Competencia Flashcards

1
Q

V ou F

À justiça estadual competem o processamento e o julgamento do crime de violação de direito autoral, ainda que cometido em caráter transnacional.

A

Falso

Info 1121 do STF: A competência para processar e julgar o crime de violação de direito autoral (art. 184, § 2º, CP) é da Justiça Federal quando verificada a transnacionalidade da ação criminosa (art. 109, V, CF/88). Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime de violação de direito autoral de caráter transnacional. O Brasil assinou diversos tratados se comprometendo a proteger os direitos autorais.Assim, o crime de violação de direito autoral for praticado com transnacionalidade, a competência para seu julgamento será da Justiça Federal, nos termos do art. 109, V, da CF/88:Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:(…) V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; STF. Plenário. RE 702.362/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/12/2023 (Repercussão Geral – Tema 580) (Info 1121).

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2
Q

V ou F

O Juízo Federal competente para processar e julgar acusado de crime de uso de passaporte falso é o do lugar onde o delito se consumou.

A

Verdadeiro

Súmula 200-STJ: O Juízo Federal competente para processar e julgar acusado de crime de uso de passaporte falso é o do lugar onde o delito se consumou. Súmula 546-STJ: A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.

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3
Q

V ou F

Compete à Justiça Estadual processar e julgar Prefeito Municipal por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal.

A

Falso

Súmula 208-STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita à prestação de contas perante órgão federal.

Súmula 209-STJ: Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal.

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4
Q

V ou F

A decisão que determina a produção antecipada de provas com base no artigo 366 do CPP não precisa ser concretamente fundamentada, justificando-a o mero decurso do tempo.

A

Falso

Súmula 455-STJ: A decisão que determina a produção antecipada de provas com base no artigo 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o mero decurso do tempo.

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5
Q

O que é a “conexão objetiva instrumental”

A

Também chamada de probatória, processual ou ocasional, caracteriza-se quando a prova ou circunstâncias de uma infração influir em outra infração penal.

Exemplo:
Alberto, visando obter vantagem ilícita para si, praticou crime de estelionato no município de Caruaru – PE e, a fim de aumentar a efetividade do crime praticado, falsificou, no município de Salgueiro – PE, parte de um documento público.

Características da conexão
instrumental:

♦duas ou mais infrações; (estelionato e falsificação de documento público)

♦prova ou circunstância de uma infração influir na outra.

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6
Q

V ou F

Se Fernando, membro do Ministério Público, substituir ocasionalmente seu colega Mário na lotação deste, devido a férias do segundo, o primeiro poderá pedir a absolvição de um réu em ação penal com denúncia que Mário oferecera, ainda que este houvesse deixado claro seu entendimento pela condenação.

A

Verdadeiro

§1º do artigo 127 da Constituição Federal.

O membro do Ministério Público atua com independência funcional. Isso significa que, mesmo quando substituindo outro promotor, ele pode formar sua própria convicção sobre o caso, ainda que divirja do entendimento do colega que originalmente apresentou a denúncia.O Ministério Público tem como princípio a busca pela justiça, podendo, em qualquer momento do processo, inclusive nas alegações finais, requerer a absolvição do réu, se entender que os fatos ou as provas não sustentam a acusação inicial.

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7
Q

V ou F

No primeiro grau do Poder Judiciário, a jurisdição penal é invariavelmente exercida de forma monocrática.

A

Falso

A Lei nº 12.694/12 criou os juízos colegiados para o julgamento de crimes praticados por organizações criminosas, atuando no primeiro grau de jurisdição, cabendo ao respectivo Tribunal de Justiça (ou Tribunal Regional Federal) o julgamento de eventuais recursos.

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8
Q

V ou F

O réu poderá suscitar a incompetência penal por prevenção até a prolação da sentença, desde que comprove ter sofrido prejuízo, sob pena de preclusão.

A

Falso

Por se tratar de incompetência relativa, preclui caso não seja arguida na primeira oportunidade possível pela parte prejudicada.

Súmula 706 do STF É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção.4. Prevenção é hipótese de fixação de competência relativa, motivo pelo qual admite sua prorrogação, conforme se depreende da interpretação conferida a. Pleito de redistribuição após à ciência da distribuição do feito e ao proferimento da decisão ora agravada. Preclusão e, consequente, prorrogação configurada. Precedentes.[, rel. min.Alexandre de Moraes, 1ª T, j. 17-08-2018,DJE188 de 10-9-2018.]1. Nos termos da, é relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção, a qual deve ser arguida oportuna e tempestivamente, sob pena de preclusão.[, rel. min.Teori Zavascki, 2ª T, j. 24-2-2015,DJE45 de 10-3-2015.]1. É da jurisprudência do Tribunal que é relativa a incompetência resultante de infração às regras legais da prevenção: daí a ocorrência de preclusão se, como sucedeu no caso, não foi arguïda, no procedimento ordinário de primeiro grau, no prazo da defesa prévia.[, rel. min.Sepúlveda Pertence, 1ª T, j. 7-8-2007,DJE96 de 6-9-2007.]Logo, infere-se a prevenção é competência relativa e deve ser arguida na primeira oportunidade sob pena de preclusão.

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9
Q

V ou F
A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou do órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.

A

Verdadeiro

É o que estabelece a súmula 546 do STJ: “A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.

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10
Q

V ou F

a competência dos juizados especiais criminais é fixada em razão da matéria e emana da Constituição Federal.

A

Verdadeiro

Os juizados especiais criminais são competentes para as infrações de menor potencial ofensivo, consoante previsto na própria CF, em seu art. 98, inc. I: “A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e INFRAÇÕES PENAIS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau” (destaquei).

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11
Q

V ou F

compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal.

A

Verdadeiro

Trata-se do quantum disposto na Súmula 209 do STJ: “Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal”. (Obs.: não confundir com a Súmula 208 do STJ: “Compete a Justiça FEDERAL processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a PRESTAÇÃO DE CONTAS perante ÓRGÃO FEDERAL.”)

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12
Q

V ou F

será facultativa a separação dos processos quando as infrações conexas tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes

A

Verdadeiro

É o que prevê a primeira parte do art. 80 do CPP: “Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.”

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13
Q

V ou F

é absoluta a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção.

A

Falso

Trata-se de causa de nulidade RELATIVA, e não absoluta, conforme súmula 706 do STF: “É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção”.

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14
Q

Explique como seria definida a competência na seguinte situação hipotética:

Bráulio, militar em serviço, praticou crime militar de roubo, juntamente com o adolescente infrator Pedro, que contava com 17 anos de idade à data do fato.

A

haverá separação de processos, apesar da existência de continência, sendo Bráulio julgado no juízo militar e Pedro, no juízo infracional;

—————
Explicação completa

Trata-se de hipótese de continência, nos termos do art. 77, I do CP. Cumpre destacar que a referida hipótese de continência se verifica quando há a prática de um único crime em concurso de pessoas, diferentemente da hipótese de conexão prevista no art. 76, I, que exige a prática de duas ou mais infrações.Art.76.A competência será determinada pela conexão: I-se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras;[…]Art.77.A competência será determinada pela continência quando: I-duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;Assentado isso, o art. 79 traz as hipóteses que impedem a unidade de processo e julgamento, afastando-a no caso de concurso entre a jurisdição comum e a militar e no caso do concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores, o que se amolda perfeitamente ao caso em tela.Art.79.A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo:I-no concurso entre a jurisdição comum e a militar;II-no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores.Assim, em que pese restar configurada a continência no caso narrado, a separação dos processos é medida que se impõe.

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15
Q

Defina

Conexão teleológica, consequencial, objetiva, finalista ou material.

A

se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;

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16
Q

Defina

Conexão instrumental, probatória ou processual.

A

quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.

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17
Q

Defina

Conexão intersubjetiva

A

duas ou mais infrações interligadas + uma pluralidade de criminosos.

Essa conexão se triparte em:

Por simultaneidade ou ocasional: pessoas reunidas praticam várias infrações, sem prévio acordo, nas mesmas circunstâncias de tempo e espaço;

Por concurso: pessoas praticam várias infrações, com prévio acordo, em circunstâncias diversas de tempo e lugar); e

Por reciprocidade: pessoas praticam infrações umas contra as outras.

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18
Q

Quais as espécies de Conexão intersubjetiva?

A

Por simultaneidade

Por concurso

Por reciprocidade

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19
Q

V ou F

nos casos de exclusiva ação privada, poderá o querelante preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração;

A

Verdadeiro

Art. 73.Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.

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20
Q

Imagine a seguinte situação hipotética:

Dentro de um navio atracado no porto de Santos para uma viagem de cruzeiro, um desembargador do estado de Sergipe praticou lesão corporal gravíssima contra um senador da Bahia. O motivo do crime estava relacionado a uma discussão que envolvia times de futebol.

Como é definida a competência nesse caso? Por quê?

A

O crime cometido peloDesembargador, mesmo que não esteja relacionado com as suas funções, deverá ser julgado pelo STJ com o objetivo de preservar a isenção (imparcialidade e independência) do órgão julgador. Foi o que ficou assentado pelo STJ na QO na APn 878-DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 21/11/2018 (Info 639).

———————

O STF decidiu que o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas (AP 937 QO/RJ). A postagem não tem nenhuma relação com as atribuições funcionais da Desembargadora. Por que ela manteve o foro por prerrogativa de função?O STJ construiu o entendimento de que:O crime cometido por Desembargador, mesmo que não esteja relacionado com as suas funções, deverá ser julgado pelo STJ se a remessa para a 1ª instância significar que o réu seria julgado por um juiz de 1º vinculado ao mesmo tribunal que o Desembargador.

A manutenção do julgamento no STJ tem por objetivo preservar a ISENÇÃO (IMPARCIALIDADE e INDEPENDÊNCIA) do órgão julgador. Em resumo, o STJ apontou discrímen relativamente aos magistrados para manter interpretação ampla quanto ao foro por prerrogativa de função, aplicável para crimes com ou sem relação com o cargo, com fundamento na necessidade de o julgador desempenhar suas atividades judicantes de forma imparcial.STJ. Corte Especial. QO na APn 878-DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 21/11/2018 (Info 639).Obs: APOSENTADORIA.Após seaposentar, omagistrado perde o direito ao foro por prerrogativa de função, mesmo que o fato delituosotenha ocorrido quando ele ainda era magistrado, sendo julgado pela 1ª instância.(RE 549560/CE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j.22/03/2012)A superveniente aposentadoria da autoridade detentora do foro por prerrogativa de função cessa a competência do Superior Tribunal de Justiça para o processamento e julgamento do feito. STJ. Corte Especial. Inq 1.420/DF, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado em 7/12/2022 (Info 762).

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21
Q

Há outros meios para solucionar conflitos que não seja a jurisdição?

A

SIM! São eles a autotutela e a autocomposição.

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22
Q

O que é a AUTOTUTELA

A

É o emprego da força bruta para a satisfação de interesses, sendo que em regra não é admitida, sob pena de configurar crime de exercício arbitrário das próprias razões. Todavia, há exceções: legítima defesa, estado de necessidade e prisão em flagrante.

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23
Q

O que é a AUTOCOMPOSIÇÃO?

A

É o consenso entre as partes, prevista na lei dos juizados especiais, podendo ser aplicada na composição civil dos danos, transação penal, suspensão condicional do processo.

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24
Q

O que é o princípio do JUIZ NATURAL?

A

O princípio do juiz natural consiste na garantia de conhecer de forma antecipada o órgão julgador, ou seja, o indivíduo tem ciência, por meio de regras preestabelecidas, onde será julgado e processado. Existem, pelo menos, três desdobramentos do princípio do juiz natural: só pode exercer a jurisdição os órgãos instituídos pela Constituição Federal, ninguém poderá ser julgado por órgão criado após o fato e entre os juízes vigoram regras de competência que excluem qualquer juízo de discricionariedade. Com efeito, não podem ser criados tribunais ad hocou de exceção para julgar determinados fatos ou pessoas.

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25
O que é COMPETÊNCIA no processo penal?
consiste na quantidade de jurisdição entregue por lei à um juiz ou tribunal, delimitando sua margem de atuação. A doutrina dispõe que a competência é a medida da jurisdição, ela define os limites em que cada juiz pode dizer o direito em casos concretos.
26
O que é o princípio do pas de nulitté sans grief?
prevalece no moderno sistema processual penal que eventual alegação de nulidade (relativa ou absoluta), deve vir acompanhada da demonstração do efetivo prejuízo. Não se proclama uma nulidade sem que se tenha verificado prejuízo concreto à parte, sob pena de a forma superar a essência.
27
Quais formas de competência absoluta? (3)
competência em razão da matéria; competência funcional e competência por prerrogativa de função.
28
Como pode ser dividida a competencia absoluta funcional? (3)
FASE DO PROCESSO OBJETO DO JUÍZO POR GRAU DE JURISDIÇÃO _____________________________ Varia de acordo com a função do órgão jurisdicional. Pode ser dividida em: FASE DO PROCESSO: de acordo com a fase em que o processo estiver terá um órgão jurisdicional que exercerá sua competência Ex. 1: tribunal do júri – onde o juiz de primeiro grau realiza a pronúncia/impronúncia e depois remete para o conselho de sentença.Ex. 2 – juiz das garantias – onde tem competência com o início das investigações e se encerra com o recebimento da denúncia, depois remete para o juiz competente realizar o julgamento definitivo. OBJETO DO JUÍZO: cada órgão exerce a competência sobre determinadas questões [Ex. tribunal do júri – os jurados decidem sobre a autoria e materialidade, já o juiz presidente é responsável pelas questões de direito como dosimetria da pena] POR GRAU DE JURISDIÇÃO: órgãos superiores e inferiores. Pode ser horizontal, como o tribunal do júri, onde estão no mesmo plano hierárquico. Pode ser vertical, como o julgamento de recursos, em graus hierárquicos distintos.
29
Quais espécies de infrações penail afastam a aplicação das normas relativas ao juiz das garantias? (4)
(1) processos de competência originária dos tribunais, os quais são regidos pela Lei nº 8.038/1990; (2) processos de competência do tribunal do júri; (3) casos de violência doméstica e familiar; e (4) infrações penais de menor potencial ofensivo.” Contudo, deverá ser aplicado nos processos no âmbito da Justiça Eleitoral.
30
Como a doutrina aborda a "Conexão crime eleitoral e crime doloso contra a vida"?
uma corrente doutrinária minoritária defende que a competência da Justiça Eleitoral deve prevalecer. Entretanto, a doutrina majoritária entende que, havendo crime eleitoral conexo com crime de competência do Tribunal do Júri, deverá ocorrer a separação dos processos, uma vez que ambas as competências estão previstas na Constituição Federal, não podendo, assim, uma prevalecer sobre a outra. Em provas objetivas, o examinador espera que você marque de acordo com essa corrente.
31
Conexão entre crimes eleitorais e crimes comuns
A Justiça Eleitoral terá competência para julgar o crime eleitoral e o crime comum que seja conexo. De acordo com o entendimento do STF exposto no Inq. 4435 AgR-quarto/DF: “Compete à Justiça Eleitoral julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos. Cabe à Justiça Eleitoral analisar, caso a caso, a existência de conexão de delitos comuns aos delitos eleitorais e, em não havendo, remeter os casos à Justiça competente. STF. Plenário. Inq 4435 AgRquarto/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 13 e 14/3/2019 (Info 933)." Recentemente, no RHC 177243/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 29/06/2021, o STF decidiu que “A Justiça Eleitoral é competente para processar e julgar crime comum conexo com crime eleitoral, ainda que haja o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva do delito eleitoral".
32
Como é definida a seção judiciária na justiça federal (art 109, §§1⁰ e 2⁰) nas causas que a União for autora e nas causas intentadas contra a União?
União autora - seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte. contra a União - seção judiciária em que: for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.
33
O que está previsto na CF sobre o "incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal"?
hipóteses de grave violação de direitos humanos Procurador-Geral da República finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. _______________________________ Art 109, § 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
34
Para o STF, os requisitos ou pressupostos constitucionais para deferimento do INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA (IDC) são
1) A grave violação de direitos humanos; e 2) A finalidade de assegurar o cumprimento pelo Brasil de obrigações decorrentes de tratadosinternacionais. Ao contrário do que vinha decidindo o STJ, a suposta ineficiência ou a inação das autoridades estaduais não é pressuposto para deferimento do IDC.
35
Justiça federal julga contravenções penais?
REGRA: Súmula nº 38 STJ - Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades. EXCEÇÃO: existe uma exceção à regra imposta pela redação da súmula, qual seja, na hipótese de o autor da contravenção possuir foro por prerrogativa de função. Por exemplo, se um magistrado federal praticar contravenção penal, ele será julgado pela justiça federal.
36
Se houver conexão entre o crime de contrabando e contravenção penal, quem julgará?
O STJ decidiu que apesar da existência de conexão entre o crime de contrabando e da contravenção penal, mostra-se inviável a reunião de julgamentos das infrações penais perante o mesmo juízo, uma vez que a CF/88 expressamente excluiu, em seu art. 109, inciso IV, a competência da justiça federal para o julgamento das contravenções penais, ainda que praticadas em detrimento de bens e serviços da união. Ou seja, a competência será da justiça comum estadual em relação à contravenção penal!
37
Compete a qual justiça? crime contra a vida de policial militar, consumado ou tentado, praticado no contexto de crime de roubo armado contra órgãos ou empresas públicas da União.
Justiça federal
38
Compete a qual justiça? Crimes de pirâmide financeira (pichardismo) ou criptomoedas
Just. Estadual
39
Compete a qual justiça? Assalto a lotérica
Just. Estadual
40
Compete a qual justiça? Assalto a lotérica CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Just. Estadual
41
Compete a qual justiça? crime doloso contra a vida em concurso com crime federal
júri na justiça federal.
42
Compete a qual justiça? Contrabando e descaminho
local de apreensão dos bens - será sempre na justiça federal.
43
Compete a qual justiça? delito decorrente de acidente de trânsito envolvendo viatura de polícia militar, salvo se autor e vítima forem policiais militares em situação de atividade.
Just. Estadual
44
Compete a qual justiça? Roubo contra a franquia dos Correios
Just. Estadual
45
Compete a qual justiça? falso testemunho cometido no processo trabalhista.
Just. Federal
46
Compete a qual justiça? esbulho possessório da minha casa minha vida.
Just. Federal
47
Compete a qual justiça? desvio de verbas do SUS
Just. Federal - É aplicável a teoria do juízo aparente no caso de desvio de verbas do SUS, ou seja, se um juiz estadual já tiver proferido anteriormente, continuarão válidas.decisões
48
Compete a qual justiça? furto de auxílio emergencial
Just. Estadual
49
Compete a qual justiça? Crimes contra o consulado estrangeiro.
Just. Estadual
50
Compete a qual justiça? Roubo contra a agência dos correios ou seu carteiro
Just. Federal [se for contra franquia dos correios será justiça estadual].
51
Compete a qual justiça? Crimes contra a OAB.
Just. Federal
52
Compete a qual justiça? Distribuir material pornográfico de criança/adolescente em chat privado do WhatsApp.
Just. Estadual
53
Compete a qual justiça? Crimes contra a economia popular
Just. Estadual [sistema financeiro será da justiça federal].
54
Compete a qual justiça? Crimes contra a caixa econômica
Just. Federal [o mero financiamento da CEF não atrai a JF, ela precisa ser executora ou fiscalizadora da obra].
55
Compete a qual justiça? crime de redução à condição análoga à de escravo.
Just. Federal
56
Compete a qual justiça? Crimes contra o Banco do Brasil.
Just Estadual
57
Compete a qual justiça? crime de omissão de anotação de vínculo empregatício na CTPS e o de falsa anotação na CTPS.
Just. Federal
58
Compete a qual justiça? Crimes contra a ordem tributária estadual ou municipal.
Just. Estadual
59
Compete a qual justiça? desvio de valores do auxílio emergencial pagos durante a pandemia da covid-19, por meio de violação do sistema de segurança de instituição privada
Just. Estadual Desde que não haja fraude direcionada à instituição financeira federal.
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Quais são os critérios para fixação da competência da justiça federal e da justiça estadual em crimes de lavagem de dinheiro? Qual é o modo de resolução de eventual conflito de competência quando o delito antecedente for da competência da justiça estadual e restar verificada a ocorrência de remessa e depósito dos valores para o exterior?
R: A lavagem de dinheiro se caracteriza como um crime derivado (acessório), que pressupõe ocometimento de uma infração penal anterior (não é necessário que haja condenação prévia pela infração anterior, segundo assinala a doutrina majoritária. Nesse contexto, o crime de lavagem de dinheiro não existe isoladamente, não podendo, portanto, ser analisado de forma isolada. Em relação à competência das justiças estadual e federal para o processo e o julgamento do referido tipo penal, assim dispõe o art. 2º, inc. III, da Lei n.º 9.613/1998. Art. 2º - O processo e julgamento dos crimes previstos nesta Lei:[...]III – são da competência da Justiça Federal:a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira, ou emdetrimento de bens, serviços ou interesses da União, ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas;b) quando a infração penal antecedente for de competência da Justiça Federal.Logo, os demais delitos antecedentes que não sejam da competência da justiça federal serão processados na justiça estadual. A conclusão advinda do dispositivo é no sentido de que foi estabelecida uma regra geral e sua exceção: a competência para processar e julgar os crimes de lavagem de dinheiro é da justiça estadual (regra geral), sendo exceção os casos da justiça federal.Segundo a doutrina majoritária, a adequação típica dos crimes de lavagem de dinheiro consiste napersecução penal e punição de quem obteve bens, direitos ou valores, por meio ou em decorrência da prática de infração penal, e pretende ocultá-los para que tenham aparência de origem lícita.Nesse sentido, a infração penal antecedente não pode, de forma alguma, dissociar-se do próprio delito de lavagem, senão ele se tornaria uma espécie de delito órfão. Assim, é a partir do crime antecedente que originou os recursos ilícitos que deve ser fixada a competência. A doutrina majoritária assinala que, se são da competência da justiça federal os crimes de lavagem de dinheiro, cujo correlato antecedente também o seja, a contrario sensu, pela regra geral de competência da lei, quando o delito anterior for da competência da justiça estadual, também será da competência da justiça estadual o crime de lavagem de dinheiro, mesmo com remessa de valores para o exterior, dado que a lei não previu expressamente a situação.
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CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA Como é fixada a comptencia na FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO?
A competência é fixada de acordo com o órgão responsável pelo documento.
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CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA Como é fixada a comptencia no USO DE DOCUMENTO FALSO?
A competência é fixada de acordo com a pessoa para qual foi apresentada o documento Ex. na blitz realizada pela PRF é apresentada uma CNH falsa, nesse caso a competência é da JF.
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CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA Como é fixada a comptencia no USO DE DOCUMENTO FALSO PELO MESMO AUTOR DA FALSIFICAÇÃO?
Nesse caso, aplicamos o princípio da consunção, visto que o uso do documento falsificado é mero exaurimento do crime anterior – a falsificação do documento. Assim, a competência nesse caso é do órgão expedidor, pouco importando para quem foi apresentado o documento.
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CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA Como é fixada a comptencia na FALSIFICAÇÃO OU USO DE DOCUMENTO FALSO COMO CRIME MEIO PARA A PRÁTICA DE UM CRIME FIM
Aqui também será aplicado o princípio da consunção e a competência será definida de acordo com o sujeito passivo do crime fim. Ex.: Roberto efetuou a importação de uma determinada mercadoria.No momento do desembaraço aduaneiro, Roberto, ardilosamente, apresentou declaração de que a mercadoria custava um valor bem abaixo do seu preço real (documento). Com isso, pagou um imposto de importação inferior ao que seria devido. Ou seja, a utilização do documento falso foi um crime meio para a prática do crime fim (descaminho). Assim, se o agente altera a verdade sobre o preço do produto com o fim exclusivo de iludir o pagamento de tributo devido pela entrada de mercadoria no território nacional, deverá responder apenas pelo crime de descaminho (e não por este em concurso com falsidade ideológica). Isso porque, na situação em análise, a primeira conduta realizada pelo agente (art. 299 do CP) serve apenas como meio para alcançar o fim pretendido, qual seja, a realização do fato previsto como crime no art. 334 do CP.
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Compete a qual justiça? crimes ocorridos a bordo de balões de ar quente tripulados
Just. Estadual Os balões de ar quente tripulados não se enquadram no conceito de “aeronave”
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Compete a qual justiça? crimes consistentes em disponibilizar ou adquirir material pornográfico, acessível transnacionalmente, envolvendo criança ou adolescente, quando praticados por meio da rede mundial de computadores
Just. Federal
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Compete a qual justiça? falas de suposto cunho homofóbico divulgadas na internet, em perfis abertos da rede social Facebook e na plataforma de compartilhamento de vídeos Youtube, ambos de abrangência internacional.
Just. Federal
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Quais crimes vão a juri?
a) homicídio (art. 121 do CP); (feminicídio 121A) b) induzimento, instigação ou auxílio a suicídio (art. 122 do CP); c) infanticídio (art. 123 do CP); d) aborto em suas três espécies (arts. 124, 125 e 126 do CP);
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Quando inicia o foro por prerrogativa?
A prerrogativa de função começa com a diplomação, e somente se encerra com o término do mandato. Ainda, tem-se que as normas constitucionais devem ser interpretadas restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes praticados DURANTE O EXERCÍCIO DO CARGO e EM RAZÃO DELE, conforme o entendimento do STF. EXCEÇÃO: os Desembargadores dos Tribunais de Justiça são julgados pelo STJ mesmo que o crime não esteja relacionado com as suas funções. (Ex: Desembargador pratica violência doméstica contra sua esposa – será julgado pelo STJ e não o juiz de 1ª instância). Nessa hipótese, o STJ entendeu que o foro especial tem a finalidade de preservar a imparcialidade do julgamento, tendo em vista o evidente conflito de interesses dos magistrados membros do respectivo tribunal.
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Quais autoridades possuem foro por prerrogativa de função junto ao STF?
-Presidente e Vice-Presidente da República. - Deputados Federais e Senadores. - Ministros do STF. - Procurador-Geral da República. - Ministros de Estado. - Advogado-Geral da União. - Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica. - Ministros do STJ, STM, TST, TSE. - Ministros do TCU. - Chefes de missão diplomática de caráter permanente. _________________ Aqui as autoridades não gozam da garantia do duplo grau de jurisdição, pois é julgado em apenas uma instância. - Isso não significa que não possa recorrer, podem opor embargos e alguns recursos, mas não pode rever toda a matéria de fato, sobre o julgamento.
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Quais autoridades possuem foro por prerrogativa de função junto ao STJ?
-Governadores. - Desembargadores. - Membros dos TRE. - Conselheiros dos TC. - Membros do MPU que oficiem perante tribunais.
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Quais autoridades possuem foro por prerrogativa de função junto ao TRF ou TRE?
-Juízes Federais, Juízes Militares e Juízes do Trabalho. - Membros do MPU que atuam na 1ª instância.
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Quais autoridades possuem foro por prerrogativa de função junto ao TJ?
- Juízes de direito e promotores de justiça. - Hipóteses de foro por prerrogativa previstas em constituições estaduais como vice-governador, deoutados estaduais, entre outros. OBS.: A Constituição Federal não prevê foro por prerrogativa de função para os parlamentares municipais. A questão é controversa. Apesar de algumas Constituições Estaduais preverem o foro por prerrogativa de função no TJ para vereadores, o Supremo Tribunal Federal entende que eles não são passíveis deste benefício, já que a norma constitucional não prevê tal hipótese. Nesse sentido, oSupremo Tribunal Federal (STF) considerou como inconstitucional a norma que previa prerrogativa de foro aos vice-prefeitos e vereadores no Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) em caso de cometimento de crimes comuns e de responsabilidade.
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Quais autoridades possuem foro por prerrogativa de função junto ao TJ / TRF ou TRE?
Prefeitos. - O foro por prerrogativa de função dos prefeitos, previsto no art. 29, X, CF, que deverão necessariamente serem julgados pelo Tribunal de Justiça, ainda que cometam crime doloso contra a vida, pois a sua regra de competência está prevista na CF, assim como ocorre com a garantia do tribunal do júri.
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De quem é a competência em casos de concurso de agentes, em que um deles não detém o foro por prerrogativa de função?
Súmula 704 – STF: Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal, a atração, por continência ou conexão, do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados. Na hipótese de crimes praticados nessa hipótese de coautoria, a regra geral é o desmembramento.
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Competência e Improbidade Administrativa
Em sede de improbidade administrativa não há que se falar em foro por prerrogativa de função, tendo em vista que a ação de improbidade administrativa possui natureza civil, mostrando-se indevida sua equiparação às ações penais para as quais o detentor de mandato eletivo possui prerrogativa de foro, sendo o juízo de primeiro grau o competente para processar e julgar a causa.
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FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO DOS PREFEITOS
Infração de competência da Justiça Estadual: Tribunal de Justiça (art. 29, X, CF). Infração de competência da Justiça Federal: Tribunal Regional Federal. Crime eleitoral: Tribunal Regional Eleitoral
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Quais as hipóteses de competência relativa? (3)
competência territorial, prevenção, conexão/continência.
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Quais as hipóteses para determinar a competência jurisdicional? (7)
Art 69 cpp I- Lugar da infração (regra). II- Domicílio da residência do réu. III- Natureza da infração. IV- Distribuição. V- Conexão ou continência. VI- Prevenção [sempre será subsidiária, geralmente quando envolver dois ou mais locais igualmente competentes]. VII- Prerrogativa de função.
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Qual é o delegado de polícia competente para autuar em flagrante delito?
? É o delegado do local em que se realizou a captura do autor do crime e não do local onde o crime se consumou. Leiam os artigos 290, 304 e 308 do Código de Processo Penal.
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Como é definida a competência em caso de homicídio em plurilocal [dentro do território brasileiro]?
adota-se a teoria do esboço do resultado, sendo competente o local da conduta e não do resultado, para fins de instrução probatória – Ex. Tiros são desferidos em Presidente Prudente, mas a vítima morre em hospital de São Paulo, o tribunal do júri será em Presidente Prudente.
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O que é a teoria do juízo aparente?
É pacífica a aplicabilidade da teoria do juízo aparente para ratificar medidas cautelares no curso do inquérito policial quando autorizadas por juízo aparentemente competente. As provas colhidas ou autorizadas por juízo aparentemente competente à época da autorização ou produção podem ser ratificadas a posteriori, mesmo que venha aquele a ser considerado incompetente, ante a aplicação no processo investigativo da teoria do juízo aparente.
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Competência e Descoberta fortuita de crimes
A verificação dos crimes no mesmo contexto fático configura mera descoberta fortuita e não implica, necessariamente, conexão probatória ou teleológica entre eles. A descoberta fortuita de crimes, no bojo de operações investigatórias complexas, não pode ter como desdobramento a criação de juízo universal, definido de forma anômala, em violação ao princípio do juiz natural.
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O que é CONEXÃO INTERSUBJETIVA POR SIMULTANEIDADE ou OCASIONAL?
ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, AO MESMO TEMPO, por várias pessoas reunidas. Diz-se ocasional pois não exige o ajuste prévio entre os agentes. Ex.: várias pessoas saqueiam um caminhão que tombou em uma rodovia.
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O que é CONEXÃO INTERSUBJETIVA CONCURSAL?
ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas por várias pessoas em concurso, EMBORA DIVERSO O TEMPO E O LUGAR. Lembre-se que no concurso existe um ajuste prévio entre os agentes. Ex.: É o que ocorre quando um indivíduo rouba um carro, o outro furta armas e o outro ingressa em um mercado para praticar um roubo.
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O que é CONEXÃO INTERSUBJETIVA POR RECIPROCIDADE
ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas por várias pessoas uma contra as outras. Ex.: É o que ocorre no caso de lesões corporais recíprocas entre torcidas de times diferentes.
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O que é CONEXÃO OBJETIVA TELEOLÓGICA ou LÓGICA ou MATERIAL?
no mesmo caso, houverem sido praticadas PARA FACILITAR as outras. Ex.: O criminoso mata o marido para estuprar sua esposa.
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O que é CONEXÃO OBJETIVA CONSEQUENCIAL ou SEQUENCIAL
no mesmo caso, houverem sido praticadas para ocultar, conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas. Ex.: sujeito mata a única testemunha que presenciou o crime.
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O que é CONEXÃO INSTRUMENTAL ou PROBATÓRIA?
quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração [basta que uma prova influencie na outra, pouco importando o lapso temporal existente entre elas]. Ex.: o crime de furto anteriormente praticado comprova a receptação.
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Quais as modalidades de CONTINÊNCIA?
SUBJETIVA: quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração. OBJETIVA: concurso formal, aberratio ictus e aberratio criminis.
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Como é resolvido o CONCURSO de jurisdições entre JURISDIÇÕES DE MESMA CATEGORIA
1. Lugar da infração em que for cominada pena mais grave. 2. Lugar em que ocorreu o maior número de infrações, se as penas forem iguais. 3. Prevenção, nos demais casos
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Em que situações a SEPARAÇÃO DOS PROCESSOS será FACULTATIVA/OBRIGATÓRIA?
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Compete a qual justiça? crime em que o indígena figure como autor ou vítima.
Súmula 140-STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena figure como autor ou vítima.
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Compete a qual justiça?
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Compete a qual justiça? causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.
Súmula 42-STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.
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Compete a qual justiça? contravenção penal
Súmula 38-STJ: Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades.
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O que diz a jurisprudência sobre a instauração de inquérito e demais atos investigativos em desfavor de agentes públicos detentores de foro
A instauração de inquérito e demais atos investigativos em desfavor de agentes públicos detentores de foro por prerrogativa de função depende da prévia autorização do órgão judicial competente pela supervisão das investigações penais originárias. STF. Plenário. ADI 7447/PA, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 21/11/2023 (Info 1117).
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Havendo sentença prolatada quanto ao delito conexo, a competência para julgamento do delito remanescente deve _________________. STJ. 3ª Seção. CC 193005-MG, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 8/2/2023 (Info 764).
ser aferida isoladamente.