Cateterismo Vesical Flashcards
Resumindo
1) APRESENTE-SE E EXPLIQUE O PROCEDIMENTO!!
- Tamanhos mais usados de cateter vesical:
Foley 16 a 18F(H); 14 a 16F(M).
Foley 22 a 24F se HEMATÚRIA MACIÇA.
Foley ou Coudè 20 a 24F se Hiperplasia
Prostática Benigna.
2)TÉCNICA NÃO ESTÉRIL – NO HOMEM!!
a) Anestesia Tópica com 10-15 ml de lidocaína gel.
b) Pressionar pênis e aguardar.
3)TÉCNICA ESTÉRIL = HOMEM E MULHER
A) MONTAR MESA:
Colocar campo na mesa.
Colocar material na mesa.
Cuba Rim, Pinça, Gaze, Seringa c/ 10 ml
de água destilada ESTÉRIL
B) TESTAR E PREPARAR MATERIAL:
Testar balonete e conectar cateter ao coletor.
Montar pinça com gaze.
C) INICIAR PROCEDIMENTO:
Colocar campo e expor glande/abrir grandes
lábios.
Pedir degermante e degermar.
Mulher: lubrificar cateter com vaselina estéril
antes da inserção.
Inserção até o fim do cateter.
Insuflar balão com 10 ml de água estéril.
Tracionar cateter, reposicionar prepúcio e fixar.
HOMENS
A uretra inicia-se na bexiga, cruza a próstata, faz uma primeira curva
em direção ao bulbo do pênis, uma segunda
curvatura no corpo esponjoso e segue até o
meato uretral na glande. Repare que o trajeto
uretral é próximo de um “S”.
Como inserir um cateter em um trajeto tão
sinuoso?
É preciso retificar o trajeto. É possível eliminar
a curvatura distal da uretra através da tração
do pênis no sentido cranial, de forma que o
mesmo fique a um ângulo de 90º com o corpo. A não observância desse fator implica a
incapacidade de realizar o procedimento, bem
como um maior índice de complicações!
Figura 5
Para explicar a cateterização vesical, dividiremos didaticamente seu estudo em duas
“etapas”: não estéril e estéril.
Não estéril
É a preparação do ato em si. Mantenha o
paciente em decúbito dorsal. Com luvas de
procedimento, você deverá retrair o prepúcio
e realizar uma tração cranial do pênis com a
mão não dominante. Com a outra mão será injetado anestésico local tópico na uretra (ex.:
Lidocaína gel) com uma seringa de 10/20 ml.
Mantenha o pênis nesta posição por alguns
minutos. Essa etapa facilita a cateterização já
que é promovida uma dilatação uretral prévia
e há uma sensível redução do incômodo gerado pela passagem do cateter causada pelo
anestésico. Cabe ressaltar que essa “etapa”
não é estritamente necessária para realização
do procedimento.
Estéril
Já paramentado com as luvas estéreis, você
deve preparar o material na bandeja antes de
realizar a cateterização:
• Cheque a integridade do balão do cateter
com a seringa.
• Conecte o cateter no sistema coletor de urina.
• Lubrifique a ponta do cateter.
• Coloque solução degermante nas gazes a
serem utilizadas no procedimento.
Tomados os cuidados adequados com o material, você já pode colocar os campos fenestrados ao redor da genitália. Segure o corpo do
pênis com sua mão não dominante e realize
a tração cranial. ATENÇÃO: essa mão agora
será considerada como não estéril e não deve
executar outra função até o fim da passagem
do cateter.
Figura 6
Com a outra mão, use a pinça e gaze com
degermante para preparar a glande. Realize
movimentos circulares de dentro para fora.
Preparado o sítio, pegue o cateter já lubrificado
e o insira delicadamente. Se estiver utilizando
um cateter de Coudé, sua ponta deverá estar
voltada para cima. Em hipótese nenhuma force
o cateter durante a passagem. Você pode criar
uma lesão uretral e um falso lúmen. Certa resistência pode ser encontrada após a introdução
de 16 a 20 cm de cateter, correspondendo ao
esfíncter externo da uretra. Instrua o paciente
para relaxar como se estivesse prestes a urinar
e que realize uma inspiração profunda. Introduza o cateter até o fim. Observe o sistema de
drenagem em busca de drenagem de urina,
já que a presença da mesma é sinal de que o
cateter está adequadamente posicionado.
O que fazer caso não retorne urina após a
passagem do cateter?
Nesse caso o cateter provavelmente encontra-se entupido com lubrificante ou a bexiga
pode estar vazia. Infunda soro fisiológico pelo
lúmen principal. O retorno da urina ou do próprio soro é sinal de que o posicionamento está
adequado. Você também pode realizar uma Para terminar o procedimento, puxe devagar
o cateter até que a resistência do balão contra a parede vesical seja sentida. Retraia o
prepúcio para evitar parafimose e fixe o cateter com esparadrapos. Lembre-se de que
o sistema coletor de urina deve estar abaixo
do nível da bexiga!
leve pressão suprapúbica para precipitar o
retorno de urina.
Se posicionamento for adequado, o balão do
cateter deverá ser inflado com 10 ml de água
estéril. Perceba que para realizar esse procedimento o cateter deve ter sido inserido até o
fim ou o balão pode ser inflado dentro a uretra
do paciente
Cateterização Vesical em
Mulheres
O procedimento de cateterização é bem parecido à exceção dos seguintes fatos:
• Não há necessidade de retificação da uretra.
• Menor quantidade de anestésico é necessária.
• A mão não dominante nessa situação afasta os grandes e pequenos lábios.
• O meato uretral pode não ser visível ou
estar retraído sob a sínfise púbica. Ele
pode ser encontrado através da palpação
da área.
• Não há necessidade de inserir todo o cateter já que a uretra feminina é muito menor.
Dessa maneira, cateteres menores também podem ser utilizados.
Complicações
A complicação mais associada à cateterização
vesical é a infecção urinária. Outras possíveis
são lesão iatrogênica da uretra e da bexiga,
parafimose. Uma situação inusitada que pode
ocorrer é impossibilidade de se desinflar o
balão durante a retirada da sonda. Esse fato
normalmente ocorre quando utilizamos solução cristaloide para inflá-lo e a solução literal mente cristaliza dentro balão. Diante dessa
situação podemos cortar a válvula presente
na abertura do lúmen. Se essa manobra não
funcionar, uma abordagem suprapúbica guiada por ultrassonografia deverá ser realizada.