Cirurgia 1 - Trauma Flashcards

1
Q

Trauma ABDOMINAL: Indicações (3) de CIRURGIA (sem necessitar exame)

A

1) PERITONITE (identf. por exame físico: descompressão dolorosa. Pode não ser notada quando alcoolizado, AVE etc.)
2) CHOQUE
3) EVISCERAÇÃO

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2
Q

“Sinal do cinto de segurança” significa…

A

Trauma fechado em INTESTINO DELGADO

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3
Q

Trauma abdominal: órgãos mais lesionados

1) Trauma contuso
2) PAF
3) Arma branca

A

1) BAÇO
2) Intestino DELGADO (maior área para “mira”)
3) FÍGADO (está à direita, pessoas são destras; esfaqueiam de cima para baixo…)

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4
Q

US FAST: Locais de análise

A
"Losango":
Saco pericárdico (↑)
Hepatorrenal (↰)
Esplenorrenal (↱)
Pelve/fundo de saco (↓)

FAST estendido:

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5
Q

Exame para investigação de TRAUMA EM TRANSIÇÃO TORACOABDOMINAL

A

VIDEOLAPAROSCOPIA

Investigar, especialmente, lesões de diafragma

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6
Q

Conduta em trauma abdominal: Aberto por PAF

A

Indica CIRURGIA (90% dos casos)

SE flanco ou dorso = TC antes

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7
Q

Conduta em trauma abdominal: Aberto por ARMA BRANCA

A

EXPLORAÇÃO DIGITAL da ferida&raquo_space;
(Se positiva ou duvidosa p/ violação do peritôneo)&raquo_space;

MONITORA 24h (Ex. físico + hemograma 8/8h)

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8
Q

Conduta em trauma abdominal FECHADO e paciente ESTÁVEL

A

TC com contraste

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9
Q

Conduta em trauma abdominal FECHADO e paciente INSTÁVEL

A
  • NÃO é POLITRAUMA?&raquo_space; CIRURGIA
  • É POLITRAUMA (foco de sangramento pode não ser o abdm)&raquo_space; US FAST ou Lavado Peritoneal Diagnóstico (LPD) - se positivo, cirurgia
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10
Q

Classificação de CHOQUE: 1) PA, 2) FC, 3) Estimativa de PERDA VOLÊMICA

A

1) PA: Classe I e II: NORMAL / Classe III e IV: DIMINUÍDA
2) FC: I: Normal ; II: ≥ 100 ; III: ≥ 120 ; IV: ≥ 140
3) I: Sem perda ; II: 15% (750ml) ; III: 30% (1500ml) ; IV: 40% (2000ml)

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11
Q

EC Glasgow: Parâmetros avaliados

A

Resposta MOTORA (6 pt)

Resposta VERBAL (5 pt)

Abertura OCULAR (4 pt)

“MoVe Ocu”

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12
Q

EC Glasgow: Pontuação de resposta MOTORA

A
6 - Obedece comandos
5 - Localiza estímulo doloroso 
4 - Retira membro à dor
3 - Flexão anormal (DESCORTIZAÇÃO)
2 - Extensão anormal (DESCEREBRAÇÃO)
1 - Resposta motora ausente
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13
Q

EC Glasgow: Pontuação de resposta VERBAL

A
5 - Orientada
4 - Confusa
3 - Palavras inapropriadas
2 - Palavras incompreensíveis
1 - Ausente
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14
Q

EC Glasgow: Pontuação de ABERTURA OCULAR

A

4 - Espontânea
3 - ao Estímulo verbal
2 - ao Estímulo doloroso
1 - Ausente

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15
Q

PADRÃO TRIMODAL das mortes em trauma

A

PICO 1: Segundos a minutos (50% das mortes)
- Não evitável. Foco em prevenção

PICO 2: Minutos até 24h (30%)
- Evitável por ATLS

PICO 3: > 24h
- Mortalidade tardia por TEP, sepse…

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16
Q

Escala de Coma Glasgow: TCE GRAVE x Moderado x Leve

A

GRAVE: ECG ≤ 8
Moderado: ECG 9-12
Leve: ECG 13-15

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17
Q

Sinal do GUAXINIM: o que é? o que contraindica?

A

Equimose periorbitária (sinal clínico de lesão de base de crânio).
Contraindica intubação nasotraqueal, sonda nasogástrica.

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18
Q

LESÕES DIFUSAS em TCE (2): Características + conduta

A
  • CONCUSSÃO cerebral (temporária; amnésia retrógrada; rápida recuperação; não acomete parênquima)
  • LESÃO AXONAL DIFUSA (Coma > 6h; lesões axonais por cisalhamento; Dx por TC com hiperdensidade no corpo caloso e/ou região frontal)

Conduta (ambas): Conservadora, suporte clínico

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19
Q

Hematoma SUBDURAL vs. Hematoma EPIDURAL

1) Vaso acometido
2) Região mais comum do trauma
3) TC
4) Conduta

A

1) S: Vv. pontes ; H: A. meníngea
2) S: Temporal ; H: fronto-parietal
3) S: Bicôncavo ; H: Côncavo-convexo
4) Cirúrgica (ambas) - alto risco de hérnia de úncus

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20
Q

TCE: Achados clínicos de HÉRNIA DE ÚNCUS (2)

A

MIDRÍASE ipsilateral &

DÉFICIT MOTOR contralateral.

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21
Q

INTERVALO LÚCIDO após TCE é sinal de…

A

Hematoma EPIDURAL

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22
Q

Indicações de TC: TCE leve (6+2), moderado e grave

A

TCE Moderado e grave&raquo_space; Sempre indicar TC.

TCE Leve&raquo_space;
1) > 65 anos ; 2) Perda de consciência > 5 min ; 3) Amnésia retrógrada ; 4) ECG < 15 após 2h ; 5) Vômitos (> 2 ep) ; 6) Mecanismo perigoso de trauma, suspeita de fratura…
+1) Uso de ANTICOAGULANTE oral ou diátese hemorrágica ; +2) CONVULSÕES ou sinais focais

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23
Q

TCE: Conduta em HIC

A

(Para evitar: na UTI, manter CABECEIRA ELEVADA 30º; paciente NORMOtenso, NORMOtérmico e NORMOcárbico )

Administrar MANITOL (para normotensos) ou
Administrar SOLUÇÃO HIPERTÔNICA (para hipotensos)
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24
Q

Fórmula PPC (Pressão de Perfusão Craniana)

A

PPC = PAM - PIC

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25
Q

Diagnóstico de MORTE ENCEFÁLICA

A

1) DESCARTAR: dist. hidr-eletolítico ou ác-bás; hipotermia; intoxic. por drogas;

2) Dois EXAMES CLÍNICOS (intervalados, médicos diferentes): COMA APERCEPTIVO + Ø Resp. MOTORA + Ø Reflexos PUPILARES e oculares + Ø Reflexo da TOSSE
2. 1) Teste da APNEIA

OBS: Reflexos de tronco NÃO descartam Dx de ME.

3) EX. COMPLEMENTAR: Ø Ativ. elétrica (EEG) OU Ø Ativ. Metab. (PET Scan) OU Ø Perfusão (angiografia, angio-TC, angio-RM, doppler…)

26
Q

Critérios de RETIRADA DO COLAR CERVICAL (4) antes da confirmação por imagem

A

1) Paciente lúcido/acordado +
2) Sem dor à palpação cervical +
3) Exame neurológico normal +
4) Sem sinais de intoxicação por drogas (álcool, medicamento, drogas ilícitas…)

27
Q

DERMÁTOMOS correspondentes a:

1) Deltoides
2) Mamilos
3) Apêndice Xifoide
4) Umbigo
5) Púbis
6) Região perianal

A

1) C5
2) T4
3) T8
4) T10
5) T12
6) S4, S5

28
Q

Trauma raquimedular: Nível limite da paraplegia/quadriplegia

A

T1

29
Q

CHOQUE MEDULAR: Conceito

A

(≠ Choque neurogênico) Síndrome MOMENTÂNEA de PARALISIA FLÁCIDA, perda de sensibilidade e reflexos medulares após TRAUMA RAQUIMEDULAR.
Pode durar de DIAS a SEMANAS e, enquanto persiste, não é possível Dx se lesão medular foi total ou parcial.

30
Q

Primeiro REFLEXO que retorna ao final do CHOQUE MEDULAR

A
Reflexo BULBOCAVERNOSO
(Reflexos retornam em sentido caudocranial)
31
Q

Choque NEUROGÊNICO: Fisiopatologia + Tratamento (3)

A

Trauma CERVICAL ou Trauma TORÁCICO SUPERIOR (< T6) → Secção completa das VIAS DESCENTENTES (que levam ao coração a ‘mensagem’ da hipotensão, ocasionando taquicardia compensatória) → HIPOTENSÃO COM BRADICARDIA + Perdado tônus vasomotor → CHOQUE

Tto: 1) Vasopressor (ADRENALINA) para induzir tônus +

2) ATROPINA para induzir taquicardia +
3) Volemia MODERADA (coração não está bombeando; se hidrata muito, risco de edema pulmonar)

32
Q

Trauma raquimedular: SÍNDROME MEDULAR CENTRAL se caracteriza por…

A

Perda sensorial e motora em MEMBROS SUPERIORES.

33
Q

Sd. de BROWN-SÉQUARD se caracteriza por perda de (2 ipsi; 2 contralateral)…

A

(Sd. da hemissecção medular)

  • Função MOTORA e SENSITIVA - IPSILATERAL
  • Sens. VIBRATÓRIA e TÉRMICA - CONTRALATERAL
34
Q

FRATURA DE JEFFERSON é…

A

Fratura do ATLAS (C1)
“Fratura do mergulhador de piscina rasa”

(Fratura cervical em explosão, classicamente rompendo o atlas em 3 pedaços)

35
Q

SHAKEN BABY Symdrome é…

A

Luxação ATLANTO-OCCIPITAL

36
Q

Tipo mais comum de FRATURA DO ODONTOIDE

A

Tipo II

37
Q

“Fratura do ENFORCADO (Hangman)” é…

A

Fratura de AXIS (C2)

38
Q

FRATURA DE CHANCE é…

A

“Fratura do irmão mais novo”
(trauma de coluna torácica; comum ao uso do cinto de segurança de duas pontas.
Associado a lesão de duodeno e de pâncreas.)

39
Q

(ATLS - Airway) Vias aéreas artificiais: TEMPORÁRIAS (3) e DEFINITIVAS (3)

A

T: 1) Máscara laríngea ; 2) Combitube ; 3) Crico por PUNÇÃO.

D: 1) Intubação oro/naso ; 2) Crico CIRÚRGICA ; 3) Traqueostomia.

40
Q

(ATLS - Airway) Sequência de tentativas/preferência para VA ARTIFICIAL (1º, 2º e 3º)

A

1º - IOT (método definitivo não cirúrgico / máx 3 tentativas / tempo de “uma apneia)

2º - MÁSCARA LARÍNGEA ou COMBITUBE (métodos temporários: não protegem de aspiração)

3º - CRICO (◆ CIRÚRGICA: método definitivo; ◆ POR PUNÇÃO: temporário; para CRIANÇAS < 12 anos)

41
Q

(ATLS - Airway) Indicação de TRAQUEOSTOMIA

A

É exceção: LACERAÇÃO/FRATURA de LARINGE (Clínica: rouquidão, enfisema subcutâneo, fratura palpável) APÓS tentativa mal sucedida de IOT.

(Método definitivo cirúrgico)

42
Q

(ATLS - Airway) Indicações de VA DEFINITIVA (4)

A

1) APNEIA
2) Risco de ASPIRAÇÃO, hemorragia profusa…
3) Comprometimento MECÂNICO de VA (traumatismo…)
4) TCE GRAVE (ECG ≤ 8)

43
Q

(ATLS - Breathing) B: 3 CONDUTAS básicas

A

1) Fornecer OXIGÊNIO (15 l/min)
2) Monitorização: OXÍMETRO
3) EXAME FÍSICO do tórax

44
Q

Tipo de CHOQUE no PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO

A
Choque OBSTRUTIVO
(Lesão dos alvéolos em "saco de papel" → Ar vazado "insufla" espaço entre as pleuras → comprime o pulmão → desvia mediastino → angula vasos da base → choque obstrutivo)
45
Q

PNEUMOTÓRAX vs. HEMOTÓRAX:

1) Jugular
2) Percussão
3) MV
4) PA

A

≠ 1) P: Turgência jugular / H: Jugular colabada
≠ 2) P: TIMPANISMO / H: MACICEZ

= 3) Diminuído (ambas)
= 4) Hipotensão (ambas)

46
Q

Conduta em PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO

A

Imediata: TORACOCENTESE (2º espaço IC)
Definitiva: TORACOSTOMIA (5º espaço IC)

47
Q

Tamanho do orifício para haver PNEUMOTÓRAX ABERTO

A

> 2/3 do diâmetro da traqueia

48
Q

Conduta em PNEUMOTÓRAX ABERTO

A

Imediata: CURATIVO EM 3 PONTAS
Definitiva: Toracostomia (DRENAGEM EM SELO D’ÁGUA)

49
Q

Conduta em PNEUMOTÓRAX SIMPLES

A

CONDUTA EXPECTANTE
Exceto se: transporte AÉREO ou VENTILAÇÃO MECÂNICA
(Pneumotórax simples = NÃO é aberto, NÃO é hipertensivo, ocupa < 1/3 do volume torácico)

50
Q

TÓRAX INSTÁVEL: Definição

A

Fratura de 2 ou mais arcos costais consecultivos,

em 2 ou mais pontos.

51
Q

RESPIRAÇÃO PARADOXAL é sinal de…

A

TÓRAX INSTÁVEL

52
Q

Causa de INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA no TÓRAX INSTÁVEL

A

CONTUSÃO PULMONAR (é necessário grande impacto para que haja fratura suficiente para tórax instável.

Embora haja inspiração dolorosa no tórax instável, ela não é a principal responsável.)

53
Q

Conduta em TÓRAX INSTÁVEL

A

Suporte:

ANALGESIA (para inspiração dolorosa) +
O2terapia (para insuficiência respiratória)

54
Q

HIPOTENSÃO em TRAUMA DE TÓRAX: Diagnóstico diferencial

A

1) TURGÊNCIA JUGULAR?
Não ✘ ⇨ HEMOTÓRAX
Sim ✔ ⇨ […] Percussão e auscuta

2) MV ↓ e PERCUSSÃO TIMPÂNICA?
Não ✘ ⇨ TAMPONAMENTO CARDÍACO
Sim ✔ ⇨ PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO

55
Q

Conduta no HEMOTÓRAX

A

Imediata: TORACOSTOMIA
Definitiva: TORACOTOMIA

56
Q

Conduta em CHOQUE HIPOVOLÊMICO

A

1) COMPRIMIR sangramento
2) DOIS acessos venosos PERIFÉRICOS
3) Correr CRISTALOIDES aquecidos
- 1 a 2 L (adulto)
- 20 ml/kg (criança)

57
Q

REPOSIÇÃO VOLÊMICA em CHOQUE hipovolêmico
+
DIURESE adequada

A

REPOSIÇÃO: ◆ 1 a 2 L (adulto) / ◆ 20 ml/kg (criança)

DIURESE: ◆ Adulto: 0,5 ml/kg/h / ◆ < 12a: 1 ml/kg/h / ◆ < 1a: 2 ml/kg/h

58
Q

TURGÊNCIA JUGULAR + HIPOTENSÃO + BULHAS HIPOFONÉTICAS é…

A

Tríade de Beck = TAMPONAMENTO CARDÍACO

59
Q

Sinal de KUSSMAUL é…

A

↑ TURGÊNCIA JUGULAR durante a INSPIRAÇÃO

Sinal de TAMPONAMENTO CARDÍACO

60
Q

Conduta em TAMPONAMENTO CARDÍACO

A

Imediato: PERICARDIOCENTESE
Definitivo: TORACOTOMIA