Cirurgia Plástica Flashcards

1
Q

Diferenças entre Enxerto e Retalho

A

ENXERTO: sem vascularização, grandes distâncias, necessita área receptora adequada. Pode ser total (epiderme + derme) ou parcial (só epiderme).

RETALHO: transferência de tecido com vascularização própria, a curtas distâncias. Pode ser do tipo avanço, rotação, interpolação, livre, zetaplastia

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2
Q

Etapas da revascularização do enxerto

A

1) Nutrição por embebição (1 a 2 dias) - metabólitos se difundem por osmolaridade de célula a célula

2) Inosculação vascular: anastomose entre capilares do enxerto e do leito receptor

3) Neoangiogênese: (até duas semanas) proliferação de novos vasos, garantindo a sobrevivência da área transplantada.

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3
Q

Tecidos que podem ser usados como enxerto

A

Pele, mucosa

Osso, Cartilagem (costela, septo nasal)

Córnea, Tecido adiposo

Nervo, vaso sanguíneo

Cabelo, Membrana amniótica

Compostos

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4
Q

Características dos diferentes graus de queimadura

A

1º GRAU - sem formação de bolhas. Acomete apenas epiderme. Eritema, dor e hipersenssibilidade. (queimadura solar)

2º GRAU - Acomete parte da derme. Edema e bolhas. Pode ser superficial (reepitelização de 7 a 14 dias) ou profunda (reepitelização de 14 a 35 dias - cicatriz).

3º GRAU - Destruição da epiderme e da derme (e tudo que estiver abaixo desta), coloração branca, marrom (maior grau de gravidade) ou aspecto ressecado. Pode ter bolha íntegra ou rota.

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5
Q

Estratos da epiderme

A
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6
Q

Porcentagem de superfície corporal queimada (diagrama de Lund-Browder)

A
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7
Q

Critérios que definem um paciente em grande queimado

A

2º grau +15% em <12 anos ou +20% em >12 anos

3º grau +5% em <12 anos ou +10% em >12 anos

3º grau em Mão pé face pescoço e axila

Queimadura elétrica – não se consegue definir a extensão, pois ocorre de fora para dentro.

Comorbidades graves pré existentes

Associado a trauma

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8
Q

Esquema de reposição volêmica em queimados (regra de Parkland)

A

2 a 4ml de solução cristaloide / kg / SCQ (%)

50% do volume nas primeiras 8h após a queimadura

50% restante nas 16h seguintes

2ml em 2º grau / 4ml em 3º grau - monitorização de sinais vitais e da diurese orientam o manejo clínico

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9
Q

Complicações da reposição volêmica em queimados

A
  • Oligúria
  • Hiponatremia
  • Hipocalemia
  • Edema agudo de pulmão
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10
Q

O que define uma queimadura elétrica verdadeira?

A

Queimadura cutânea com lesão profunda de tecidos, devido à passagem de corrente elétrica pelo corpo

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11
Q

Abordagem do paciente queimado elétrico na emergência

A

Toda queimadura é considerada um politrauma ► ABCDE do trauma

  1. Identificar pontos de entrada e saída (expor o corpo do paciente)
  2. Exame neurológico periférico e central
  3. Avaliar lesões medulares, fraturas, luxações
  4. Estimar extensão da queimadura
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12
Q

Avaliação complementar do queimado elétrico

A
  1. CPK e CKmb (geralmente muito elevada) - Se elevar com o tempo, suspeitar de síndrome compartimental. Músculo é um bom condutor elétrico, sofrendo mais lesões.
  2. ECG - alto risco de arritmias
  3. Exame de urina
  4. Monitorização contínua
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13
Q

Zonas de lesão em queimaduras

A

Zona de coagulação: área de necrose

Zona de estase: grau de lesão moderado, com perfusão reduzida. Podem sobreviver ou entrar em necrose em 24h

Zona de hiperemia: área de inflamação (vasodilatação)

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14
Q

Regeneração tecidual dos diferentes graus de queimadura cutânea

A

1º grau – 5 a 7 dias com descamação das células lesionadas

2º grau superficial apêndices ficam viáveis – epitalização em até 2 semanas

2º grau profundo – 14 a 35 dias, com sequela (cicatriz)

3º grau nunca cura espontaneamente, somente epitelizando desde as bordas (segunda intenção) ou por enxertos de pele de áreas saudáveis.

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15
Q

Curativos de queimaduras de 2º grau

A

Remoção total da bolha, lavar com água ou SF 0,9% e fazer curativo (menor chance de infecções).

Sulfadiazina de prata e oclusão (segunda pele artificial) - trocar a cada 8h

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16
Q

O que é e quando se realiza a escaratomia?

A

Procedimento médico de emergência que consiste em incisões até a fáscia muscular longitudinais lateral e medial

Pode ocorrer em queimaduras térmicas ou por escaldo, 3º grau de fora para dentro, com necrose, ressecamento

17
Q

O que é e quando se realiza a fasciotomia?

A

Incisão da fáscia muscular (centro cirúrgico) para aliviar pressão provocada por acúmulo de líquidos (edema) em um compartimento muscular.

A síndrome compartimental pode ocorrer em traumas - principalmente por esmagamento, grandes queimaduras, acidentes ofídicos

18
Q

O que é úlcera de Marjolin?

A

Úlcera provocada por um CEC que se desenvolve em cima de uma cicatriz, seja por queimadura ou não, que acabou cicatrizando por segunda intenção

19
Q

Principais cuidados iniciais de um paciente queimado

A
  1. Avaliar queimadura de vias aéreas ► administração de oxigênio 100%, monitorização constante da respiração
  2. Reanimação volêmica
  3. Evitar hipotermia
  4. Evitar jejum (hipermetabolismo)
  5. Avaliar traumas associados
  6. Cobrir feridas com curativo limpo, seco e não aderente
20
Q

Manobra de redução de mandíbula

A
21
Q

Na avaliação inicial de uma fratura de nariz, o que deve ser avaliado e, se identificado, drenado por incisão?

A

Hematoma de septo nasal

Avaliar por rinoscopia. Pode levar a fibrose e À obstração nasal.

22
Q

Em quais situações o tratamento cirúrgico é indicado em uma fratura de nariz?

A

Presença de desvio lateral ou posterior.

Realizar em até 10 dias, com pinça de Ash. Se houver edema importante, aplicar compressas frias e adiar a redução.

Se não houver desvios, TTO conservador

23
Q

Em traumas de faxe, qual tipo de ponto de sutura é utilizado?

A

Ponto simples

Pode fazer pontos mais profundos, mas não pode fechar hemeticamente com ponto intradérmico, pois precisa deixar pontos de drenagem.

A sutura sempre começa por pontos onde desvio não são tolerados (supercílio, lábios, etc)

24
Q

Qual é a segunda fratura de face mais comum e qual região é a mais acometida?

A

Mandíbula

Colo dos côndilos é mais acometido

25
Q

Quais sinais estão relacionados a uma fratura de mandíbula?

A

Assimetria facial, salivação excessiva, crepitação, mau hálito, perda dentária

Hipoestesia no território do nervo mentual (lábio inferior e mandíbula)

26
Q

O que é fratura “Blow Out”?

A

Fratura de órbita por trauma direto acometendo *porção inferior da parede medial da órbita e/ou assoalho*.

Dor, crepitação, equimose periorbitária, diploplia, parestesia infra orbitária e da pálpebra superior, alteração do sulco orbito palpebral, comprometimento do movimento ocular, assimetria facial.

10 a 25% das FX tem lesão ocular associada

27
Q

Como são classificadas as fraturas de maxila?

A

Le Fort I

Le Fort II

Le Fort III

28
Q

Quais são as principais malformações da face e qual é o período ideal para tratamento cirúrgico?

A

Fissuras labias e palatinas.

Adesão da fissura labiais: a partir de 3 meses.

Do palato: entre 18 e 24 meses.

29
Q

Quais são as fases de reparação tecidual?

A
  1. Inflamatória: NEUTRÓFILOS (citocinas), plaquetas (coagulação). Até 48h depois da injúria. Hemostasia primária, vasoconstrição, cascata de coagulação e rede de fibrina.
  2. Proliferativa: 48h até 2 semanas – MACRÓFAGO. Recrutam fibroblastos ► colágeno e fibras elásticas, unindo-se à MEC. Neoangiogênese (tecido de granulação). Miofibroblastos promovem contração da ferida. Início da epitelização (se derme reticular, células se diferenciam a partir de folículos pilosos).
  3. Remodelação ou maturação: de 2 semanas a 2 anos. Produção e degradação de colágeno: inicia-se no 3º dia na fase proliferativa, equipara-se na 3ª semana, com pico de produção de 2 a 4 semanas, passando a ser degradado.
    • Colagenólise por metaloproteinases, (inibidas por cisteína e progesterona, ativadas por corticoides, paratormônio e colchicina (gota).)
30
Q

Fatores locais que dificultam a cicatrização

A

- Isquemia

- Infecção – prolonga a fase inflamatória

** Padrão ouro de infecção cicatricial > 100.000 UFC por grama de tecido ou S. beta-hemolítico. Inicia-se ATB empiricamente e, se necessário, faz-se o antibiograma.

- Corpos estranhos – prolonga a fase inflamatória

- Edema – diminui a perfusão, causando hipóxia local. Se crônico causa deposição de proteínas na matriz que se torna uma barreira para a chegada das células da cicatrização.

31
Q

Fatores sistêmicos que dificultam a cicatrização

A

- DM: alteração reológica (deformação membranas extracelulares) a hemácia se torna mais rígida, impedindo sua deformação para passar pelos tecidos, alterando a microcirculação.

- Idade

- Perfusão e oxigenação: diminuídas pelo tabagismo, DM, HAS, obesidade

- Fármacos: corticoides, colchicina (ativa colagenases)

- Genético: anemia falciforme

- Irradiação: danos a células epiteliais, perda de vasos, isquemia, fibroblastos, < síntese de colágeno e matriz.