Capítulo 01 - Taquiarritmias Flashcards
Aprender a identificar e diferenciar entre as diversas taquiarritmia, aprender seus mecanismo fisiopatológico, diferenciar seus achados ECGs, e aprender a tratar.
Quais são os achados eletrocardiográficos da Fibrilação Atrial (FA)?
- Ausência de onda P;
- Irregularidade entre o intervalo R-R;
- QRS estreito (exceto em caso de bloqueio de ramo).
Qual é o mecanismo fisiopatológico da Fibrilação Atrial (FA)?
• Mecanismo de pequenas MICROREENTRADAS.
Qual a frequência do átrio na FA?
• Entre 400-600 bpm.
Quais são os sintomas da FA?
- Palpitações;
- Dispneia;
- Tonteira;
- Sudorese fria;
- Urgência Urinária;
- Desconforto torácico.
*Em algus casos a FA se apresenta de forma assintomática.
Quais são os principais grupos que apresentam FA?
- Idosos;
- HIPERtiroideos;
- Cardiopatas.
Quais são as formas clínicas da FA?
- FA Paroxística;
- FA Persistente;
- FA Permante;
Defina a FA Paroxística:
• É uma FA AUTOLIMITADA, com duração < 7 dias. Geralmente os episódios de FA Paroxística se resolvem espontâneamente dentro de 24h.
Defina a FA Persistente:
• É uma FA com duração > 7 dias. Mantém-se INDEFINIDAMENTE se o paciente não for CARDIOVERTIDO.
Defina a FA Permanente:
• É uma FA ou refratária à CARDIOVERSÃO ou se mantém por um período > 1 ano.
Devido ao sangue estagnado na câmara atrial a FA tem uma disponibilidade para a formação de:
• TROMBOS MURAIS!
Qual é o sítio mais comum para a formação dos trombos murais na FA?
• Apêndice Atrial Esquerdo.
O TROMBOEMBOLISMO muito comum na FA com duração > 48h dispõe a uma complicação muito comum. Qual seria?
• AVE Isquêmico Cardioembólico!
Quais as outras complicações devido ao tromboembolismo da FA?
- Trombose de artéria Mesentérica - Infarto Enteromesentérico (Abdome Agudo Isquêmico);
- Isquemia aguda do Membro Inferior.
Como pode ser dividido o tratamento do paciente com FA?
- Paciente Instável (sinais de instabilidade hemodinâmica);
* Paciente Estável.
Quais são os sinais de Instabilidade Hemodinâmica?
- Congestão Pulmonar;
- Choque Circulatório;
- Isquemia Miocárdica.
Como deve ser realizado o tratamento do paciente que se apresenta com FA e sinais de instabilidade hemodinâmica?
• Cardioversão Elétrica Imediata!
Preparação para a cardioversão elétrica:
- Sedação e Analgesia;
- Suporte de oxigênio;
- Acesso Venoso Periférico;
- Monitoração contínua do ECG e SV;
- Material de reanimação disponível.
Qual os agentes sedativos e analgésicos que se utiliza?
• Propofol ou Midazolam (sedativos hipinóticos) + Fentanil (analgésico).
Qual é a sequência da cardioversão elétrica?
- Carga incial entre 100 - 200 J (caso seja um desfibrilador monofásico e entre 120-200 J caso seja bifásico) sicronizado com a onda R do QRS;
- Repetir o choque com uma carga de 360 J (caso o ritmo sinusal não tenha sido reestabelecido);
- Adms Ibutilida 1mg, EV, em 10min (caso ainda não tenha sido obtido o sucesso na cardioversão) e prosseguir para novo choque.
Qual o tratamento para o paciente que se apresenta com FA porém SEM sinais de instabilidade?
No paciente Estável que se apresenta com FA temos duas opções:
• Controle de Ritmo;
• Controle de Frequência.
O que deve ser realizado antes de inciar o tratamento definitido do paciente com FA estável?
• Avaliar o risco cardioembólico!
Como se estratifica o Risco Cardioembólico nos pacientes com FA estável?
Através do score CHA2DS2VASC: • Congestion (ICC) - 1 point; • Hipertension - 1 point; • Age > 75 y - 2 point; 65 - 74 y - 1 point; • Diabetes - 1 point; • Stroke/TIA - 2 points; • VAsculopathy - 1 point; • Sex Category - 1 point.
Explique o escore de estratificação de risco cardioembolico:
• 0 points - Não é necessário a coagulação;
• 1 point - a) Não prescrever profilaxia antitrobótica;
b) Prescrever apenas AAS;
c) Profilaxia Antitrombótica (preferencial).
• 2 points or more - ANTICOAGULAR!!!
Quando vou escolher a terapéutica de controle de ritmo?
- No PRIMEIRO episódio de FA;
- Persitência dos sintomas após controle da frequência;
- Pacienteque em que a frequência alvo em repouso > 110 bpm não é atingida.
Como se realiza o controle da frequência?
• Com drogas antiarritmicas inibidoras do NO-A-V.
Definição ECG de Flutter Atrial:
- Frequência atrial > 250 bpm (observa-se através das ondas “f” negativas);
- Aspecto em dente de serra (não há uma linha isoelétrica típica por causa das ondas “f”);
- FC constuma ser > 150 bpm;
- QRS estreito (exceto em caso de bloqueio de ramo).
Qual o mecanismo fisiopatológico do Flutter Atrial?
• Mecanismo de MACRORREENTRADA.
Geralmente em sentido anti-horário.
Qual o quadro clínico de um paciente com Flutter Atrial?
• Palpitações; • Tonteira; • Desconforto Torácico; • Dispneia; • Cansaço. *O flutter pode se apresentar como uma angina instável em um coronariopata.
Quando um paciente com flutter atrial chega no meu plantão eu devo fazer uma pergunta: Este paciente está INSTÁVEL ou ESTÁVEL? Se a resposta for SIM, qual deve ser a minha conduta?
• CARDIOVERSÃO ELÉTRICA EMERGENCIAL!!!
*Choque de 50 J e 100 J se o primeiro não reverter a arritmia.
Paciente se apresenta no PA e é diagnósticado com flutter atrial SEM sinais de INSTABILIDADE hemodinâmica. Qual a minha conduta?
- Tenta-se o controle da frequência com drogas antiarritmicas inibidoras do NO-A-V;
- Caso não funcione pode-se tentar o controle do ritmo com cardioversão elétrica ou farmacológica.
Quando eu vou ANTICOAGULAR um paciente com flutter atrial?
• Quando o flutter for crôncio (> a 6 meses);
• Quando o paciente apresenta histórico de FA;
• Quando o paciente apresenta risco para tromboembolismo:
* Episódio embólico prévio;
* Doença Mitral Reumática;
* Disfunção Grave de VE.