Casos Gerais 🧑🏻⚕️ Flashcards
👴🏻, 73 anos, é intubação por você na emergência e permanece inconsciente.
Minutos após, chegam 3 filhos com um documento feito pelo paciente 2 anos atrás e registrado em cartório em que afirma que em caso de emergência não queria ser intubado. Porém os filhos pedem pra você não deixá-lo morrer.
O que você faz?
Se for intubado antes do conhecimento do documento, deve-se extubar.
Art 41: “Nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal”
Assim, deve- se respeitar a vontade do paciente em não ser intubado, se documento registrado em cartório (em sã consciência na época). A vontade do paciente está acima da de seus familiares.
- a vontade do paciente não consta se for expressa no risco eminente de morte (pode estar em delirium), mas se ele mudar de ideia na hora e pedir para intubar, mesmo com o documento, você pode.
🧔🏻♂️, 54 anos, internado em hospital do SUS sob os cuidados do Dr. X, urologista.
Insatisfeitos com o atendimento prestado pelo médico, ligam no seu consultório e pedem para você realizar uma consulta no hospital se dispondo a pagar os honorários acordados. Você sendo também urologista poderia realizar a consulta?
1) Não pode cobrar nada de um paciente do SUS ou induzir a terapêuticas que não existe na rede,
2) O paciente pode ter uma segunda opinião,
3) O médico não pode passar por cima da conduta de outro médico, a menos que demonstrem um benefício indiscutível ao paciente. E mesmo assim deve comunicar e conversar com o médico responsável.
🧑🏻🦰 17 anos, tem diagnóstico de lúpus que se manifestou com nefrite e plaquetopenia.
Aceitou o tratamento com voc mas no momento em que mencionou a possibilidade de transfusão de plaquetas os pais rapidamente o interromperam dizendo que não permitiriam o tratamento, pois eram testemunha de Jeová.
Diante da situação o que faz ?
- Recusa terapêutica é para pessoas maiores de idade,
- Se for criança em risco iminente de morte, mesmo com diretiva, pode realizar transfusão,
- Acionar ministério público ou conselho tutelar.
1°- Se não houver iminente perigo de vida, o médico respeitará a vontade do paciente ou de seus responsáveis.
2° - Se houver iminente perigo de vida, o médico praticará a transfusão de sangue, independentemente de consentimento do paciente ou de seus responsáveis.
👩🏽🦱, 28 anos, Durante o exame físico de ginecologia o médico observou lesões vulvares sugestivas de condiloma acuminado, porém quando começou a falar a respeito, a paciente mostrou-se muito desconfortável, disse que não faria outros exames pois achava que eram apenas cicatrizes e que não tinha nada que contar para ninguém, nem para o namorado que aguardava na recepção.
- Informar a paciente que não tem o direito de negar o tratamento:
Art. 130: ato de colocar alguém em risco de contaminação por ato sexual, sabendo que possui doença que pode ser transmitida, mas deixa de
informar o parceiro. A pena prevista é de 3 meses a 1 ano de detenção e multa. - notificar autoridades (compulsória?).
- Art. 73: É vedado ao médico revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente.
👩🏻🌾, 36 anos, chega com exantema á consulta. Na anamnese declarou que não havia tido doenças comuns na infância pois sua mãe “era naturalista e a criou muito saudável”. Também dizia ser contra essa “medicina que intoxica”, assim criava seus 2 filhos de 4 e 6 anos como vegetarianos e se recusava a dar vacinas.
Acionar o conselho tutelar em relação a não-vacinação.
É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.
Crianças Art. 4 – É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
👨🏼⚕️posta com frequência os resultados de suas cirurgias no instagram e facebook, porém sempre tem o cuidado de ocultar a face dos pacientes para não serem reconhecidos.
Deixa sempre o número do seu CRM, número do seu RQE e o endereço do consultório na página para tirar qualquer dúvida dos interessados.
O que ele pode ou não fazer?
Pode: divulgar informações com caracter exclusivamente de esclarecimento e educação da sociedade. Obrigatório nome, crm, rqe.
Proibido: endereço ou telefone da clínica, foto onde é possível identificar o paciente (mesmo com autorização), antes e depois, mostrar aparelhos da clínica ou propagandas “desleais” a fim de angariar clientes, participar de anúncios de empresas ou produtos ligados a medicina.
consideradas mídias sociais: sites, blogs, Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, WhatsApp e similares.
Dr. não pode anunciar especialidades não reconhecidas pelo crm, ou com título que não pode comprovar, ou práticas cientificamente não reconhecidas.
Não pode anunciar, quando não especialista, que trata de sistemas orgânicos, órgãos ou doenças específicas, por induzir a confusão com divulgação de especialidade; (ex. Médico endocrinologista postar que só trata obesidade sem especialização).
O 👨🏽⚕️ diz ao paciente que precisa colocar uma prótese de quadril, mas que existem 3 opções.
Uma é nacional de qualidade regular e que ele tem acesso pelo SUS, mas a fila é de 3 anos. Outra é nacional de qualidade melhor e vem sendo fornecida pelo convênio que o paciente tem. Mas a melhor é uma prótese alemã que o paciente tem que pagar à parte e que seria a de sua preferência “caso
tivesse que operar a própria mãe”.
- Apelo e sensacionalismo.
- Médico deve convenser o convênio, não o paciente,da melhor prótese.
- Paciente SUS é SUS, e convênio é convênio. Particular cada um coloca o que quer.
Art 65. Médico não pode cobrar honorário em paciente assistido de serviços públicos ou receber remuneração de paciente como complemento.