CAPÍTULO 1 R & D Flashcards
ENDÓGENO
O termo “endógeno” é usado para descrever algo que é gerado internamente dentro de um organismo ou sistema, em contraste com algo que é exógeno, ou seja, originado externamente. Na biologia e na medicina, o termo é frequentemente aplicado para descrever substâncias, processos ou condições que têm origem dentro do próprio organismo. Por exemplo, hormônios endógenos são aqueles produzidos naturalmente pelo corpo, enquanto substâncias exógenas são aquelas introduzidas de fora, como medicamentos ou toxinas ambientais.
BIOFÁRMACOS
Biofármacos são substâncias farmacologicamente ativas, produzidas utilizando técnicas biotecnológicas e geralmente derivadas de organismos vivos, como células animais, microorganismos ou plantas.
Eles incluem uma ampla gama de produtos terapêuticos, como proteínas recombinantes, anticorpos monoclonais, vacinas e ácidos nucleicos (por exemplo, terapia gênica).
Os biofármacos desempenham um papel crucial no tratamento de uma variedade de doenças, incluindo câncer, doenças autoimunes, doenças infecciosas e distúrbios genéticos, oferecendo opções terapêuticas avançadas e altamente específicas para os pacientes.
O biofármaco é a designação que foi dada a medicamentos originados a partir de processos biotecnológicos, nos quais o princípio ativo do medicamento é obtido através do emprego industrial de micro-organismos (células ou bactérias, por exemplo) ou células modificadas geneticamente.
A Comissão Europeia (2013) se refere a medicamentos biológicos, também designados como “biofarmacêuticos”, englobando, sob essa denominação, as proteínas (hormônios, enzimas ou anticorpos monoclonais), os produtos derivados do sangue, os medicamentos imunológicos (como soros e vacinas), os alérgenos e os produtos de tecnologia avançada, tais como os medicamentos de terapia genética e celular.
EPOETINA
A eritropoietina (EPO) é uma glicoproteína endógena produzida naturalmente pelos rins, especialmente em resposta à hipóxia (baixo teor de oxigênio no sangue), que estimula a produção de glóbulos vermelhos na medula óssea. A eritropoietina tem um papel crucial na regulação da hematopoiese, o processo de formação de células sanguíneas.
A epoetina, por sua vez, é uma forma recombinante da eritropoietina, produzida utilizando técnicas de engenharia genética em células de mamíferos ou microorganismos.
A epoetina é usada clinicamente como medicamento para tratar a anemia causada por várias condições médicas, como insuficiência renal crônica, câncer, infecções crônicas e tratamentos como quimioterapia.
Ela funciona aumentando a produção de glóbulos vermelhos, o que ajuda a melhorar a oxigenação dos tecidos e a reduzir os sintomas associados à anemia.
POLIMORFISMO GENÉTICO
O polimorfismo genético refere-se à variabilidade natural na sequência de DNA entre indivíduos dentro de uma população. Essa variação pode ocorrer em uma única base de nucleotídeo (polimorfismo de nucleotídeo único, SNP) ou em segmentos maiores de DNA. Essas variações genéticas podem ocorrer em diferentes locais do genoma e podem influenciar características fenotípicas, como a susceptibilidade a certas doenças, a resposta a medicamentos, as características físicas e muitos outros traços.
Os polimorfismos genéticos são uma parte natural da diversidade genética dentro de uma espécie e são herdáveis. Eles são fundamentais para a evolução, pois fornecem a matéria-prima para a seleção natural atuar. Além disso, os polimorfismos genéticos têm implicações importantes em medicina, genética forense e em estudos de associação genética, nos quais são investigadas as relações entre variantes genéticas e fenótipos específicos, como doenças complexas.
GENÓTIPO
O genótipo é a constituição genética de um organismo, ou seja, é o conjunto de genes que um organismo possui em seu DNA. Ele determina as características hereditárias de um indivíduo, incluindo aquelas que podem ou não se manifestar no fenótipo, que é a expressão física desses genes.
O genótipo de um organismo é composto por dois alelos para cada gene, um herdado do pai e outro da mãe. Esses alelos podem ser iguais (homozigotos) ou diferentes (heterozigotos). Por exemplo, no caso do gene para cor dos olhos em humanos, um indivíduo pode ter o genótipo homo ou heterozigoto para cor dos olhos.
O genótipo determina as possíveis características de um organismo, mas nem todas elas podem se manifestar devido a fatores como dominância e recessividade dos genes, interações genéticas complexas e influências ambientais.
