CIPE Flashcards
Apendicite - Progressão Fisiopatologica
Obstrução (fecalito, Semente, Verme, ou Hiperplasia Linfoide Intramural) - Aumento da produção de muco e consequentemente, da pressão luminal - Diminuição do fluxo venoso e linfático - Edema e Proliferação bacteriana - Ulceração de Mucosa - Trombose - Isquemia e Necrose - Perfuração
Testes realizados no exame físico para diagnosticar Apendicite
Blumberg (descompressão) Rovsing (pressão retrógrada) Sinal do Psoas e do Obturador
Apendicite - Exames
Leucograma - Leucocitose moderada com desvio a esquerda PCR - Pouco diz USG - Adequado Radiografia - Tomografia - Casos especiais
Diagnóstico Diferencial de Apendicite
Qualquer processo que evolua com dor abdominal: Infecções à Distância: Pneumonia Meningite Otite Média Aguda ???? Afecções do TGI: Gastroenterocolite Aguda Peritonite Pancreatite Hepatite Crohn e Meckel Menarca e Afecções do TGU: ITU Calculo Ureteral ou Renal Pielonefrite Gestação Ectópica Neoplasias Malignas: Linfoma Não Hodgkin Tumor de Wilms D roto Outras afecções: Kawasaki
Tratamento Apendicite
Cura cirúrgica; técnica ideal ainda não estabelecida. Antibiotico: Começar Amicacina; A depender dos achados, associar metronidazol ou metronidazol + amoxicilina com clavulanato. Continua-se com o esquema até 24h de afebril Apendicectomia. Atrasos não pioram prognóstico. Há tempo para programação da cirurgia (menor tempo, menos dor) Laparoscopia = melhor
Pós Operatório Apendicite
Pós operatório: alimentação precoce, não usar sonda (exceção: vômitos biliosos). Movimentação precoce.
Complicações Apendicite
Abscesso, íleo paralítico prolongado, sepse, etc
Defina Distopia Testicular
A PRESENÇA do testículo fora da bolsa escrotal
Como ocorre, fisiologicamente, a descida dos testículos
Ela ocorre pela interação entre fatores hormonais e mecânicos. Ela ocorre inicialmente até o ANEL INGUINAL INTERNO, MEDIADA POR ANDRÓGENOS. Aproximadamente na 28º semana, ocorre a segunda fase, que se completa em cerca da 40º semana ( o que explica o fato de prematuros terem maior incidência. )
Causas para Distopia Testicular
- 7 Causas:
- Fatores Hormonais
- Alterações da produção ou conversão da Testosterona
- Multifatorial
- Alterações da produção ou conversão da Testosterona
- Fatores Celulares
- Atrofia ou Displasia nas células de Leydig ou Sertoli
- Fatores Mecânicos
- Encurtamento do Cordão Espermático
- Bloqueio no Canal Inguinal
- Bloqueio da Bolsa Escrotal
- Fatores Nervosos
- Alterações nos receptores androgênicos
- Defeitos no nervo Genitofemoral (afetam gubernáculo)
- Fatores Adquiridos
- Alongamento corporal (Testiculos Retráteis
- Fatores Iatrogênicos
- Correção cirúrgica de hérnia
- Fatores Genéticos
- Defeitos na parede abdominal
- Síndrome de Klinefelter
- Síndrome de Prader Willi
- Fatores Hormonais
Prevalência Distopia Testicular
Maior parte dos casos é UNILATERAL, geralmente no LADO DIREITO: Prevalência de 2:1 no lado direito.
O testiculo é impalpável em 20% dos casos; Desses, 20% são ausentes na exploração cirúrgica.
Dentre os pacientes com Distopia Testicular:
Monorquia: 4%
Anorquia: 0,6%
Persistência do Conduto Peritoneovaginal: 50%
Se houver hipospadia e distopia testicular bilateral: investigar diferenciação sexual.
Classificação de Distopia Testicular
Dividido em 3:
- Testículos Criptorquídicos
- Fora da Bolsa escrotal, mas em seu trajeto normal
- Testículos Ectópicos
- Fora da bolsa escrotal e fora de seu trajeto normal
- Testículos Retráteis
- Refluxo cremastérico exacerbado
- Não são rigorosamente distópicos (passeia até o canal inguinal)
OBS: Se o testículo está dentro do canal inguinal = retido, se na cavidade abdominal, criptorquídico.
OBS2: Só se deve fazer exame de imagem para testículo não palpável. Padrão ouro: RNM.
Diagnóstico Distopia Testicular
- Baseado na História Clínica
- Ausencia de Testiculo
- Tumoração em região Inguinal
- Exame Físico
- Bolsa escrotal pequena, achatada e pouco pregueada.
- Testículo não palpável em bolsa escrotal.
- Examinador deve bloquear com a mão esquerda o reflexo cremastérico
- Se não palpado, tentar novamente com a criança em posição de cócoras ou em posição de Tailor (pernas cruzadas)
- 3 primeiros meses: Reflexo cremastérico débil ou ausente: facilita exame físico
- Exames Complementares
- Imagem: USG, Tomografia, RNM
- Hormonal: Teste Hormonal
- Se o exame de imagem der negativo, deve ser realizado teste hormonal com gonadotrofina coriônica. Se não houver aumento de testosterona (4x maior), e o nível basal de FSH ou gonadotrofina coriônica forem altos, se considera a ausência de testículos; cirurgia evitada.
- Laparoscopia:
- Além de diagnóstico, ajuda a decidir conduta.
Tratamento Distopia Testicular
Os danos testiculares podem ser irreversíveis mesmo com tratamento cirúrgico, mas há vantagens quando realizado antes dos 2 anos. (Idealmente entre 6 meses e 1 ano de idade).
Testículos Retráteis: Majoritariamente Acompanhamento
- Hormônios:
- Cada vez menos usado.
- No caso de testículos retráteis, pode-se usar HCG ou LHRH para estímular o crescimento do testículo e fazer com que ele fique na bolsa escrotal.
- Fixação Cirúrgica
- Mais indicado
- Entre 3 e 5 anos de idade
Testículo Palpável
- Orquidopexia Aberta
- Indicada quando o testículo estiver palpável.
- Disseca-se o testículo, separando-o do gubernáculo,
- Se testículo estiver muito alto:
- Orquidopexia em 2 tempos
Testículos Impalpáveis
- 50% Intra-abdominais
- Abordagem Laparoscópica
*
Complicações Distopia Testicular
-
Atrofia Testicular
- Complicação mais Significativa:
- Decorre da dissecção dos vasos testiculares
- Edema
- Pós operatório
- Causa Isquemia e posterior atrofia Testicular
- Ascenção do Testículo
- Necessida de nova Orquidopexia
- Infecção
- Lesão do nervo Inguinal
- Torção pós operatória.
- Lesão do Deferente