CIRURGIA Flashcards
Qual a conduta inicial em uma uretrorragia de moderada a grande intensidade após cateterismo vesical?
- Uretrocistografia injetora retrógrada.
- Nesses casos, é provável que tenha havido lesão da uretra por insuflação do balão fora da bexiga e por isso a melhor conduta seria a documentação da lesão através do exame de imagem para avaliar posteriormente a realização de uma cistostomia ou passagem de sonda vesical com fio guia por um urologista.
Vesícula palpável e indolor?
Sinal de Courvoisier-Terrier.
Tríade clássica da HSA?
Cefaleia súbita + síncope + rigidez de nuca.
Causa + comum da HSA, especialmente na fx etária de 30-65 anos?
Rotura de aneurisma sacular intracraniano (local + comum é a artéria comunicante anterior).
Principal droga utilizada emergencialmente em cardiopatia congênita cianótica dependente do canal arterial?
Prostaglandina, a fim de manter o canal arterial pérvio, até que o dx (solicitar ECO) seja estabelecido e a intervenção específica seja realizada.
Após biópsia, qual o melhor preditor de recorrência local do Melanoma para definir condutas subsequentes?
- Espessura [ou índice] de Breslow, que mede a espessura da lesão em milímetros, desde a epiderme até as células tumorais mais profundas na pele. É o principal preditor de recorrência local e metástases.
- Índice >ou= a 0,76 cm isoladamente já indica biópsia do linfonodo sentinela.
- Obs: O nível de Clark descreve as camadas da pele invadidas pelo tumor, sendo menos preciso que o Breslow.
Conduta em lesão hepática grau IV pós-trauma abdominal fechado com instabilidade hemodinâmica sem cessação do sangramento?
- Laparotomia exploradora com controle de danos seguida de embolização hepática.
- A cirurgia de controle de danos é composta de: (1) um primeiro tempo, em que é feita uma breve laparotomia para abordar as lesões que põem em risco imediato a vida do paciente, como embolização arterial, ligaduras vasculares e/ou tamponamento por compressas; (2) um segundo tempo, quando o indivíduo é encaminhado para UTI (usualmente com peritoneostomia), para correção das anormalidades clínicas e (3) terceiro tempo, com reexploração do abdome e emprego de procedimentos cirúrgicos mais complexos.
- Obs: A correção das lesões em apenas um tempo cirúrgico pode desencadear e agravar a tríade letal de coagulopatia, hipotermia e acidose metabólica.
Conduta em paciente sintomático (déficit focal) com doença carotídea apresentando oclusão total?
Terapia farmacológica com antiagregantes e estatinas + acompanhamento com Doppler de carótidas anual.
Dor abd + diarreia + emagrecimento + história de fístula perianal + Íleo distal com aspecto de pedra de calçamento, qual a suspeita diagnóstica?
- Doença de Crohn.
- Iniciar drogas indutoras de remissão da doença, que podem ser os aminossalicilatos (ex. mesalazina), corticoides, imunossupressores (ex. azatioprina, metotrexato), atb [uso em pacientes com doença perianal - metronidazol] e infliximabe (anti-TNF-alfa) e suporte nutricional em caso de desnutrição crônica.
Tratamento em bola fúngica (infeccção pelo Aspergillus?)
Baseia-se na gravidade:
- Quadros brandos demandam apenas acompanhamento, visto que a própria imunidade costuma resolver o quadro.
- Quadros graves [sangramento vultuoso e até lipotímia com instabilidade circulatória] devem ser abordados com ressecção cirúrgica, visto que antifúngicos não penetram na lesão.
Quais as apresentações típicas da infecção pelo Aspergillus?
No imunocompetente, bola fúngica e a aspergilose broncopulmonar alérgica; no imunocomprometido, a aspergilose invasiva.
Paciente obesa, com varizes calibrosas e edema de MMII com úlcera venosa com sinais de necrose e infecção. Qual a melhor conduta para acelerar a cicatrização e evitar recidiva?
- Limpeza e desbridamento químico (ex. com colagenose, que deve ser trocado diariamente). Em seguida, avaliação da insuficiência venosa com Eco doppler venoso superficial e profundo de MMII, permitindo programação cirúrgica + adequada para cada caso.
Quadro de dor abdominal aguda com dissociação importante entre a clínica e o exame físico, qual a SD?
Abdome agudo vascular (suspeitar de isquemia mesentérica aguda).
Causa + comum de escroto agudo na população pediátrica?
- Torção de apêndice testicular (31 a 67% dos casos).
- É mais frequente em pré-pubere (7 a 14a) e no hemiescroto esquerdo.
- O apêndice testicular é um remanescente do ducto paramesonéfrico, apresentando-se como uma estrutura ovoide localizada entre o testículo e o epidídimo.
- O “blue dot sign”, um ponto subcutâneo azulado, é patognomônico, apesar de só estar presente em 21% dos casos.
Como é feito o Dx de torção de apêndice testicular?
Avaliar com USG c/ doppler [massa extra-testicular avascular e de ecogenicidade variável, dependendo do tempo de evolução, pode ter aumento da dimensão e ecogenicidade do epidídimo, hiperemia do epidídimo e testículo ipsilateral, hidrocele reativa e espessamento da parede escrotal].