AVE isquêmico Flashcards

1
Q

Proporção de ave isquemico e hemorragico

A

Pode ser isquêmico (80-85% dos casos) ou hemorrágico (15-20%)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Patogenia e tipos AVE isquemico

A

• É decorrente da oclusão aguda de uma artéria de médio ou pequeno calibre. • Esta oclusão, na maioria das vezes, é do tipo embólica (trombo proveniente de local distante que caminha pela circulação arterial até impactar na artéria), mas também pode ser trombótica (trombo formado na própria artéria envolvida no AVE).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Patogenia e tipos de AVE isquêmico embólico

A

formado na própria artéria envolvida no AVE). • Existem dois tipos de AVE isquêmico embólico: o Cardioembólico:  a fonte emboligênica é o coração, na maioria das vezes com fibrilação atrial (trombo no AE), seguida pelo IAM de parede anterior (trombo no VE) e pelas cardiomiopatias dilatadas (trombo em VE e/ou AE). o Arterioembólico:  é o AVE isquêmico típico dos pacientes hipertensos.  A fonte emboligênica geralmente é uma placa aterosclerótica instável (com trombo) na carótida comum ou bifurcação carotídea ou na artéria vertebral.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

• Patogenia AVE trombótico

A

o O mais comum é o AVE lacunar (20% dos AVE isquêmicos)  Definido por infarto de tamanho inferior a 2 cm (0,2 a 15 mm3 )  Causado pela oclusão de pequenas artérias perfurantes cerebrais, que nutrem o tálamo, a cápsula interna e os gânglios da base, ou dos ramos arteriais que irrigam o tronco cerebral.  Essas pequenas artérias desenvolvem uma lesão obstrutiva chamada lipo-hialinose (espessamento hialino da camada média), que pode precipitar a trombose in situ. o A ocorrência nas artérias de médio calibre é raro, sendo o mais clássico o AVE pontino extenso pela trombose da artéria basilar.  Suspeita-se de AVE trombótico em médias artérias na síndrome do “AVE em evolução” (o deficit neurológico se desenvolve de forma subaguda).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Patogenia AVE criptogênico

A

• AVE criptogênico o AVE isquêmico que possui ecocardiograma transtorácico sem cardiopatias emboligênicas e Doppler de carótidas/vertebrais normal, não podendo ser classificado como cardioembólico ou arterioembólico. o Sugere-se que muitos desses casos sejam decorrentes de embolia paradoxal através de forame oval patente, ou que os êmbolos sejam provenientes de placas ateromatosas da aorta ascendente

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Áreas com infarto e áreas reverssíveis na RM?

A

• Nas primeiras 24h do AVE isquêmico, métodos como a RM com estudo de difusão-perfusão permitem delinear as áreas que possuem lesão irreversível e as áreas isquêmicas recuperáveis (penumbra isquêmica). • Esta última apresenta baixo fluxo, porém uma extração de oxigênio aumentada (tentativa de compensar a isquemia). • O tamanho relativo da penumbra isquêmica é extremamente variável entre os pacientes, na dependência da circulação colateral o Após cinco horas do início dos sintomas, apenas 25% dos pacientes ainda apresenta penumbra isquêmica, que pode permanecer por até dezoito horas, antes de se completar a área total do infarto • É importante frisar que o fluxo colateral para a área isquêmica reversível se dá por colaterais, sendo altamente dependente da pressão arterial; por isso, é preciso cuidado no controle da PA durante a fase aguda do AVE isquêmico!!!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Porque é preciso cuida da pressao arterial no AVE isquêmico

A

• É importante frisar que o fluxo colateral para a área isquêmica reversível se dá por colaterais, sendo altamente dependente da pressão arterial; por isso, é preciso cuidado no controle da PA durante a fase aguda do AVE isquêmico!!!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Oque ocorre após o infarto neuronal

A

• Ocorrido o infarto neuronal instala-se o edema citotóxico e edema vasogênico e ocorre migração de monócitos e células gliais fagocitárias. o O pico do edema é entre 3-4 dias. o Após dez dias, com o edema resolvido, a transição entre a zona infartada e o tecido normal torna-se nítida. o Entre dez dias e três semanas, a fagocitose provoca uma necrose de liquefação, transformando o infarto numa área amolecida e depois cística e retraída.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Fatores de risco

A

o A hipertensão arterial (especialmente a hipertensão sistólica) é o principal fator de risco para AVE isquêmico e também para AVE hemorrágico! o Causa de aterosclerose nas carótidas e vertebrais, assim como lipo-hialinose (AVE lacunar) o História familiar de doença cerebrovascular, diabetes mellitus, tabagismo, hipercolesterolemia e idade > 60 anos são outros fatores de risco para AVE isquêmico o Fatores de risco menos comuns para AVE isquêmico são: síndrome do anticorpo antifosfolipídio, anticoncepcionais + tabagismo ± fator V de Leiden, overdose de cocaína, meningite bacteriana ou tuberculosa, neurossífilis, endocardite infecciosa, lúpus eritematoso sistêmico, vasculites necrosantes (ex.: poliarterite nodosa), vasculite primária do SNC, fibrodisplasia, síndromes hematológicas (policitemia vera, anemia falciforme, hemoglobinúria paroxística noturna). o Doença de Moyamoya  Caracteriza-se por uma doença arterial suboclusiva, de mecanismo desconhecido, da porção distal da carótida ou segmento proximal da cerebral média  Múltiplos vasos colaterais se formam a partir de artérias lenticuloestriadas, dando a impressão de fumaça saindo da ponta de um cigarro na angiografia  O AVE se instala pelo surgimento de oclusão total aguda da lesão  Esta rara síndrome é mais comum em crianças e adultos jovens, especialmente de origem asiática.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

• O encéfalo é irrigado por quais sistemas arteriais

A

1) carotídeo (anterior); (2) vertebrobasilar (posterior).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Descreva o sistema carotídeo

A

 começa na carótida interna, que, logo após penetrar no crânio, faz um “S” (sifão carotídeo), local de onde se origina a artéria oftálmica (artéria da retina) para depois se dividir em artéria cerebral média, artéria cerebral anterior e artéria coroide anterior. • Cerebral média o É a principal artéria do cérebro e a mais acometida no AVE isquêmico o Emite em seu segmento proximal (M1) os ramos lenticuloestriados (artérias perfurantes que irrigam o tálamo, os gânglios da base e a cápsula interna)  Esses são os ramos acometidos no AVE lacunar o Após o primeiro segmento, a artéria verte-se para cima, aparecendo na convexidade cerebral, bifurcando- -se nos ramos superior e inferior  O ramo superior irriga o córtex e a substância subcortical (fibras) de quase todo o lobo frontal (córtex motor piramidal, pré-motor, área do olhar conjugado, área de Broca), todo o lobo parietal (área somatossensorial primária e associativa, área associativa geral dos giros supramarginal e angular) e parte superior do lobo temporal (área de Wernicke). • Cerebral anterior o irriga a porção anterior, medial e orbitária do lobo frontal. o Seu segmento proximal (A1) emite ramos perfurantes para nutrir a porção anterior da cápsula interna, corpo amigdaloide, hipotálamo anterior e uma parte da cabeça do núcleo caudado. • Coroide anterior o irriga a porção posterior da cápsula interna (juntamente com a cerebral média).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Descreva o sistema Vertebrobasilar

A

 começa na artéria vertebral (originária da subclávia), que se introduz nos forames laterais das vértebras cervicais, penetrando no forame magno para vascularizar o bulbo.  Origina a importante Artéria Cerebelar Inferoposterior (PICA), responsável pela nutrição da porção dorsolateral do bulbo (afetada na síndrome de Wallemberg).  Na junção pontobulbar, une- -se à vertebral do lado oposto para formar a artéria basilar. • A artéria basilar fornece ramos medianos e circunferenciais curtos e longos para irrigar a ponte. • Origina também a artéria cerebelar anteroposterior e a artéria cerebelar superior, a principal artéria do cerebelo • Na junção ponto mesencefálica, a basilar se bifurca, originando a artéria cerebral posterior, uma de cada lado. • A cerebral posterior emite ramos perfurantes de seu primeiro segmento (P1), para irrigar o mesencéfalo, o tálamo e os pedúnculos cerebelares superiores (artérias mesencefálicas medianas e circunferenciais, artérias talamoperfurantes, artéria talamogeniculada e coroide posterior). • Em seguida caminha na direção do lobo occipital para irrigá-lo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Sindromes de cerebral media

A
  • Oclusão na origem da cerebral média: lobo frontal, parietal e parte superior do temporal.
    • Hemiparesia/plegia contralateral desproporcionada, com predomínio braquifacial e disartria com desvio da língua para a hemiplegia (córtex motor, coroa radiada, cápsula interna), desvio do olhar conjugado contrário à hemiplegia nos primeiros três dias (área do olhar conjugado), apraxia contralateral braquial (córtex pré-motor), hemi-hipo/anestesia contralateral, astereoagnosia (córtex somatossensorial e associativo).
    • Se for no hemisfério dominante ou esquerdo, acrescenta-se afasia global (Broca + Wernicke) e síndrome de Gerstmann
    • Se for no hemisfério não dominante, acrescenta-se anosognosia (não reconhece a hemiplegia à esquerda) ou heminegligência (não reconhece seu lado esquerdo), amusia (incapacidade de reconhecer músicas)
    • O infarto é grande e seu edema pode causar desvio de linha média com hipertensão intracraniana, podendo evoluir com rebaixamento da consciência e até herniação cerebral.
  • Oclusão dos ramos lenticuloestriados
    • AVE lacunar, levando apenas à hemiparesia/plegia contralateral (cápsula interna)
  • Oclusão do ramo superior
    • É o tipo mais comum de AVE isquêmico!
    • Lobo frontal e parte anterior do parietal
    • Hemiparesia/plegia contralateral desproporcionada, com predomínio braquiofascial e disartria com desvio da língua para a hemiplegia (córtex motor, coroa radiada, cápsula interna), desvio do olhar conjugado contrário à hemiplegia nos primeiros três dias (área do olhar conjugado), apraxia contralateral braquial (córtex pré-motor), hemi-hipo/anestesia contralateral, astereoagnosia (córtex somatossensorial e associativo).
    • Se for no hemisfério dominante ou esquerdo, acrescenta-se afasia de Broca (afasia motora).
    • A lesão de ramos menores pode causar apenas afasia de Broca.
  • Oclusão do ramo inferior:
    • Lobo parietal e parte superior do temporal.
    • Não causa hemiplegia nem hemianestesia…
    • No hemisfério dominante, cursa com afasia de Wernicke (afasia sensorial) e síndrome de Gerstmann (apraxia ideomotora, agrafia, alexia, acalculia, desorientação esquerda-direita, agnosia digital).
    • No hemisfério não dominante, cursa com heminegligência, apraxia construcional e amusia
      • A lesão de ramos menores pode causar apenas afasia de Wernicke ou apenas a síndrome de Gerstmann ou apenas amusia.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q
  • Síndromes de cerebral anterior (geralmente AVE embólico)
A
  • Oclusão unilateral:
    • lobo frontal e parietal medial anterior unilateral.
    • Hemiparesia/plegia, apraxia contralateral e hemi-hipo/anestesia do membro inferior contralateral.
  • Oclusão bilateral
    • ocorre quando os dois segmentos distais das cerebrais anteriores originamse de apenas um segmento proximal
      • Paraparesia/plegia, com perda da sensibilidade nos membros inferiores, apraxia da marcha, síndrome do lobo frontal (abulia ou mutismo acinético, disfunção esfincteriana).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q
  • Sindromes cerebral posterior
A
  • Síndromes de cerebral posterior (geralmente AVE embólico ou lacunar)
    • Oclusão dos ramos do segmento proximal
      • Mesencéfalo e tálamo.
      • Síndrome de Weber (síndrome cruzada piramidal do III par)
        • AVE do pedúnculo cerebral, hemiplegia fasciobraquiocrural contralateral + paralisia do III par ipsilateral, que pode ou não ser acompanhada de parkinsonismo (lesão da substância negra) e hemibalismo contralateral (lesão do núcleo subtalâmico).
      • Síndrome de Benedikt (síndrome do núcleo rubro): AVE do tegmento mesencefálico, tremor cerebelar e/ou coreia contralateral (síndrome do núcleo rubro) + paralisia do III par ipsilateral.
      • Síndrome de Dejerine-Roussy: AVE do tálamo posterolateral (artéria talamogeniculada), hemianestesia contralateral + dor talâmica espontânea (refratária a analgésicos, responde à carbamazepina).
      • Síndrome talâmica anterolateral (artéria talamoperfurante), tremor cerebelar e/ ou coreoatetose.
    • Oclusão bilateral no segmento proximal:
      • todo o mesencéfalo. Embolia na bifurcação da basilar.
      • Infarto extenso do mesencéfalo, levando ao coma, pupilas não reativas, tetraparesia.
    • Oclusão unilateral no segmento distal
      • Lobo occiptal
      • Hemianopsia homônima contralateral;
      • Se acometer o hemisfério dominante (esquerdo), agnosia visual.
      • Se acometer a área próxima ao lobo parietal no hemisfério não dominante (direito), Síndrome de Balint: simultanagnosia, apraxia óptica, ataxia óptica.
    • Oclusão bilateral no segmento distal:

lobos occipitais. Síndrome de Anton: cegueira cortical, sem reconhecimento deste estado. Síndrome de Balint

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q
  • Síndromes da basilar - AVE pontinho ou cerebelar (geralmente AVE lacunar ou trombótico)
A
  • Oclusão dos ramos medianos ou circunferenciais : porções da ponte .
    • Síndrome de Millard-Gubler-Foville (ponte baixa anterior): síndrome cruzada do VII e/ou VI par. Hemiplegia braquiocrural contralateral, paralisia facial periférica ipsilateral, acometimento do VI par ipsilateral (diplopia e estrabismo convergente, quando olha para o lado da lesão, contrário à hemiplegia)
    • Síndrome do tegmento pontino (ponte média dorsal): síndrome cruzada sensitiva do V par, síndrome cruzada do VII e VI par, síndrome vestibular ipsilateral (vertigem rotatória, lateropulsão, nistagmo), síndrome de Horner ipsilateral (comprometimento do feixe simpático central), ataxia cerebelar ipsilateral, perda da sensibilidade vibratório-proprioceptiva contralateral.
    • Oclusão da cerebelar superior: quase todo o hemicerebelo. Síndrome cerebelar (ataxia cerebelar) ipsilateral + vertigem rotatória, nistagmo.
  • Trombose da basilar: toda a ponte.
    • Síndrome locked in (enclausuramento): o paciente está lúcido, mas tetraplégico, mexendo apenas os olhos.

Síndrome pseudobulbar: disfonia e disfagia graves pelo comprometimento piramidal bilateral. O quadro costuma ser subagudo (AVE em evolução)

17
Q
  • Sindromes da vertebral (AVE bulbar) (geralmente AVE trombótico ou lacunar)
A
  • Oclusão da vertebral ou da PICA: bulbo dorsolateral.
    • Síndrome de Wallemberg: síndrome sensitiva cruzada do V par – hemi-hipo/anestesia contralateral + hemi-hipo/anestesia facial ipsilateral, disfagia + disfonia graves (síndrome bulbar), pelo comprometimento do núcleo ambíguo (IX e X par), síndrome vestibular ipsilateral (vertigem rotatória, lateropulsão, nistagmo), síndrome de Horner ipsilateral, ataxia cerebelar ipsilateral (acometimento do feixe espinocerebelar), soluços incoercíveis. Não há deficit motor!
  • Oclusão dos ramos medianos da vertebral: bulbo anteromedial. Síndrome de Dejerine: síndrome cruzada do XII par (hemiplegia contralateral, sempre flácida + paralisia do hipoglosso ipsilateral, com disartria). A língua desvia para o lado contrário à hemiplegia.