: > 50% da circunferência.
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241
Q

Qual a conduta cirúrgica no trauma de intestino grosso?

A

Rafia primária: se < 50% da circunferência e leve;
* Ressecção + anastomose: > 50% da circunferência e + grave;
* Colostomia ou controle de danos: ++++ grave, > 50% da circunferência, instabilidade
hemodinâmica, > 4-6 concentrados de hemácias, abordagem tardia (>4-
6h)/contaminação com peritonite.

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242
Q

Quais são as principais causas não cirúrgicas de abdome agudo?

A
  • Causas endócrinas metabólicas: uremia, crise diabética, crise addisoniana, porfiria aguda intermitente, febre hereditária do mediterrâneo;
  • Causas hematológicas: crise falciforme, leucemia aguda;
  • Toxinas e drogas: envenenamento por chumbo, intoxicações por outros metais pesados, abstinência narcótica, envenenamento por aranha viúva negra.
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243
Q

Quais as principais causas de abdômen agudo hemorrágico?

A

o Trauma de órgãos sólidos;
o Vazamento ou ruptura de aneurisma arterial;
o Gravidez ectópica rota;
o Divertículo gastrointestinal com sangramento;
o Malformação arteriovenosa do trato gastrointestinal;
o Ulceração intestinal;
o Fístula aortoduodenal após enxerto vascular aórtico;
o Pancreatite hemorrágica;
o Síndrome de Mallory-Weiss;
o Ruptura espontânea do baço.

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244
Q

Quais as principais causas de abdômen agudo obstrutivo?

A

o Obstrução do intestino delgado/grosso relacionado à aderência;
o Volvo de sigmóide;
o Volvo cecal;
o Hérnias encarceradas;
o Doença intestinal inflamatória;
o Neoplasia maligna gastrointestinal;
o Intussuscepção (no adulto, sempre pensar em tumor)

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245
Q

Quais as principais causas de abdômen agudo perturbativo?

A

o Úlcera gastrointestinal perfurada;
o Câncer gastrointestinal perfurado;
o Síndrome de Boerhaave;
o Divertículo perfurado

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246
Q

Quais as principais causas de abdômen agudo isquêmico?

A

o Doença de Buerger;
o Trombose/embolia mesentérica;
o Torção ovariana;
o Colite isquêmica;
o Torção testicular;
o Hérnias estranguladas

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247
Q

Quais as principais causas de abdômen agudo infeccioso?

A

o Apendicite;
o Colecistite;
o Divertículo de Meckel;
o Abscesso hepático;
o Abscesso diverticular;
o Abscesso do psoas.

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248
Q

Quais as causas mais comuns de abdômen agudo na gestação?

A

o Apendicite aguda (muda a posição conforme o crescimento da gestação);
o Doenças na via biliar (tentar escolher 2o trimestre);
o Obstrução intestinal.

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249
Q

Quais são os principais exames laboratoriais que devemos solicitar nos casos de abdômen agudo na emergência?

A

o Hemograma;
o Eletrólitos, uréia, creatinina;
o EQU;
o β- HCG;
o Amilase, lipase;
o Transaminases;
o Fosfatase alcalina;
o Lactato

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250
Q

Quais as características principais da USG para avaliação de abdômen agudo?

A
  • Ótimo exame para vesícula biliar;
  • É o primeiro exame de apêndice, mesmo em adultos, mas se não for visualizado então indica-se a TC;
  • Exame padrão-ouro para avaliar a vesícula biliar;
  • Nunca pedir para os pacientes com obstrução (gás acaba com a possibilidade de enxergar).
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251
Q

Quais as características principais da TC para avaliação de abdômen agudo?

A

o Suspeita de pneumoperitônio;
o Presença de obstrução intestinal;
o Abdômen agudo inflamatório (apendicite, diverticulite);
o Ruptura de aneurisma de aorta abdominal;
o Coleções intra-abdominais ou pélvicas (+ drenagem guiada);
o Pancreatite ou massa pancreática;
o Cálculo renal;
o Sangramento gastrointestinal.

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252
Q

Qual a fisiopatologia da Apendicite Aguda?

A

o Inicia-se, principalmente, com uma obstrução da luz do apêndice;
* Causas: fecálito (pequeno agregado de fezes endurecidas), hiperplasia linfoide (importante causa em crianças), neoplasia, áscaris, corpo estranho;
o Com a obstrução em alça fechada, a secreção luminal que se acumula leva a distensão do órgão e ao supercrescimento bacteriano (inflamação) -> Peritônio visceral, ao sofrer distensão, gera dor inespecífica e não localizada (fibras desmielinizadas);
* Aumento da pressão intraluminal e a distensão do órgão comprometem não só o retorno venoso, mas também o suprimento arterial -> estes eventos resultam em um estado de isquemia que pode evoluir para necrose e perfuração.

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253
Q

Quais os principais agentes causadores da apendicite aguda?

A

B fragiles e E coli

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254
Q

Como se dá a evolução da apendicite aguda?

A

o Após 12-24 horas de evolução: dor vaga periumbilical vaga - dor visceral -> ocorre diminuição
do suprimento arterial (necrose da parede do apêndice) -> isquemia do órgão -> peritônio parietal -> inervação somática -> dor parietal = dor localizada e bem qualificada em FID (sinal
de Blumberg).

o Após 48 horas: há a perfuração, levando ao abscesso (principal complicação) ou peritonite.

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255
Q

Quais os sintomas clássicos da apendicite aguda?

A

o Dor periumbilical inicialmente por distensão do peritônio visceral -> localizando-se em FID com a evolução da doença pela dor de peritônio parietal (em +/- 12h);
o Anorexia;
o Náuseas/vômitos;
o Alteração do hábito intestinal (constipação mais frequente do que diarreia);
o Febre baixa;
o Disúria: apêndice retrocecal inflamado fica em íntimo contato com ureter e bexiga, podendo irritar por contiguidade;
o Complicações: plastão/abcesso, peritonite difusa

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256
Q

Quais os sinais clássicos da apendicite aguda?

A

o Sinal de Blumberg: descompressão brusca dolorosa em ponto de McBurney (vibra peritônio parietal e dói);
o Sinal de Rovsing (compressão do vizinho): dor na FID após compressão do FIE;
o Sinal de Dunphy (sinal da tosse): dor na FID que piora com a tosse;
o Sinal de Lenander: T retal > T axilar em pelo menos 1ºC;
o Sinal do Obturador: dor hipogástrio com a rotação interna da coxa direita flexionada;
o Sinal do Psoas: dor à extensão da coxa direita com paciente em decúbito esquerdo

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257
Q

Como é o diagnóstico clínico da apendicite aguda?

A
  • História clássica em homem jovem (alta probabilidade) -> é uma das poucas condições cirúrgicas em que o diagnóstico pode ser suspeitado unicamente pela história e exame físico -> irritação peritoneal associada à dor em FID em paciente do sexo masculino; traz forte suspeita clínica para o diagnóstico;
  • Faixa-etária típica: 10-40 anos.
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258
Q

Quando solicitar exames de imagem para avaliação de apendicite aguda e quais os achados?

A
  • Fazer se dúvida = idoso, criança, mulheres, obesos, gestantes ou suspeita de complicação (massa ou tardio > 48h);
  • Tomografia: padrão-ouro;
    o Aumento do apêndice (≥ 7mm), espessamento da parede, borramento da
    gordura perpendicular, abscesso, apendicolito;
  • USG/RM: para crianças e gestantes;
    o USG: aumento do apêndice (≥ 7mm), espessamento da parede, imagem em
    alvo, doppler com vascularização aumentada.
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259
Q

Qual o tratamento para apendicite aguda diante de um paciente com < 48h de evolução e sem complicações?

A
  • Hidratação + correção
    de distúrbios hidroeletrolíticos + antibiótico profilático + apendicectomia (aberta ou vídeo, tendência a laparoscopia);
    o Para apendicites não perfuradas (não complicadas), uma dose única pré-operatória de
    antibióticos reduz as infecções pós-operatórias da ferida e a formação de abscesso intra- abdominal.
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260
Q

Qual a conduta diante de um paciente com Apendicite com > 48 de evolução?

A

Primeiro fazer exame de imagem.

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261
Q

Qual a conduta diante de um paciente com Apendicite com > 48 de evolução e sem complicações evidenciadas na imagem?

A

Antibiótico profilático + apendicectomia (aberta ou vídeo, tendência a laparoscopia).

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262
Q

Qual a conduta diante de um paciente com Apendicite com > 48 de evolução com Abscesso (> 3 cm) evidenciado na imagem?

A

o Drenagem percutânea (dreno mantido por 4–7 dias) +
o Antibioticoterapia (4 a 7 dias) +
o Colonoscopia (4-6 semanas) ±
o Cirurgia (apendicectomia tardia, 6-8 semanas após - aberta ou vídeo,
tendência a laparoscopia)

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263
Q

Qual a conduta diante de um paciente com Apendicite com > 48 de evolução com Fleimão (≤ 3 cm) evidenciado na imagem?

A

o Antibioticoterapia (4 a 7 dias) +
o Colonoscopia (4-6 semanas) ±
o Cirurgia (apendicectomia tardia, 6-8 semanas após - aberta ou vídeo,
tendência a laparoscopia)

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264
Q

Qual a conduta diante de um paciente com Apendicite com > 48 de evolução com Peritonite difusa?

A

o Antibioticoterapia empírica (4 a 7 dias) +
o Cirurgia de urgência – ideal é laparoscopia se estável +
o Reanimação volêmica agressiva +
o Correção de distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos.

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265
Q

Quais são os antibióticos utilizados nos casos de Apendicite Aguda?

A

Cefoxitina ou associação de anaerobicida (Clindamicina ou Metronidazol) com aminoglicosídeo ou Cefalosporina de 3ª geração.

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266
Q

Qual é o Escore de Alvarado para Apendicite Aguda?

A

Dor que migra para FID - 1 ponto
Anorexia - 1 ponto
Náuseas/vômitos - 1 ponto
Dor a palpação de FID - 2 pontos
Descompressão positiva em FID - 1 ponto
Temperatura ≥ 37,5 - 1 ponto
Leucocitose - 2 pontos
Desvio para a esquerda - 1 ponto.

Interpretação:
* 0-3: improvável – avaliar outras causas;
* 4-6: provável - observação por 12 horas;
o Se o escore se mantiver o mesmo, indica-se a cirurgia;
* ≥ 7: muito provável – apendicectomia

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267
Q

Qual o segmento do cólon mais afetado pela doença diverticular?

A

Cólon sigmoide: é o segmento mais atingido pela doença diverticular, pois é
o ponto de menor lúmen do intestino, portanto a pressão intraluminal é maior.

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268
Q

Onde se formam os divertículos colônicos?

A

Se formam nos pontos de
descontinuidade da camada muscular, nos locais de entrada dos vasos, onde
atravessam a camada muscular em direção a submucosa (pontos de fragilidade para formação de divertículos).

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269
Q

Qual a diferença dos pseudodivertículos para os divertículos verdadeiros?

A
  • Pseudo-divertículos (doença diverticular): apenas a protrusão da mucosa/submucosa através da camada muscular (não envolve a camada muscular) é o divertículo característico da doença diverticular do cólon -> Doença Diverticular = presença de divertículos dentro dos cólons;
  • Divertículos verdadeiros: possuem todas as camadas da parede intestinal (mucosa, submucosa e camada muscular);
    o Divertículo de Meckel: malformação congênita mais comum do TGI (divertículo ileal)
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270
Q

Qual é a fisiopatolgia da Doença diverticular dos Cólons?

A

Dieta pobre em fibras, rica em carboidratos e proteínas -> menor o volume
fecal -> maior é a força da peristalse e pressão intestinal -> grande força muscular, principalmente na zona frágil (artéria), forma-se um saco herniário de mucosa e submucosa (fenômeno de pulsão)

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271
Q

Como é feito o diagnóstico de Doença Diverticular dos Cólons?

A

Colonoscopia

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272
Q

Quais a complicação mais comum da Doença Diverticular dos Cólons?

A
  • Inflamação: mais comum – 25%;
    o Cólon esquerdo (sigmoide);
    o Causa: obstrução (fecalito)
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273
Q

Quais as características do sangramento como complicação da Doença Diverticular dos Cólons?

A
  • Sangramento: 15%
    o Local: Cólon direito;
    o Causa: trauma da arteríola tracionada;
    § Sangramento profuso (irrigação arterial);
    § Sinais de choque (hipotensão e taquicardia);
    § Anemia aguda -> hematócrito e hemoglobina não são muito efetivos no diagnóstico;

o Diagnóstico:
§ Exames que evidenciam a presença de sangramento, mas não identificam o local do sangramento;
§ Angiografia;
§ Colonoscopia eletiva -> realizada após o manejo do sangramento para identificar o local da hemorragia;

o Tratamento:
§ Reposição volêmica;
§ Controle de coagulação;
§ Endoscopia digestiva alta sempre;

§ Cirurgia (minoria dos casos):
* Instabilidade hemodinâmica persistente;
* Repetição do quadro;
* Obs: colectomia total é realizada em casos de emergência em que não se tem diagnostico etiológico preciso do sangramento (colonoscopia)

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274
Q

Qual a fisiopatologia da Diverticulite Aguda?

A

Restos do conteúdo luminal se alojam no interior do divertículo e endurecem
(obstrução) -> formação de fecalitos -> comprometimento do suprimento sanguíneo da frágil parede do divertículo -> microperfurações -> processo inflamatório pericolônico (na maioria das vezes bloqueado por deflexões do peritônio peridiverticulite) -> abcesso pericólico (como tentativa de proteger), levando a uma clínica rica para sinais de inflamação peritoneal.

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275
Q

Qual a clínica da Diverticulite Aguda?

A
  • Dor localizada em FIE (insidiosa/crônica – pode piorar com a defecação) - em paciente asiático, possui mais prevalência de diverticulite a direita;
  • Apendicite à esquerda no idoso – dura alguns dias;
  • Diarreia/constipação;
  • Febre;
  • Sinais de irritação peritoneal: defesa e dor à descompressão.
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276
Q

Como é feito o diagnóstico da Diverticulite Aguda?

A
  • Tomografia (contrastada, de preferência): sigmoide com paredes espessadas (> 4
    mm), presença de abscessos peridiverticulares, fístulas e coleções líquidas intra-abdominais.
  • Colonoscopia: evitar na inflamação (pode agravar microperfurações);
    o Colonoscopia após 4 a 6 semanas (excluir CA colorretal).
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277
Q

Qual é a Classificação de Hinchey para Diverticulite Complicada?

A

o Estágio I: abscesso pericólico – definição da doença;
o Estágio II: abscesso pélvico;
o Estágio III: peritonite purulenta;
o Estágio IV: peritonite fecal.

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278
Q

Quais as principais complicações da Diverticulite Aguda?

A
  • Abcesso: mais comum;
  • Peritonite: mais grave;
  • Fístula: tipo colovesical é a mais comum.
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279
Q

Quando internar o paciente com Diverticulite Aguda?

A

o Complicação na TC: abscesso, microperfurações, fleimão, fistula;
o ≥ 2: temperatura > 38ºC ou < 36ºC, FC> 90bpm, FR> 20, leucócitos > 12.000/ml ou < 4.000/ml, PCR > 15mg/dl;
o Peritonite difusa ou dor incontrolável;
o Comorbidades significativas, > 70 anos, imunossupressão;
o Falha no tratamento ambulatorial ou impossibilidade de ingestão oral: obstrução ou íleo

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280
Q

Qual o tratamento da Diverticulite Hospitalar?

A

o ATB IV: cefalosporina de 3ª geração + metronidazol -> Início três a cinco dias
IV, depois substitui para antibiótico oral para completar um curso de 10–14 dias,
o Geral: Hidratação venosa + analgesia + dieta zero – líquida (com controle de
dor/melhora);
o Pacientes sem complicações normalmente apresentam uma resposta clínica dentro de dois a três dias, momento em que a dieta é progredida -> se
continuam a melhorar recebem alta para completar um ciclo de antibióticos
orais; aqueles que não melhoram são encaminhados para cirurgia

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281
Q

Quais as indicações de tratamento cirúrgico de urgência na Diverticulite Aguda?

A

§ Peritonite generalizada por ruptura de abscesso ou divertículo;
§ Obstrução intestinal total refratária;
o Técnica: Sigmoidectomia com colostomia terminal e fechamento do coto retal
(cirurgia de Hartmann).

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282
Q

Quais as indicações de tratamento cirúrgico eletivo na Diverticulite Aguda?

A

§ Após um terceiro episódio de diverticulite não complicada;
§ Falha da terapêutica clínica na diverticulite não complicada;
§ Após um primeiro episódio de diverticulite complicada com abscesso;
§ Doença diverticular complicada com fístula colovesical;
§ Após primeiro episódio de diverticulite em pacientes com < 40 anos;
§ Doença diverticular complicada com obstrução parcial persistente;
§ Impossibilidade de excluir carcinoma de cólon;
§ Após primeiro episódio de diverticulite em imunodeprimidos;
o Técnica: ressecção do sigmoide com anastomose primária terminoterminal
por sutura manual ou com auxílio do grampeador cirúrgico.

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283
Q

Qual a conduta diante de uma Diverticulite Complicada com Abscesso > 4cm?

A

Drenagem + antibioterapia + colonoscopia (+/- 6 semanas) + cirurgia eletiva (sigmoidectomia com
anastomose primária terminoterminal);
§ Drenagem percutânea guiada por TC deve ser feita;
§ Abscessos pequenos (< 2–3 cm) respondem à antibioticoterapia
isolada, sem necessidade de drenagem.

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284
Q

Qual a conduta diante de uma Diverticulite Complicada com Peritonite?

A

Ressuscitação volêmica + antibioterapia +
cirurgia de urgência (colectomia a Hartmann - sigmoidectomia com
colostomia terminal e fechamento do coto retal);
§ Opção para estágio III: lavagem laparoscópica -> lava e faz drenagem.

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285
Q

De acordo com a altura da obstrução intestinal, qual a característica do vômito?

A

o Obstrução Alta: vômito precoce;
o Obstrução Baixa: vômito tardio (característica de vômitos fecaloide).

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286
Q

De acordo com o toque retal, que características sugerem determinados tipos de obstrução?

A

o Ampola retal vazia: fala a favor de obstrução total;

o Ampola retal cheia: fala a favor de obstrução funcional.

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287
Q

Qual a classificação da obstrução intestinal em relação aos seus mecanismos?

A

o Mecânica: agente físico gerando essa obstrução (brida, tumor, corpo estranho);

o Funcional: comprometimento da função motora do intestino

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288
Q

Qual a classificação da obstrução intestinal em relação a sua altura?

A

o Alta: até o jejuno -> quanto mais alta, mais precocemente vai ter vômitos e predominam
distúrbios eletrolíticos (alcalose metabólica hipoclorêmica) e volêmicos;

o Baixa: íleo e cólon -> quanto mais baixa, mais distensão abdominal - maior perda de líquidos para o interior da alça distendida, o que pode levar à hemoconcentração, azotemia pré-renal e choque.

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289
Q

Quais as características das obstruções intestinais na radiografia?

A

o Delgado: distensão central (até 5 cm), empilhamento de moedas (pregas coniventes).

o Cólon: distensão periférica (grosseira), haustrações colônicas.

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290
Q

Qual o laboratório esperado nos casos de obstrução intestinal?

A

o Alcalose metabólica hipoclorêmica: vômitos;
o Hipocalemia: pela ativação do SRAA devido a desidratação;
o Acidose metabólica: em caso complicado com isquemia

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291
Q

Qual o tratamento de suporte para a obstrução intestinal?

A

Dieta zero, hidratação venosa, sonda nasogástrica, correção de distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos.

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292
Q

Qual a conduta terapêutica diante de uma causa mecânica de obstrução intestinal?

A

o Não complicada (sem irritação peritoneal): conservador (24-48h);

o Complicada (com irritação peritoneal): cirurgia.

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293
Q

Quais as causas mais comuns de obstrução intestinal de delgado?

A

o Sítio mais comum de obstrução;
o Brida (principal), Crohn, neoplasias, hérnias e ílio biliar.

294
Q

Quais as causas mais comuns de obstrução intestinal de cólon?

A

o Câncer colorretal é a causa mais comum (mais de 50%);
o Outros: volvo e doença diverticular.

295
Q

Quais as características das bridas como causa de obstrução intestinal?

A

o São as causas mais comuns de obstrução intestinal;
o Necessariamente precisa de história de cirurgia abdominal prévia -> obstrução + cirurgia abdominal = brida;
o Fatores de risco de aderências pós-operatórias: infecções intra-abdominais, isquemia tissular e corpos estranhos intra-abdominais (gazes, fio de sutura, etc);
o As bridas são muito mais comuns nas cirurgias de abdome inferior (colectomia,
apendicectomia e cirurgias ginecológicas).

296
Q

Qual o tratamento das bridas como causa de obstrução intestinal?

A
  • Não complicado: suporte (48 horas) + Gastrografin (contraste hidrossolúvel
    hiperosmolar para ajudar na peristalse e desinflamação);
  • Refratário ou complicado: cirurgia com lise das aderências (aberta ou vídeo).
297
Q

Quais as características do Íleo Biliar como causa de obstrução intestinal?

A

Definição: obstrução intestinal por um cálculo biliar;
* Decorrente de uma fístula colecistoentérica (vesícula bilioduodenal) -> obstrução
intestinal quando o cálculo, que ganha o tubo digestivo, migra distalmente e se
impacta em regiões de menor diâmetro ao longo do tubo digestivo;
o Fisiopatologia: colecistite + fístula (vesícula/duodeno) + obstrução delgado;
* Local mais comum: ílio distal (seguimento mais estreito) – cálculo impacta no local de menor diâmetro.

298
Q

Como é feito o diagnóstico do Íleo Biliar como causa de obstrução intestinal?

A

Raio-X: Pneumobilia, cálculo ectópico que sai pela fístula e obstrui o delgado -> distensão do delgado;
o Tríade de Rigler: Pneumobilia + Cálculo Ectópico + Distensão do Delgado.

299
Q

Como é feito o tratamento do Íleo Biliar como causa de obstrução intestinal?

A
  • Medidas gerias - suporte;
  • Retirada do cálculo ± colecistectomia.
300
Q

Qual a definição e características do Volvo como causa de obstrução intestinal?

A

Definição: torção do intestino sobre o próprio eixo.
* Sigmoide é o local mais comum (encontro de ponto de alça grande com pequena);
* Obstrução em alça fechada: obstrução em dois pontos simultâneos (obstrução
colônico + válvula íleo-cecal competente) -> rapidamente leva a sofrimento vascular
e perfuração – peritonite fecal muito grave.

301
Q

Como é feito o diagnóstico do Volvo como causa de obstrução intestinal?

A
  • Raio-X: imagem em grão de café, “U” invertido;
  • Enema baritado: bico de pássaro – contraste afina no ponto de torção ao entrar via
    retal.
302
Q

Como é feito o tratamento do Volvo como causa de obstrução intestinal?

A
  • Não complicado: descompressão endoscópica (urgência) + sigmoidectomia eletiva;
  • Complicado: cirurgia de urgência (sigmoidectomia de urgência).
303
Q

Qual a definição de Intussuscepção intestinal como causa de obstrução intestinal?

A

Definição: invaginação de uma alça dentro da outra - invaginação de um segmento intestinal (proximal), intussuscepto, para o interior de uma porção de uma alça localizada imediatamente distal;
* Mais comum = junção íleo-cecal.

304
Q

Qual a epidemiologia de Intussuscepção intestinal como causa de obstrução intestinal?

A
  • Criança: idiopática;
  • Adulto: sempre atenção, vai ser secundário a alguma patologia -> pólipo, divertículo, tumor
305
Q

Qual a Clínica de Intussuscepção intestinal como causa de obstrução intestinal?

A
  • Dor abdominal (choro incontrolado);
  • Massa palpável em aspecto de salsicha;
  • Fezes em geleia de framboesa -> praticamente patognomônico;
    o Alça ao entrar dentro da outra, faz tração vascular com sofrimento da mucosa
    -> descamação de pedaços da mucosa com sangue -> evacua sangue;
306
Q

Como é feito o diagnóstico de Intussuscepção intestinal como causa de obstrução intestinal?

A
  • USG: imagem em alvo (alça dentro da outra e sofrimento isquêmico = edema -> separação das camadas – mucosa da submucosa, muscular da mucosa) ou pseudo-rim -> classicamente entrega o diagnóstico;
  • Enema: contraste via retal sob pressão -> diagnóstico e terapêutico (consegue fazer
    redução).
307
Q

Como é feito o tratamento de Intussuscepção intestinal como causa de obstrução intestinal?

A
  • Redução com enema: bário, hidrossolúvel (gastrografin) e ar -> cuidar perfuração;
  • Refratário ou adulto: cirurgia.
308
Q

Quais as características o Íleo Paralítico como causa de obstrução intestinal funcional?

A

o Paralisação de todo o intestino - parada de eliminação de gases e fezes na ausência de obstrução intestinal mecânica.

o Causas:
* Pós-operatório: fisiológico é a principal causa;
* Drogas (opioide);
* Distúrbios hidroeletrolíticos e processos inflamatórios.

309
Q

Qual a clínica e tratamento do Íleo Paralítico como causa de obstrução intestinal funcional?

A

o Clínica:
* Parada intestinal, diminuição/ausência da peristalse;
* Dor e distensão abdominal;
* Tempos de acometimento: Delgado (24h), estômago (48h), cólon (72h).

Tratamento:
* Excluir causa mecânicas + suporte - jejum oral, drenagem nasogástrica, hidratação e correção de distúrbios eletrolíticos quando presentes.

310
Q

Quais as características da Síndrome de Ogilvie como causa de obstrução intestinal funcional?

A

Paralisação somente do cólon;
o Causas: apenas em paciente graves (CTI, sepse) – condições inflamatórias sistêmicas -> Hiperestímulo do simpático;

311
Q

Qual o tratamento Síndrome de Ogilvie como causa de obstrução intestinal funcional?

A
  • Excluir causa mecânica (exame de imagem para complementar) + suporte
    (descompressão nasogástrica, correção hidroeletrolítica, suspensão de drogas que diminuam a motilidade intestinal);
  • Sem resposta (48-72h) ou Ceco > 12cm:
    o Estimular o intestino = estímulo colinérgico -> Neostigmina 2,5 mg IV:
    anticolinesterase para diminuição da ativação do simpático – aumenta
    peristalse colônica;
    § Maioria dos pacientes volta ao normal após 2 ciclos;
    § CUIDAR: bradicardia sinusal;
  • Sem resposta ou resposta parcial com Neostigmina: descompressão colonoscópica ->
    retirar ar e líquido para melhorar distensão e sofrimento de alça;
  • Cirurgia se refratário (exceção) – cecostomia (abrir e drenar ceco para alívio de
    tensão).
312
Q

Qual a definição de isquemia mesentérica aguda?

A

Doença de grandes vasos (principalmente a artéria mesentérica superior) que afetam o intestino delgado de forma transmural

313
Q

Quais as principais causas de Isquemia Mesentérica Aguda?

A
  • Embolia da mesentérica superior (principal causa – 50%): Cardiopatia emboligênica (FA – embolo na mesentérica superior obstruindo- a;
    § Outras causas: IAM recente, miocardiopatias, placas ateroscleróticas da aorta, vegetações de endocardite);
  • Vasoconstricção: isquemia não oclusiva -> choque, ICC, hipóxia grave, vasoconstritor,
    cocaína (efeito estimulante na periferia também);
  • Trombose arterial: Arterosclerose -> placa de ateroma na mesentérica superior;
  • Trombose venosa (causa menos comum): Hipercoagulabilidade adquiridas ou hereditárias – sangue entra no intestino, mas não sai por veia trombosada
314
Q

Qual a clínica da isquemia mesentérica aguda?

A
  • Dor abdominal súbita no meio da barriga, desproporcional ao exame físico (pior dor da vida sem irritação peritoneal – abdômen flácido);
  • Aumento de peristalse e ruídos hidroaéreos por liberação de cálcio – intestino entra em metabolismo anaeróbio e começa a liberar ácido lático = acidose metabólica;
  • Taquipneia da acidose metabólica -> resposta fisiológica da acidose metabólica =
    hiperventilação rápida e profunda - Kussmaul;
  • Temperatura retal < temperatura axilar – inversão do fisiológico;
  • Irritação peritoneal é um sinal tardio de morte completa intestinal e perfuração;
  • Macete: dor abdominal súbita + acidose metabólica inexplicada = isquemia
    mesentérica aguda.
315
Q

Como é feito o diagnóstico da Isquemia mesentérica?

A
  • Inicial: RX de abdomen agudo
  • AngioTC: falha no enchimento de contraste (mais utilizado) - oclusão na artéria mesentérica em sua origem, oclusão de outras artérias e circulação colateral pobre;
  • Angiografia mesentérica: padrão-ouro;
    Laboratoriais: pouco específicos - hemograma, gasometria, lactato, PCR
316
Q

Qual a conduta inicial de suporte nos casos de Isquemia Mesentérica?

A
  • Suporte inicial: dieta zero, hidratação venosa, ATB (pegar gram-negativos e anaeróbios, como Cipro + Metronidazol), correção de distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos.
317
Q

Qual a conduta terapêutica final nos casos de isquemia mesentérica aguda por embolia ou trombose arterial?

A
  • Heparina não fracionada (HNF) é a escolha inicial;
  • Dose de ataque: 80 unidades/kg EV;
  • Dose de manutenção: 18 unidades/kg/hora EV, em BI, por 10 dias;
  • Laparotomia:
  • Acesso: Incisão ampla para permitir a exposição adequada das alças intestinais e vasos mesentéricos;
  • Identificação do problema vascular: avaliação do fluxo mesentérico com auxílio de doppler intraoperatório;
  • Procedimento vascular: embolectomia/trombectomia: indicado para isquemia por trombo ou êmbolo mesentérico. Após arteriotomia do vaso, faz procedimento com cateter de Fogarty ou técnica cirúrgica para remover o trombo/êmbolo;
  • Reconstrução vascular: em casos de oclusões complexas, pode ser necessária reconstrução com bypass ou angioplastia;
  • Avaliação da viabilidade do intestino: critérios clínicos: coloração (rosa-viável, preta-necrótica), presença de peristalse e pulsação das artérias mesentéricas;
  • Doppler intraoperatório: confirmação de fluxo sanguíneo adequado;
    Ressecção intestinal: caso haja necrose intestinal, é realizada uma ressecção das alças inviáveis;
  • Anastomose primária ou estoma: dependendo da extensão da ressecção e da viabilidade do remanescente;
  • Revisão planejada (second look): muitas vezes indicada 24-48 horas após a cirurgia inicial para reavaliar a viabilidade das alças intestinais.
318
Q

Qual o tratamento que o paciente deve realizar em casa após isquemia mesentérica aguda?

A
  • Após trombose arterial: agente antiplaquetário (AAS 100mg) + Estatina;
  • Após embolia arterial: anticoagulação prolongada;
  • Varfarina 2,5-10 mg/dia VO 1x ao dia - Iniciar junto com a Heparina, que deverá ser mantida por pelo menos 5 dias, podendo ser interrompida quando o INR atingir o alvo em duas dosagens consecutivas, com intervalo de 24 horas;
    Alvo INR 2,0-3,0;
  • Rivaroxabana: 20 mg VO de 24/24 horas;
  • Apixabana: 5 mg VO de 12/12 horas;
  • Dabigatrana 150 mg VO de 12/12 horas. Iniciar após 5 a 10 dias de anticoagulante parenteral.
  • Após trombose venosa: Anticoagulação por 6 meses ou prolongada
319
Q

Qual a definição e causa da isquemia Mesentérica Crônica?

A

Doença de grandes vasos (principalmente a artéria mesentérica superior) que afetam o intestino delgado de forma transmural.

Causa: Aterosclerose – placa de ateroma na mesentérica

320
Q

Qual a clínica de Isquemia Mesentérica Crônica?

A
  • Angina mesentérica: dor abdominal pós-prandial -> não consegue ofertar quantidade de energia que precisa, sobrecarrega o intestino e dói -> surge 15 a 30min após as refeições, e dura por 1–3h (período no qual o consumo de oxigênio é aumentado pela digestão);
  • Emagrecimento -> para de comer para não doer;
  • História de doença aterosclerótica: angina aos esforços, claudicação intermitente
321
Q

Como é feito o diagnóstico e o tratamento de Isquemia Mesentérica Crônica?

A

Diagnóstico:
* Angiografia mesentérica: oclusão de mais de 50% de pelo menos duas das três artérias principais, na presença de história clínica compatível com angina mesentérica;

o Tratamento:
* Revascularização:
o Cirúrgica (By-pass arterial): jovens;
o Stents por angioplastia percutânea: idoso ou com comorbidades.

322
Q

Qual a definição de colite isquêmica?

A

Doença de pequenos vasos (microcirculação/pequenos vasos – doença de arteríola)
que afetam o cólon, principalmente a mucosa do órgão -> mucosite inflamatória;
* Flexura esplênica é área de penumbra isquêmica, arteríola é muito importante nessa região;
* Junção do reto e sigmoide também é zona de penumbra;

323
Q

Qual a clínica de colite isquêmica?

A
  • Dor nos quadrantes inferiores, especialmente no esquerdo;
  • Diarreia mucossanguinolenta;
  • Febre;
  • Distensão abdominal
324
Q

Como é feito o diagnóstico de colite isquêmica?

A
  • Colonoscopia: mucosa inflamado;
  • Clister opaco: “impressões digitais” (thumb printing) – era para ser liso e tem ondulações por falha de enchimento (mucosa inflamada)
325
Q

Como é feito o tratamento de colite isquêmica?

A

Suporte: corrigir fatores “desencadeantes” - choque, uso de digital, correção do
diabetes, hidratação venosa, antibioticoterapia;
o Cirurgia (em casos refratários, peritonite, hemorragia, colite fulminante, obstrução crônica ou estenose): colectomia parcial ou total

326
Q

Como podemos desencarcerar uma hérnia?

A

5 mg de diazepan, 2 mg de morfina -> colocar trendelemburg e com calma vai empurrando).

327
Q

Que cuidados precisamos ter em relação a antibioticoterapia em pacientes com obstrução intestinal?

A

Se obstrução intestinal durar mais de 24 horas é preciso dar ATB -> translocação bacteriana.

328
Q

Qual a definição de hiperplasia prostática benigna?

A

Proliferação benigna do epitélio (glândulas) e do estroma prostático (musculatura lisa e
tecidos de sustentação) da região periuretral (zona de transição) -> tecido nodular adenomatoso

329
Q

Quais são as regiões da Próstata?

A
  • Zona de Periférica: local de origem do câncer de próstata;
  • Zona de Transição: zona periuretral -> local de origem da HPB;
  • Zona de Central: origem dos ductos ejaculatórios
330
Q

Qual é a fisiopatologia da hiperplasia prostática benigna?

A

Testosterona produzida nos testículos é convertida em Di-hidrotestosterona (DHT) através da enzima 5-alfa redutase -> a DHT é o andrógeno que atua na
próstata estimulando a proliferação epitelial e estromal

331
Q

Qual a fisiopatologia dos sintomas irritativos da hiperplasia prostática benigna?

A

A hiperplasia prostática causa o aumento da resistência da uretra prostática durante
a micção -> obstrução do trato urinário inferior (­resistência infra-vesical) -> aumento da contração vesical durante a fase de esvaziamento na tentativa de compensar o aumento da resistência -> hipertrofia detrusora compensatória ->
redução da complacência e da capacidade de armazenamento vesical (sintomas irritativos)

332
Q

Quais são os sintomas obstrutivos da HPB?

A

o Esvaziamento;
o Jato fraco;
o Intermitência do fluxo urinário;
o Esforço miccional;
o Hesitação;
o Gotejamento terminal;
o Pós-miccional;
o Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
o Gotejamento pós-miccional.

333
Q

Quais são os sintomas irritativos da HPB?

A

o Aumento da frequência urinária;
o Polaciúria;
o Urgência;
o Incontinência de urgência;
o Noctúria

334
Q

Quais são as principais complicações da HPB?

A

Retenção urinária aguda, ITU, litíase vesical, falência do detrusor, insuficiência renal, hematúria (sangramento da bexiga ou próstata)

335
Q

De acordo com o Escore Internacional dos Sintomas prostáticos (IPSS), qual a classificação da HPB?

A

o LUTS Leve: de 0 a 7;
o LUTS Moderado: 8 a 19;
o LUTS Severo: 20 a 35.

336
Q

Qual a diferença da próstata na HPB para a neoplasia de próstata?

A

Próstata com HPB é lisa e de consistência fibroelástica, enquanto a próstata com câncer é irregular e com nodulações endurecidas.

337
Q

Quais são os valores de PSA para pacientes com > 60 anos e o que eles indicam?

A

< 4 ng/mL: normal;
* > 1,6 ng/mL: maior risco de progressão para HPB;
§ ≥ 4 ng/mL e < 10 ng/mL: zona cinzenta -> pode ser HPB mas é preciso investigar neoplasia de próstata (biopsia);
§ ≥ 10 ng/mL: alto risco de neoplasia de próstata

338
Q

Quais as características da ultrassonografia na avaliação de HPB? Dica: indicações e o que observa.

A

Indicações: elevação de creatinina, suspeita de litíase vesical, hematúria e avalição
pré-operatória (decisão entre tratamento endoscópico ou prostatectomia);

  • Avaliação:
    o Volume prostático: mais acurada do que o toque retal;
    o Espessura da parede vesical: no HPB ocorre um espessamento da parede da bexiga;
    o Resíduo pós-miccional: > 50ml é considerado elevado;
    o Protrusão prostática intravesical: protrusão da próstata para dentro da bexiga
    (lobo mediano);
    § > 1cm: indicativo de obstrução -> tratamento clínico menos efetivo;
    o Cálculos e Divertículos vesicais;
    o Hidronefrose: dilatação do trato urinário superior em consequência da HPB
339
Q

Quais as características dos bloqueadores Alfa-1-Adrenérgicos no manejo da HPB?

A

o Bloqueio dos receptores adrenérgicos da região periuretral e do colo vesical,
promovendo relaxamento da musculatura lisa -> diminui o tônus prostático;
o Classe mais utilizada;
o Melhoram rapidamente os sintomas obstrutivos e o fluxo miccional;
o Não reduzem o tamanho da próstata e o risco de retenção urinária;
o Efeitos adversos: hipotensão postural, tonturas, cefaleia, ejaculação retrógrada;
o Exemplos: Tansulosina, Doxazosina.

340
Q

Quais as características dos Inibidores da 5-Alfa-Redutase no manejo da HPB?

A

o Bloqueio da ação da enzima que converte a testosterona em DHT, reduzindo a proliferação estromal;
o Redução do volume prostático e do risco de retenção urinária -> melhora do componente físico responsável pela obstrução da uretra;
o Interferem no PSA (redução) -> podem mascarar uma neoplasia;
o Os efeitos são observados após 6 meses do uso contínuo;
o Efeitos adversos: Diminuição da libido, Disfunção erétil;
o Exemplos: Finasterida, Dutasterida

341
Q

Quais as características dos anticolinérgicos no manejo da HPB?

A

o Inibem as contrações vesicais involuntárias;
o Melhoram sintomas irritativos;
o Podem induzir retenção urinária -> pacientes com resíduo miccional elevado
devem ter cautela com esse tipo de medicamento;
o Efeitos adversos: boca seca, constipação, piora cognitiva (cuidado em idosos);
o Contraindicado: glaucoma de ângulo fechado -> pode piorar o glaucoma;
o Exemplos: Oxibutinina

342
Q

Quais as indicações de tratamento cirúrgico na HPB?

A

Relativas: sintomas severos que não respondem ao tratamento clínico com 4 semanas de tratamento ou pacientes que apresentem intolerância medicamentosa;

o Absolutas (complicações):
§ Retenção urinária aguda;
§ ITU de repetição;
§ Hematúria macroscópica persistente;
§ Litíase e divertículos vesical;
§ Insuficiência renal;
§ Incontinência paradoxal (transbordamento)

343
Q

Qual a conduta cirúrgica para uma próstata entre 30-70g na HPB?

A

o Ressecção transuretral de próstata (RTU): ressecção de parte da próstata (padrão ouro);

§ Complicações Precoces: sangramento, retenção urinária e distúrbio eletrolítico;

§ Complicações Tardias: estenose de uretra, ejaculação precoce ou retrograda, incontinência urinaria

344
Q

Qual a conduta cirúrgica para uma próstata >80g na HPB?

A

Cirurgia aberta ou por vídeo;
o Prostatectomia subtotal (trans-vesical ou retropúbica): retirada de parte da próstata;
o Complicações: sangramento, retenção urinária, disfunção sexual (impotência sexual).

345
Q

Quais são os fatores de risco do câncer de próstata?

A

o Idade: mais de 3/4 dos casos acometem homens > 65 anos;
o Etnia negra: incidência duas vezes maior, diagnosticada em estágios mais avançados e com
maior mortalidade;
o História familiar: risco duas vezes maior se um parente de primeiro grau tem a doença;
o Genética: mutações como BRCA 1 e 2, HPC-1;
o Fatores dietéticos: dieta rica em gorduras e carnes vermelhas defumadas

346
Q

O que o Ministério da Saúde fala do rastreamento do câncer de próstata?

A

o Rastreio não é consensual – Ministério da Saúde NÃO defende;
* Rastreamento aumentou muito a incidência, mas a mortalidade pelo câncer segue constante desde 1970;
* Câncer em geral é de baixo risco -> e se for forma grave, também não adianta rastrear
pois mataria de qualquer forma;
* NNT: 50 = 1 benefício para cada 50;
* Decisão compartilhada

347
Q

Quais as características do PSA? Dica: valores normais e refinamentos para biópsia.

A

o PSA ≥ 4,0 ng/dL;
§ < 60 anos: > 2,5 ng/dL;
§ Evitar a ejaculação nas 48h que antecedem a coleta;
o Refinamentos do PSA para biopsiar:
§ Velocidade > 0,75ng/mL/ano;
§ Densidade > 0,15 (PSA/peso da próstata);
§ Fração livre < 25%

348
Q

Como é classificado em relação ao risco pelo PSA o câncer de próstatA?

A
  • ≤ 10: baixo risco;
  • 10-20: médio risco;
  • > 20: alto risco.
349
Q

Como o Câncer de Próstata é estagiado em relação a histologia e risco?

A
  • Histologia:
    o Bem diferenciado: Gleason 2-4;
    o Intermediário: Gleason 5-6;
    o Pouco diferenciado: Gleason 7;
    o Indiferenciado (alto grau): Gleason 8-10;
  • Risco:
    o < 6: bem diferenciado (baixo risco);
    o 7: pouco indiferenciado (médio risco);
    o 8-10: indiferenciado (alto risco).
350
Q

Quais as características da vigilância ativa como conduta do câncer de próstata?

A

o Baixo risco: PSA < 10 + Gleason ≤ 6 + ≤ T2a;
o Ideal para: pacientes que possuem curta expectativa de vida (< 10 anos) por conta de uma idade mais avançada e/ou presença de comorbidades.

351
Q

Quais as características da prostatectomia radical como conduta do câncer de próstata?

A

o Remoção completa da próstata e das vesículas seminais;
o Pode incluir linfadenectomia pélvica – PSA > 10 ou Gleason > 7 ou T3-T4;
§ Linfadenectomia é fortemente recomendada para pacientes com maior chance de metástases linfonodais;
o Evitar complicações:
§ Tentar preservar o feixe neurovascular posterolateral da próstata, por onde passam os nervos cavernosos responsáveis pela ereção peniana;
§ Tentativa de preservar a continência urinária: evitar a lesão do esfíncter urinário externo;
o Não se recomenda a hormonioterapia neoadjuvante (pré-operatória), pois não há evidências de benefício na literatura

352
Q

Quais as características da radioterapia como conduta do câncer de próstata?

A

o Possui a mesma eficácia que a prostatectomia nos pacientes de risco baixo e intermediário e superior à cirurgia naqueles de risco alto e muito alto;
o Pode ser feita de forma isolada ou combinada: (1) radioterapia com feixes externos e (2) braquiterapia (implante de sementes radioativas no interstício prostático pela via transperineal;
o Efeitos adversos: proctopatia e a cistopatia induzida por radiação

353
Q

Quais as definições de recidiva do tumor no câncer de próstata?

A
  • A recidiva tumoral é avaliada pelo comportamento da curva de PSA, geralmente solicitado a cada 3–6 meses;
  • Prostatectomia radical: espera-se que o PSA se torne indetectável dentro de seis
    semanas (em geral, ele leva de duas a três semanas para normalizar) -> PSA que
    “zera” e depois volta significa uma “recidiva bioquímica”;
  • Radioterapia: a queda do PSA é bem mais lenta, de três a cinco meses;
    o Por não eliminar o parênquima prostático por completo — o PSA não “zera”
    após este procedimento, apenas atinge um nadir (numa faixa abaixo de 0,5 ng/ml) -> aumento do PSA mais de 2 ng/ml acima do “nadir” é recidiva bioquímica da doença
354
Q

Quais as opções de tratamento para o paciente com doença avançada de câncer de próstata?

A
  • Terapia de deprivação androgênica: tirar testosterona;
    o Células tumorais prostáticas são totalmente dependentes do estímulo desses hormônios para sobreviver e se proliferar;
  • Orquiectomia bilateral: padrão-ouro -> tirar testículos e produção de testosterona;
  • Hormonioterapia - análogo do GnRh:
    o Estimulação sustentada do receptor de GnRH nas células da adeno-hipófise induz o downregulation -> células que respondem ao GnRH deixam de expressar o receptor desse hormônio, o que as torna insensíveis ao GnRH ->
    por essas as células secretarem FSH e LH — que, no homem, induzem a produção de testosterona pelos testículos — o resultado final é uma diminuição na síntese testicular de testosterona
355
Q

Quais os sintomas da Síndrome de deprivação androgênica induzida pela hormonoterapia no manejo do câncer de próstata avançado?

A

§ Ondas de calor (fogachos);
§ Fraqueza;
§ Fatigabilidade;
§ Impotência sexual;
§ Sarcopenia;
§ Anemia;
§ Mudanças de personalidade;
§ Depressão;
§ Dislipidemia;
§ Obesidade;
§ Resistência à insulina;
§ Diabetes mellitus;
§ Doença cardiovascular;
§ Osteoporose

356
Q

Qual o tratamento para os cânceres de próstata resistentes ao tratamento?

A

Quimioterapia;
o Todo paciente que sobrevive tempo o suficiente acaba progredindo para a fase “castração-resistente” a despeito da terapia de deprivação androgênica e na vigência de níveis séricos reduzidos de testosterona (< 50 mg/dl);
o Opções de quimioterápicos: drogas citotóxicas, como o docetaxel (quimioterápico de escolha);
§ O cabazitaxel é um análogo do docetaxel que pode ser usado no lugar deste em caso de falência.

357
Q

Quais são as características anatômicas do plexo hemorroidário?

A
  • Divisão de epitélios do canal anal é feita pela Linha Pectínea;
    o Da Linha Pectínea para cima é mucosa = sem inervação sensorial tátil (qualquer patologia da
    linha pectínea para cima, não dói; para baixo = sente dor);
    o Da Linha Pectínea para baixo é epitélio (tem queratina protegendo, inervação sensorial)
  • Vasos acima: plexo venoso hemorroidário (plexo interno = para dentro da linha – a princípio não dói; plexo externo = fica para fora – dói);
    o Hemorroida interna: vaso do plexo hemorroidário interno doente – mais comum;
  • Vasos abaixo recobertos por queratina: plexo hemorroidário externo;
    o Hemorroida externa: vaso do plexo hemorroidário externo doente
358
Q

O que são as Glândulas de Chiari?

A

Produz muco para lubrificar o canal anal e permitir passagem mecânica das fezes (além de ser barreira contra infecções) – localizadas nas criptas anais;
o Raiz das glândulas fica entre músculo esfíncter anal externo e músculo esfíncter anal interno,
e seu trajeto vai jogar o muco na mucosa anal na altura da linha pectínea, e é exatamente ali
que ela pode obstruir;
o Abscessos da região anorretal SEMPRE nascem ali na altura da glândula de Chiari.

359
Q

Como podemos fazer para diferenciar hemorróidas de fissuras em termos de sintomas?

A

o Hemorroida: sangra muito e dói pouco;
o Fissura anal: sangra pouco e dói muito.

360
Q

Quais os fatores de risco para hemorróidas?

A

o Constipação: pessoa fica muito tempo no vaso sanitário, prejudicando a drenagem venosa da região perineal – está comprimindo toda drenagem, logo enquanto está sentado no vaso, sangue da região anal não vai ser drenado, fazendo com que sangue fica parado por muito tempo; além da força sendo feita para defecar;
o Força + tempo sentado: coloca muita pressão nos vasos (vaso da região perianal não drena),
fazendo com que vaso dilate e tenha tromboses = estase venosa = dilata = varizes na região perianal.

361
Q

Qual a clínica das hemorróidas?

A

o Interna:
* Ingurgitação recoberta por mucosa indolor (acima da linha pectínea, não tem inervação sensorial);
* Sangramento indolor + prolapso;

o Externa:
* Recoberto por pele = tem inervação sensorial e dor;
* Dor perianal é o principal sintoma.

362
Q

Como é feito o diagnóstico das hemorróidas?

A

Clínico + anuscopia;
* Serve para o diagnóstico e avaliação de doença hemorroidária interna;
* Visualização dos 3 mamilos.

363
Q

Qual a classificação dos tipos de hemorroida?

A
  • Grau 1: sem prolapso;
  • Grau 2: redução espontânea do prolapso quando para de fazer força;
  • Grau 3: redução manual do prolapso;
  • Grau 4: prolapso não reduz nem com apoio manual, é irredutível.
364
Q

Qual o tratamento das hemorróidas internas de acordo com a classificação em diferentes graus?

A
  • Grau 1: dieta e controle de fatores de risco (dieta anticonstipante e líquidos) +
    considerar escleroterapia;
  • Grau 2: ligadura vascular elástica – elástico, com passar do tempo, faz com que vaso vá atrofiando e colabando até desaparecer;
    o Se tiver os 3 mamilos acometidos, já indica hemorroidectomia;
  • Grau 3: ligadura elástica ou cirurgia (hemorroidectomia);
  • Grau 4: hemorroidectomia;
    o Aberta: Milligan-Morgan -> deixa cicatrizar por segunda intenção por alto risco de infecção;
    o Fechada: Ferguson -> faz sutura simples, mas risco de infecção é maior
365
Q

Qual o tratamento da hemorroida externa?

A
  • Dor em < 72h: excisão cirúrgica do trombo;
  • Dor em > 72h: banho de assento, compressa morna para o corpo ir reabsorvendo.
366
Q

Quais as características gerais das fissuras anais?

A

o Úlcera/laceração na região anal, na pele, gerando dor;
o Não tem predileção por idade;
o Principal localização: linha mediana, porção mais posterior - 90% das fissuras estão localizadas na linha média posterior e aproximadamente 10% na linha média anterior;
o Fisiopatologia: quando fezes esticam região anal, dói muito a lesão e pessoa contrai ->
hipertonia do ânus -> sangue também não chega, causando isquemia -> penumbra isquêmica -> perpetua ferida por não chegar sangue e não permitir cicatrização;
* Ciclo vicioso: lesão -> hipertonia -> isquemia;
* Constipação crônica, com passagem de fezes endurecidas e consequente trauma local, é relatada pela maioria dos pacientes

367
Q

Qual a clínica e conduta da fissura anal aguda?

A
  • Dor ao evacuar;
  • Sangue “no papel”;
  • Coloração avermelhada;
  • < 6 semanas;
  • Tratamento: dieta com fibras, cuidar com papel higiênico + tópico (pomada – lidocaína, diltiazem/nitrato, corticoide).
368
Q

Qual a clínica e conduta da fissura anal crônica?

A
  • Dor ao evacuar;
  • Plicoma anal sentinela;
  • Papilite hipertrófica = processo inflamatório crônico engrossa as criptas/papilas (sente no toque retal);
  • Úlcera esbranquiçada – fibrose;
  • > 6 semanas;
  • Tratamento: Esfincterotomia Lateral Interna + tópico com diltiazem e botóx (pode tentar iniciar com tópico)
369
Q

Quais as características dos abscessos anorretais?

A

o Definição: Infecção das Glândulas de Chiari;
* Quando obstrui, sua tendência é a região interesfincteriana acumular o muco e infeccionar (acumula o pus);
o Fisiopatologia: todos os abcessos nascem na região interesfincteriana, mas não tendem a ficar ali -> tendência é drenar para baixo e chegar na pele.

370
Q

Qual a clínica dos Abscessos Anorretais?

A

o Dor perianal + abaulamento;
o Possui sinais flogísticos ao redor: rubor, calor e dor;
o Diagnóstico diferencial com hemorroida interna

371
Q

Qual a classificação dos Abscessos Anorretais?

A

o Supraelevador: ocorre quando abscesso interesfincteriano sobe e fica acima do músculo elevador do ânus;
o Isquiorretal: ocorre quando abscesso interesfincteriano transpassa o músculo esfíncter
externo e se acumula na região isquiorretal na nádega;
o Interesfincteriano: todos os abcessos nascem na região interesfincteriana, mas não tendem a ficar ali (entre os dois músculos esfincterianos);
o Perianal: mais comum de todos (40 a 50% dos casos) = ocorre quando abscesso
interesfincteriano segue a gravidade e desce para região perianal

372
Q

Como é feito o diagnóstico dos Abscessos Anorretais?

A

Clínico + ressonância magnética nos casos de localização complexa.

373
Q

Como é feito o tratamento dos Abscessos Anorretais?

A

o Drenagem imediata e NÃO espera flutuação;
o +/- Antibiótico (principalmente em imunodeprimidos e com sepse - Metronidazol);
o Complicação: Gangrena de Fournier

374
Q

O que são as Fístulas Anorretais e qual a sua clínica?

A

o Definição: cronificação dos abcessos anorretais (30%) = comunicação anômala entre o epitélio intestinal (canal anal no nível da linha denteada ou reto) e a pele;

o Clínica: dor + secreção purulenta na região perineal/perianal.

375
Q

Qual o tratamento das fístulas Anorretais e seu tratamento de acordo com sua complexidade?

A
  • Simples: < 3cm = drenagem com fistulotomia ou ectomia (resseca tudo);
  • Complexa: > 3cm = trajeto maior, precisa fazer sedenho = dreno de Penhouse do orifício externo ao interno, amarra dreno que aos poucos e cortando o trajeto – vai cicatrizando de dentro para fora;
    o Também pode usar plug anal e retalhos.
376
Q

Qual a Classificação das Fístulas Anorretais?

A

o Simples:
* Abscesso que começou na região interesfincteriana e drenou no seu trajeto esperado
para baixo, virando uma fístula interesfincteriana = mais comum - trajeto da fístula está confinado ao plano interesfinctérico;
* Pode virar uma fístula transesfincteriana se fístula perfurou o músculo esfíncter
externo (abcessos isquiorretais) = fístula conecta o plano interesfinctérico com a fossa
isquiorretal, perfurando o esfíncter externo;

o Complexas:
* Supraesfincteriana: fístula passando por cima do complexo esfincteriano e perfurando o elevador do ânus e depois descendo;
* Extraesfincteriana: fístula perfura bem para cima e tem trajeto bizarro = se estende
do reto para a pele do períneo, completamente lateral ao complexo esfincteriano.

377
Q

Qual a regra de Goodsall-Salmon?

A
  • Tendência de drenagem é de cima para baixo, contornando o canal anal para chegar na região perineal;
    o Força resultante depende dos dois esfíncteres e da gravidade no abscesso;
  • Fístulas originadas de abscesso que nasce na região anterior: drenagem retilínea;
  • Fístulas originadas de abscesso que nasce na região posterior: drenagem curvilínea (passa contornando pelo ânus).
378
Q

Qual a definição e origem do Cisto Pilonidal?

A

Cisto na região perianal com o envolvimento do pelo da região - o trauma repetido na região leva à cicatrização da pele bloqueando a saída do folículo piloso, ficando retido embaixo da pele.

379
Q

Qual a clínica do Cisto Pilonidal?

A

o Dor sacro coccígea;
o Drenagem de secreção no sulco Inter glúteo;
o Abcessos de repetição no sulco Inter glúteo.

380
Q

Qual o tratamento do Cisto Pilonidal?

A

o Drenagem do abcesso na apresentação aguda;
o Ressecção ou marsupializaçao do cisto.

381
Q

Quais os fatores de risco do Câncer do Canal Anal?

A

o Tabagismo;
o Etilismo;
o Infecção por HPV (16 e 18);
o Imunodeficiência.

382
Q

Como é feito o diagnóstico e qual o subtipo mais comum do Câncer de Canal Anal?

A

Subtipo mais comum:
o Carcinoma epidermoide;

Diagnóstico:
o Confirmação: biópsia incisional.

383
Q

Como é feito o estadiamento do Câncer do Canal Anal?

A

o Avaliação de linfonodos inguinais (indicativo de doença avançada);
o Buscar metástases a distância;
o Sempre solicitar TC de tórax e abdômen (investigar metástases no pulmão e fígado);
o Ressonância magnética de pelve principalmente nos de reto baixo.

384
Q

Qual a clinica do Câncer de Canal Anal?

A

o Nódulos;
o Sangramento;
o Prurido.

385
Q

Qual o tratamento do Câncer de Canal Anal?

A

o 1ª opção: Radioquimioterápico (esquema Nigro) exclusivo para não retirar o canal anal;
o Se não responder bem: Cirurgia de Miles (retira todo canal anal + 4-5cm para cima e deixa paciente com ânus fechado + colostomia definitiva).

386
Q

Qual a fisiologia da saciedade e o que ocorre na obesidade?

A
  • Adipócito cheio -> libera Leptina (sinalizadores hormonais para que corpo pare de comer = hormônio anorexígeno);
  • Intestino cheio -> aumenta liberação de CCK, GLP-1, PYY (hormônios anorexígenos que sinalizam para parar de comer);
    o Por isso é importante comer devagar;
  • Estômago cheio -> diminuição da Grelina (hormônio sinalizador que é liberado quando há fome = orexígeno) - produzida no fundo e corpo gástrico;

Obesidade:
o Não consegue mais induzir a saciedade, grande dificuldade;
o Aumento de grelina (sente mais fome);
o Diminuição de leptina, CCK, GLP-1, PYY = não consegue induzir a saciedade.

387
Q

Qual a classificação da obesidade?

A

® Sobrepeso: IMC 25-29,9;
® Obesidade grau I: IMC 30-34,9;
® Obesidade grau II: IMC 35-39,9;
® Obesidade grau III: IMC > 40;
® Superobeso I: IMC > 50;
® Super-superobeso: IMC > 60

388
Q

Quais as indicações de cirurgia bariátrica?

A

o IMC > 40;
o IMC > 35 + comorbidades;
o Refratário: > 2 anos de terapia clínica com refratariedade ao emagrecimento (tentativa com
médicos/nutricionistas, dieta, medicações).

389
Q

Quais as indicações de cirurgia metabólica?

A

IMC ≥ 30/DM2 grave;
o Precisa ter feito uso de medicações com falha no controle glicêmico e atestado por pelo menos 2 endocrinologistas;
o No mínimo 30 anos de idade nesses casos

390
Q

Quais as contraindicações de cirurgia bariátrica?

A

® Doenças cardíacas e pulmonares graves ou descompensadas;
® Hipertensão porta com varizes esofagogástricas;
® Doenças imunológicas ou inflamatórias do trato digestivo superior;
® Uso de drogas ilícitas ou alcoolismo;
® Transtorno de humor grave e quadros psicóticos em atividade ou quadros demenciais;
® Limitação intelectual significativa em pacientes sem suporte familiar adequado;
® Síndrome de Cushing

391
Q

Quais as características da banda gástrica no tratamento da obesidade?

A

® Técnica restritiva em que se coloca um anel na entrada do estômago -> toda vez que paciente come, comida bate ali e começa a refluir = restringir alimentação do paciente;
® Anel é conectado a um portal que fica na pele (acessado por agulha);
® Sempre que paciente estiver comendo muito, pega uma seringa e joga ar para dentro do portal = fica mais tenso = comida não passa;
® Se paciente estiver comendo muito pouco, pode retirar ar com a seringa, diminuindo pressão para comida passar mais;
® Anel com pressão regulável fica na JEG;
® Complicações:
o Deslocamento do anel;
o Reganho de peso (paciente afrouxa o anel para comer mais)

392
Q

Quais as características do Switch duodenal na Cirurgia Bariátrica e quais as suas principais complicações?

A

® Técnica mista disabsortiva;
o Restritiva: Gastrectomia vertical;
o Disabsortiva: canal comum (100cm) = corta segmento de intestino para reduzir absorção -> paciente só tem 100cm para conseguir digerir os alimentos = aumentaram o segmento para
evitar complicações da cirurgia de Scopinaro;
® Colecistectomia + apendicectomia;
® Complicações:
o Hipovitaminoses;
o Desnutrição;
o Doença do refluxo

393
Q

Quais as características do Sleeve Gastrectomy na Cirurgia Bariátrica e quais as suas principais complicações?

A

® Gastrectomia vertical -> ressecamos a grande curvatura do estômago com grampos -> começa grampeando no antro e vai grampeando até chegar no fundo;
® É a cirurgia mais realizada atualmente;
® Técnica restritiva: tira fundo e corpo do estômago = tira a Grelina = sente menos fome;
o Pacientes emagrecem muito bem e não engordam novamente;

® Complicações:
o Fístula do ângulo de HIS - principal;
o DRGE = diminui volume do estômago, mas não tirou o piloro que está regulando o
esvaziamento gástrico. Menos espaço = piora o refluxo;

394
Q

Quais as condições que favorecem a escolha do Sleeve Gastrectomy na Cirurgia Bariátrica?

A

Doença intestinal inflamatória, anemia crônica, osteoporose, história de deficiência de B12,
risco cirúrgico elevado, IMC ≥ 60, doenças graves com imunossupressão

395
Q

Quais as vantagens do Sleeve Gastrectomy como Cirurgia Bariátrica?

A

o Menor tempo cirúrgico e anestésico: técnica mais simples;
o Menores taxas de desnutrição e hipovitaminose: porém requer suplementação;
o Raramente causa dumping ou hipoglicemia;
o Menores taxas de complicações e de reintervenção cirúrgica;
o Não causa hérnia interna;
o Possibilidade de revisão: pode ser feito o desvio intestinal (bypass) em um segundo momento caso os resultados sejam insatisfatórios

396
Q

Quais as desvantagens do Sleeve Gastrectomy como Cirurgia Bariátrica?

A

o Menor perda ponderal: em relação ao by-pass;
o Baixa remissão de doenças metabólicas: em relação ao by-pass;
o Altas taxas de refluxo: aumenta risco de esôfago de Barret e câncer;
o Cirurgia menos flexível: mais padronizada independentemente do tipo de paciente e não é reversível (gastrectomia de 80% do estomago);
o Maior pressão do antro: em função da retirada da zona de menor pressão e produtora de
ácido (corpo)

397
Q

Quais as características do Bypass Gástrico na Cirurgia Bariátrica?

A

® Técnica mista restritiva;
® Já foi a técnica mais utilizada;
® Técnica:
o Pouch gástrico (tem apenas 30/60ml de volume residual) = muito restritiva;
o Y de Roux = pega o intestino do paciente, desde o ângulo duodenal e conta de 75-150cm e
corta; em seguida, faz anastomose com as alças;
* Uma alça é a alça alimentar (vem a comida) e a outra é a biliopancreática (por onde
vem a secreção biliopancreática)

398
Q

Quais as complicações e condições que favorecem a escolha do Bypass Gástrico na Cirurgia Bariátrica?

A

o Deiscência/estenose;
o Hérnia de Petersen – buraco formado pelo corte do meso e alças podem entrar ali e torcer;
o Deficiência de ferro, cálcio, B1 e B1

Favorecem: DM tipo 2, síndrome metabólica, DRGE

399
Q

Quais as vantagens do Bypass Gástrico na Cirurgia Bariátrica?

A

o Maior perda ponderal: resultados mais sustentados a longo prazo em redução de peso, mesmo com reganho;
o Melhor remissão de doenças metabólicas: principal critério para escolha de by-pass ->
controle do DM2 e dislipidemia;
o Ausência de refluxo: a técnica não causa/piora o refluxo;
o Manutenção das secreções gástricas: secreções gástricas continuam sendo produzidas,
mesmo sem a chegada do alimento no estômago;
o Cirurgia mais flexível: é reversível

400
Q

Quais as desvantagens do Bypass Gástrico na Cirurgia Bariátrica?

A

o Deficiência de vitaminas/nutrientes: maiores taxas de desnutrição, requer mais controle e reposição;
o Diminuição da absorção de fármacos;
o Maior incidência de Hérnias internas;
o Dumping e hipoglicemia reativa: passagem rápida do estômago para o intestino, de alimentos com grandes concentrações de gordura e/ou açúcares -> fraqueza, náuseas, cólicas intestinais, desmaios e diarreia pós prandiais
o Estômago isolado e dificuldade de investigação: risco de desenvolvimento de câncer avançado devido a dificuldade de avaliação

401
Q

Qual técnica escolher entre sleeve e Bypass Gástrico?

A

® Sleeve:
o Deficiência vitamínica prévia (sem alça disabsortiva);
o Alto risco de câncer gástrico;

® Bypass gástrico:
o DRGE importante;
o Diabetes tipo 2 = grande cirurgia da cura do diabetes.

402
Q

Quais são as medidas mais importantes no pós-operatório da cirurgia bariátrica?

A

® Reposições: polivitamínico, ácido fólico, ferro, cálcio + vitamina D, B12;
® Reabilitação física;
® Mudanças comportamentais

403
Q

Quais os critérios de sucesso terapêutico no pós-operatório da cirurgia bariátrica?

A

® Perda de 50% do excesso de peso;
® Manutenção por 2 anos;
® Controle de comorbidades;
® Redução da mortalidade;
® Qualidade de vida
® Inclusão social;
® Redução de gastos em saúde.

404
Q

Qual é a vascularização do Pâncreas?

A

Tronco Celíaco (Artéria Hepática Comum, Artéria Esplênica e artéria Gástrica Esquerda) e Artéria Mesentérica Superior.

405
Q

Quais as características da anatomopatologia do Tumor de Pâncreas?

A
  • Adenocarcinoma: 80-90%;
    o Mais de 70% dos pacientes vão a óbito dentro do primeiro ano após o diagnóstico - muito difícil diagnosticar o câncer de pâncreas em fases verdadeiramente precoces;
  • Local mais acometido: cabeça 70%.
406
Q

Qual a definição de Neoplasias Periampulares?

A

® Neoplasias que surgem na proximidade da Ampola de Vater (ducto pancreático/Wirsung + ducto colédoco);
® Podem se originar de toda adjacência à ampola: da cabeça do pâncreas, do duodeno, do ducto colédoco distal ou dos próprios constituintes da ampola;
® Relação direta com a cabeça do pâncreas

407
Q

Quais os principais fatores de risco para os Tumores Periampulares?

A

® Síndromes hereditárias: maior risco de desenvolver carcinoma pancreático;
o Carcinoma de mama hereditário familiar associado à mutação do BRCA 2;
o Síndrome de Peutz-Jeghers;
o Síndrome de múltiplos melanomas e nevo atípico familiar;
® Histórico familiar: maior incidência de carcinoma pancreático (7 a 8%) em familiares de primeiro grau
com essa neoplasia;
® Tabagismo e etilismo: fatores ambientais mais importantes;
® DM2: fator causal ou consequência;
® Homem, idoso (> 60 anos), negro;
® Pancreatite crônica genética;
® Pancreatite alcoólica;

408
Q

Quais as características da história clínica do Câncer de Pâncreas?

A

® Quadro vago e inespecífico;
® Síndrome colestática: icterícia (precede a dor e o desconforto), colútia e acolia fecal;
® Dor e desconforto epigástrico;
® Prurido;
® Perda de peso marcante;
® DM2 novo não explicado;
® Vesícula biliar palpável (Sinal de Courvoisier Terrier) -> decorrente da obstrução biliar distal, causando a distensão da vesícula;
® Linfonodo supraclavicular esquerda (nódulo de Virchow);
® Linfonodo periumbilical (Mary-Joseph);
® Tromboflebite superficial migratória (Síndrome de Trousseau);
® Tríade patognomônica de câncer de cabeça de pâncreas: vesícula palpável, icterícia e dor (pouco frequente).

409
Q

Como deve ser feito o diagnóstico inicial do Câncer de Pâncreas?

A

® USG de abdômen:
o Todo paciente com icterícia colestática deve ter como primeiro exame de imagem uma USG de abdômen para avaliar as vias biliares – se presença de dilatação biliar + massa na cabeça do pâncreas -> TC de abdome;
o Seu objetivo não é diagnosticar o câncer de pâncreas, mas sim “divisor de águas” no algoritmo de icterícia obstrutiva

410
Q

Quais os próximos passos na investigação do Câncer de Pâncreas?

A

® USG endoscópico: tumores muito pequenos;

® TC de abdômen/ColangioRM: exame definitivo;
o Importante exame para definir irressecabilidade/estadiar (90-95%);
o Caracteriza com precisão o tamanho do tumor, o acometimento linfonodal e a presença ou não de metástases a distância.

411
Q

Quais os critérios topográficos de irressecabilidade do Câncer de Pâncreas?

A
  • Envolvimento ≥ 180º do tronco celíaco, artéria hepática e/ou artéria mesentérica superior;
  • Linfonodomegalia além das margens de ressecção (ex.: hilo hepático);
  • Ascite;
  • Metástases a distância (ex: fígado)
412
Q

Quais as características da biópsia para neoplasia de Pâncreas?

A

® Se intenção paliativa: deixam em princípio, implante metastático com a biópsia, mas, quando se considera que a doença é IRRESSECÁVEL, contraindicando-se a cirurgia curativa, a confirmação do diagnóstico histopatológico passa a ser obrigatória;
o Via transduodenal (USG endoscópica/TC);
o Via percutânea (TC).

® Se intenção curativa: não faz biópsia, risco de deixar implante metastático com a retirada da agulha – diagnóstico histopatológico vai ser dado na sala após remoção cirúrgica da peça;
o No paciente típico, com achados tomográficos característicos (e lesão ressecável), o diagnóstico de CA de pâncreas é estabelecido de forma empírica e a conduta terapêutica já pode ser traçada.

413
Q

Qual o estadiamento T do Câncer de Pâncreas?

A

o Tis: carcinoma in situ;
o T1: tumor limitado ao pâncreas < 2 cm;
o T2: tumor limitado ao pâncreas > 2 cm;
o T3: tumor estende-se além do pâncreas, poupando grande vasos;
o T4: tumor envolve grande vasos.

414
Q

Quantos % dos paciente fazem tratamento curativo para o Câncer de Pâncreas?

A

Apenas 20%

415
Q

Como é o tratamento do Câncer de Pâncreas com intenção curativa?

A

Feito para pacientes com até T3 de estadiamento.
o QT neoadjuvante: diminuir o tumor para diminuir risco de metástases por manipulação
cirúrgica e “de-estadiar” a doença e proporcionar ressecções mais completas;
o Cirurgias:
* 1) Tumor em cabeça: Whipple/pancreatoduodenectomia;
* 2) Tumor em corpo/cauda: Child = Pancreatectomia Distal Subtotal + Esplenectomia
en bloc.

416
Q

Quais as características do tratamento paliativo da Neoplasia Periampular?

A

o Indicações:
* Metástases à distância;
* Invasão vascular invasão > 180º do tronco celíaco ou da artéria mesentérica superior;
* Achado inesperado durante a cirurgia;
————————————-
o Objetivos:
* Alívio da obstrução biliar -> colocação de próteses;
* Alívio da dor;
* Alívio e preservação da obstrução duodenal;
————————————-
o 1) Sem condições cirúrgicas: stent metálico em colédoco e/ou duodeno para tentar fazer bile
passar;

o 2) Com condições cirúrgicas:
* Coledocojejunostomia em Y de Roux: para diminuir a icterícia;
* Gastrojejunostomia: para diminuir a obstrução duodenal;

o QT adjuvante: pode melhorar a sobrevida do paciente e melhorar sintomas

417
Q

Quais os fatores de risco para o Câncer de Estômago?

A

o H pylori: gastrite crônica atrófica (múltiplas áreas de atrofia da mucosa glandular, levando à hipocloridria) - aumenta em 5–6 vezes o risco de câncer gástrico;
o Infecção pelo Epstein-Baar;
o História familiar;
o Tabagismo;
o Cirurgia gástrica prévia: principalmente pacientes que trataram úlceras cirurgicamente;
o Adenomas: pólipos adenomatosos (quanto maior o tamanho do pólipo, maior a chance de o neoplasia);
o Dieta: defumados, condimentos, baixo consumo de frutas e vegetais, proteínas e gorduras animais;
o Subgrupo sanguíneo A;
o Anemia perniciosa: gastrite crônica autoimune;
o Pólipos adenomatosos.

418
Q

Quais as características do subtipo Intestinal do Câncer de Estômago pela Classificação de Lauren?

A

o Lesões bem diferenciadas, melhor prognóstico;
o Relação com gastrite atrófica crônica (H. Pylori);
o Mais comum no Brasil, no sexo masculino (2:1), idade média de 55-60 anos;
o Estruturas Glandulares;
o Estômago distal (região do antro);
o Relação com instabilidade de microssatélites;
o Disseminação hematogênica.

419
Q

Quais as características do subtipo Difuso do Câncer de Estômago pela Classificação de Lauren?

A

o Células em anéis de sinete;
o Pouco diferenciado, pior prognóstico;
o Acometimento igual entre os sexos, mais jovens (40-48 anos);
o Associado ao Câncer Gástrico Difuso Hereditário (mutação da E-caderina – redução/perda da expressão);
o Estômago proximal;
o Disseminação por contiguidade e linfática;
o Relação com grupo sanguíneo A

420
Q

Qual é a Classificação de Bormann para a Neoplasia de Estômago?

A
  • Tipo I – lesão polipoide (não ulcerado);
    o Melhor prognóstico;
    o Sobrevida em torno de 40%;
  • Tipo II – ulcerado com bordos nítidos;
    o Carcinoma ulcerado com margens bem demarcadas e nenhuma infiltração;
  • Tipo III – ulcerado com bordos não nítidos e infiltrante;
    o Mais comum;
    o Carcinoma ulcerado e infiltrante com margens rasas e pouco definidas; geralmente há infiltração da submucosa, muscular própria e serosa;
  • Tipo IV – infiltrativo difuso “linite plástica”;
    o Todo linite plástica é tipo IV, mas nem todo tipo IV é linite plástica;
  • Tipo V - nenhum dos demais;
    o Câncer gástrico, cuja definição não se encaixa em nenhuma das descritas.
421
Q

Qual a clínica da Neoplasia de Estômago?

A

Dispepsia com sinais de alarme: perda ponderal, dor epigástrica, náusea, paciente mais velho
-> indicação de EDA;
* A dor costuma ser constante, sem irradiação e não aliviada com a ingestão de alimento;
* Vômitos recorrentes sugerem obstrução antropilórica pelo câncer;
* A disfagia ocorre especialmente quando há invasão da cárdia ou do esôfago distal.

422
Q

Quais são os principais sintomas de metástase do Câncer de Pulmão?

A
  • ## Fígado (icterícia + dor em HD), pulmão (tosse), peritônio (massa palpável + ascite).
  • Linfonodos à distância:
    o Supraclavicular E – VIRCHOW;
    o Umbilical - Irmã Maria José;
    o Axiliar E – Irish;
    o Prateleira retal (fundo de saco) – Blummer;
    o Ovário (implante metastático) – Krukemberg.
423
Q

Quais são as principais Síndromes Paraneoplásicas do Câncer Gástrico?

A

Acantose nigrans, tromboflebite migratória (Síndrome de Trosseau), ceratose seborreia (sinal de Leser-Trélat), nefropatia membranosa, dermatomiosite.

424
Q

Como é feito o diagnóstico do Câncer Gástrico?

A

Endoscopia digestiva alta + Biópsia (histopatologia).

  • Indicações: dispepsia com idade > 45 anos ou “sinais de alarme” (perda ponderal,
    anemia, sangramento, disfagia, vômitos recorrentes, massa abdominal palpável, gastrectomia prévia, história familiar de CA gástrico).
425
Q

Como deve ser feito o estadiamento do Câncer Gástrico?

A

o USG endoscópica: padrão-ouro para o T (avaliar se o tumor atravessa a parede do órgão);
* Avalia o N pré-operatório (podendo realizar uma pré-biópsia do linfonodo);
* Importante para definir o grau de invasão da parede (importante para identificar os
tumores precoces);
——–
Videolaparoscopia: avalia metástase peritoneal, lesões sugestivas em órgãos e ascite;
* Feita em todo paciente ≥ T2 (pega submucosa – risco alto de metástase) – mesmo que tomografia normal;
——–
Componente “N” (linfonodos acometidos): só é definido após a cirurgia, sendo necessário
ressecar no mínimo 16 linfonodos.

426
Q

Qual a margem de segurança no tratamento cirúrgico do câncer Gástrico?

A

6 cm se intestinal e 8 cm se difuso

427
Q

Qual o número de linfonodos ressecados no tratamento cirúrgico do câncer Gástrico?

A

Linfadenectomia a D2 (≥ 16 linfonodos precisam ser retirados para ser eficaz, mas ideal é 30/32 linfonodos na
peça).

428
Q

Qual o procedimento cirúrgico indicado de acordo com a região acometida no tratamento cirúrgico do câncer Gástrico?

A
  • Tumor distal: gastrectomia subtotal + BII ou Y de Roux;
  • Tumor proximal e médio: gastrectomia total + Y de Roux.
429
Q

Quais as indicações de como tratamento do tumor Gástrico?

A
  • Limitado a mucosa (T1a - mucosa);
  • Não ulcerado;
  • Sem invasão linfovascular;
  • < 2 cm;
  • Bem diferenciado (subtipo intestinal).
430
Q

Como deve ser o tratamento adjuvante do Câncer Gástrico?

A
  • QT perioperatória = neoadjuvância + cirurgia + adjuvância;
  • Estudo Flut 4: fazer sempre que ≥T2 e/ou N+ para melhorar resultados operatórios.
431
Q

Como deve ser o tratamento paliativo para Câncer Gástrico?

A
  • Em caso de carcinomatose peritoneal, lesões irressecáveis ou metástase a distância
    (hepática e pulmonar);
  • A quimioterapia paliativa tem mostrado benefício quanto à redução dos sintomas e ao aumento da sobrevida;
  • A gastrectomia paliativa deve ser oferecida aos pacientes com risco cirúrgico baixo, tendo como objetivo evitar sangramento, perfuração e/ou obstrução em decorrência
    do crescimento tumoral;
  • Os dilatadores pneumáticos e stents são reservados para os pacientes com disfagia.
432
Q

Qual a definição de Câncer Gástrico Precoce?

A

o T1NX;
o Lesão que acomete mucosa e/ou submucosa com ou sem linfonodos acometidos;
o O que leva em consideração é o T e não o N = Não significa que é inicial, é precoce em relação ao T.

433
Q

Qual o tratamento do Câncer Gástrico Precoce?

A

Tratamento endoscópico: cuidar! Precisa ser:
* Limitado a mucosa (T1a - mucosa /T1b - submucosa);
* Não ulcerado;
* Sem invasão linfovascular;
* < 2 cm;
* Bem diferenciado (subtipo intestinal).

434
Q

Quais os fatores de risco para o subtipo Escamoso da Neoplasia de Esôfago?

A
  • Tabagismo;
  • Etilismo;
  • HPV;
  • Acalásia;
  • Bebidas quentes (chimarrão);
  • Substâncias cáusticas;
  • Tilose palmoplantar.
435
Q

Quais os fatores de risco para o subtipo Adenocarcinoma da Neoplasia de Esôfago?

A
  • DRGE;
  • Barrett;
  • Obesidade.
436
Q

Qual a epidemiologia do Câncer de Esôfago?

A

o Predomina no sexo masculino (escamoso = 3:1; adenocarcinoma = 15:1);
o Idade: a partir dos 40 anos de idade (a maior taxa de mortalidade é vista entre 60–70 anos);
o Localização do tumor: 50% encontram-se no terço médio, 25% no terço superior e 25% no terço inferior.

437
Q

Quais as particularidades de cada subtipo da neoplasia de Esôfago?

A

® Escamoso:
o Mais comum na porção proximal/média do esôfago;
o Mais comum em negros;

® Adenocarcinoma:
o Mais comum na porção mais distal;
o Mais comum em brancos.

438
Q

Qual a clínica e diagnóstico da Neoplasia de Esôfago?

A

o Disfagia (inicia para sólidos e, após um período variável, evolui para líquidos) + perda de peso
em poucos meses;
o Endoscopia + biópsia +/- esofagografia (Sinal da Maçã Mordida = falha de enchimento
interno);
o Tumor tende a crescer para a luz e depois vai aprofundando

439
Q

Qual o melhor exame para estadiamento do Câncer de Esôfago?

A

Ultrassonografia endoscópica -> analisar plano de clivagem entre a camada e a massa tumoral e citológicamente os linfonodos;
* Solicitar também: TC tórax e TC abdômen;
* Outros exames: RX de tórax, broncofibroscopia, mediastinoscopia, PET-scan.

440
Q

Qual o tratamento para o Câncer de Esôfago T1a?

A

o Lesões < 2 cm: mucosectomia simples;
o Lesões > 2 cm: dissecção endoscópica da submucosa

441
Q

Qual o tratamento padrão para o restante do estadiamento do Câncer de Esôfago?

A

Esofagectomia + linfadenectomia +/- quimiorradioterapia neoadjuvante (antes de
operar – objetivo de reduzir tamanho do tumor para facilitar cirurgia).

442
Q

Qual o tratamento paliativo do Câncer de Esôfago?

A

Paliação = passar Stent no esôfago para paciente conseguir se alimentar/ingerir
líquidos.

443
Q

Qual a ordem de camadas na abordagem das hérnias inguinais?

A

Alça intestinal -> Peritônio -> Gordura pré-peritonial -> Fáscia Transversalis -> Músculo Transverso do Abdômen -> Músculo Oblíquo Interno -> Aponeurose do Músculo Oblíquo Externo -> Subcutâneo -> Pele

444
Q

O que é o Canal Inguinal?

A

Comunicação do anel inguinal interno ao anel inguinal externo (vai de posterior para anterior) = comunica cavidade abdominal
com região inguino-escrotal/virilha.

445
Q

O que compõe a parede posterior do Canal Inguinal na avaliação das Hérnias Inguinais?

A
  • Fáscia Transversalis (mais frágil e esburacada – reveste músculo Transverso do Abdômen);
  • Músculo Transverso do Abdômen;
    o Músculo Oblíquo Interno
  • Orifícios:
    o Anel Inguinal Interno/profundo: início do Canal Inguinal;
    o Canal Femoral: sempre se anuncia abaixo do Ligamento Inguinal;
    o Músculo Transverso do Abdômen;
    o Músculo Oblíquo Interno
446
Q

O que compõe a parede anterior do Canal Inguinal na avaliação das Hérnias Inguinais?

A

Aponeurose do Músculo Oblíquo Externo;
o Orifício: Anel Inguinal Externo/superficial: final do Canal Inguinal;
o Espessamento: Ligamento Inguinal (do ligamento Inguinal para cima = região abdominal/inguinal; para baixo = região femoral).

447
Q

Quais as estruturas do Canal Inguinal no Homem?

A

Funículo Espermático -> fibras do músculo cremáster, vasos cremastéricos, ducto
deferente com sua artéria e veia, artéria e veia testiculares, artéria e veia espermáticas externas, conduto peritoneovaginal obliterado, plexo pampiniforme, ramo genital do nervo genitofemoral, nervo cremastérico e vasos linfáticos

448
Q

Quais as estruturas do Canal Inguinal na mulher?

A

Ligamento redondo do útero.

449
Q

Qual a definição de hérnia inguinal indireta?

A

® Se anuncia através do anel inguinal INTERNO;
® Hérnia mais comum de todas - na criança, no adulto, no idoso, homem e mulher

450
Q

Qual a fisiopatologia da Hérnia Inguinal Indireta?

A

Defeito congênito em que ocorre a persistência do conduto peritônio-vaginal = não fechamento (fechamento do conduto é mais tardio do lado direito, sendo mais comum a apresentação de hérnias desse lado);

® Alça intestinal pode se anunciar através do anel inguinal interno, imitando caminho realizado pelo testículo no conduto
peritônio-vaginal

451
Q

Como é feito o diagnóstico da Hérnia Inguinal Indireta?

A

Exame físico: tocar o canal inguinal colocando o dedo dentro do anel inguinal externo em direção ao anel inguinal interno e pede para paciente fazer manobra de Valsalva -> se conteúdo da hérnia toca na ponta do dedo = Hérnia Indireta;
o Risco maior de encarceramento -> fica presa no anel por onde se anuncia
——
Se dúvida/necessário: exame de imagem - USG.

452
Q

Quais as características do tratamento cirúrgico da Hérnia inguinal indireta redutível?

A

Redutível: cirurgia eletiva;
o Masculino e oligo/assintomático: não necessariamente operatório;
o Mulher: sempre operar - videolaparoscopia.

453
Q

Qual a conduta diante de uma hérnia inguinal indireta encarcerada?

A

Tentar redução manual;
o Se reduzir: seguir conduta da hérnia redutível.

454
Q

Quais os sinais de estrangulamento da hérnia inguinal e qual a conduta diante de sua presença?

A
  • Sinais estrangulamento: obstrução, > 6-8h, sinais flogísticos, instabilidade hemodinâmica, irritação peritoneal;
    o Cirurgia de Emergência: Inguinotomia -> permite identificar víscera isquêmica, realizar a enterectomia seguida de anastomose primária e reparar a hérnia inguinal (abordagem pré-peritoneal)
455
Q

Quais as características da herniorrafia anterior e quais as suas principais técnicas?

A

Herniorrafia Anterior (reduzir conteúdo, ressecar saco herniário) + reforço posterior (fazer sempre em paciente
adulto).
—-
Técnica de Shouldice: técnica tecidual = não utiliza tela;
o Imbricação de músculos (sutura um musculo em cima do outro) no reforço da parede posterior;
o Baixo índice de recidiva;
o Técnica difícil
——
* Técnica de Lichtenstein: técnica com tela livre de tensão;
o Técnica fácil;
o Baixo índice de recidiva;
o Tela substitui a parede posterior - tela feita de polipropileno é suturada ao longo do ligamento inguinal inferiormente, no tendão conjunto e sob o oblíquo interno. É feita abertura
na tela para a passagem do cordão espermático, que é “abraçado” pela tela;
o Abordagem anterior de escolha

456
Q

Quais os nervos mais lesados na abordagem posterior da hérnia inguinal?

A

Cutâneo femoral lateral, ramo femoral do nervo genitofemoral e o próprio nervo femoral.

457
Q

Quais as características da dor crônica após abordagem da hérnia inguinal e quais os nervos que são mais lesionados na abordagem anterior?

A

o Dor crônica (+ de 6 a 8 semanas) no pós-operatório -> complicação mais comum nos reparos abertos livres de tensão (uso de prótese) e menos encontrada nos reparos videolaparoscópicos;
o Nervos abordagem anterior: ilioinguinal, ilio-hipogástrico e ramo genital do genitofemoral.

458
Q

Quais são e do que recorrem as principais complicações da cirurgia da hérnia inguinal?

A

o Isquêmicas: ocorrem por trombose do delicado plexo venoso do testículo (plexo pampiniforme) -> atrofia testicular por orquite isquêmica (dolorosa ou não);
—–
o Neurológicas: lesão dos nervos da região inguinal -> uso de eletrocautério ou aprisionamento do nervo;
——
o Recorrência: ocorre em 1 a 3% dos casos em um período de dez anos de acompanhamento.

459
Q

Por onde se anuncia a Hérnia Inguinal Direta?

A

Se anuncia através do Triângulo de Hasselbach.

460
Q

Qual a fisiopatologia da Hérnia Inguinal Direta?

A

Defeito adquirido em que ocorre enfraquecimento da parede posterior do canal inguinal (Fáscia Transversalis);

o Parte de fragilidade: região triangular da Fáscia, Triângulo de Hasselbach, limitada por:
* Ligamento inguinal;
* Vasos epigástricos inferiores;
* Borda Lateral do Músculo Retoabdominal.

461
Q

Em relação aos vasos epigástricos inferiores, qual a posição das hérnias diretas?

A

Medial aos vasos epigástricos inferiores, dentro do Triângulo de Hasselbach

462
Q

Como as hérnias inguinais diretas se anunciam no exame físico?

A

Tocar o canal inguinal colocando o dedo dentro do anel inguinal externo e pede para paciente fazer
manobra de Valsalva -> se conteúdo da hérnia toca na polpa digital (vem de trás) = Hérnia Direta

463
Q

Qual a classificação de Nyhus para as Hérnias inguinais?

A
  • Tipo I:
    ® Hérnia inguinal indireta com anel inguinal interno preservado (conteúdo só se anuncia e não dilatou);
    ® Típico da infância;
  • Tipo II:
    ® Hérnia inguinal indireta com anel inguinal interno alargado (> 2cm);
  • Tipo III:
    ® Defeito da parede posterior:
    o IIIA: Hérnia inguinal Direta;
    o IIIB: Hérnia inguinal Indireta (destruição da parede posterior mesmo que nada se anuncie por ali);
    o IIIC: Femoral.
  • Tipo IV:
    ® Hérnia recidivada:
    o IVA: Hérnia inguinal Direta;
    o IVB: Hérnia inguinal Indireta;
    o IVC: Hérnia Femoral;
    o IVD: Hérnia Mista.
464
Q

Qual a definição de Hérnia Femoral?

A

Hérnia que se anuncia abaixo do Ligamento Inguinal -> dentro do Canal Femoral

465
Q

Quais os limites do Canal Femoral?

A

® Teto: Ligamento Inguinal;
® Medial: Ligamento Lacunar;
® Lateral: Veia Femoral (medial a artéria femoral e lateral ao canal femoral);
® Assoalho: Ligamento Pectíneo (Cooper)

466
Q

Qual a epidemiologia da Hérnia Femoral?

A

® Mais comum em mulheres - mulheres obesas acima dos 45 anos;
® Mais comum à direita (sigmoide à esquerda acaba tamponando a região);
® Maior risco de encarceramento (canal femoral é estreito, rígido e inelástico) = SEMPRE operar

467
Q

Como pensar no diagnóstico de Hérnia Femoral no Exame físico?

A

Saco herniário: se anuncia através do canal femoral, medialmente aos vasos femorais;
o Todo abaulamento na região da virilha abaixo do ligamento inguinal, que se acentua com a manobra de Valsalva, deve ser considerado, até segunda ordem, uma hérnia femoral.

468
Q

Quais são as técnicas cirúrgicas na herniorrafia anterior para hérnias femorais?

A
  • Técnica de MCVay: técnica boa para hérnia femoral -> pega tendão conjunto e sutura ao longo do ligamento de Cooper, tamponando o canal femoral;
  • Técnica do Plug Femoral: cone de tela no canal femoral.
469
Q

Quais são as indicações de cirurgia na Hérnia umbilical na criança?

A
  • Não fechamento após 4-6 anos;
  • Grandes hérnias (>2cm);
  • DVP;
  • Concomitância com hérnia inguinal.
470
Q

Qual a definição da Hérnia de Hiato tipo I?

A

Hérnia por deslizamento (linha Z deslocada) – JEG herniada + fundo normal.

471
Q

Qual a definição da Hérnia de Hiato tipo II?

A

o Fundo gástrico solto – comprime esôfago (pode isquemiar ou obstruir – 1% por ano);
o Hérnia por rolamento;
o JEG normal;

472
Q

Qual a definição da Hérnia de Hiato tipo III?

A

o Tanto linha Z desliza quanto o fundo gástrico rola;
o JEG herniado + fundo herniado

473
Q

Qual a definição da Hérnia de Hiato tipo IV?

A

Estômago + outra víscera herniada (esôfago, baço, pâncreas, cólon).

474
Q

Qual o tratamento dos diferentes tipos de Hérnia de Hiato?

A

® Tipo I: Conservador – só opera se tiver DRGE cirúrgica junto;
® Tipo II: Cirúrgico se grande e/ou sintomática;
® Tipo III/misto: Cirúrgico se grande e/ou sintomática;
® Tipo IV: Cirúrgico se grande e/ou sintomática.

475
Q

No estômago, quem são as grandes responsáveis pela produção do ácido e onde se localizam?

A

Região do fundo gástrico é a grande responsável pela produção -> Células Parietais que possuem bombas de H+
para produzir o ácido.

476
Q

Quais são as vias de produção do ácido no Estômago?

A

1) Via da gastrina: entre as células específicas do Antro gástrico, há Células G -> produzem gastrina ->
primeira via de estímulo para produção de ácido.
—–
2) Via do Nervo Vago: estimulação do nervo vago pela visão do alimento/olfato e paladar, libera acetilcolina,
estimula Células Parietais a produzir ácido.
——–
3) Via da Histamina: ao encontrar célula parietal, histamina estimula produção de ácido.

477
Q

Qual a definição de Doença Ulcerosa Péptica?

A

Lesão na mucosa gástrica ou duodenal -> solução de continuidade na mucosa do estômago ou duodeno com diâmetro maior ou igual
a 0,5 cm, que penetra profundamente na parede do tubo digestivo (ultrapassando a muscular da mucosa).

478
Q

Quais são os principais mecanismos como agentes causadores de Doença úlcerosa péptica?

A

Helicobacter pylori e AINEs

479
Q

Qual a clínica da Doença Ulcerosa Péptica?

A
  • Dispepsia: azia, plenitude, saciedade precoce, plenitude pós-prandial;
  • Dor: diferenciar início da dor;
    ® Gástrica: dor piora com a alimentação (alimentação aumenta produção de ácido e ele vai direto na úlcera = dor);
    ® Duodenal: dor piora 2 a 3 horas após a alimentação e à noite (tempo de esvaziamento gástrico);
    o Úlceras duodenais são mais prevalentes que as úlceras gástricas;
  • Sinais de alarme: disfagia, anemia, vômitos, emagrecimento, sangramento, massa abdominal, HF neoplasia gástrica.
480
Q

Como deve ser feito o diagnóstico das úlceras sépticas?

A
  • Jovem e sem sinal de alarme: presunção;
  • > 40-45 anos ou presença de sinais de alarme: endoscopia digestiva alta (padrão-ouro);
    ® Se for úlcera gástrica, há a necessidade de fazer biópsia e realizar controle de cura (nova EDA mesmo se o AP for benigno após 8-12 semanas)
481
Q

Qual é a classificação de Johnsnon da DUP?

A

® Hipercloridia:
o Duodenal: sempre no contexto de hipercloridria;
o Gástrica II: corpo gástrica associada a úlcera duodenal;
o Gástrica III: pré-pilórica;

® Hipocloridia:
o Gástrica I: pequena curvatura baixa (mais comum);
o Gástrica IV: pequena curvatura alta;

® Tipo V:
o Qualquer lugar, relacionada com uso de AINEs

482
Q

Qual o tratamento geral da DUP?

A
  • Terapia de antissecreção ácida por 4 a 8 semanas:
    o Inibidores da bomba de prótons: Omeprazol 20mg, Esomeprazole 40mg, Pantoprazol 40mg;
    ® Questionar uso de AINEs e suspender se possível;
    ® Outros: dieta, suspender fumo e álcool.
483
Q

Qual cuidados devemos ter ao investigar H. Pylori nos casos de dispepsia em que vamos fazer EDA?

A

LEMBRAR DE SUSPENDER IBP 1 semana antes – diminui a sensibilidade do teste da urease

484
Q

Quais as características dos métodos diagnósticos de H.Pylori sem EDA?

A
  • Teste da urease respiratória - Sob ação da urease do H. pylori, a ureia é convertida em amônia e bicarbonato, o qual é convertido em CO2;
    o É o método de escolha para o controle de cura -> realizar após quatro semanas do término do tratamento antimicrobiano, e após duas semanas do término do tratamento com IBP;
  • Sorologia: utilizadas para dar o diagnóstico, mas não para o controle de cura (anticorpos permanecem positivos anos após a cura) - detectar a presença de IgG anti-H. pylori;
485
Q

Quais as indicações para erradicação do H.Pylori?

A

o DRGE NÃO É INDICAÇÃO;
o Úlcera péptica ativa ou cicatrizada;
o Linfoma MALT (erradicação é capaz de erradicar o câncer);
o Dispepsia;
o Lesões pré-neoplásicas, após gastrectomia, história familiar positiva em parente de 1o grau para câncer gástrico

486
Q

Qual o tratamento da erradicação do H.Pylori?

A

o No Brasil por 14 dias (4o consenso brasileiro do helicobacter pylori): 2 ATB + IBP;
- Claritromicina 500mg 2x/dia;
- Amoxicilina 1g 2x/dia;
- Omeprazol 20mg 2x/dia (IBP) (necessário manter até 4 a 8 semanas).

487
Q

Como é feito o controle de cura do H.Pylori?

A

≥ 4 semanas após o término do tratamento, não usando sorologia para controle de cura (Teste da urease respiratória é o de escolha).

488
Q

Nos casos de Úlcera Gástrica, que cuidados precisamos ter e qual o controle de cura?

A

SEMPRE biopsiar e fazer nova EDA após tratamento.

489
Q

Quais as indicações cirúrgicas da DUP?

A

o Intratabilidade clínica (falha) - não cicatrização da úlcera após cerca de 8–12 semanas de tratamento, ou recidiva;
o Complicações: hemorragia refratária, perfuração, obstrução.

490
Q

Quais são os métodos de diminuir a acidez com a cirurgia?

A
  • Vagotomia (ressecção do nervo vago) – inibindo cirurgicamente a produção de ácido, interrupção da
    estimulação das células parietais pela acetilcolina;
  • Antrectomia – ao tirar Antro = retiro célula G = inibo produção de ácido.
491
Q

Entre as abordagens do tratamento cirúrgico para DUP, o que é a vagotomia troncular + piloroplastia?

A

o Vagotomia troncular: corta vago indiscriminadamente sem nenhuma inervação vagal = não estímulo mais a produção de ácido;
o Piloroplastia: para relaxar a musculatura do piloro – pela vagotomia troncular cortar todas as funções do vago, o piloro não relaxaria mais.

492
Q

Entre as abordagens do tratamento cirúrgico para DUP, o que é reconstrução pós-antrectomia em Bilroth I?

A

Bilroth I: gastroduodenostomia (junta o que sobrou) – anastomose do que sobrou do estômago
com duodeno (coto duodenal + coto gástrico).

493
Q

Entre as abordagens do tratamento cirúrgico para DUP, o que é reconstrução pós-antrectomia em Bilroth II?

A

Feita quando não é possível fazer a I, é uma antrectomia mais alta (duodeno é fixo,
então não chega até tão em cima);
§ Gastrojejunostomia + alça aferente – fecha coto duodenal, segue duodeno até o jejuno e jejuno (móvel) é levado até o estômago = anastomose de estômago com jejuno, criei uma alça aferente que carrega o conteúdo biliopancreático.

494
Q

Entre as abordagens do tratamento cirúrgico para DUP, o que é reconstrução pós-antrectomia em Y de Roux?

A

Primeiro faz enterectomia (corta o intestino delgado, dividindo-o) e pega
uma porção para criar alça alimentar;
* Para o conteúdo biliopacreático, crio uma entero-entero anastomose;
* Conteúdo biliobancreático se junta ao conteúdo alimentar.

495
Q

Qual o tratamento da Úlcera Tipo I de Johnson?

A

Gástrica I (pequena curvatura baixa - hipocloridria): não preciso me preocupar com secreção de ácido =
não faço vagotomia, é uma úlcera hipoclorídrica;

o Antrectomia (gastrectomia distal) + BI (gastroduodenostomia – úlcera mais baixa).

496
Q

Qual o tratamento da Úlcera Tipo II de Johnson?

A

Gástrica II (corpo gástrico - hipercloridria): se é por hipercloridria, precisa fazer no mínimo vagotomia para reduzir secreção ácida + antrectomia por ser úlcera gástrica que pode ser neoplasia;
o Vagotomia trongular + antrectomia (gastrectomia distal) + BII (gastrojejunostomia).

497
Q

Qual o tratamento da Úlcera Tipo III de Johnson?

A

Gástrica III (pré-pilórica - hipercloridria): se é por hipercloridria, precisa fazer no mínimo vagotomia para
reduzir secreção ácida + antrectomia por ser úlcera gástrica que pode ser neoplasia;
o Vagotomia trongular + antrectomia (gastrectomia distal) + BII (gastrojejunostomia) – pode
tentar BI antes pela posição

498
Q

Qual o tratamento da Úlcera Tipo IV de Johnson?

A

Gástrica IV (pequena curvatura alta - hipocloridria): não preciso me preocupar com secreção de ácido = não faço vagotomia, é uma úlcera hipoclorídrica;
o Gastrectomia subtotal (não permite realizar nem BI nem BII por ser muito alta) + Y de Roux.

499
Q

Qual a definição de Aneurisma de Aorta Abdominal?

A

Dilatação vascular, localizada ou difusa, com > 50% do diâmetro do vaso.

500
Q

Quais os principais tipos de Aneurisma de Aorta Abdominal?

A

o Fusiformes (mais comum);
o Saculares -> risco de ruptura maior

501
Q

Quais as localizações dos tipos de Aneurisma de Aorta Abdominal?

A

I: origem na aorta abdominal infrarrenal;
o Mais comum (85%);
o Segmento livre abaixo das renais = favorece correção endovascular;
* II: justarrenais -> se originam em um segmento da aorta imediatamente após as
renais;
* III: pararrenais -> englobam as renais;
* IV: toracoabdominais -> acima e abaixo das renais

502
Q

Quais os fatores de risco do Aneurisma de Aorta Abdominal?

A
  • Tabagismo (8:!) – principal fator de risco;
  • Sexo masculino;
  • Idade avançada, pessoa de cor branca, história familiar (+);
  • Hipercolesterolemia, HAS, DPOC;
503
Q

Quais os fatores de proteção do Aneurisma de Aorta Abdominal?

A
  • DM2
  • Sexo feminino
  • Cor preta
504
Q

Qual a clínica do Aneurisma de Aorta Abdominal?

A

o Maioria assintomático, geralmente é achado em exame de imagem ou acidental em imagem;
o Se sintomático, é massa pulsátil em linha média;
o Dor abdominal vaga e inespecífica.

505
Q

Como é feito o diagnóstico do AAA?

A

o USG:
* Avalia diâmetros transverso e longitudinal;
* Bom para rastreio, diagnóstico e seguimento;
* Não avalia a ruptura em 50% dos casos;

o AngioTC:
* Delineamento preciso do AAA e diâmetro do lúmen;
* Relação com vasos renais e ilíacos;
* Avalia trombos e calcificações

506
Q

Como é feito o rastreio do AAA?

A

Ministério da Saúde não preconiza;
* Homem ≥ 65 anos;
* ≥ 55 anos se história familiar positiva ou tabagista.

507
Q

Qual o tratamento clínico do AAA?

A
  • Suspender o tabagismo = o mais importante;
  • Controle da HAS e dislipidemia para reduzir o risco cardiovascular;
    o Modificação dos fatores de risco;
    o Beta bloqueadores;
    o IECA ou bloqueadores dos receptores;
    o Estatinas;
    o Antiagregantes plaquetários.
508
Q

Como deve ser feito o seguimento por USG do AAA?

A

o > 2,6-2,9 cm: a cada 5 anos;
o 3,0-3,4 cm: a cada 3 anos;
o 4,4-5,4 cm: a cada 6 meses;
o ≥ 5,5 cm> cirurgia eletiva.

509
Q

Quais as indicações de cirurgia eletiva no AAA?

A

o Diâmetro ≥ 5,5cm;
o Crescimento > 0,5cm em 6 meses ou > 1,0cm em 1 ano;
o Sintomático (dor lombar ou abdominal vaga);
o Formação sacular.

510
Q

Quais os principais métodos de correção do AAA?

A

Cirurgia endovascular e cirurgia convencional (reparo aberto).

511
Q

Qual a principal falha do tratamento endovascular do AAA?

A

Endoleak

512
Q

O que é o Endoleak tipo I?

A

Decorre de um problema na fixação da endoprótese = falha na vedação proximal (IA) ou distal (IB), sendo uma falha na exclusão do saco aneurismático;
o Tratamento imediato = entra novamente e tenta fixar endoprótese.

513
Q

O que é o Endoleak tipo II?

A

Decorre de um sangramento/enchimento retrógrado o saco aneurismático pelos vasos lombares ou veia mesentérica inferior -> tipo mais comum;
o Tratamento se dilatação = ideal é a embolização ao invés de abrir e suturar

514
Q

O que é o Endoleak tipo III?

A

III: falha de 1 componente (da prótese) ou na vedação entre eles = a prótese em si apresenta um defeito, ou a fixação de uma prótese com a outra não foi eficaz;
o Tratamento imediato.

515
Q

O que é o Endoleak tipo IV?

A

IV: vazamento pelos poros da prótese;
o Auto-limitados, resolve após o fim da anticoagulação.

516
Q

O que é o Endoleak tipo V?

A

V: dilatação do aneurisma na ausência de vazamento visível -> saco crescendo persistentemente e não enxergo de onde;
o Auto-limitados, resolve após o fim da anticoagulação.

517
Q

Quais os fatores de risco para a ruptura do AAA?

A
  • Tabagismo;
  • Sexo feminino;
  • Diâmetro inicial, crescimento rápido;
  • HAS, transplante renal ou cardíaco, VEF 1 reduzido;
  • Aneurisma sacular
518
Q

Qual a clinica da ruptura do AAA?

A

Massa pulsátil + dor abdominal aguda e intensa de início súbito + hipotensão = 1/3 dos casos

519
Q

Como é feito o diagnóstico do AAA?

A

USG NÃO vê ruptura;
* Estável: Angio-TC;
o Densidade anômala, hematoma retroperitoneal;
o Ausência de clivagem psoas/aorta.

520
Q

Como é feito o tratamento do AAA?

A

Intervenção imediata - mortalidade cirúrgica gira em torno de 45–50%;
* Estável e anatomia favorável -> endovascular;
* Instável -> iniciar com Balão intra-aórtico;
o Se favorável = endovascular;
o Se desfavorável = cirurgia convencional.

521
Q

Qual a definição de Dissecção de Aorta Torácica?

A

Rasgo na camada íntima, formando um falso lúmen na camada média -> disseca
entre duas camadas e forma falso trajeto.

522
Q

Quais os fatores de risco de Dissecção de Aorta Torácica?

A
  • HAS (70%) – quanto maior a pressa, mais fácil rasga;
  • Aterosclerose (30%);
  • Uso de cocaína e crack;
  • Atividade física extenuante;
  • Gestação;
  • Doenças do tecido conjuntivo (Marfan, Ehlers-Danlos).
523
Q

Qual a Classificação de Stanford para Dissecção de Aorta Torácica?

A
  • A: acomete a aorta ascendente;
  • B: não acomete a aorta ascendente.
524
Q

Qual a Classificação de DeBakey para Dissecção de Aorta Torácica?

A
  • I: origem na ascendente e se extensa por toda a aorta;
  • II: limitada a aorta ascendente;
  • III: origem na descendente.
525
Q

Qual a clínica da Dissecção de Aorta Torácica?

A

o Dor intensa torácica em região anterior do tórax, mais precisamente retroesternal;
o Tipo A: dor torácica, náusea e sudorese;
o Tipo B: dor na região dorsal ou toracodorsal.

526
Q

Como é feito o diagnóstico da Dissecção de Aorta Torácica?

A
  • AngioTC: visualiza 2 luzes = uma luz do vaso e o falso trajeto entre a íntima e a média;
  • Arteriografia: padrão-ouro (faz quando sabe que vai intervir);
  • Ecocardiograma Transesofágico (ETE) possui sensibilidade de 98% e especificidade de 90% para o acometimento da aorta ascendente e torácica descendente.
527
Q

Como é feito o tratamento da Dissecção de Aorta Torácica?

A

o Suporte em UTI + analgesia com opioide;
o Controle da FC e PAS = FC < 60 e PAS < mmHg;
* Betabloqueador + nitroprussiato;
o Tipo A: cirúrgico sempre e IMEDIATO;
o Tipo B: se estável, começa fazendo medicamentoso
* Cirurgia se:
o Dor persistente ou dilatação aneurismática da aorta;
o Isquemia de órgãos;
o Propagação distal;
o Dissecção retrógrada até a aorta ascendente.

528
Q

Quais os fatores de risco de DAOP?

A

o Aterosclerose – principal fator de risco (> 90%) = oclui vascularização;
o Tabagismo;
o Hipercolesterolemia;
o HAS;
o DM;
o Dislipidemia;
o Hiper-homocisteinemia;
o Cor preta.

529
Q

Qual a clínica da DAOP?

A

o Síndrome de Leriche: oclusão aortoilíaca bilateral (mais alta);
* Claudicação na panturrilha, coxa e nádegas;
* História de impotência sexual;
—–
o Isquemia crítica (CLTI): dor em repouso;
o Úlcera isquêmica: ressecada, dolorida, sem granulação;
* Mais frequentemente na porção distal dos pés;
* Feridas muito dolorosas e sem sinal de cicatrização (úlceras secas);
* Na presença de infecção -> aparência de úlceras úmidas
o Alterações cutâneas: pele seca, brilhante e sem pelos;
o Pulsos: na maioria das vezes reduzidos em MMII.

530
Q

Qual a Classificação de Fontaine para DAOP?

A
  • Estágio I: assintomático;
  • Estágio IIa: Claudicação leve;
  • Estágio IIb: Claudicação moderada/grave;
  • Estágio III: dor em repouso;
  • Estágio IV: úlcera isquemia ou necrose.
531
Q

Qual a Classificação de Rutherford para DAOP?

A
  • Estágio I: assintomático;
  • Estágio II: Claudicação leve;
  • Estágio II: Claudicação moderada;
  • Estágio III: Claudicação grave
  • Estágio IV: dor em repouso;
  • Estágio V: necrose pequena;
  • Estágio VI: necrose extensa
532
Q

Como é feito o diagnóstico da DAOP?

A

Índice Tornozelo Braquial = ITB (PAS tornozelo / PAS braço);
* Normal: 1,1 +/- 0,1;
* Claudicação: 0,5-0,9;
* Isquemia crítica: < 0,4;
——-
o USG doppler: método para diagnóstico de estenoses arteriais, utilizado na avaliação inicial (junto ao ITB);
——
o Angio-TC/arteriografia: avaliação pré-operatória;
* Angio-TC: Melhor avaliação de artérias proximais (segmento aorto-ilíaco ou fêmoro-poplíteo)
* Angiografia: é o padrão-ouro - Exame de escolha para lesões abaixo do joelho e
pacientes candidatos à revascularização (angioplastia ou cirurgia).

533
Q

Quais as medidas gerais de tratamento da DAOP?

A
  • Interromper o tabagismo;
  • Controle do DM, da dislipidemia, da PA;
  • Antiagregantes plaquetários (AAS, clopidogrel, ticagrelor): reduz eventos
    cerebrovasculares (benefício do bloqueio duplo plaquetário, com AAS e clopidogrel,
    em reduzir a mortalidade e morbidade cardiovascular em pacientes com DAP ainda é
    incerto).
534
Q

Quais as medidas de tratamento da claudicação intermitente da DAOP?

A
  • Exercício supervisionado;
  • Cilostazol = antiagregante e vasodilatador.
535
Q

Quais as indicações de tratamento cirúrgico na DAOP?

A
  • Sintomas significativos e refratários;
  • Isquemia ameaçadora: isquemia crítica, úlcera que não cicatriza.
536
Q

Quais as indicações de tratamento endovascular na DAOP?

A

Angioplastia +/- Stent
o Angioplastia transluminal percutânea seguida ou não de colocação de stent
o Indicações: lesões pequenas e bem localizadas, placas proximais, lesões abaixo do joelho.

537
Q

Quais as indicações de tratamento por revascularização na DAOP?

A

Bypass - doença femoropoplítea é geralmente tratada com revascularização cirúrgica;
o By-pass aortobifemoral com enxerto de veia autóloga (safena magna ou
parva) ou de PTFE;
o Indicação: isquemia crítica de membro.

538
Q

Quais as indicações de tratamento por amputação na DAOP?

A

Terapia de exceção - necessária em 5% dos pacientes.

539
Q

Qual a definição de DRGE?

A

® Comida, ao chegar no estômago, deveria servir de estímulo para esfíncter esofagiano inferior fechar;
® Esfíncter esofagiano tem relaxamentos transitórios ou está hipotônico (paciente com acalasia que fez miotomia);
o Acredita-se que relaxamentos sejam mediados por um reflexo vagovagal anômalo estimulado pela distensão gástrica;
® Ocorre refluxo interprandial recorrente, de longa duração, com sintomas como pirose e regurgitação que resultam da agressão à mucosa esofágica promovida pelo material refluído

540
Q

Quais os fatores de risco da DRGE?

A

o Obesidade: o IMC é fator de risco independente para DRGE;
o Gestação: relaxamento do EEI promovido pela progesterona + aumento da pressão intra-abdominal exercido pelo útero gravídico;
o Hérnia de hiato: EEI passa a não contar mais com a ajuda da musculatura diafragmática como reforço mecânico à
sua função de barreira.

541
Q

Qual a clínica da DRGE?

A
  • Típicos:
    ® Sintomas esofágicos: pirose + regurgitação;
  • Atípicos:
    ® Sintomas laringorespiratórios (secreção regurgitada que cai na laringe, irrita as vias aéreas);
    o Tosse;
    o Rouquidão;
    o Refluxo ácido para a boca (erosão do esmalte dentário);
    o Broncoespasmo
542
Q

Qual o método padrão para diagnóstico de DRGE?

A

Prova terapêutica – sintomas típicos e não suspeita de outras doenças;
o Se responder, é porque era DRGE;
o Redução sintomática > 50% após 1–2 semanas de uso de IBP.

543
Q

Qual o método padrão-ouro para diagnóstico de DRGE?

A

pHmetria 24 horas;

544
Q

Qual a finalidade e as indicações de EDA na DRGE?

A

o Finalidade: identificar complicações -> esofagite (30–40% dos pacientes), estenose péptica, esôfago de Barrett e
adenocarcinoma;
o EDA formal se sinal de alarme:
* Idade ≥ 40 anos no Brasil;
* Vômitos;
* Disfagia;
* Sintomas refratários ao tratamento;
* História prolongada de pirose (> 5-10 anos);
* Sangramento gastrointestinal e anemia;
* HF de câncer;
* Perda de peso (≥5 kg sem dieta)

545
Q

Qual o tratamento medicamentoso da DRGE?

A

Inibidor de Bomba de Prótons (inibem a H+ /K+-ATPase) -> bloqueia a via final para a secreção de ácido pelas células parietais do estômago) 1x/dia por 8 semanas (pela manhã 30 minutos antes da refeição);
o Falha inicial (melhora parcial após 2 semanas): dobrar a dose na 2ª semana – se melhorar, mantém tratamento até completar 8 semanas;
o Falha na 2 tentativa após dobrar a dose: paciente refratário

546
Q

Quais as indicações de tratamento cirúrgico na DRGE?

A

o Paciente com sintomas refratários = não responde a IBP;
o Sintomas recorrentes = não vive sem IBP;
o Complicações = estenose péptica ou úlcera esofágica;

547
Q

Quais os exames pré-operatórios para o tratamento cirúrgico na DRGE?

A
  • pHmetria ou EDA (+): confirmação - EDA = Esofagite: Classificação de Los Angeles C ou D
  • Manometria: escolha da técnica operatória
548
Q

Quais as técnicas operatórias da cirurgia de DRGE?

A

Fundoplicatura = fundo do estômago acaba abraçando o esfíncter esofagiano, servindo de válvula = só fecha quando
estômago está cheio.
————-
o Fundoplicatura total: manometria = normal;
* Fundoplicatura de Nissen – válvula com 360º;
* Sutura gástrica posicionada anteriormente ao esôfago;
————-
o Fundoplicatura parcial: manometria = alterada (dismotilidade);
* Fundoplicatura Anterior: passa fundo pela frente do esôfago - Dor, Thal, Pinotti;
* Fundoplicatura Posterior: passa fundo por trás do esôfago – Lind e Toupet.

549
Q

Qual a definição de Esôfago de Barrett?

A

Alteração histológica (Metaplasia) do refluxo que aumenta a chance de adenocarcinoma esofágico;
o Com refluxo, cicatrização das erosões faz com que células do esôfago sofram metaplasia e se transformam no epitélio do estômago, cilíndrica/colunar, mas mais semelhante à do intestino -> maior resistência ao pH ácido;
o Problema é que o epitélio metaplásico é mais propenso a evoluir com displasia progressiva de suas células ->
transformação neoplásica maligna.

550
Q

Quais os fatores de proteção do Esôfago de Barrett?

A

Consumo de vinho tinto, a infecção crônica por H. pylori e indivíduos de cor preta

551
Q

Como é feito o diagnóstico do Esôfago de Barrett?

A

EDA com mucosa vermelho salmão -> encontrado em 10–15% dos pacientes submetidos à EDA devido a sintomas de refluxo;
® Biópsia confirma o diagnóstico - característica histopatológica (que define a presença de metaplasia do tipo “intestinal”) o encontro de células caliciformes (repletas de mucina).

552
Q

Como é feito o acompanhamento endoscópico do Esôfago de Barrett?

A

o Sem displasia (metaplasia intestinal): EDA a cada 3-5 anos;
o Displasia de baixo grau: EDA a cada 6-12 meses (na prática, considerar ablação endoscópica);
o Displasia de alto grau (quase carcinoma in situ): ressecção endoscópica ou esofagectomia se não puder ressecar;
o Câncer de esôfago: esofagectomia.

553
Q

Quais as principais causas de oclusão arterial aguda?

A
  • Embolia
  • Trombose
554
Q

Quais as características de Oclusão Arterial Aguda por Embolia?

A
  • Local + comum = bifurcação femoral (40%);
  • Quadro mais exuberante e dramático;
  • Manifestações mais intensas (isquemia grave) -> ausência de circulação colateral;
  • Início súbito bem marcado, com ausência de história de sintomas prévios (claudicação
    intermitente);
  • Fontes emboligênicas: fibrilação atrial e trombo mural em VE após IAM são as
    principais
555
Q

Quais as características de Oclusão Arterial Aguda por Trombose?

A

Evolução da doença arterial periférica;
* Quadro mais brando (colaterais);
* Ocorre em vasos com placas ateroscleróticas -> rompimento da placa desencadeia processo de formação de trombo;
* Instabilidade da placa aterosclerótica com estreitamento progressivo de lesão aterosclerótica -> processo mais lento, permitindo o desenvolvimento de circulação colateral;
* Clínica menos exuberante -> menos efeito isquêmico (circulação colateral já
desenvolvida);
* História clínica mais arrastada, com agravo de sintomas DAOP (dor, claudicação intermitente)

556
Q

Qual a clínica da Oclusão Arterial Aguda?

A

6P’s:
o Pain;
o Palidez;
o Pulselessness (ausência de pulso – mas a presença não afasta);
o Parestesia;
o Paralisia;
o Poiquilotermia.

557
Q

Como é feito o diagnóstico da Oclusão Arterial Aguda?

A

o US com Doppler (duplex scan): exame inicial realizado;
o Angio-TC: maior sensibilidade e especificidade (proximal) e pode indicar a origem da embolização;
o Arteriografia (angiografia): elevada acurácia e potencial terapêutico;
* Padrão ouro: mas por ser um procedimento invasivo (punção da artéria), a Angio-TC
é mais utilizada;
* Capaz de avaliar possíveis causas (trombose ou embolia)

558
Q

Qual a Classificação da Oclusão Arterial Aguda?

A

IIa: Ameaça reversível com
tratamento |. Pouca perda sensorial; Doppler arterial (-) e venoso (+)
—-
IIb: Ameaça reversível com
tratamento IMEDIATO
Perda sensorial moderada e
leve fraqueza; Doppler
arterial (-) e venoso (+)
—-
III: Irreversível = RIGIDEZ Anestesia profunda; Doppler
(-).

559
Q

Qual o tratamento da Oclusão Arterial Aguda de acordo com cada subtipo?

A

IIa: Arteriografia + Trombolítico
—-
IIb: Embolectomia
—-
III: Amputação

560
Q

Qual a conduta na emergência para todos diante de Oclusão Arterial Aguda?

A
  • Proteção térmica: na suspeita diagnóstica, enfaixar o membro com algodão
    ortopédico (laminado);
  • Anticoagulação: administrar heparina não fracionada em bólus + infusão contínua;
    o Evitar propagação da obstrução -> progressão do êmbolo e formação de
    trombos distais;
  • Analgesia e hidratação
561
Q

Quais as características da Trombólise na Oclusão Arterial Aguda?

A
  • Trombolíticos intra-arteriais (alteplase/rtPA ou uroquinase/rUK): injeção local de trombolíticos -> diretamente na artéria comprometida durante a arteriografia;
  • Indicado para categorias I e IIa (leve comprometimento neurológico);
  • Realizar na ausência de contraindicações: sangramento ativo, sangramento gastrointestinal (10 dias), AVE (6 meses), cirurgia cerebral/espinhal (3 meses), TCE (3 meses);
  • 4.000 UI/min em 4h seguidas de 2.000 UI/min por no máximo 48h
562
Q

Quais as características da Embolectomia na Oclusão Arterial Aguda?

A
  • Embolectomia com arteriotomia: incisão da artéria diretamente no local da
    obstrução, retirando o êmbolo;
  • Embolectomia por cateter de Fogarty: introdução do cateter dentro da artéria acometida, atravessando o êmbolo -> insuflar o cateter e puxá-lo de volta, removendo o êmbolo mecanicamente;
  • Dispositivos de aspiração (angiojet, penumbra, rotarex);
  • Revascularização cirúrgica (by-pass): em casos de obstruções mais graves é possível revascularizar a região com um enxerto de veia ou prótese, ligando a área proximal a obstrução à área distal à obstrução.
563
Q

Quais as fases da captação arterial na avaliação hepática na TC dinâmica?

A

o A: fase sem contraste;
o B: fase arterial (aorta brilhando) -> avaliar a captação de contraste pelo tumor;
* Se captação for de fora para dentro = periférica;
* Se captação começar no centro = central ou cicatriz central;
* Se captação muito rápida pelo tumor = hipercaptação ou captação rápida;
o C: fase portal (veia porta colorida);
o D: fase de equilíbrio – sangue saiu do fígado;
* Se demora para eliminar = tumor pouco vascularizado.

564
Q

O que é Wash-out na avaliação das lesões hepáticas na TC dinâmica?

A
  • Lavar o contraste = bem vascularizado = carcinoma.
  • Tumor hiperdenso na fase arterial (já captou todo o contraste, hipercaptação de fase arterial);
  • Tumor hipodenso na fase portal.
565
Q

Qual é a epidemiologia do Hemangioma Hepático?

A
  • É o tipo de tumor benigno mais comum -> aproximadamente 2 a 20% da população;
  • Mais comum em mulheres (8 F: 1 M);
  • Idade média de aparecimento: 45 anos.
566
Q

Quais as características gerais dos Hemangiomas Hepáticos?

A
  • Etiologia desconhecida;
  • Associado com hemangiomas de outros órgãos;
  • Podem ser multifocais dentro do mesmo órgão;
  • Hormônios sexuais não aparentam ter relação com o crescimento das lesões.
567
Q

Qual a clínica dos Hemangiomas Hepáticos?

A
  • Assintomáticos: maioria dos casos -> achados incidentais em exames de imagem;
  • Sintomáticos (superficiais e maiores de 4cm): SEMPRE investigar outra causa que
    justifique os sintomas -> 50% terá outra causa que justifique sintoma que não o hemangioma;
    o Dor;
    o Efeito de massa (grandes hemangiomas) = sintomas raros;
    o Ruptura espontânea/sangramento;
    o Trombocitopenia e coagulopatia de consumo (Síndrome de Kasabach Merrit)
568
Q

Como é feito o diagnóstico dos Hemangiomas Hepáticos?

A
  • TC com contraste EV: padrão típico de realce na periferia na fase arterial, com impregnação centrípeta na fase tardia;
  • Biópsia percutânea: não indicado devido ao risco de sangramento.
569
Q

Como é feito o tratamento dos Hemangiomas Hepáticos?

A
  • Assintomáticos: observação;
  • Sintomáticos: tratamento cirúrgico - por enucleação (mais comum) ou hepatectomia.
570
Q

Qual a epidemiologia da Hiperplasia Nodular Focal?

A
  • Segundo tumor benigno mais comum;
  • Usualmente lesão solitária, sem cápsula bem definida;
  • Principalmente em mulheres jovens (35 anos) -> 8 F: 1 M.
571
Q

Quais as características gerais da Hiperplasia Nodular Focal?

A
  • Nódulo composto de hepatócitos aparentemente normais e benignos;
  • Etiologia indefinida -> tem relação com lesão vascular ou malformação, com característica de largas artérias em uma cicatriz central e ausência de estruturas venosas;
  • A relação com contraceptivos orais (ACO) é controversa;
  • História natural: maioria são tumores benignos de natureza indolente;
  • Permanecem assintomáticos por longos períodos;
  • Casos raros: ruptura, sangramento e infarto da lesão.
572
Q

Como é feito o diagnóstico da Hiperplasia Nodular Focal?

A
  • Tomografia com contraste dinâmica -> visualização de cicatriz central;
  • Biópsia: tem sido sugerida em casos de dúvida diagnóstica -> muitas vezes não é esclarecedora.
573
Q

Como é feito o tratamento da Hiperplasia Nodular Focal?

A
  • Assintomático: observação;
  • Ressecção cirúrgica: em caso de diagnóstico impreciso ou de persistência dos sintomas.
574
Q

Qual a epidemiologia do Adenoma Hepatocelular?

A
  • Lesão benigna do fígado com risco de degeneração maligna;
  • Mais comum em mulheres jovens (20 a 40 anos);
  • A maioria são sintomáticos desde o diagnóstico inicial.
575
Q

Quais os fatores de risco do Adenoma Hepatocelular?

A

o Uso de ACO;
o Doenças de armazenamento do glicogênio e diabetes;
o O risco de desenvolvimento do adenoma é diretamente proporcional ao tempo de uso dos ACO -> + de 9 anos de uso aumenta em 25x o risco comparado ao da população geral.

576
Q

Quais as complicações associadas ao uso de ACO do Adenoma Hepático?

A

o Crescimento tumoral -> dor;
o Ruptura com hemorragia intraperitoneal (30-50%);
o Transformação maligna (Carcinoma Hepatocelular)

577
Q

Quais as morfologias associadas ao Adenoma Hepático?

A

o Solitários (70-80%);
o 12-30% múltiplos (>10: adenomatose);
o Variam de milímetros a vários centímetros;
o Ductos biliares ausentes;
o Alfa-feto proteína aumentada indica transformação maligna

578
Q

Qual a clínica dos Adenomas Hepáticos?

A
  • A maioria são sintomáticos no diagnóstico inicial (50-75% dos casos);
  • Dor em hipocôndrio direito: hemorragia/necrose tumoral ou sintomas compressivos,
    icterícia (por compressão dos ductos biliares);
  • Ruptura em peritônio livre: dor súbita e de forte intensidade + choque (até 20%
    mortalidade).
579
Q

Qual tratamento para mulheres assintomáticas em uso de ACO ou com lesão < 5cm?

A

o Suspender ACO: repetir imagem em 06 meses -> se lesão inalterada ou aumentada de tamanho, fazer ressecção;
o Alguns recomendam a ressecção de todos os adenomas independentemente
do tamanho, se tecnicamente viável;
o Obs: mesmo após a descontinuação do tratamento com esteróides, pode
haver crescimento, ruptura e transformação maligna -> mesmo que o adenoma diminua o tamanho.

580
Q

Como é a característica do tumor do Adenoma Hepático na imagem?

A

Hipercaptação heterogênea = tumor é Hipervascularizado – risco de ruptura/sangramento e de câncer.

581
Q

Qual tratamento para mulheres sintomáticas com Adenoma Hepatocelular em uso de ACO ou com lesão ≥ 5cm?

A

o Enucleação/ressecção;
o Tx hepático: depende do tamanho, localização ou se adenomatose;
o Pacientes que pretendem engravidar: ressecção antes da gravidez;
o Durante gravidez: se sintomático ou adenomas de grande volume -> ressecção (2° trimestre);
o Ruptura: hemorragia aguda -> embolização da artéria hepática -> estabilização do quadro clínico -> laparotomia + ressecção

582
Q

Qual é a epidemiologia do Carcinoma Hepatocelular?

A
  • Tumor maligno primário mais frequente do fígado (> 90% casos)
    o Incidência aumenta com a idade (50-60 anos);
  • 2 a 8x mais comum em homens;
  • A distribuição geográfica do CHC está nitidamente relacionada com a incidência de infecção pelo vírus da hepatite B;
  • Quase 80% dos casos são devidos a infecção crônica pelos vírus da Hepatite B e C;
  • A taxa começou a acelerar em meados de 1980, provavelmente pelo aumento da incidência de cirrose por infecção crônica pelo vírus da hepatite C e Doença hepática
    gordurosa não alcóolica (NASH)
583
Q

Quais os fatores de risco para o Carcinoma Hepatocelular?

A

Hepatite B e C, Doença hepática gordurosa não alcoólica (NASH), Cirrose qualquer causa (exceto cirrose biliar primária), Cirrose Alcoólica, Adenoma
Hepatocelular, Excesso de ferro, Esteroides anabólicos, Tipo sanguíneo B.

584
Q

Qual a clínica do Carcinoma Hepatocelular?

A
  • Geralmente homens, 50-60 anos de idade;
  • Dor abdominal hipocôndrio direito;
  • Perda de peso/anorexia;
  • Massa palpável;
  • Descompensação hepática em pacientes cirróticos;
  • Ruptura, com início súbito de dor abdominal + choque hipovolêmico;
  • Outras manifestações: Síndrome de Budd-Chiari, icterícia obstrutiva, hemobilia
    (sangue na via biliar), febre (necrose tumoral);
  • Síndrome Paraneoplásica: hipercalcemia, hipoglicemia, eritrocitose, diarréia aquosa
585
Q

Como é feito o diagnóstico do Carcinoma Hepatocelular?

A
  • Ecografia: papel significativo no rastreamento e na detecção precoce dos CHC (a cada 6 meses);
  • Alfa-fetoproteína: aumentada (> 20 ng/ml) -> monitora nódulos hepáticos / detectar recidiva
  • TC/RM: Captação do contraste pelo nódulo na fase arterial e rápido esvaziamento
    (washout) nas fases venosa e tardia.
586
Q

Quais são os sítios mais comuns de metástase hepática?

A
  • Pulmão (TC tórax);
  • Ossos (cintilografia óssea se sinais/sintomas sugestivos -> dor óssea e fratura);
  • Peritônio (laparoscopia).
587
Q

Quando realizar embolização pré-operatória da veia porta antes da ressecção do Carcinoma Hepatocelular?

A

Embolização pré-operatória da veia porta: Obstrução do aporte sanguíneo para o segmento do fígado afetado pelo tumor -> isquemia -> restante do fígado aumenta de tamanho tentando compensar o local isquemiado -> a hiperplasia hepática possibilita um volume de FRF maior pós ressecção;
§ Estratégia eficaz para aumentar o volume e a função do FRF -> deve ser usada em pacientes Child-Pugh classe A, que tem um FRF de até
30 a 40%.

588
Q

Quais os casos em que se indica transplante hepático nos casos de Carcinoma Hepatocelular?

A

É o tratamento ideal para pacientes cirróticos (Child B ou C) que se enquadram nos Critérios de Milão:
§ Pacientes com lesão única de até 5 cm ou até 3 lesões de até 3 cm;
§ Remanescente < 40% ou hipertensão portal
§ Sem nenhuma evidência de invasão vascular grave;
§ Sem metástases ganglionares.

589
Q

Qual o tratamento nos casos de Carcinoma Hepatocelular multinodular (> 3 nódulos) e que não se encaixa nos Critérios de Milão para Transplante Hepático?

A

o Ablação por radiofrequência:
§ Energia térmica -> provoca necrose no tumor;
§ Melhores resultados: tumor único, com < 4cm;
§ Pode ser realizado em pacientes Child A/B;
——
o Quimioembolização transarterial (TACE):
§ Objetivo de eliminar o fornecimento de sangue do tumor (artéria hepática) e administrar quimioterapia citotóxica diretamente para o
tumor;
§ É a forma mais frequente de tratamento para CHC irressecável;
§ Contraindicações absolutas: trombose veia porta, encefalopatia, obstrução biliar, Child C;
——–
o Radioterapia:
§ CHC é um tumor radiossensível, porém está localizado em um órgão
extremamente radiossensível -> o que provoca lesão do tumor + fígado

590
Q

Qual o tratamento do carcinoma Hepatocelular nos casos de metástase, tumor irressecável ou alto risco?

A

Quimioterapia: Terapia sistêmica -> Sorafenib (inibidor a tirosina quinase): benefício na sobrevida nos tumores em estágios avançados.

591
Q

Qual a definição e diagnóstico das metástases hepáticas?

A

o Vínculo: tumor hepático maligno mais comum;
o Diagnóstico: TC dinâmica (múltiplos nódulos hipocaptantes).

592
Q

Quais as características da Ressecção Cirúrgica das Metástases Hepáticas?

A
  • Avaliar a ressecabilidade das lesões: principal fator -> capacidade funcional do fígado remanescente;
  • Recomenda-se que pelo menos 20-25% do parênquima seja preservado (pacientes
    sem doença hepática prévia);
  • Margem ideal: 1cm;
  • Ressecções >75% parênquima hepático: Ressecção em 2 tempos;
    o Embolização da veia porta pré-operatória do lado a ser ressecado -> leva a
    uma hipertrofia do lobo contralateral do fígado -> ressecção pode ser realizada após 4-6 semanas.
593
Q

Em quais casos podemos fazer QT-pré operatória nas metástases hepáticas?

A

Nos casos em que estão presentes pelo menos 3 critérios de mau prognóstico:
o Lesões múltiplas;
o Tumores maiores que 5cm;
o Elevação do CEA > 200 ng/mL;
o Positividade linfonodal do tumor primário;
o Intervalo livre da doença inferior a 1 ano.

594
Q

Qual o tratamento das metástases hepáticas?

A
  • Geral: paliação;
  • Colorretal ou TNE: metastasectomia;
  • Volumetria hepática:
    o > 20 a 25% normal;
    o > 30 a 40% pós-quimioterapia;
    o > 40% cirrose Child A.
595
Q

Quais os tempos de jejum no pré-operatório?

A
  • Maltodextrina: 2h antes;
  • Líquidos claros (água de coco, chás e solução com maltodextrina): 2 horas;
  • Leite materno: 4 horas;
  • Fórmula láctea: 6 horas;
  • Leite não humano: 6 horas;
  • Sólidos (refeições leves): 6 horas;
  • Sólidos (refeições pesadas, frituras e carnes vermelhas): 8 horas.
596
Q

Quais os cuidados específicos da equipe de enfermagem?

A

® Rotinas da unidade de internação: controle rotineiro de sinais vitais
® Cuidados específicos no pré-operatório:
o Monitorização da glicemia em diabéticos;
o Higiene da pele;
o Tricotomia pré-operatória

597
Q

Na avaliação do risco cirúrgico, quais as Cardiopatias Graves que contraindicam a operação?

A

o Angina instável;
o ICC descompensada;
o Arritmia grave;
o Valvopatia grave.

598
Q

O que é o Índice de Risco Cardíaco Revisado (Lee)?

A

se ≥ 2 delas, avaliar METS;
o Coronariopatia;
o AVC ou AIT;
o Renal Crônico (Cr > 2);
o Diabetes Insulinodependente;
o ICC:
* Dispneia cardiogênica;
* História de edema agudo de pulmão;
* Terceira bulha ou estertores pulmonares;
* Radiografia de tórax com edema de pulmão;
o Operação grande:
* Cirurgia vascular;
* Cirurgia aberta intraperitoneal ou intratorácica

599
Q

O que são os METS e o que indicam?

A

METS: Escala de Capacidade Funcional;
o 1 MET: cuidados próprios -> escovar os dentes, tomar banho, levantar-se da cama;
o 4 MET: subir 1 lance de escada.
—-
o < 4 METs: teste cardíaco não-invasivo -> estresse anestésico-cirúrgico pode aumentar a taxa metabólica do organismo e consumo de O2 dos tecidos, de forma muito semelhante a um exercício físico;
* Teste de esforço;
* Cintilografia miocárdica.

600
Q

Quais os principais fatores de risco anestésico-cirúrgico?

A

o Relacionados ao procedimento:
* Duração > 4h;
* Perda sanguínea > 1.500 ml;
* Invasão de cavidades (peritoneal, pleural);
* Anestesia geral ou bloqueio neuraxial;
* Cirurgia de emergência;
———–
o Relacionados ao paciente:
* Idade > 70 anos;
* Doença cardiovascular, pulmonar, metabólica (diabetes), renal ou hepática;
* Baixa capacidade funcional;
* Instabilidade cardiovascular ou respiratória

601
Q

Quais são os exames pré-operatórios que devemos solicitar para os pacientes?

A

o Idade:
* < 45 anos: não solicitar exames;
* 45-54 anos: solicitar ECG (homem);
* 55-70 anos: solicitar ECG + hemograma;
* > 70 anos: solicitar ECG + hemograma + ureia + creatinina + glicose + eletrólitos;
o Por comorbidade:
* HAS: ECG + ureia + creatinina + eletrólitos;
* Diabetes: ECG + ureia + creatinina + glicose;
* Pneumectomia: espirometria;
* Tabagismo, independentemente da faixa etária: ECG;
* Mulher em idade reprodutiva: beta-hCG urinário na manhã da cirurgia.

602
Q

Quais são os medicamentos que devemos manter no pré-operatório?

A
  • Metimazol e PTU;
  • Estatinas;
  • Anti-hipertensivos;
  • Psicotrópicos;
  • Levotiroxina;
  • Inalatórios e Insulina (1/2 na manhã);
  • Corticoide;
  • AAS.
603
Q

Quais são os medicamentos que devemos suspender no dia da cirurgia no pré-operatório?

A

No dia: anti-diabéticos e heparina;
o Heparinas: HNF = 2-6h antes/HBPM: 12-24h antes;
o HNF pode ser reiniciada em 12 a 24 horas no pós operatório

604
Q

Quais são os medicamentos que devemos suspender 2-3 dias antes da cirurgia no pré-operatório?

A

Novos anticoagulantes (Xarelto, Rivaroxabana, Apixabana), Metformina
(risco de acidose lática) e AINE;
o Rivaroxabana, apixabana e dabigatrana: reinício no pós-operatório em +/- 2- 3 dias.

605
Q

Quais são os medicamentos que devemos suspender 5 dias antes da cirurgia no pré-operatório?

A

Clopidogrel e Varfarina;
o Para poder parar Varfarina, faz ponte com Heparina Não Fracionada, suspendendo o cumarínico e fazendo uso de HNF até 6 horas antes da cirurgia e volta 12h depois junto com a Varfarina (leva +/- 5 dias para efeito pleno);
o Varfarina pode ser reiniciada em 12 a 24 horas no pós-operatório;
o Se paciente usa Varfarina e vai fazer cirurgia de emergência, o plasma fresco
congelado deve ser infundido na dose de 15 a 20 ml/kg para elevar a atividade dos fatores de coagulação + uma dose de vitamina K

606
Q

Quais são os medicamentos que devemos suspender 21 dias antes da cirurgia no pré-operatório?

A

Semaglutida (Ozempic).

607
Q

Quais as características da Cirurgia Limpa? Dica: definição, exemplos, profilaxia.

A

o Exemplos: tireoidectomia, plástica, neurocirurgia, cirurgia cardíaca, herniorrafia, ortopédica se não for trauma;
—–
o Profilaxia:
* Nunca;
* Exceção: manipulação de osso (cardíaca, neurocirurgia, ortopédica) e colocação de prótese (hérnia por vídeo não precisa fazer);
* Principais agentes etiológicos da infecção: germes de pele -> Staphylococcus aureus
e Staphylococcus coagulase negativo,

608
Q

Quais as características da Cirurgia Limpa-Contaminada? Dica: definição, exemplos, profilaxia.

A

o Definição: invade tratos sob controle (boa técnica asséptica) – entrada em trato
gastrointestinal, respiratório ou geniturinário, sob condições controladas e sem
contaminação;
———
o Exemplos: cirurgia orofaríngea, esofágica, gástrica, biliar (colecistectomia
videolaparoscópica), jejunoileal, colorretal, ginecológica e cesariana;
———
o Profilaxia:
* Sempre;
* Exceção: CVL. e traqueostomia

609
Q

Quais as características da Cirurgia Contaminada? Dica: definição, exemplos, profilaxia.

A

o Sem controle ou inflamação (colecistectomia com colicistite) - feridas abertas acidentais recentes, operações com falhas técnicas de assepsia e antissepsia, extravasamento grosseiro
de conteúdo de uma víscera ou presença de inflamação aguda não purulenta;
o Exemplos: colecistite e apendicite inicial;
o Profilaxia: Sempre

610
Q

Quais as características da Cirurgia Suja/Infectada? Dica: definição, exemplos, profilaxia.

A

o Definição: infecção ativa ou víscera perfurada no trauma - feridas traumáticas antigas, com retenção de tecido desvitalizado, presença de infecção clínica ou de víscera perfurada associada à infecção;
o Exemplos: apendicite aguda complicada (abscesso e/ou perfuração), perfuração traumática de víscera oca com peritonite fecal;
o Antibiótico Terapêutico: por 7 a 10 dias.

611
Q

Qual antibiótico devemos usar na antibioticoprofilaxia?

A

o Cefazolina – pele, osso, estômago e delgado sem obstrução;
o Cefazolina + metronidazol – colorretal OU obstrução;
* Cefoxitina – alternativa como atuação de anaeróbio = B. fragilis.

612
Q

Qual tempo de antibiótico devemos usar na antibioticoprofilaxia?

A

o Indução anestésica;
o 30 a 60 min antes da incisão;
o Repique: se tempo de cirurgia passar de 3 horas (meia-vida da cefazolina dura mais ou menos 1,5h) ou sangramento de 1500ml;
o Interromper quando: final da cirurgia (aceito até 24 horas).

613
Q

Como avaliar o suporte nutricional no pré-operatório?

A
  • Feito 10 dias antes da cirurgia – melhorar imunidade e cicatrização, reduzir chance de complicações;
  • Perda de peso não intencional > 10% do peso corpóreo em um período de 6 meses ou > 5% em um 1 é significativa;
  • História de vômitos repetidos, disfagia, hiporexia ou anorexia;
  • Nível sérico de albumina < 3,5 g/dl é preditor de aumento de morbimortalidade
    precoce no pós-operatório
614
Q

Quanto deve ser a hidratação venosa no pós-operatório?

A

Menos de 30ml/kg/dia

615
Q

Quais as principais causas de febre no pós-operatório?

A
  • Pulmão
  • Perfringens
  • Piúria
  • Perna
  • Parede
616
Q

Quais as características do Seroma? Dica: definição, causas, líquido, clínica, prevenção e tratamento.

A
  • Definição:
    o Líquido de inflamação - soro e linfa no tecido celular subcutâneo;
    o Complicação mais “benigna” da ferida operatória;
  • Causas: grandes descolamentos de pele -> corta muitos capilares linfáticos e acumula seroma;
  • Líquido: Serossanguinolento amarelo citrino;
    o Pouco líquido;
  • Clínica: abaulamento de ferida e sem sinais flogísticos da ferida operatória, com
    drenagem de líquido de aspecto claro;
  • Prevenção: dreno de sucção;
  • Tratamento: punção aspirativa seguida de curativo compressivo, na tentativa de
    obliterar os linfáticos
617
Q

Quais as características da Deiscência/Evisceração? Dica: definição, causas, líquido, clínica, prevenção e tratamento.

A
  • Deiscência de ferida: ferida abriu, só a pele -> separação dos folhetos musculoaponeuróticos no abdome;
  • ## Evisceração: abriu diversas camadas, incluindo aponeurose, e saiu víscera;
  • Causas:
    o Aumento da tensão (ferida sob tensão, aumento PIA);
    o Técnica cirúrgica incorreta no fechamento de aponeuroses e fáscias;
    o Diminuição da cicatrização (desnutrição, infecção, diabetes, idade avançada,
    corticoide.);
    —–
  • Clínica:
    o Líquido Serossanguinolento ou água de carne;
    o Grande quantidade;
    o Abaulamento da ferida operatória, dor local e saída súbita de grande
    quantidade de secreção clara de cor salmão (líquido sero-hemático, muitas vezes dito em “água de carne”) ou de secreção mais sanguinolenta;
    o Se presente, a evisceração pode ser notada com protrusão de alças intestinais
    através da sutura cutânea;
  • Tratamento:
    o Laparotomia (se for de aponeurose precisa abrir) e ressutura.
618
Q

Quais as características da Infecção de Ferida? Dica: tipos, causas, líquido, clínica, prevenção e tratamento.

A
  • Tipos:
    o ISC incisional superficial: acomete somente a pele e/ou o tecido celular subcutâneo, encontra-se limitada pela fáscia muscular;
    o ISC incisional profunda: envolve as camadas mais profundas, como a fáscia e
    os músculos, independentemente do acometimento do tecido celular subcutâneo;
    o ISC de órgão ou cavidades: acomete qualquer região, cavidade ou órgão manipulado durante a operação;
    ——–
  • Causas:
    o Assepsia inadequada;
    o Redução da imunidade;
  • Líquido:
    o Serossanguinolento turvo ou purulento;
    o Pouca quantidade;
    ——
  • Clínica: sinais inflamatórios;
  • Prevenção:
    o Preparo do paciente;
    o Preparo da pele do campo cirúrgico;
    o Preparo da equipe cirúrgica;
    o Preparo do ambiente cirúrgico;
    ——–
  • Tratamento:
    o Superficial: drenagem sem antibiótico - abrir os pontos da ferida e permitir a
    drenagem de material purulento; irrigação diária com soro fisiológico e desbridamento também são medidas fundamentais;
    o Profunda: drenagem (abrir os pontos da área incisada e realizar desbridamento extenso e drenagem do material purulento) com antibiótico;
    o Intracavitária: cirurgia ou drenagem guiada + antibiótico.
619
Q

Quais as indicações de nutrição parenteral?

A

o Vômitos e/ou diarreia refratários;
o Íleo paralitico e obstrução intestinal;
o Demanda > oferta (grande queimado, pancreatite grave);
o Peritonite difusa;
o Síndrome do intestino curto (<100cm);
o Hemorragia digestiva grave;
o Fístula de alto débito.

620
Q

Qual o cálculo de necessidade diária no pós-operatório?

A

o Proteína:
* 1,5 a 2g/kg/dia;
* Paciente de 70kg = 105g/dia – 100g;
—–
o Carboidratos:
* 30 a 35kcal/kg/dia;
* Harris-Benedict = sexo + peso + altura + idade = +/- 2000kcal;
——–
o Lipídios:
* 30% do valor energético basal;
* NPT = dosar triglicerídeos (<400);
——–
o Água:
* 30ml/kg/dia;
* Paciente de 70kg = 2000ml = 1 bolsa de soro 6/6 horas;
——-
o Balanço Hídrico:
* Entrou: hidratação + dieta + medicações;
* Saiu: drenos/urina/fezes/febre/insensíveis.

621
Q

Como fazer a profilaxia mecânica e farmacológica do TVP?

A

Profilaxia mecânica:
o Meias antitrombo (20-30mmHg): pacientes em perioperatório ou acamados;
o Meias de compressão graduada (18mmHg): pacientes sentados, deambulam;
o Contraindicação: infecção local, ICC, ou ITB <0,5;
——-
® Profilaxia farmacológica:
o HBPM: 40 mg 1x/dia SC;
o HNF: 5000U – 12/12h ou 8/8h SC;
o Fondaparinux: 2,5mg 1x/dia SC;
o Rivaroxabana: 10mg 1x/dia SC;
o Apixabana: 2,5mg 12/12h SC;
o Dapigatrana: 110mg 12/12h SC;

622
Q

Como deve ser o controle do diabetes no paciente internado?

A

o Monitorar o HGT AR e de 6 em 6 horas;
o No jejum, sem cirurgia programada, administramos:
o 2000mL SG 5% -> para que, em jejum, não ative processo de quebra, preciso de 400kcal (cada grama de glicose
quebrada = 4kcal) = 100g glicose -> energia basal capaz de sustar o catabolismo;
o Deixar Insulina Regular conforme HGT (161-200 -> 2 UI; 201-250 -> 4 UI; 250-
300 -> 6 UI; 301-350 -> 8 UI; 351-400 -> 10 UI);
o Sempre que tiver hipoglicemia deve-se chamar o plantão (SG 10% 500 ml se
HGT ou diluir 10 ml de SG 50% em 10 ml de soro e administrar em bolus)

623
Q

Qual é a profilaxia antibiótica usada nas cirurgias?

A

Cefazolina 1g IV de 6 em 6 horas 1 hora antes e seguir fazendo até completar 24 horas pós-operatório OU Cefazolina 2g IV na indução anestésica e repica 1 g IV de 4 em 4 horas apenas DURANTE a cirurgia.

624
Q

Quais os cuidados com a profilaxia de TVP no pós operatório?

A

Heparina 5000 UI de 12 em 12 horas SC (NÃO ALTERA KTTP) -> NÃO É ANTICOAGULANTE, SÓ DIMINUI RISCO DE TVP) -> heparina profilática de TVP durante o período que ficará sem enoxaparina para anticoagulação (suspender 12 horas antes até 4 dias após cirurgia);
o Solicitar RNI (resultado 60% e RNI de 2) -> reverter com vitamina K (25 mg)
SC de 12 em 12 horas;
o Marcomar (varfarina = cumarínico) deve-se suspender 5 dias antes e realizar a ponte de heparina (enoxaparina IM 40 mg 2x ao dia durante esses 5 dias,
deve-se suspender 12 horas antes da cirurgia. Ao internar deve-se fazer heparina 5000 UI SC de 12 em 12 horas);
o Nunca fazer injeção IM em paciente anticoagulado pode levar a hematoma -> pode levar a síndrome compartimental;
o O melhor antídoto para reverter a anticoagulação é plasma fresco (a dose é
10 ml por Kg de peso);
o No pós-operatório, deixa-se a heparina 5000 UI SC de 12 em 12 horas e após
para reiniciar a anticoagulação depende de caso para caso, mas a enoxaparina costuma ser iniciado no 4o dia (e iniciar o cumarínico logo que o paciente tiver VO).

625
Q

Quais os principais subtipos histológicos do Câncer de Pulmão?

A

o Não pequenas células (80-85%):
* Adenocarcinoma: 40% dos casos;
o Perfil de mulher, jovens (< 45 anos) e não fumantes;
o Tumor periférico, pode apresentar derrame pleural concomitantemente;
* Epidermoide (escamoso): 30% dos casos;
o Diminuição devido a mudança no hábito do consumo do tabaco;
o Perfil de homem, idoso e fumante;
o Tumor central, tem tendência a necrosar e fazer cavitação;
* Grandes células (anaplásico): < 10% dos casos, tumor periférico, pior prognóstico
dentre os carcinomas não pequenas células;
o Pequenas células (15-20%): Oat-Cell;
* Pior prognóstico e maior agressividade;
* Origem neuroendócrina, sendo responsável por manifestações paraneoplásicas;
* Tumor central, crescimento muito rápido;
* Possui 70% de chance de metástase a distância no momento do diagnóstico.

626
Q

Quais as manifestações clínicas do derrame pleural por câncer de pulmão?

A

Derrame pleural: derrame de moderado a grande volume e que reacumula rapidamente após toracocentese;
o O líquido pleural é um exsudato com predominância linfocítica;
o A citologia é positiva em 50–60%.

627
Q

Quais as manifestações clínicas da Síndrome de Pancoast por câncer de pulmão?

A

o Relacionado com tumores no ápice do pulmão (sulco superior);
o Subtipos relacionados: adenocarcinoma, epidermoide;
o Dor torácica + invasão do plexo braquial + compressão simpático cervical (compressão do plexo braquial);
o Síndrome de Horner (compressão de gânglios simpáticos cervicais): miose,
ptose, enoftalmia, anidrose facial ipsilateral -> parassimpático predominando;
o Erosão dos 1º e 2º arcos costais.

628
Q

Quais as manifestações clínicas da Síndrome de Veia Cava Superior por câncer de pulmão?

A

o Maior risco: Oat-Cell -> embora o risco de desenvolver SVCS seja mais alto para o carcinoma de pequenas células comparado aos demais subtipos histológicos, a principal causa de SVCS na atualidade é o câncer de pulmão não pequenas células;
o Pletora e turgência jugular;
o Edema de face e membros superiores;
o Circulação colateral torácica alta/superior.

629
Q

Quais as principais Síndromes Paraneoplásicas do Câncer de Pulmão?

A
  • ## Carcinoma Epidermoide: hipercalcemia (peptídeo PTH-like);
  • ## Adenocarcinoma: osteoartropatia pulmonar hipertrófica (baqueteamento digital);
  • Oat-Cell:
    o Síndrome de Cushing (ACTH ectópico);
    o SIADH (hiponatremia hipotônica, osmolaridade sérica < 270 mOsm/L e urina
    inapropriadamente concentrada, > 100 mOsm/L, num paciente euvolêmico);
    o Síndrome de Eaton-Lambert (produção de autoanticorpos contra os canais de cálcio sensíveis a voltagem com síndrome miastênica – fraqueza muscular, proximal, parecendo doença neurológica - diagnóstico se baseia na eletroneuromiografia)
630
Q

Quais os principais sítios de metástase do Câncer de Pulmão?

A

Fígado (30-50%), Osso (20%), Cérebro (20%) e Adrenal (50%);
* Principais exames: Pet-scan de corpo inteiro, mediastinoscopia (avaliar se ausência de metástase em outros sítios), cintilografia óssea (apenas se suspeita de metástase), ressonância de crânio (em todos).

631
Q

Como fazer o diagnóstico do Câncer de Pulmão?

A

o Lesão periférica:
* Biópsia percutânea (agulha fina ou core biopsy - Biópsia transtorácica por agulha
guiada por TC);
* Toracotomia ou videotoracoscopia;
—-
o Lesão central:
* Broncoscopia (biópsia brônquica ou transbrônquica através de broncofibroscopia), US endoscópico ou escarro/lavado brônquico (menos sensibilidade)

632
Q

Como fazer o rastreamento do Câncer de Pulmão?

A

o TC de baixa dosagem (TCBD) anual: Ministério da Saúde não tem, mas USPSTF/ATS sim;
* Para quem: tabagistas ou ex-tabagistas recentes (nos últimos 15 anos) dos 50 - 80
anos;
* Carga tabágica: ≥ 20 maços/ano;
o Carga Tabágica (maços/ano): número de maços (20 cigarros) fumados por dia X anos fumados;
o Ex: se fuma 1 maço por dia por 10 anos = 10 maços/ano; se fuma 2 maços por
dia por 20 anos = 40 maços/ano

633
Q

Qual o tratamento do Câncer de Pulmão Não Pequenas Células?

A

o Cirurgia (lobectomia – isolada pode ser considerada em tumores muito pequenos) + QT adjuvante + ressecção linfonodal do mediastino;
* Exceto N3 e M1, por ser irressecável;
* Cirurgia para estágio I e II é igualmente efetiva tanto para pacientes acima de 70 anos
quanto para mais jovens;
* Idade acima de 80 anos isolada não é contraindicação para lobectomia e ressecção
sublobar;
* Pneumonectomia é associada a maior mortalidade em idosos, deve ser
cuidadosamente avaliada;
* Pneumonectomia: retirada de todo um pulmão -> lesões centrais, mortalidade aumentada para pneumonectomia direita;
* Lobectomia: retirada de um lobo -> ressecção padrão;
* Segmentectomia: ligar artéria e veia do segmento -> considerar para lesões < 2cm;
* Ressecção em cunha: retirada de pequena porção do parênquima pulmonar -> em caso de função pulmonar limitada;
Terapia alvo: Mutação EGFR (+): Erlotinibe | Mutação EML4-ALK (+): Crizotinibe.

634
Q

Qual o tratamento do câncer de Pulmão Não Pequenas Células?

A

o Limitado: 1/3 dos casos;
* Estadiamento: confinado a um pulmão e seus respectivos linfonodos mediastinais e/ou supraclaviculares ipsilaterais – acomete 1 hemitórax;
* Tratamento: QT + RT (cirurgia em raros casos) – cura rara em 20-25%;
——-
o Avançado: 2/3 dos casos;
* Estadiamento: doença bilateral, metastática;
* Tratamento: paliação com QT (cisplatina ou carboplatina).

635
Q

Quais os tipos de Trauma Renal?

A

o Tipo 2: hematoma com pequena laceração do parênquima sem atingir a zona medular do rim -> tratamento conservador;
——–
o Tipo 3: laceração é maior, atingindo a medula renal -> tratamento conservador;
——-
o Tipo 4: dano no sistema piélico e pode haver hematúria -> tratamento cirúrgico se o paciente estiver estável, e conservador mais prolongado se a cirurgia for contraindicada;
———
o Tipo 5: lesão no parênquima e do pedículo renal -> tratamento cirúrgico

636
Q

Qual é a divisão anatômica da Uretra?

A

o Divisão anatômica: prostática, membranosa, bulbar e peniana;
o Sinal de dano uretral: uretrorragia -> não sondar -> radiografia contrastada;
o Ruptura de uretra pós-prostática: sinal da asa de borboleta (hematoma na região retroperitoneal).
———
Uretra posterior: fratura de pelve e luxações de pelve;
———–
Uretra anterior:
* Investigação:
o Segmento bulbar: queda a cavaleiro;
o Segmento peniano: trauma penetrante, mordedura ou fratura de corpos cavernosos.

637
Q

Quais são os graus de lesão traumática vesical?

A
  • ## Grau 1: hematoma (contusão, hematoma intramural) ou laceração (espessura parcial);
  • ## Grau 2: laceração da parede da bexiga < 2 cm;
  • Grau 3: laceração da parede da bexiga retroperitoneal > 2 cm ou intraperitoneal < 2
    cm;
    —-
  • ## Grau 4: laceração da parede da bexiga intraperitoneal > 2 cm;
  • Grau 5: laceração da parede da bexiga intraperitoneal ou extra peritoneal estendendo-se até o colo vesical ou orifício uretral (trígono).
638
Q

Como é feita a investigação e conduta do trauma de bexiga?

A
  • Investigação:
  • ## Cistografia retrógrada;
  • Conduta:
  • Intraperitoneal, lesão do colo vesical ou fragmentos ósseos na parede vesical ou aprisionamento da parede: Laparotomia com rafia da lesão;
  • Extraperitoneal: Cateterismo vesical por 14 dias.
639
Q

Qual o quadro clínico da torção de testículo?

A

o Sinal de Angel: testículo torcido fica mais proximal -> junto da região inguinal
(testículos em alturas diferentes);
o Dor forte
o Twist + isquemia;
o Testículo aumentado, retraído;
o Orientação transversa, epidídimo + anterior;
o Sinal de Phren geralmente negativo (alívio da dor ao elevar a bolsa escrotal – acontece em quadros inflamatórios, e não com sofrimento isquêmico);
o Reflexo cremastérico geralmente negativo;
o Orquidopexia bilateral em < 6h;

640
Q

Como é feito o diagnóstico de torção testicular?

A

o Clínico;
o Se duvida: USG com doppler desde que não atras a conduta - Doppler sem fluxo.

641
Q

Como é feito o tratamento de torção testicular?

A

Correção da torção + avaliação + fixação contralateral;
o Se inviável: orquiectomia.

642
Q

Qual a definição de Priapismo?

A

Ereção involuntária (sem estímulo sexual), prolongada e dolorosa.

643
Q
A
643
Q
A
643
Q

Quais as principais etiologias e tratamento do priapismo?

A

Etiologia: púrpura de Henoch-Schoenlein, anemia falciforme, medicamentos, trauma,
distúrbios de coagulação;
* Pode ser um bloqueio arterial (pode causar necrose) ou venoso;
o Tratamento: anestesia local ou anestesia geral -> lavagem peniana com soro e vasoconstritor.

644
Q

Quais as características dos Cálculos de Cálcio?

A
  • Oxalato de cálcio (mais frequente) e Fosfato de cálcio;
  • São os cálculos mais comuns;
  • Radiopacos;
  • Mais densos (> 1000 unidades Hounsfield -UH);
  • Não é possível dissolvê-los
645
Q

Quais as características dos Cálculos de Ácido úrico?

A
  • Baixa densidade -> cerca de 500 UH
  • PH urinário baixo (5-5,5);
  • Dosar ácido úrico sérico (investigar hiperuricemia);
  • Gota;
  • Obesidade, síndrome metabólica;
  • Podem ser dissolvidos: aumentar o pH urinário (entre 6 e 7)
646
Q

Quais as características dos Cálculos Coraliformes?

A
  • Estruvita (fosfato amoníaco magnesiano) -> cálculos de infecção
  • Bactérias transformadoras de uréia em amônia;
  • Cálculo que acomete a pelve renal + 1 ou mais cálices;
  • Eleva o PH urinário (> 7,2) -> precipitação de cristais de magnésio (estruvita);
  • Proteus mirabilis (não são formados por E. coli)
647
Q

Quais os principais locais de impactação dos cálculos urinários?

A

(1) Junção ureteropélvica — mais comum (2) terço médio do ureter (cruzamento com os vasos ilíacos internos) e (3) junção vesicoureteral.

648
Q

Qual a fisiopatologia dos cálculos urinários?

A

Formação do cálculo renal e deslocamento do cálculo para ureter -> obstrução do fluxo urinário -> aumento da pressão intra-piélica (pelve renal) -> distensão da via excretora -> liberação de prostaglandinas -> cólica renal

649
Q

Qual a clínica da urolitíase?

A

o Cólica renal: dor súbita e intensa em região lombar/ flanco com irradiação
para hipogastro e testículo (ou grandes lábios);
o Agitação (dor forte);
o Náuseas e vômitos;
o PPL positivo (sinal de Giordano);
o Infecção: eventualmente pode haver infecção

650
Q

Quais os exames laboratoriais da investigação de urolitíase?

A
  • Hemograma;
  • Creatinina e ureia;
  • EQU;
  • Urocultura.
651
Q

Qual o padrão-ouro para diagnóstico de urolitíase?

A

TC de abdômen total SEM contraste de baixa dose (padrão ouro);
o Identificação do cálculo (sensibilidade 95% e especificidade 98%);
o Localização do cálculo
o Densidade do cálculo (unidades Hounsfield);
o Grau de uretero-hidronefrose.

652
Q

Qual o papel da USG para diagnóstico de urolitíase?

A

Pode identificar cálculos renais, mas pode ter dificuldade de identificar os cálculos ureterais;
o Gestante;
o Limitações: difícil ver cálculos no ureter – mas consegue ver os que estão no rim e entrada da bexiga, JUV;
o Pode constatar a presença da hidronefrose (dilatação pieloureteral) em consequência à obstrução;
o Imagem hiperecogênica (com sombra acústica).

653
Q

Quais as características e investigação metabólica da nefrolitíase?

A
  • ## Realizar após primeiro episódio: EAS, urinocultura quantitativa;
  • Dosagem na urina de 24h: colhida em pelo menos duas ocasiões — pH, ureia, creatinina, cálcio, ácido úrico, citrato, fosfato, magnésio, sódio, potássio, oxalato,
    cloreto, amônia, sulfato, volume urinário e cálculo de supersaturação urinária;
    —-
  • Dosagens séricas: cálcio, fosfato, sódio, potássio, cloro, bicarbonato, ácido úrico,
    ureia, creatinina, albumina (para corrigir o cálcio) e Paratormônio (PTH)
654
Q

Qual o tratamento analgésico para a cólica renal?

A

o Anti-inflamatório não esteróide -> em pacientes sem comprometimento da função renal;
o Dipirona ou dipirona+ hioscina (buscopam composto) -> é mais aconselhável dar apenas dipirona, pois no buscopam tem menos concentração de dipirona;
o Tramadol;
o Morfina.

655
Q

Qual o tratamento antiemético para a cólica renal?

A

Metoclopramida, Ondansetrona

656
Q

Qual o tratamento para cálculos < 5mm?

A

Não precisam ser tratados, podem ser somente observados se não
estão causando sintomas e dano renal -> risco de deslocamento do rim para o ureter e provocar cólica renal, mas podem ser eliminados espontaneamente.
——
o Alfa-bloqueador (Tansulosina) ou Bloqueador de Canal de Cálcio (Nifedipina);
o Ação: bloqueadores alfa-1 adrenérgicos relaxam diretamente a musculatura
lisa ureteral -> diminuem o espasmo do trato urinário, facilitando a movimentação do cálculo -> eliminação espontânea.

657
Q

Quais as características da Litotripsia Extracorpórea como tratamento para cálculos ≥ 5mm (MedCurso fala em 10mm)?

A

Indicações:
* Cálculos < 2 cm no cálice superior ou pelve;
* Ausência de hidronefrose;
* Densidade do cálculo < 1000 UH -> cálculos muito densos
não são fragmentados;
* Distância pele/cálculo < 10 cm;
* IMC < 30 -> distância pele-cálculo é muito grande

§ Contraindicações:
* Gravidez;
* Urosepse;
* Coagulopatia;
* Arritmia não controlada;
* Aneurisma aorta abdominal > 4cm

658
Q

Quais as características da Ureterorrenolitotripsia Flexível como tratamento para cálculos ≥ 5mm (MedCurso fala em 10mm)?

A

Ascende até o rim através da uretra e ureter -> fragmentação com
laser do cálculo renal -> Método mais utilizado-> mais eficaz;
§ Mais invasivo -> necessita anestesia geral;
§ Consegue fragmentar todos os tipos de cálculos;

659
Q

Quais as características da Nefrolitotripsia percutânea como tratamento para cálculos ≥ 5mm (MedCurso fala em 10mm)?

A

§ Indicado para cálculos grandes e coraliformes;
§ Punção percutânea guiada por raio x ou ecografia;
§ Indicações:
* Cálculo > 2 cm;
* Cálculo coraliforme.

660
Q

Quais as características da nefrolitíase complicada?

A
  • Indicações de intervenção precoce: infecção associada ou obstrução (persistente,
    progressiva ou bilateral) – NÃO se quebra cálculo infectado;
  • 1ª conduta: desobstrução;
    o Stent ureteral – Duplo J (urina consegue passar por ele/ao redor dele);
    o Nefrostomia percutânea;
  • Se infecção: antibiótico – Ceftriaxone.
661
Q

Qual o tratamento crônico de prevenção de forma geral para nefrolitíase?

A

Hidratação: ≥ 2-2,5L/dia – produção mínima de 2L/dia de urina;
o Principal inibidor fisiológico da formação de cálculos urinários: água;
o Urina diluída reduz a concentração de seus elementos químicos, diminuindo
a chance de cristalização;
o Também o fluxo de urina, facilitando a eliminação dos cristais recém- formados

662
Q

Qual o tratamento crônico de prevenção dos Cálculos de sais de cálcio para nefrolitíase?

A

o Não restringir cálcio NUNCA!
o Restringir sódio e proteína: calciúria;
o Diurético tiazídico: aumenta reabsorção de cálcio e redução de calciúria.

663
Q

Qual o tratamento crônico de prevenção dos Cálculos de Estruvita para nefrolitíase?

A

o Antibiótico: Ceftriaxone ou Bactrim -> destruir bactéria produtora de urease
(principais bactérias: Proteus mirabilis e Klebsiella pneumoniae);
o Refratário: Ácido Acetohidroxâmico (reduz urease)

664
Q

Qual o tratamento crônico de prevenção dos cálculos de Ácido Úrico para nefrolitíase?

A

o Restrição de purinas na dieta (presentes, por exemplo, em carnes);
o Alcalinizar urina: Citrato de K+;
o Refratários: Alopurinol (reduz síntese de ácido úrico)

665
Q

Qual a indicação de necessidade de tratamento para os cálculos ureterais?

A

Cálculos ureterais não podem permanecer no ureter por muito tempo (máximo 40 dias) -> causam obstrução e dano renal -> devem ser expelidos ou retirados através de
procedimentos.

666
Q

Qual o tratamento clínico para os cálculos ureterais?

A

Terapia expulsiva (expulsão do cálculo) -> por até 4 semanas;
* Cálculos ureterais de até 5mm costumam ser eliminados espontaneamente;
* Alfa-bloqueadores adrenérgicos relaxam a musculatura de ureter e facilitam a expulsão do cálculo;
* Controle da dor;
* Pode ser feito em pacientes sem infecção e sem perda de função renal.

667
Q

Qual o tratamento dos cálculos ureterais em caso de infecção ou perda de função renal?

A

Em caso de infecção ou perda de função renal -> drenar a via urinária obstruída;
o Cateter duplo J;
o Nefrostomia percutânea.

668
Q

Qual o tratamento dos cálculos ureterais ≥ 5mm e sem complicações?

A

o Ureterorrenolitotripsia rígida:
§ Cálculo no ureter distal;
§ Uso de laser para fragmentação do cálculo;
———
o Ureterorrenolitotripsia flexível ou Uretrolitotripsia extracorpórea:
§ Cálculo no ureter proximal (mais próximo ao rim) -> usar cano flexível devido ao trajeto tortuoso do ureter.

669
Q

Qual a definição e tratamento dos cálculos de bexiga?

A

o Definição: cálculos formados na bexiga, geralmente associados à obstrução pela próstata (HPB) -> estase urinaria na bexiga que leva a formação de cálculo;
o Tratamento:
* Cistolitotripsia: fragmentação com laser;
* Cistolitomia: retirada cirúrgica.

670
Q

Quais as principais etiologias das infecções do trato urinário?

A
  • Escherichia coli (gram -);
  • Staphylococcus saprophyticus (gram +);
  • Enterococcus (gram +);
  • Kleibsiella e Proteus (gram -);
  • Pseudomonas e ESBL
671
Q

Qual a definição de ITU complicada?

A
  • Doença urológica de base ou condições que aumentam risco de infecção renal;
  • Situações que agravem infecção caso esta ocorra;
  • Presença de abscessos, pielonefrite enfisematosa e necrose de papila;
  • Homens, crianças, gestantes e hospitalizados;
  • Atualmente, há uma tendência de se considerar complicada qualquer ITU aguda com qualquer uma dessas: febre (> 37,7) ou sinais sistêmicos) e dor lombar ou pélvica (homens).
672
Q

Qual a definição de bacteriuria assintomática?

A

Bactéria na urina (≥ 10 na 5 UFC/ml no jato médio OU ≥ 10 na 2 se cateter) sem gerar sintomas

673
Q

Qual o tratamento de bacteriuria assintomática?

A

NÃO se trata - só trata na gestante, paciente que vai fazer procedimento urológico e considerar em paciente neutropênico (ou que fará TX renal);
* Escolha: Fosfomicina 3g em dose única ou Nitrofurantoína 100mg de 6/6h por 3-5
dias;
* Alternativas: SMX/TMP, betalactâmicos, quinolonas;
* Gestante: preferência por betalactâmicos e fosfomicina;
o 1º tri: evitar SMX/TMP e nitrofurantoína;
o Não há evidência de ficar solicitando exames de follow-up.

674
Q

Qual a definição e clínica da cistite?

A

o Clínica:
* Disúria e dor suprapúbica;
* Polaciúria;
* Urgência urinária;
* Hematúria macroscópica;
* Não há sintomas sistêmicos

675
Q

Como é feito o diagnóstico da cistite?

A

EQU (se dúvida);
* Piúria, bacteriúria e nitrito (+);
* Esterase leucocitária;
* Urinocultura + antibiograma – geralmente não pede, pede se tenho risco de bactéria
resistente ou caso complicado (homem, mulher pós menopausa);
* Exame de sangue não precisa ser solicitado – exceções: sintomas atípicos, sexo
masculino, germe resistente, gestação, TGU anormal, DM mal controlado.

676
Q

Como é feito o tratamento da cistite?

A
  • Escolha: Fosfomicina 3g em dose única ou Nitrofurantoína 100mg de 6/6h por 3-5
    dias;
  • Alternativas: SMX/TMP, betalactâmicos, quinolonas;
  • Associação com ATB: Fenazopiridina por 2 dias se disúria grave;
  • Homens: quinolona por 7-14 dias
677
Q

Qual a definição e tratamento da cistite recorrente?

A
  • Definição: ≥ 2 infecções em 6 meses OU ≥ 3 em 1 ano;
  • Tratamento: medidas comportamentais +/- ATB profilático;
    o Nitrofurantoína 50-100mg/dia (pelo menos 3 meses).
678
Q

Qual a definição e clínica da pielonefrite?

A

o Clínica:
* Febre e toxemia +/- choque;
* PPL (Sinal de Giordano) positivo = dor lombar;
* Sintomas urinários irritativos

679
Q

Como é feito o diagnóstico da pielonefrite?

A

o Laboratório:
* EAS e urinocultura obrigatórios;
* Hemograma e PCR se hospitalização (+ eletrólitos, ureia e creatinina);
——–
o Exames de imagem: TC com contraste;
* Solicitar em caso de dúvida ou doença persistente;
* Anormalidades anatômicas;
* Suspeita de obstrução ou abscesso

680
Q

Quando internar a paciente com pielonefrite?

A
  • Obstrução;
  • Abscesso;
  • Sepse;
  • Via oral inviável;
  • Gestante
  • Outros: quadros graves, suspeita de complicação, imunossuprimidos, homens e crianças, intolerância a medicamento oral, impedimentos socioeconômicos ao tratamento adequado.
681
Q

Qual o tratamento da pielonefrite hospitalar não complicada?

A

Dura de 10-14 dias. Opções:
- Ceftriaxona (1 g/frasco) 1 g EV de 24/24 horas;
- Ciprofloxacino (400 mg/200 mL) 400 mg EV ou 500 mg VO de 12/12 horas;

682
Q

Qual o tratamento da pielonefrite hospitalar complicada por sepse ou abscesso?

A

Dura de 10-14 dias. Opções:
- Ampicilina + sulbactam 1,5 g EV de 6/6 horas;
- Piperacilina + tazobactam 4,5 g de 6/6 horas;
- Cefepima 1 g EV de 12/12 horas;
- Meropeném 1 g EV de 8/8 horas;
- Imipeném 500 mg EV de 6/6 horas.

683
Q

Quais os fatores de risco para Neoplasia de Bexiga?

A

o Tabagismo – produtos do tabaco eliminados na urina;
o Idade avançada > 60 anos;
o Exposição ocupacional – aminas aromáticas (tintas, indústria de couro, borracha, corantes);
o Raça branca;
o Sexo masculino (4:1);
o Cistites crônicas;
o Cálculo vesical.

684
Q

Quais as principais patologias para Neoplasia de Bexiga?

A
  • Carcinoma de células transicionais (carcinoma urotelial): 90-95%;
    o Carcinoma escamoso: 3-5%;
    o Adenocarcinoma: 2%
685
Q

Qual a Clínica da Neoplasia de Bexiga?

A

o Hematúria macroscópica indolor: 80-90%;
o Sintomas irritativos vesicais: 20%;
o Massa pélvica + obstrução urinária;
o Edema de MMII (envolvimento linfonodal);
o Achado incidental.

686
Q

Como é feito o diagnóstico da Neoplasia de Bexiga?

A

TC com contraste (falha de enchimento) + cistoscopia com biópsia + citologia.

687
Q

Qual o estadimento do câncer de bexiga?

A
  • TA: papilar não invasivo;
  • TIS: carcinoma in situ (ou TU plano);
  • T1: lâmina própria (tecido conjuntivo);
  • T2 muscular (detrusor) – prognóstico pior a partir daqui;
  • T3: gordura perivesical;
  • T4: estruturas adjacentes
688
Q

Qual o tratamento do câncer de bexiga não invasivo de baixo risco?

A

Ressecção Transuretral da Bexiga + Quimioterapia intravesical

689
Q

Qual o tratamento do câncer de bexiga não invasivo de alto risco?

A

Ressecção Transuretral da Bexiga + BCG (imunoterapia intravesical)

690
Q

Qual o tratamento do câncer de bexiga músculo invasivo (≥ T2)?

A
  • Cistectomia radical + QT neoadjuvante;
  • No homem: prostatectomia radical;
  • ## Na mulher: tiro uretra, útero, trompas, ovário e parede vaginal anterior;o Músculo invasivo + metástase: QT com cisplatina.
691
Q

Quais os fatores de risco para neoplasia renal?

A

o Tabagismo;
o Obesidade;
o Exposição ocupacional;
o Síndromes genéticas (Von-Hippel-Lindau/Esclerose Tuberosa);
o Sexo masculino (2:1)

692
Q

Qual a clínica da neoplasia renal?

A

Diagnóstico incidental no exame de imagem (> 85 a 90%) ® maioria dos casos
o Hematúria;
o Massa abdominal palpável;
o Dor em flanco;
o Perda de peso/anemia

693
Q

Por que o paciente com neoplasia renal pode apresentar varicocele aguda?

A

Veias testiculares esquerdas drenam para veia renal esquerda e podem obstruir com tumor.

694
Q

Quais as principais síndromes paraneoplasicas da neoplasia renal?

A

o Policitemia ou eritrocitose (devido ao aumento de eritropoietina);
o Anemia;
o Febre de origem obscura (> 4 semanas de febre diária, persistência, sem causa infecciosa aparente);
o Hipercalcemia (devido ao aumento de PTH)
o Síndrome da secreção inadequada de hormônio
antidiurético (SIADH) -> causa diabetes insipidus;
o Síndrome Trousseau (hipercoagulabilidade -> TVP, TEP)
o Síndrome de Sauffer:
* Colestase intra-hepática, levando aumento da fosfatase alcalina, alfa-2-globulina
aumentada, hipoalbuminemia e prolongamento do PTT.

695
Q

Como é feito o diagnóstico da neoplasia renal?

A

o TC com contraste: padrão-ouro;
o Se for lesão sólida: cirurgia;
o Se for uma massa cística: preciso fazer uma classificação com probabilidade de ser maligna;
o Biópsia percutânea: NÃO é fundamental para o diagnóstico

696
Q

Como é feito o Estadiamento do Câncer Renal?

A

o Estágio II: tumor > 7 cm, limitado ao rim, sobrevida em
—-
o Estágio III: tumor com invasão de vasos, adrenal, fáscia de Gerota ou 1 linfonodo regional,
—-
o Estágio IV: tumor além da fáscia de Gerota, com > 1 linfonodo regional comprometido ou com
metástases, sobrevida de 5 anos de 20%

697
Q

Qual a classificação e conduta diante das lesões císticas renais segundo a classificação de Bosniak?

A

o Bosniak I: homogêneo sem septações, calcificações ou captação;
* 0% de chance de malignidade;
* Não precisa de acompanhamento;
——
o Bosniak II: finas septações (1mm), pequenas calcificações e < 3cm;
* Até 5% de chance de malignidade;
* Não precisa de acompanhamento;
——-
o Bosniak IIF: várias septações finas, calcificações espessas e > 3cm;
* Até 25% de chance de malignidade;
* Necessita de exame de imagem (tomografia ou ressonância) a cada 6 meses;
——–
o Bosniak III e IV: massa multiloculada com septações espessas ou grosseiras, realce pelo contraste e calcificações espessas;
* Tipo 3: chance de 45-60% de malignidade;
* Tipo 4: chance de até 95% de malignidade;
* Tratamento: nefrectomia;

698
Q

Qual a indicação de nefrectomia radical nos casos de Neoplasia Renal?

A
  • > 7cm;
  • Central;
  • Endofítico – muito dentro do rim;
  • Linfonodos +;
  • Veia acometida
699
Q

Qual a indicação de nefrectomia parcial nos casos de Neoplasia Renal?

A
  • ≤ 7cm;
  • Periférico;
  • Exofítico;
  • Linfonodos negativos;
  • Sem veia acometida;
  • Rim único;
  • Bilateral;
  • DRC.
700
Q

Que estruturas compõem a anatomia da cabeça e pescoço?

A

® Boca (cavidade oral);
® Glândulas salivares;
® Cavidade nasal (menos importante);
® Faringe (nasofaringe, orofaringe e hipofaringe);
® Laringe.

701
Q

Quais os principais fatores de risco para neoplasia de cabeça e pescoço?

A

o Álcool;
o Tabagismo;

702
Q

Qual o principal subtipo histológico da Neoplasia de Cabeça e Pescoço?

A

Carcinoma Epidermoide

703
Q

O que é o fenômeno de Cancerização de Campo e porque é tão importante prosseguir na investigação?

A

Fenômeno de Cancerização de Campo = fator de risco capaz de agredir várias
regiões ao mesmo tempo, logo, se aparece tumor em uma, precisamos investigar as outras para ver se surgiu outro tumor.

o Cavidade oral: oroscopia;
o Orofaringe: oroscopia;
o Nasofaringe: nasofibroscopia;
o Laringe: videolaringoscopia;
o Esôfago: endoscopia digestiva alta;
o Pulmão: broncoscopia.

704
Q

Quais as particularidades das metástases cervicais nos tumores de cabeça e pescoço?

A

Metástase Linfática/Cervical é MUITO comum -> mesmo que no exame pré-operatório se tenha investigado todos os
linfonodos no exame físico/imagem, consideramos que há pelo menos um grau de micrometástase (linfonodo já está acometido
mas ainda não sei).

705
Q

Quais as características do Estadiamento N0 das Metástases cervicais?

A

Paciente que no pré-operatório, ao exame físico e de imagem, aparentemente não tem metástase linfonodal
-> conduta profilática = imagino que tem um grau de micrometástase, mas não vou ser tão invasivo;
o Se feito tratamento conservador para tumor primário: usa mesma radioterapia usada no sítio primário, jogando radiação em todas as cadeias linfáticas;
o Se feito tratamento cirúrgico para tumor primário: faz linfadenectomia (Esvaziamento Cervical Seletivo) para tratar
micrometástase -> tira apenas linfonodos que são o início da drenagem daquela região (não precisa esvaziar todo o pescoço).

706
Q

Quais as características do Estadiamento N1 das Metástases cervicais?

A

Paciente que no pré-operatório, ao exame físico e de imagem, já tem metástase linfonodal -> conduta precisa ser mais agressiva = terapêutica;
o Se feito tratamento conservador para tumor primário: radioterapia + quimioterapia;
o Se feito tratamento cirúrgico para tumor primário: Esvaziamento Cervical Radical Modificado (preserva Músculo
Esternocleidomastoideo, Veia Jugular Interna e Nervo Acessório).

707
Q

Quais os tipos de Esvaziamento Cervical Radical?

A
  • Tipo 1: preserva Nervo Acessório -> tira linfonodos cervicais (I a V) + ECOM + VJI;
    o Feito se tumor está invadindo ECOM e VJI, não conseguindo poupar;
    ———-
  • Tipo 2: preserva Nervo Acessório e ECOM -> tira linfonodos cervicais (I a V) + VJI;
    o Feito se tumor está invadindo VJI, não conseguindo poupar;
    ——-
  • Tipo 3: preserva Nervo Acessório, ECOM, VJI -> tira linfonodos cervicais (I a V);
    o Feito se tumor não está invadindo o Nervo Acessório, nem ECOM nem VJI = conseguindo poupar
    as estruturas e sendo o melhor tipo de procedimento para o paciente.
    —–
  • Clássico: arranca TUDO -> tira linfonodos cervicais (I a V) + Nervo Acessório + ECOM + VJI.
708
Q

Qual o sítio mais comum e os fatores de risco do Câncer da Cavidade Oral?

A

® Sítio mais comum: parte lateral do terço médio da língua;
® Fatores de risco:
o Tabagismo;
o Má higiene bucal.

709
Q

Qual a clínica e diagnóstico do Câncer da Cavidade Oral?

A

® Clínica: úlceras orais crônicas na língua;
® Diagnóstico: Oroscopia + biópsia incisional com confirmação histopatológica.

710
Q

Qual o tratamento do Câncer da Cavidade Oral?

A

o Preferencialmente cirúrgico +/- radioterapia (adjuvante, nunca primário);
o São mais bem diferenciados, então não respondem tão bem a radioquimioterapia;
——
o Cirurgia:
o Conduta (N):
* Língua: Glossectomia;
* Assoalho da boca: Pelvectomia (tira assoalho da boca com acesso via mandíbula);
* Mandibula: Commando (COMbined MAndibulectomy and Neck Dissection) -> resseca tumor, resseca mandíbula e faz Esvaziamento Cervical;
* N0: Esvaziamento Cervical Seletivo Supraomo-Hioide (I, II e III);
* N(+): Esvaziamento Cervical Radical Modificado.

711
Q

Quais os fatores de risco e clínica do Câncer de Nasofaringe?

A

o Tabagismo;
o Infecção pelo Epstein-Baar Vírus.

Clínica: obstrução nasal unilateral e epistaxe.

712
Q

Como é feito o diagnóstico do Câncer de Nasofaringe?

A

Diagnóstico: Nasofibroscopia + biópsia incisional com confirmação histopatológica + ressonância para ver acometimento ósseo
+ associonar neurocirurgia

713
Q

Como é feito o tratamento do Câncer de Nasofaringe?

A

o Preferencialmente radioquimioterapia -> mais indiferenciados, então respondem melhor a radioquimioterapia (além
de que acesso cirúrgico é mais difícil);
o Tumor inicial: radioterapia exclusiva;
o Tumor avançado: radioterapia + quimioterapia.

714
Q

Quais as características do AngioFibroma Juvenil?

A

o Homem jovem, tumor na nasofaringe pegando cavidade nasal;
o Histologia benigna, mas agressivo localmente (pode invadir base do crânio) e de aspecto perolado = sangra muito;
o Não se deve biopsiar por ser tumor vascular;
o Tratamento é cirúrgico, não responde bem a radioterapia.

715
Q

Quais as características do Câncer de Orofaringe? Dica: sítio mais comum, fatores de risco, clínica e diagnóstico.

A

® Fatores de risco:
o Tabagismo;
o Infecção pelo HPV;

® Clínica: assintomático + nódulo cervical suspeito;

® Diagnóstico:
o Oroscopia + biópsia incisional com confirmação histopatológica;
o Pesquisa do P16 (HPV – melhor prognóstico) -> muda conduta.

716
Q

Qual o tratamento do Câncer de Orofaringe?

A

o Preferencialmente radioquimioterapia -> HPV responde bem;
o Tumor inicial: radioterapia exclusiva;
o Tumor avançado: radioterapia + quimioterapia.

717
Q

Quais as características do Câncer de Laringe? Dica: sítio mais comum, fatores de risco, clínica e diagnóstico.

A

® Fatores de risco:
o Tabagismo;
o Etilismo;
—-
® Clínica: rouquidão e obstrução respiratória (principalmente em casos avançados);
—-
® Diagnóstico: Videolaringoscopia + biópsia incisional com confirmação histopatológica.

718
Q

Qual o tratamento do Câncer de Laringe?

A

1ª opção: Radioquimioterapia;
o Alternativa: Laringectomia parcial;
o Avançado/refratário: Laringectomia total ou RT/QT;
o Formas de manter a voz do paciente: prótese vocal.

719
Q

Quais são as glândulas salivares maiores?

A

o Parótida: maior glândula salivar de todas;
o Parótida + sublingual + submandibular: glândulas salivares maiores.

720
Q

Quais são os tumores benignos das glândulas salivares?

A
  • Adenoma Pleomórfico = mais comum;
  • Tumor de Warthin = bilateralmente é o mais comum.
721
Q

Quais são os tumores malignos das glândulas salivares?

A
  • Carcinoma Mucoepidermoide = mais comum;
  • Adenoidecístico = é o 2º.
722
Q

Quais são as regras dos tumores de glândulas salivares?

A
  • Regra do tamanho = glândulas maiores costumam ter tumores benignos; glândulas menores costumam ter
    tumores malignos;
  • Regra dos 80% = 80% dos tumores são benignos; 80% são tumores na parótida – desses 80%, 80% são no
    lobo superficial.
723
Q

Como é feito o diagnóstico dos tumores de glândulas salivares?

A

USG e PAAF + TC/RM

724
Q

Qual o tratamento dos tumores de glândulas salivares?

A

o Sempre cirúrgico (íntima relação com Nervo Facial – marco anatômico do lobo superficial e profundo = não dá para deixar tumor comprimindo facial, devemos tirar lobo antes que piore);
o Cirurgia: Parotidectomia Superficial + Linfadenectomia em tumores malignos;
* N0: Esvaziamento Cervical Seletivo;
* N(+): Esvaziamento Cervical Radical Modificado.

725
Q

Qual a principal complicação dos cânceres de glândulas salivares?

A

Paralisia facial – 50% dos casos.

726
Q

Quando fazer punção aspirativa X Biópsia Excisional diante de um nódulo cervical?

A

® Punção aspirativa.: metástase linfonodal, nódulo de tireoide e tumor de glândula salivar;
o Adulto;
o Tabagista;
o Assintomático;
o Exame oral normal;
——–
® Biópsia Excisional: Linfoma, Tuberculose, Bactéria ou Fungo;
o Criança/adulto;
o Febre;
o Refratário a antibiótico.

727
Q

Quais as características da Biópsia incisional diante de um nódulo cervical?

A

Na vigência de lesão primária existente, ainda (que) não identificada, a Biópsia Cervical é uma
IATROGENIA;
* Contaminação neoplásica adjacente;
* Disseminação linfática à distância;
* Comprometimento da pele;
* Intervenção de maior complexidade;
* PIORA DO PROGNÓSTICO.

728
Q

Quais os três componentes do tom da voz em fonocirurgia?

A

Tensão, massa e
comprimento das pregas vocais.

729
Q

Quais são os tipos e características das Tireoplastias de ISSHIKI?

A

Realizadas no arcabouço da cartilagem tireoide para modificar comprimento, tensão e reposicionamento das cordas vocais;

  • Tipo I (medialização): paralisia unilateral, presbifonia e reconstrução glótica;
  • Tipo II (lateralização): paralisia bilateral e disfonia espasmódica;
  • Tipo III (relaxamento): voz aguda para grave;
  • Tipo IV (aproximação): voz grave para aguda.
730
Q

Quais as alterações da voz no idoso (Presbifonia)?

A

o Aumento do “pitch” na voz do homem (↑ frequência);
o Diminuição do “pitch” na voz da mulher;
o Redução do volume e projeção (voz débil);
o Redução da firmeza vocal;
o Dificuldade de ser entendido em ambientes ruidosos;
o Tremor vocal.