COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Flashcards

1
Q

Os pais precisariam manter certos valores básicos, que servem como modelos para
seus filhos. É preciso transmitir a estes maior noção de responsabilidade e também
mostrar-lhes que é possível eles próprios, com os mecanismos de que dispõem, mudarem algumas coisas.

De acordo com o texto,
a. filhos que não são responsáveis perturbam os valores básicos que os pais tentam
transmitir-lhes.
b. pais que não servem como modelos para seus filhos não mudam nada em sua própria vida, nem na deles.
c. para que os filhos mudem, é preciso que primeiro mudem seus pais.
d. os filhos podem absorver certos valores, que lhes serão úteis para encontrar seu próprio caminho.
e. os filhos só podem mudar alguma coisa em sua vida se aprenderem com a experiência dos pais.

A

D

O pronome “que” pode ser substituído por “os quais” e está reiterando ou reforçando o termo “certos valores básicos”, que é um hiperônimo no texto. É importante ter em mente que
um hiperônimo tem significação ampla.
“Seus” filhos é um pronome referente a pais, anteposto no começo do texto. O elemento “estes” faz referência ao que foi mencionado e que está sintaticamente próximo, no
caso, “filhos”. Se o autor tivesse utilizado o pronome “esses”, não estaria claro qual seria
o referente, produzindo assim uma ambiguidade que comprometeria a lógica e coerência
do texto.
Existe uma ambiguidade na frase “Para que os filhos mudem, é preciso que primeiro mudem seus pais” e ela nada tem a ver com a ideia essencial posta no texto.
O autor começou com uma ideia ampla (hiperônimo) “certos valores básicos” e está restringindo esse valor “responsabilidade” (hipônimo). Existem pronomes e expressões no texto
que estão fazendo referência a “filhos”: “lhes”, “estes” e “eles próprios”.
Existe uma inferência, uma dedução lógica no texto, quando o autor fala “e também”.

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2
Q

O eminente escritor Machado de Assis registrou: “Mas é isso mesmo que nos faz senhores da terra, é esse poder de restaurar o passado, para tocar a instabilidade das
nossas impressões e a validade dos nossos afetos. Deixa lá dizer Pascal que o homem
é um caniço pensante. Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva,
que o editor dá de graça aos vermes”.

De acordo com o texto,
a. cabe aos escritores o privilégio de registrar e reanalisar todas as emoções passadas.
b. o homem tem a capacidade de revisitar e reavaliar, por meio da memória, os tempos
já vividos.
c. a vaidade e a insegurança emocional do homem fazem que todas as suas recordações busquem melhorar as imagens anteriores.
d. a inteligência humana, em constante progresso no decorrer dos anos, permite a revisão de conceitos filosóficos ultrapassados.
e. os erros humanos não diminuem a eterna capacidade de regeneração do homem.

A

E

A questão faz um recorte de um texto de Machado de Assis. O termo “isso” faz referência
ao que o autor já citou, mas que não está disponível para o leitor. A expressão “isso sim”
reforça “errata pensante”, logo, se o homem é uma errata pensante, ou seja, ele erra e
pensa, ele tem o poder de restaurar o passado.
Por sua vez, as palavras “corrige” e “restaura” estão no mesmo campo semântico.
O poder de restaurar o passado é dado ao homem, que erra e pensa. Logo, ele tem o poder
de corrigir cada edição da vida até a edição definitiva.

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3
Q

O que significa coesão?

A

Ligação, conexão

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4
Q

O que significa dizer que duas palavras estão no mesmo campo semântico?

A

Significa que eles estão no mesmo campo de significado. Exemplo: regeneração e restauração

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5
Q

Quando ocorre uma sinonímia:

A

Sinonímia — ocorre quando os vocábulos estão no mesmo campo
semântico (sentido, significação)

  • Por exemplo: corrigir, restaurar e regenerar

Todo brasileiro tem o sonho da casa própria. O projeto de garantir um lar para
cada cidadão já está sendo traçado pela Caixa Econômica Federal.

– As palavras lar e casa se aproximam do ponto de vista semântico, logo estabelecem
coesão lexical.

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6
Q

Quando ocorre uma hiperonímia?

A

Hiperonímia — ocorre quando a segunda expressão mantém com a
primeira uma relação todo/parte.

O texto traz um nome de significação ampla

  • Em “Existem muitas doenças que atingem as pessoas em todo o mundo. A caxumba, o
    sarampo, a dengue e a COVID-19 conseguem comprometer a vida de muitas delas”,
    “doenças” é uma palavra de significação ampla, chamada de hiperônimo. Porém, a
    partir do momento que começa a especificar ou a restringir as doenças, tem-se os
    hipônimos, pois os hipônimos são aqueles vocábulos que estabelecem uma conexão com doenças, devido à sua significação restrita.
  • “O trabalhador encontra dificuldades para exercitar a realidade digital do computador.
    Assim, é necessário treinar o homem para compreender a realidade da máquina que
    está diante dele.”
    – No caso, “o homem” refere-se ao “o trabalhador”. Apesar de ser possível retomar o
    trabalhador por meio de uma palavra no mesmo campo de significação, por meio de
    um sinônimo, como “o operário”, “o trabalhador” foi retomado com uma palavra de
    sindicação ampla, o que é válido na relação contextual.
    – Além disso, “máquina” também é uma palavra de significação ampla, isto é, um hiperônimo, porque nem toda máquina é um computador, mas “máquina”, no contexto,
    faz referência ao computador.
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7
Q

Quando ocorre uma hiponímia?

A

→ Hiponímia — ocorre quando a segunda expressão mantém com a primeira
uma relação de parte/todo.

Quando o texto traz um nome de significação restrita

“O indivíduo que apresenta mau comportamento deve ser punido. A eliminação do bandido pela morte não é solução, portanto, para reduzir a criminalidade.”
– Nesse caso, “bandido” não é sinônimo de “indivíduo”, pois não estão no mesmo
campo semântico, mas bandido especifica, uma vez que bandido é um tipo de
indivíduo.
– A partir do momento que se restringe, tem-se hipônimo.

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8
Q

Quando ocorre uma metonímia?

A

→ Metonímia — ocorre quando a segunda expressão mantém com a primeira
uma relação de contiguidade semântica.

Quando o texto traz o valor conotativo, sentido figurado de uma palavra

  • A metonímia é utilizada em textos literários e, portanto, é também uma figura de
    linguagem.
  • A metonímia é um tipo especial de metáfora empregada no dia a dia. Por exemplo, “O
    STF julgou a causa”, de modo que há a substituição dos representantes pelo órgão,
    mas com a permanência da continuidade semântica, ou seja, sem comprometer a
    coerência e a compreensão do texto.
  • Há o valor conotativo.
  • “Os moços, muitas vezes, esquecem que os idosos são fonte de sabedoria. A juventude
    precisa, por conseguinte, repensar alguns valores.”
    – Era possível usar “os jovens” como sinônimo de “os moços”, mas a troca garantiu
    continuidade semântica, já que faz uma conexão da fase “juventude” com jovens e
    com moços.
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9
Q

Quando ocorre uma elipse/zeugma?

A

→ Elipse/Zeugma — ocorre quando a segunda expressão fica logicamente
subentendida em relação à primeira

O zeugma é quando tem uma elipse de algo já mencionado, mas, se não foi mencionado, tem-se a elipse

  • “Os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia faturaram a soma
    de 1,5 bilhão de dólares. Também fizeram algum caixa com extorsões por meio de
    sequestros.”
    – Em “Também fizeram algum caixa com extorsões por meio de sequestros” há uma
    elipse de “eles”, de modo que “Os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia” fica logicamente implícito.
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10
Q

“Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal na França. Quando as tropas de Hitler
invadiram o país, Salazar ordenou que não se concedesse visto para quem tentasse fugir do nazismo.
Contrariando o ditador, Aristides salvou dez mil judeus de uma morte certa. Pagou bem caro pela sua
atitude humanitária”.

Desse segmento do texto, o elemento de coesão identificado erradamente é:
(A) Aristides / forma abreviada de Aristides de Souza Mendes;
(B) o país / hiperônimo de Portugal;
(C) o ditador / qualificação de Salazar;
(D) sua / possessivo referente a Aristides de Sousa Mendes;
(E) atitude humanitária / referência a salvar judeus da morte.

A

B

Em “Pagou bem caro pela sua atitude humanitária” há um caso de elipse, já que “ele”
fica logicamente implícito. Como é uma elipse de algo já mencionado, recebe o nome
de zeugma.
a) Aristides / forma abreviada de Aristides de Souza Mendes.
b) O hiperônimo nome de significação ampla, mas, quando se especifica o país, há um
hipônimo. O texto faz referência a dois países, Portugal e França, sendo que estava na
França representando Portugal. Então, país realmente é hiperônimo, mas é da França.
c) O “ditador” é um epíteto, já que é uma expressão qualificadora de Salazar.
d) O “sua” é um possessivo referente a Aristides de Sousa Mendes.
e) A “atitude humanitária” reitera a ideia de salvar judeus da morte.

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11
Q

Quais são os principais operadores lógicos presentes em um texto?

A

Principais operadores lógicos: pronomes, numerais, advérbios pronominais e
outros.

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12
Q

O que significa a relação coesiva endofórico? E quais as suas divisões?

A
  • Os endofóricos são referentes dentro do texto e são divididos em dois grupos:

os anafóricos, que apresentam referentes antepostos (já mencionado);

e os catafóricos, que apresentam
referentes pospostos (ainda será mencionado).

  • Assim sendo, é possível fazer referência ao que está dentro do texto de forma interposta, mas também é possível fazer referência a algo que está dentro do texto de
    forma posposta, porque todo o conteúdo do texto deve estar muito bem articulado.
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13
Q

O que é um elemento coesivo anafórico?

A

Elemento coesivo anafórico: apresenta referente anteposto.

  • O ex-presidente criticou o empresário que intermediou o patrocínio do projeto.
    – O “que”, do ponto de vista da morfologia das classes gramaticais, é um pronome
    relativo que faz referência a algo anteposto, isto é, ao empresário, de modo que
    pode ser substituído por “o qual”.
  • Nos EUA, houve conflitos. Lá, muitos cidadãos não toleram o desrespeito à democracia.
    – O “Lá”, que é um advérbio, às vezes faz o mesmo papel que um pronome. Do ponto
    de vista da morfologia, “lá” é um advérbio que está funcionando como elemento que
    substitui um termo antecedente dentro do texto, isto é, “Nos EUA”.
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14
Q

O que é um elemento coesivo catafórico?

A

Elemento coesivo catafórico: apresenta referente posposto.

  • Esta é a principal causa da violência: a impunidade.
    – O pronome “esta” é catafórico, mas também é endofórico, já que o referente está
    dentro do texto.
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15
Q

O que significa a relação coesiva exofórico?

A

Elemento coesivo exofórico: apresenta referente externo (fora do texto).

que acontece, por exemplo, com os elementos dêitico.

Elemento dêitico: evidencia a presença do emissor no enunciado (marca de quem
redige ou fala): este país, este século, hoje, agora, ultimamente, recentemente, ontem,
no próximo ano e outros

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16
Q

O que é um elemento coesivo dêitico?

A

O que é um elemento coesivo catafórico?

  • Pode ser um traço subjetivo, temporal ou espacial, isto é, visa indicar a subjetividade
    de quem redigiu fala; o tempo de quem redigiu fala ou o espaço de quem redigiu a fala.
  • Eu estive fazendo um levantamento das mensagens que me enviam pela internet.
    – O “que” é um pronome relativo que retoma “das mensagens”, podendo ser substituído por “as quais”.
    – O pronome “eu” não tem referente no texto, ou seja, é marca de quem redigiu, de
    modo que caracteriza a função emotiva ou expressiva da linguagem
  • (Câmara dos Deputados) Senhores pares, circula uma proposta para aumentar as
    verbas com vistas à contratação de funcionários pessoais de cada deputado desta
    Casa. Hoje, um parlamentar recebe 35.000 reais por mês para isso. A ideia é elevar
    esse montante para 45.000 reais. Eu considero esse fermento nas verbas de gabinete
    um assalto aos cofres públicos.
    – Os elementos dêiticos estão ausentes no trecho do discurso do deputado.
    – O pronome “esta” e o “desta” são usados para fazer referência à casa em que o
    emissor está, ou seja, a Câmara dos Deputados.
    – A casa, então, não é citada de forma interposta nem de forma posposta, porque
    indica o lugar em que está, isto é, não é anafórico e nem catafórico.
    – Assim sendo, os elementos dêiticos estão ausentes no trecho do discurso
    do deputado.
    – O advérbio “Hoje” não quer dizer necessariamente o tempo de quem está lendo o
    texto, mas está fazendo referência ao tempo dele. Desse modo, é tempo de quem
    fala ou de quem redige o texto, ou seja, é um elemento dêitico.
    – O “isso” retoma “contratação de funcionários pessoais de cada deputado” e o “esse”
    retoma “35.000 reais por mês”, ou seja, são elementos anafóricos, uma vez que
    possuem um referente dentro do texto.

– O pronome “eu” não tem referente no texto, ou seja, é marca de quem redigiu, de
modo que caracteriza a função emotiva ou expressiva da linguagem.

17
Q

O que é um elemento coesivo vicário?

A

Elemento vicário: palavra que, como verdadeiro pronome, se põe em lugar de uma
oração inteira.

  • Para que haja oração, é necessário que haja verbo ou locução verbal.
  • Texto A: Haverá mais conflitos políticos? Especialistas creem que sim. (MPU)
    – O advérbio “sim” tem função vicária, porque se colocou no lugar de uma oração,
    isto é, da oração “Haverá mais conflitos políticos?”
  • Texto B: Os EUA enviaram as tropas; a Rússia, as bombas. (IRBr)
    – A vírgula substitui o verbo “enviou”, só que o verbo ficou elíptico, porque ocorreu
    uma elipse verbal, e, como é uma elipse de um verbo já mencionado, trata-se de um
    zeugma verbal.
    – Como a vírgula está no lugar de um verbo, no lugar de uma oração, também pode
    ser chamada de vírgula vicária.
  • Texto C: O proprietário poderá resgatar o imóvel, contanto que o faça logo. (Câmara
    dos Deputados)
    – Há a possibilidade de combinar o verbo fazer com um pronome para retomar
    uma oração, o que é uma função vicária.
    – Assim, “o faça” é um elemento vicário, tendo em vista que é empregado no lugar de
    “resgatar o imóvel”.