Botanica Flashcards

1
Q

Monocotiledôneas: Alliaceae:

A

ervas bulbosas frequentemente aromáticas, como alho (Allium sativum) e cebola (Allium
cepa).

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2
Q

Monocotiledôneas: Araceae:

A

plantas herbáceas tropicais, com enorme importância ornamental, sendo algumas usadas
na alimentação (taioba, inhame, cará).

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3
Q

Monocotiledôneas: Arecaceae ou Palmae:

A

família das palmeiras, sendo inúmeras espécies ornamentais e algumas de
importância econômica, como carnaúba, açaí (Euterpe oleracea), dendezeiro ou palma (Elaeis guineensis).

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4
Q

Monocotiledôneas: Bromeliaceae:

A

família das bromélias, incluindo inúmeras espécies ornamentais e o abacaxi (Ananas
comosus).

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5
Q

Orquidaceae: Monocotiledôneas:

A

família das orquídeas, segunda maior família botânica.

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6
Q

Poaceae ou Graminae: Monocotiledôneas:

A

família das gramíneas, incluindo importantes espécies cultivadas, algumas
que constituem a base da alimentação de muitas pessoas, como arroz (Oryza sativa), trigo (Triticum
aestivum), milho (Zea mays), sorgo (Sorghum bicolor), cana (Saccharum officinarum) e diversas espécies
forrageiras que serão abordadas na aula 11.

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7
Q

Dicotiledôneas Anacardiaceae:

A

árvores e arbustos tropicais, incluindo frutas como a manga (Mangifera indica) e o
caju (Anacardium occidentale).

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8
Q

Apiaceae ou Umbelliferae: Dicotiledôneas

A

plantas herbáceas produtoras de óleos aromáticos, incluindo espécies
como cenoura (Daucus carota), erva-doce, salsa, aipo.

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9
Q

Asteraceae ou Compositae: Dicotiledôneas

A

inflorescência em capítulo. Maior família botânica (25.000 espécies),
incluindo plantas cultivadas (ex. girassol), ornamentais e daninhas.

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10
Q

Brassicaceae ou Cruciferae: Dicotiledôneas

A

família das crucíferas, plantas como a couve e o repolho

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11
Q

Cactaceae: Dicotiledôneas

A

plantas xerófitas exclusivas das Américas, ramos modificados em cladódios e folhas
modificadas em espinhos. Inúmeras espécies de cactos ornamentais e alguns de importância econômica,
como a palma-forrageira e a pitaia.

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12
Q

Cucurbitaceae:Dicotiledôneas

A

plantas trepadeiras ou rastejantes predominantemente tropicais, como as abóboras
(gênero Cucurbita), a melancia (Citrulus lanatus) e o melão (Cucumis melo).

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13
Q

Euphorbiaceae: Dicotiledôneas

A

plantas latescentes (com látex), incluindo espécies importantes como mandioca
(Manihot esculenta), mamona (Ricinus communis) e seringueira (Hevea brasiliensis).

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14
Q

Fabaceae ou Leguminosae: Dicotiledôneas

A

família das leguminosas, a terceira com maior número de espécies
(18.000), inclui plantas como amendoim (Arachis hypogea), ervilha (Pisum sativum), feijão (gênero
Phaseolus), soja (Glycine max) e algumas forrageiras (alfafa, estilosantes, amenoim-forrageiro).

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15
Q

Lamiaceae ou Labiatae: Dicotiledôneas

A

inclui diversas espécies ornamentais, aromáticas, condimentares e
medicinais, como hortelã, menta, alecrim, lavanda, etc.

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16
Q

Malvaceae: Dicotiledôneas

A

distribuição tropical, incluindo plantas como o algodão (Gossypium hirsutum) e o cacau
(Theobroma cacao).

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17
Q

Myrtaceae: Dicotiledôneas

A

árvores e arbustos predominantemente das Américas e Oceania, caule com ritidoma
(descascamento característico), incluindo o eucalipto (gênero Eucalyptus), e diversas frutíferas como goiaba,
uvaia, araçá, pitanga (gêneros Eugenia e Psidium).

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18
Q

Rosaceae: Dicotiledôneas

A

família que inclui plantas ornamentais, como a roseira, e diversas frutíferas, como
pêssego e ameixa (gênero Prunus), framboesa e amora-preta (gênero Rubus).

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19
Q

Rubiaceae: Dicotiledôneas

A

distribuição ampla, geralmente contêm alcaloides, família do cafeeiro (Coffea arabica).

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20
Q

Rutaceae: Dicotiledôneas

A

arbustos e árvores, inclui as frutas cítricas (gênero Citrus)

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21
Q

Solanaceae Dicotiledôneas

A

diversas espécies cultivadas, como tomate (Solanum lycopersicum), batata (Solanum
tuberosum) e fumo (Nicotiana tabacum).

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22
Q

hormonios: auxinas

A
  • Alongamento celular, a partir do afrouxamento da parede celular, permitindo que a
    mesma se expanda por ação da pressão de turgor.
  • Crescimento da planta como resposta a estímulos (tropismo):
  • Fototropismo: crescimento da parte aérea em direção à luz (fototropismo positivo).
  • Geotropismo: crescimento das raízes em direção ao solo (geotropismo positivo) e
    da parte aérea na direção oposta (geotropismo negativo).
  • Dominância apical, que significa uma inibição do crescimento das gemas laterais pela
    auxina produzida na gema apical.
  • Iniciação floral e inserção foliar.
  • Formação de raízes laterais e adventícias, sendo comumente empregado no tratamento
    de estacas para favorecer o enraizamento.
  • Desenvolvimento do fruto, pegamento de frutos e produção de frutos partenocárpicos
    (sem fecundação)
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23
Q

hormonios : Giberelina

A
  • Estimulam o crescimento do caule em plantas com caules curtos (plantas que crescem
    em roseta, como alface) e principalmente em gramíneas, estimulando a atividade do
    meristema intercalar (localizado na base do entrenó).
  • Estimulam a formação de flores femininas e influenciam a iniciação floral, com efeito
    pronunciado em gimnospermas.
  • Favorecem o pegamento dos frutos, especialmente frutos produzidos sem fecundação
    (partenocárpicos).
  • Promovem o desenvolvimento e a germinação de sementes, ativando enzimas
    responsáveis pela degradação do endosperma.
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24
Q

Citocinina

A
  • Estimulam a divisão celular tanto na parte aérea quanto nas raízes.
  • Favorecem o brotamento das gemas laterais e a ramificação do caule.
  • Participam do desenvolvimento dos cloroplastos.
  • Retardam a senescência foliar, aumentando a duração da atividade fotossintética
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25
Q

Ácido abscísico

A
  • Inibição da germinação precoce do embrião, que poderia levar à viviparidade
    (germinação da semente ainda na planta).
  • Participação no desenvolvimento das sementes, promovendo acúmulo do endosperma
    e favorecendo a resistência do embrião à secagem.
  • Participa na dormência do embrião.
  • Promoção da senescência foliar.
  • Atua na resposta das plantas ao estresse hídrico, provocando fechamento estomático e
    maior crescimento de raízes em detrimento da parte aérea.
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26
Q

Etileno

A
  • Abscisão de folhas, ativando a produção de enzimas que degradam a celulose um grupo
    de células do pecíolo.
  • Amadurecimento de frutos (pico climatérico).
  • Aumenta a senescência de folhas.
  • Ativação de respostas de defesa.
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27
Q

Biomassa:

A

massa total da planta, ou seja, parte aérea + sistema radicular

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28
Q

Fitomassa

A

massa total da parte aérea.

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29
Q

Índice de área foliar:

A

relação entre a área das folhas e a área ocupada pela planta.

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30
Q

Índice de colheita:

A

relação entre a massa do produto colhido e a biomassa da planta, ou seja, indica
a proporção da biomassa que se constitui em produto de interesse econômico.

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31
Q

Taxa de crescimento

A

indica o ganho de biomassa ao longo do tempo.

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32
Q

Rendimento ou produtividade:

A

relação entre a quantidade de produto colhido e a área colhida.

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33
Q

Potencial osmótico (Ψo):

A

decorre da existência de solutos na água, reduzindo seu potencial hídrico
(que se torna negativo), enquanto na água pura seu potencial é máximo, ou seja, Ψo = 0.

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34
Q

Potencial de pressão (Ψp):

A

esse potencial é sempre positivo (Ψp > 0). No solo, só ocorre sob
condições de inundação, quando há uma coluna de água acima de determinado ponto considerado. Nas
células, o potencial de pressão é positivo e caracteriza a pressão de turgor ou turgescência.

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35
Q

Potencial gravitacional (Ψg):

A

indica a diferença de potencial em decorrência da distância vertical
entre o ponto considerado e um plano de referência arbitrário, geralmente na superfície do solo.

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36
Q

Potencial mátrico (Ψm):

A

esse potencial é sempre negativo e só existe no solo não saturado (no solo
saturado Ψm = 0). Decorre das forças de adesão e coesão que se estabelecem entre as moléculas de água e
a matriz do solo

37
Q

gradiente de potencial hídrico

A

O fluxo de água entre dois pontos depende da existência entre eles de uma diferença no estado de
energia da água

38
Q

Caules aéreos

A
  • Eretos
  • Tronco: lenhoso, capaz de se ramificar e com pronunciado crescimento em
    diâmetro.
  • Estipe: caule lenhoso, mas sem câmbio vascular organizado, sendo o
    crescimento em diâmetro devido à expansão celular. Típico de palmeiras.
  • Colmo: caule herbáceo com nós e entrenós bem definidos. Típico de
    gramíneas.
  • Haste: caule herbáceo sem nós e entrenós marcantes.
  • Escapo: caule herbáceo que sustenta flores ou frutos.
  • Volúveis: apóiam-se em outras plantas (trepadores).
  • Rastejantes: crescem apoiando-se sobre o solo
39
Q

Caules subterraneos

A

Caules subterrâneos
* Rizoma: semelhante a colmos, com nós e entrnós bem marcados, mas crescendo
horizontalmente sob o solo. Exemplo: samambaias, bananeira.
* Tubérculo: caule com função de reserva, principalmente de amido, sendo diferente
de raízes tuberosas por apresentar gemas. Exemplo: batata.
* Bulbos: são estruturas de resistência para propagação vegetativa, comum de
plantas herbáceas sujeitas a estaçõs adversas de crescimento (frio, seca). O caule em si,
denominado de prato, é reduzido e revestido por folhas modificadas. Os bulbos podem
ser simples ou compostos (como no alho, em que cada “dente” é um bulbilho). Além disso,
podem ser classificados em tunicado (folhas bem encaixadas, quase fundidas, bem
desenvolvidas e com reservas, como na cebola), sólido (as folhas e gemas localizam-se
apenas na porção superior do bulbo, como no açafrão e gladíolo) ou escamoso (folhas
individualizadas dispostas ao redor do prato, como no lírio).

40
Q

● Cloroplastos:

A

são componentes do grupo dos plastídeos, organelas citoplasmáticas que possuem
material genético próprio, mas dependem do metabolismo do citoplasma da célula. Os leucoplastos são
incolores e desempenham função de reserva (amiloplastos: especializados em acúmulo de amido). Os
cromoplastos possuem pigmentos, podendo ser fotossinteticamente ativos (cloroplastos) ou inativos
(armazenam pigmentos, como o betacaroteno na cenoura). Dentro dos ———–, existem pequenos
sacos envoltos em membrana plasmática, os tilacóides, nos quais ocorre a fase fotoquímica da fotossíntese,
enquanto a fase bioquímica ocorre no citoplasma do cloroplasto (chamado estroma).

41
Q

● Vacúolo

A

exerce na célula vegetal a função de armazenamento de substâncias e participa do
alongamento celular. A pressão de turgor (turgescência) exercida pelo vacúolo túrgido (cheio) empurra a
parede celular, expandindo os limites celulares.

42
Q

Parede celular:

A

componente mais externo da célula vegetal, divide-se em três camadas, a lamela
média, a parede primária e a parede secundária. A lamela média é a primeira camada a ser depositada
durante a divisão celular, sendo composta essencialmente por pectina (na forma de pectatos de Ca). Tem
grande plasticidade (deforma-se e mantém-se na forma adquirida), permitindo a expansão celular. A parede
primária tem composição celulósica, que confere rigidez à parede celular. É formada por feixes de fibras de
celulose ancoradas por moléculas de hemicelulose e pectina, além de proteínas e outros compostos não
celulósicos (gomas, mucilagens). A parede secundária possui celulose em maior quantidade, garantindo mais
rigidez e maior proteção mecânica. Além disso, a parede secundária se caracteriza também pela deposição
de compostos não celulósicos, como lignina e suberina, que ocupam os espaços vazios, inclusive as
aberturas dos plasmodesmos, causando morte das células. A lamela média e a parede primária fazem parte
de todas as células vegetais, enquanto a parede secundária pode ocorrer ou não dependendo do tecido e
órgão.

43
Q

● Estômatos:

A

estruturas formadas por um conjunto de células especializadas que permitem maior
controle na ocorrência das trocas gasosas, de modo a prevenir a perda excessiva de água. Os estômatos
apresentam um orifício (chamado ostíolo) envolto por duas células (as células-guarda) que regulam a sua
abertura e fechamento. A variação na turgescência das células-guarda (ação osmorreguladora do K+
) em
resposta a estímulos ambientais (principalmente presença de luz) é responsável pela abertura e fechamento
do ostíolo. A câmara subestomática também compõe a estrutura dos estômatos, sendo uma cavidade
formada por grandes espaços intercelulares onde gases e vapor de água podem se acumular para serem
eventualmente liberados ou absorvidos.

44
Q

● Tricomas:

A

são prolongamentos das células epidérmicas. Ocorrem principalmente nas folhas e nas
raízes (pelos radiculares). Os tricomas podem desempenhar as seguintes funções: aumento da superfície
celular, como os pelos radiculares que aumentam a área de absorção das raízes; proteção contra a perda
excessiva de água, formando uma barreira física contra o vento; secreção/excreção nos tricomas
glandulares, que atuam na proteção contra insetos e na atração de polinizadores.

45
Q

. COIFA (RAIZES)

A

tecido que reveste o ápice radicular, cuja forma se
assemelha a um capuz (há quem diga que se assemelha à um dedal6
)

Essa estrutura proporciona proteção ao meristema radicular da planta, atenuando o atrito
com as partículas do solo durante o crescimento das raízes terrestres, protegendo-as também
contra o ataque de microrganismos e reduzindo a desidratação (principalmente nas raízes aéreas).

46
Q

REGIÃO LISA (RAIZES)

A

(de crescimento ou de distensão): é responsável pelo alongamento da
raiz em função do crescimento de suas células, resultantes da divisão celular no ápice radicular
(meristema) protegido pela coifa.

47
Q

REGIÃO PILÍFERA (RAIZES)

A

(pilosa ou de absorção): situada entre a zona lisa e a zona suberosa,
caracteriza-se pela presença de pelos radiculares, que surgem devido a evaginação (crescimento
para fora) da parede externa das células epidérmicas dessa região, formando extensões microscópicas semelhantes a pelos. Os pelos podem aumentar em até 60% a área superficial de absorção da raiz, otimizando a capacidade de absorção de água e nutrientes do solo

48
Q

REGIÃO SUBEROSA (RAIZES)

A

(de ramificação): situa-se entre a zona pilífera e o colo 7
(coleto).
É nesta região que ocorre a ramificação e o crescimento em espessura (engrossamento) das
raízes das Gimnospermas e Angiospermas Eudicotiledôneas representando o crescimento secundário

49
Q

RAÍZES SUBTERRÂNEAS (terrestres)

A

são as mais frequentes
e encontram-se, como o próprio nome diz, fixadas ao solo

50
Q

RAÍZES AQUÁTICAS –

A

São raízes que se desenvolvem em plantas aquáticas flutuantes
(figuras 25, 26 e 27), consequentemente as raízes estão livres (suspensas) na água (figura 27),
sem nenhum contato com o solo. Em função da facilidade de absorção de água e sais minerais
nesse ambiente, a presença de pelos radiculares é muito rara nestas raízes (figuras 28 e 29), e geralmente apresentam as coifas mais desenvolvidas quando comparada aos demais ambientes

51
Q

. RAÍZES AÉREAS

A

São raízes que se desenvolvem em ambiente aéreo, comum em plantas epífitas e trepadeiras (figuras 30, 31 e 32).

52
Q
  1. RAÍZES TUBEROSAS:
A

Quando uma raiz terrestre apresenta a função de reserva de
nutrientes (sendo a reserva de amido a mais frequente), essas são designadas raízes tuberosas.
Todavia, dependendo da origem da raiz em que a reserva se encontra, essas receberão denominações diferentes:

53
Q

1.1. RAÍZES TUBEROSAS AXIAIS

A

quando o eixo principal (raiz principal), pela deposição de reservas, torna-se mais longo e grosso do que qualquer uma das ramificações. Este é o caso da cenoura, rabanete, batata-doce, beterraba e nabo (figura 36).

54
Q

. RAÍZES TUBEROSAS FASCICULADAS

A

quando diversas raízes adventícias intumescem pela deposição de reservas, ficando impossível distinguir o eixo principal. Este é o caso
da mandioca, do lírio-amarelo, do clorofito, entre outras variadas espécies (figura 37).

55
Q
  1. RAÍZES ESCORA (raízes suporte):
A

São raízes adventícias que se originam nos ramos
e seguem em direção ao solo, auxiliando na sustentação da planta, principalmente as de porte
alto, com copa frondosa com muita resistência ao vento, ou ainda em plantas fixadas em solos
alagados ou muito instáveis. Entre as plantas que apresentam essa classificação destacam-se o
milho, pândano, figueiras e algumas palmeiras (figura 38).

56
Q
  1. RAÍZES TABULARES
A

Desenvolvem-se junto à base do tronco como raízes adventícias,
crescendo rente ao solo, rasgando a superfície e tornando-se visível. Sua forma achatada verticalmente, assemelham-se a uma tábua, o que lhe confere o nome: Tabular. Essas raízes promovem
um aumento da base dando suporte à árvore, proporcionado maior estabilidade e ampliando a
superfície respiratória (figuras 40, 41, 42 e 43).

57
Q
  1. RAÍZES RESPIRATÓRIAS (pneumatóforos)
A

Essas raízes estão presentes em plantas
adaptadas a solos lamacentos ou inundados, com baixos níveis de oxigênio, como os pântanos
e manguezais. Essas plantas desenvolvem raízes com crescimento em direção à superfície do
solo (contra a ação da gravidade: geotropismo negativo), atingindo a atmosfera onde realizam
trocas gasosas através de pneumatódios, que são orifícios presentes em toda superfície dos
pneumatóforos, garantindo dessa forma, o suprimento de oxigênio aos tecidos da raiz, permitindo assim, sua sobrevivência (figuras 45, 46, 47 e 48).

58
Q
  1. RAÍZES ESTRANGULADORAS
A

correm em plantas denominadas hemiepífitas primárias9
, as quais germinam e se desenvolvem sobre uma árvore, originando raízes aéreas
(adventícias) que descem junto ao tronco, normalmente se enrolando a ele, até atingir o solo,
quando engrossam até formar “colunas”, que “estrangulam” os vasos condutores do floema da
planta hospedeira, inicialmente impedindo a chegada de seiva elaborada às raízes da mesma. Este fato, acarreta a morte da planta.

59
Q
  1. RAÍZES SUGADORAS (haustórios)
A

o caule do hospedeiro até alcançar os vasos do xilema, retirando assim, a seiva inorgânica
(hemiparasitas), ou até os vasos do floema, sugando a seiva orgânica (holoparasitas). Como nem
sempre é possível observar que tipo de seiva está sendo sugada pelos haustórios, ou mesmo até
onde suas raízes estão penetrando no hospedeiro, de forma bastante prática, identificamos as
plantas hemiparasitas pela presença de clorofila em suas folhas verdes, indicando a necessidade
de realizar fotossíntese e transformar a seiva bruta em elaborada, fato esse desnecessário quando
a seiva sugada já foi sintetizada pelo hospedeiro, o que caracteriza as plantas holoparasitas como
desprovidas de folhas e de clorofila. São exemplos de hemiparasita a erva de passarinho (figura
55 e 56) e de holoparasita, o cipó-chumbo

60
Q
  1. RAÍZES GRAMPIFORMES
A

Raízes aéreas adventícias com origem caulinar, que auxiliam as plantas trepadeiras, aderindo-se como “grampos” na casca dos troncos das plantas hospedeiras ou em muros e rochas, permitindo desta forma sua fixação no substrato (figuras 59 e
60).

61
Q

Holótipo

A

espécime físico (ou ilustração) que o autor do táxon designou no momento da descrição como sendo o material no qual esta se baseou.

62
Q

Irritabilidade.

A

Os seres vivos são capazes de reagir a mudanças ou a estímulos do ambiente, característica chamada de:

63
Q

Classificação das formas de vida segundo Raunkiaer, adaptadas às condições brasileiras: (Fanerófitos)

A

plantas lenhosas com gemas aéreas protegidas por catáfilos e situadas acima de 0,25 m do solo.
Apresentam-se com dois aspectos ecoedáficos diferentes: normal climático e raquítico oligotrófico, subdivididos, conforme suas alturas médias, em:
- Macrofanerófitos - plantas de alto porte, variando entre 30 e 50 m de altura,
ocorrendo principalmente na Amazônia e na Região Sul do Brasil;
- Mesofanerófitos - plantas de porte médio, variando entre 20 e 30 m de altura,
ocorrendo na maior parte do território brasileiro;
- Microfanerófitos - plantas de baixo porte, variando entre 5 e 20 m de altura,
ocorrendo principalmente nas Regiões Nordeste e Centro-Oeste; e
- Nanofanerófitos - plantas anãs raquíticas, variando entre 0,25 e 5 m de altura, com
predominância nas áreas campestres do Brasil.

64
Q

Classificação das formas de vida segundo Raunkiaer, adaptadas às condições brasileiras: (Caméfitos)

A

são plantas sublenhosas e/ou herbáceas predominantemente de áreas campestres pantanosas com até um metro de altura, providas de gemas situadas acima do solo e protegidas por catáfilos ou por folhas verticiladas.

65
Q

Classificação das formas de vida segundo Raunkiaer, adaptadas às condições brasileiras: (III - Hemicriptófitos)

A

plantas herbáceas com gemas protegidas no nível do solo pelos
céspedes que morrem na estação climática desfavorável, com predominância em
áreas campestres

66
Q

Classificação das formas de vida segundo Raunkiaer, adaptadas às condições brasileiras: (IV - Geófitos)

A

plantas herbáceas ou sublenhosas com os órgãos de crescimento
(gema, xilopódio, rizoma ou bulbo) situados no subsolo, com predominância em
áreas campestres.

67
Q

Classificação das formas de vida segundo Raunkiaer, adaptadas às condições brasileiras: (V - Terófitos)

A

plantas anuais, cujo ciclo vital é completado por sementes que sobrevivem
à estação climática desfavorável, ocorrendo exclusivamente nas áreas campestres.

68
Q

Classificação das formas de vida segundo Raunkiaer, adaptadas às condições brasileiras: (VI - Lianas)

A

plantas lenhosas e/ou herbáceas trepadoras com gemas situadas acima
do solo, protegidas ou não por catáfilos, predominantes em áreas florestais.

69
Q

Classificação das formas de vida segundo Raunkiaer, adaptadas às condições brasileiras: ()

A

plantas lenhosas e/ou herbáceas que apresentam duplo modo
de sobrevivência ao período desfavorável: um subterrâneo, através de xilopódios, e
outro aéreo, com as gemas e brotos de crescimento protegidos por catáfilos. Estas
plantas apresentam-se com alturas bastante variáveis, desde 0,25 m até cerca de 15
m, ocorrendo frequentemente nas áreas savânicas da Região Centro-Oeste brasileira.
O termo “xeromorfo” foi introduzido pela Universidade de São Paulo - USP para
designar uma forma vegetal da Savana (Cerrado) de Emas (SP), conforme descrito
pelo botânico alemão Felix Kurt Rawitscher (1942, 1944).

70
Q

Império florístico

A

É a unidade fitogeográfica do topo dos esquemas de classificação da vegetação,
que, na proposta de divisão da vegetação da Terra, de Drude (1897), é formada por
zonas, regiões, domínios e setores.

71
Q

Zona

A

É a área caracterizada pela presença de famílias botânicas endêmicas. Por
exemplo: Zona Neotropical - território compreendido entre o México e a Patagônia
(Argentina/Chile), estando aí incluído o Brasil; Zona Paleotropical - África subsaariana e sul e sudeste da Ásia; Zona Holártica - norte da África, norte e centro da
Ásia, e Europa.

72
Q

Ecótipo

A

a população de uma determinada espécie que apresenta adaptações (morfológicas e/ou fisiológicas) a condições de um determinado local, e possui patrimônio
genético diferenciado de outras populações da mesma espécie.

73
Q

Sinúsia

A

Conjunto de plantas de estrutura semelhante, integrado por espécies com uma
mesma forma de vida, e necessidades ecológicas similares (DU RIETZ, 1954). Como
exemplos: sinúsia arbórea de uma floresta, sinúsia herbácea de uma savana etc.

74
Q

Floresta

A

ermo semelhante à mata no sentido popular, tem conceituação bastante diversificada, mas firmada cientificamente como sendo um conjunto de sinúsias dominado por fanerófitos de alto porte, com quatro estratos bem-definidos (herbáceo, arbustivo, arvoreta/arbóreo baixo e arbóreo). Porém, além destes parâmetros, acrescenta-se o
sentido de altura para diferenciá-la das outras formações lenhosas campestres. Assim,
então, uma formação florestal apresenta dominância de duas subformas de vida de
fanerófitos: macrofanerófitos, com alturas variando entre 30 e 50 m, e mesofanerófitos, cujo porte situa-se entre 20 e 30 m de altura. As florestas caracterizam-se pelo
adensamento de árvores altas, com redução da quantidade de luz que chega ao solo, o que limita o desenvolvimento das sinúsias herbácea e arbustiva.

75
Q

Savana

A

ermo criado por Fernández de Oviedo y Valdés (1851-1955) para designar os lhanos arbolados da Venezuela, foi introduzido na África pelos naturalistas espanhóis como
Savannah e no Brasil por Campos (1926). As savanas caracterizam-se pela dominância compartilhada das sinúsias arbórea e herbácea. A sinúsia arbórea apresenta árvores
de porte médio ou baixo (de 3 a 10 m), em geral espaçadas e com copas amplas, de esgalhamento baixo. A sinúsia herbácea é praticamente contínua, formando um tapete
entre as árvores e arbustos. Na sinúsia herbácea predominam caméfitos, hemicriptófitos, geófitos e terófitos.

76
Q

Parque

A

Termo empregado por Tansley e Chipp (1926) como um tipo de vegetação
(Parkland) e sinônimo de “savana arborizada”. Foi adotado para designar uma fisionomia dos subgrupos de formações campestres brasileiras, sejam naturais ou antrópicos.
Sua fisionomia é caracterizada pela presença de árvores baixas, espaçadas (isoladas),
em meio a um estrato herbáceo contínuo.

77
Q

Savana-Estépica

A

Binômio criado por Trochain (1955) para designar uma formação africana tropical
próxima à Zona Holártica. No dizer do mesmo naturalista, a denominação estépica
deveria ser precedida do termo Savana por ser fisionomia tropical na qual árvores,
arbustos e ervas estão presentes de forma relevante, sem uma clara dominância fisionômica das árvores. Esta fisionomia foi extrapolada como sinônimo universalizado
do termo indígena tupi guarani “Caatinga” que, no dizer do botânico Dárdano de
Andrade-Lima (1982), caracteriza muito bem os tipos de vegetação das áreas áridas
nordestinas, interplanálticas arrasadas (Sertão), as áreas planálticas do Alto Surumu,
em Roraima, as áreas da Depressão Mato-Grossense-do-Sul, situadas entre a Serra
da Bodoquena e o Rio Paraguai (Chaco) e a área da Barra do Rio Quaraí com o Rio
Uruguai, no Estado do Rio Grande do Sul.

78
Q

Estepe

A

O termo Estepe, que procede da palavra russa cmene (DRUDE, 1897), empregado
originalmente na Zona Holártica, foi extrapolado por apresentar homologia ecológica
para outras áreas mundiais, inclusive a Neotropical Brasileira. As estepes neotropicais
caracterizam-se como áreas de relevo plano ou suave ondulado, recobertas por vegetação herbácea contínua. A Campanha gaúcha e os Pampas argentinos são exemplos
de estepes neotropicais.

79
Q

Campinarana

A

Termo regionalista brasileiro empregado pela primeira vez para a área do Alto
Negro, por Ducke (1938) e Sampaio (1942), reafirmado por Rodrigues (1961), utilizado
como sinônimo de Campina, que também significa falso campo na linguagem dos
silvícolas locais. Foi adotado por ser ímpar na fitogeografia mundial e ter conotação
prioritária sobre o seu sinônimo, usado para designar as formações campestres do
sul do País (CAMPOS, 1926). Este tipo de vegetação ocorre predominantemente em áreas fronteiriças da Colômbia e Venezuela, nas Bacias dos Rios Negro e Branco, e sob a forma de disjunções por toda a Amazônia, adaptado ao solo Espodossolo.
As campinaranas ocorrem em áreas planas e alagadas, e apresentam fisionomia
bastante variada, desde formações campestres até florestais, com árvores finas.

80
Q

Ochlospecie

A

Termo criado por White (1962), tem origem no grego Okhlos, traduzido por
multidão. Juntamente com espécie apresenta o seguinte significado: espécie vegetal
de ampla distribuição geográfica, exibindo ao longo da área de ocorrência variações
morfológicas que espelham um isolamento ambiental pretérito, em pequenas populações, ocorrido em períodos desfavoráveis.

81
Q

Clímax climático

A

a vegetação que se mostra em equilíbrio com o clima regional. Nesta situação, o clima condiciona o tipo de vegetação presente. Como exemplos: Floresta
Ombrófila Densa (Amazônica e Atlântica), associada a climas tropicais e equatoriais
úmidos; Savana-Estépica (Caatinga do Sertão Árido Nordestino), associada a climas
semiáridos e outros.

82
Q

Clímax edáfico

A

a vegetação que se mostra em equilíbrio com o solo dominante regionalmente. Neste caso, a vegetação é condicionada pelo solo. Por exemplo: Campinarana
(Campinas) das áreas de ocorrência de Espodossolos da Bacia do Alto Rio Negro e
Savana (Cerrado) que revestem os terrenos lixiviados e com alto teor de alumínio
situados em todo País.

83
Q

Formação Aluvial de floresta

A

não condicionada topograficamente e apresenta sempre os ambientes repetitivos, dentro dos terraços aluviais dos flúvios;

84
Q

Formação das Terras Baixas

A

situada em áreas de terrenos sedimentares do terciário/
quaternário – terraços, planícies e depressões aplanadas não susceptíveis a inundações - entre 4o de latitude Norte e 16o de latitude Sul, a partir dos 5 m até em torno de
100 m acima do mar; de 16o de latitude Sul a 24o de latitude Sul de 5 m até em torno
de 50 m; de 24o de latitude Sul a 32º de latitude Sul de 5 m até em torno de 30 m

85
Q

Formação Submontana

A

situada nas encostas dos planaltos e/ou serras, entre 4o de
latitude Norte e 16o de latitude Sul, a partir de 100 m até em torno dos 600 m; de 16o
de latitude Sul a 24o de latitude Sul, de 50 m até em torno de 500 m; de 24o de latitude
Sul a 32o de latitude Sul, de 30 m até em torno de 400 m

86
Q

Formação Montana

A

situada no alto dos planaltos e/ou serras, entre os 4o de latitude
Norte e os 16o de latitude Sul, a partir de 600 m até em torno dos 2 000 m; de 16o de
latitude Sul a 24o de latitude Sul, de 500 m até em torno de 1 500 m; de 24o de latitude
Sul até 32o da latitude Sul, de 400 m até em torno de 1 000 m; e

87
Q

Formação Alto-Montana

A

situada acima dos limites estabelecidos para a formação
Montana

88
Q

finalidades de um herbário

A
  • Armazenar exemplares identificados, tanto quanto possível, de todas as espécies de plantas de uma região. Os exemplares devem refletir, o máximo possível, as
    variações e os estágios de desenvolvimento das plantas;
  • Funcionar como um centro de identificação de espécimes vegetais;
  • Ser um centro de treinamento botânico especialmente em taxonomia;
  • Prover dados para trabalhos taxonômicos, fitogeográficos, fitossociológicos e levantamentos sobre formações remanescentes de vegetação;
  • Fornecer material de análise para pesquisa sobre flora e vegetação;
  • Documentar cientificamente as pesquisas sobre flora e vegetação. Sem essa documentação, as afirmações terão valor científico relativo. Um determinado táxon pode
    mudar de nome ou de nível, mas a exsicata de herbário terá sempre uma mesma
    “amarração”, que permitirá essa verificação a qualquer tempo. Considera-se que,
    uma vez citado na literatura científica, um espécime (exsicata) passa a ter valor
    científico inestimável;
  • Informar tanto sobre plantas úteis e nocivas ao homem, bem como forrageiras e tóxicas para animais; e
  • Assegurar fidelidade às informações sobre vegetais que ocorrem em áreas sujeitas aos processos de devastação, contribuindo para conservação ou recuperação das
    mesmas.