Caracterização da sociedade brasileira Flashcards
Dinâmica e estrutura demográfica
O Censo de 2022 revelou um movimento de interiorização do crescimento populacional no Brasil, com destaque para as regiões Norte e Centro-Oeste, concentrado em municípios com menos de 30 mil habitantes, que frequentemente carecem de infraestrutura. Pequenas cidades também estão experimentando um aumento na demanda por bens e serviços públicos, o que representa um desafio devido à falta de infraestrutura e recursos. Há um crescimento acima da média em municípios próximos ao Distrito Federal, como Águas Lindas de Goiás e Luziânia, o que indica a contínua atração populacional da capital.
População rural e urbana
Em 2010, a população brasileira que vivia nas cidades passou de 36,2% para 84,4%, e mesmo áreas menos densas como a Amazônia apresentam índices de urbanização de 72,4%. A urbanização no Brasil formou uma rede complexa e articulada de cidades.
Classes e mobilidade social
A desigualdade de oportunidades no Brasil pode ser medida pela associação estatística entre a origem socioeconômica das famílias e as condições alcançadas pelos indivíduos na vida adulta, ou pelo nível educacional atingido. A análise sociológica para classificar as ocupações utiliza esquemas de classes sociais ou hierarquiza as ocupações por renda e nível educacional. Houve uma diminuição da desigualdade de oportunidades nas últimas décadas, com a mobilidade intergeracional tornando-se mais fluida e chances de progressão educacional menos desiguais. No entanto, a vantagem de famílias mais ricas em relação às mais pobres no ensino médio permanece inalterada.
Desigualdades econômicas e sociais
A desigualdade de renda é um dos principais problemas a ser enfrentado pela administração pública [7]. A população associa desigualdade à discriminação socioeconômica (46%), atitudes pessoais (17%) e falta de recursos (8%) [8]. Há um consenso de que poucos ganham muito e muitos ganham pouco, refletindo a assimetria de renda [9]. A maioria da população não vê o mérito como variável explicativa das desigualdades, associando-as a questões estruturais da sociedade, economia e Estado [10]. O Brasil é uma das nações mais desiguais do planeta [8]. A percepção de desigualdade é reforçada pela visão de que a riqueza está distante da realidade do cidadão [9]. A população brasileira tende a se posicionar como mais carente na estratificação social do que os estudos especializados indicam [11].
Discriminação e exclusão social
Mecanismos de preconceito e exclusão da população negra das escolas e do mercado de trabalho formal foram reforçados ao longo da história do Brasil [12]. Como resultado, a população negra ainda ocupa as funções de menor status social e salarial [12].
Distribuição de renda
A distribuição de renda no Brasil é marcada por uma grande assimetria, onde uma pequena parcela da população detém a maior parte da riqueza [9]. A maioria da população brasileira se percebe como mais carente na estratificação social do que as análises especializadas mostram [11].
Violência
O crime e o medo do crime tornaram-se riscos a serem gerenciados na pós-modernidade, com o medo coletivo se espalhando e modelando hábitos de deslocamento e lazer [13]. A violência no Brasil se manifesta de forma desigual no espaço urbano, privilegiando classes abastadas e marginalizando outras [14]. A segregação socioespacial contribui para a insegurança urbana e a adaptação à violência, estabelecendo lugares privilegiados e vizinhanças estigmatizadas [15]. Há um crescente fechamento da sociabilidade entre ricos, classe média e pobres, reforçado pela ausência de áreas comuns de encontro [16]. A violência é influenciada por fatores plurais, incluindo a distribuição social da paz, que privilegia classes abastadas [14].
Diferenciações regionais-espaciais
As regiões brasileiras apresentam traços socioeconômicos distintos, o que exige a combinação de políticas públicas gerais e ações específicas [17, 18]. As regiões Norte e Nordeste apresentam os piores resultados socioeconômicos [17]. As diferenças regionais são perceptíveis na análise de indicadores [19]. O desenvolvimento econômico deve considerar as particularidades de cada região [17]. Há uma heterogeneidade espacial no Semiárido Brasileiro, o que indica que o combate à pobreza rural não deve ser homogêneo [20].
Condições de vida e de trabalho
A população negra enfrenta desafios no acesso ao mercado de trabalho formal, ocupando funções de menor status social e salarial [12]. As condições de vida no Semiárido são precárias, com a maioria dos municípios tendo baixo e regular desenvolvimento [21]. A taxa de analfabetismo no Brasil é de 9,02%, com maior incidência nas áreas rurais (21,25%) e na região Nordeste (17,65%) [22].
Desenvolvimento urbano brasileiro: natalidade e mortalidade; expectativa de vida e envelhecimento populacional
O texto não aborda diretamente natalidade e mortalidade, mas cita que a expectativa de vida é usada como um dos indicadores para calcular o IDH [23]. O envelhecimento da população não é um tema central nos textos.
Rádio e Sociedade Brasileira
O rádio causou uma grande transformação no cotidiano dos brasileiros, criando novas formas de lazer e convivência e veiculando diferentes sensibilidades, valores e hábitos [1, 2]. Ao contrário do que se poderia pensar, aparelhos de rádio de diferentes preços estavam disponíveis, não sendo um produto de luxo acessível apenas às classes mais ricas [2]. O governo tinha interesse em popularizar o rádio como principal meio de comunicação de massa no país [2].
Programas de Governo e Metas Presidenciais
O Brasil em Ação, no governo de Fernando Henrique Cardoso, as Metas Presidenciais no primeiro mandato de Lula, e o PAC no segundo mandato de Lula e primeiro de Dilma Rousseff são exemplos de prioridades governamentais [3]. O governo Dilma, por exemplo, cumpriu integralmente apenas 22 das 69 promessas feitas em 2010 [4].
Planejamento Governamental
O planejamento estratégico no setor público ganhou importância após a crise de 2009, com muitos países estabelecendo planos nacionais de desenvolvimento [5]. A sistematização dos objetivos nacionais é classificada em eixos distintos (econômico, social, institucional, infraestrutura e ambiental) [5]. A diretriz principal é elevar a renda e a qualidade de vida da população brasileira, com redução das desigualdades sociais e regionais [5].
Desafios no Planejamento Estratégico
Analistas de planejamento estratégico no governo não possuem a capacitação necessária para atender às necessidades setoriais [6]. O tempo de formação da carreira focada no planejamento governamental é insuficiente para o domínio da complexidade das matérias exigidas pela função [6]. Há uma falta de capacitação permanente para essa carreira, com os profissionais tomando iniciativas individuais de capacitação [7].
Programas Sociais e Redução da Miséria
O programa Brasil Sem Miséria, coordenado pelo MDS, articula ações de 22 ministérios para beneficiar as vítimas da miséria [8]. O programa inclui o Pronatec, de capacitação técnica de jovens, e o microempreendedor individual, que tem um percentual de empreendedores vindos do Bolsa Família [8].