AVE Flashcards
Abordagem inicial do AVE
ABC’s (fazer o ACLS) + glicemia capilar + examinar (neurológico, cante, sorria e abrace etc)
Laboratório e MOV (eletro etc)
Deficit neurológico focal súbito >15 min = TC !!
Patogenia do AVE isquêmico
1 Aterotrombótico
2 Embólico (cardioembólico, embolia arterioarterial)
3 Criptogênico (não se classifica nem como cardioembólico ou arterioembólico)
4 Pequenos vasos – hipertenso, diabético etc.
Como localizar a área acometida clinicamente no AVE isquêmico
Pega mais a perna – artéria cerebral anterior
Afasia de broca (motora), afasia de wernicke (não consegue entender o que se fala), afasia global (os dois juntos) – artéria cerebral média
Alterações da visão – artéria cerebral posterior
Vascularização do encéfalo
Carótida interna -> cerebral anterior e média
Basilar -> cerebral posterior
Cerebral anterior -> comunicante anterior
Cerebral posterior -> comunicante posterior
Tratamento do AVE isquêmico (controle de pressão etc)
Controlar a PA de forma correta:
- Se comorbidade, reduzir a PA! Reduzir 15% nas 24hrs
- Sem comorbidade reduzir 15% discutível após 24-72 hrs
A pressão deve ficar menor que 220x120
PA <185x110 antes da trombólise e 180x105 durante 24h após a medicação
Trombólise em menos de 4,5hrs após evento
Trombectomia é possível até 24hrs do evento?
Por enquanto só alteplase
Se tem mais de 4,5hrs ou paciente acordou assim, não se faz trombolítico!!
No lugar do labetalol Nitroprussiato
Nos cuidados pós AVC inclui cuidados com edema cerebral (aumenta pressão intracraniana)
Critérios de exclusão para trombólise
- Traumatismo cranioencefálico significativo ou AVE nos últimos 3 meses
- Sintomas sugestivos de hemorragia subaracnoide
- Punção arterial em sítio não compressível nos últimos 7 dias
- História prévia de hemorragia intracraniana
- Neoplasia intracraniana, malformação arteriovenosa ou aneurisma
- Cirurgia intracraniana ou intraespinhal nos últimos 3 meses
- PA SISTÓLICA ≥ 185 OU DIASTÓLICA ≥ 110 mmHg
- Sangramento interno ativo
- Diátese hemorrágica aguda, incluindo (mas não limitada a): plaquetas < 100.000/mm³ uso de heparina nas últimas 48 horas com alteração do PTTa; uso de anticoagulantes com INR > 1,7 ou TP > 15, uso atual de inibidores diretos da trombina ou do fator Xa com alteração dos testes de coagulação específicos. Dose profilática de heparina não exclui
- Glicose < 50 mg/Dl
- TC de crânio demonstrando INFARTO MULTILOBAR (hipodensidade >1/3 do hemisfério cerebral
- Malignidade gastrointestinal ou hemorragia nos últimos 21 dias
- Endocardite bacteriana presente
- Dissecção aórtica concomitante
- CONVULSÃO no início do quadro clínico
Terapia endovascular no AVE isquêmico, quando está indicada
Indicada em casos de oclusão de grande artéria anterior (ex.: carótida interna)
Delta T = 6h. Trombectomia mecânica.
Causas de rebaixamento de consciência em pacientes pós-AVE isquêmico
- Edema (pode acabar por causar herniação pelo forame magno, causando risco à vida do
paciente – pico em 3-5 dias); - Degeneração hemorrágica do AVE isquêmico: pico em 12-48 horas, sendo mais comum em AVEs cardioembólicos em uso de anticoagulantes ou trombolíticos;
- Crise convulsiva – mais comum no AVE cardioembólico (em 4-10%);
- Infecções bacterianas – pielonefrite e pneumonia são comuns.
Profilaxia secundária do AVE isquêmico? Quando iniciar após o episódio?
Em primeiro momento, deve-se diferenciar a causa do AVE (aterotrombótico x cardioembolico)
mediante uso de eletrocardiograma ou holter de 24 horas, ecocardiograma e doppler de carótidas e vertebrais. Pode-se realizar doppler transcraniano em situações específicas.
- Se AVE cardioembólico: iniciar warfarina ou NOAC (novos anticoagulantes orais) dentro de 4 a 14 dias do evento com o objetivo de manter INR entre 2 e 3. Se valva protética ou cardiopatia reumática, realizar Varfarina (pois não se pode usar NOAC se valva protética).
- Se AVE aterotrombótico: iniciar AAS dentro de 24 horas (exceto se trombolisado, quando devemos esperar 24 horas para iniciar), estatinas de alta intensidade e controle de fatores de risco para aterosclerose (HAS, DM, tabagismo e dislipidemia). Avaliar necessidade de endarterectomia carotídea (abaixo no material).
Fez alteplase IV? Se sim, evitar AAS nas primeiras 24 horas.
Conceito de ataque isquêmico transitório
O ataque isquêmico transitório é um evento agudo de isquemia encefálica não associado a infarto cerebral com reversão completa do quadro em até 24 horas.
Conduta no AIT
Usar score ABCD2
A: Age (idade igual ou maior a 60 anos) = 1 ponto;
B: blood pressure (PA sistólica maior ou igual a 140 ou diastólica maior ou igual a 90) = 1 ponto;
C: clínica (paresia ou paralisia = 2 pontos; apenas distúrbio de fala = 1 ponto; outros déficits
neurológicos: 0 pontos).
D: duração (maior ou igual a 60 minutos = 2 pontos; entre 10-59 minutos = 1 ponto; <10 minutos = 0 pontos).
D2: Diabetes = 1 ponto.
Logo, o risco de AVE isquêmico nas 48horas após o evento (AIT) é de:
• 6 ou 7 pontos: alto risco (8,1%)
• 4 ou 5 pontos: moderado risco (4,1%)
• 0 a 3 pontos: baixo risco (1%)
Todos os pacientes com pontuação maior que 3 que se apresentem em até 72 horas após o evento devem ser hospitalizados para monitorização, terapêutica e profilaxias associadas. Nessa situação, podemos colocar o clopidogrel 75 mg associado ao AAS e a estatina como profilaxia, fazendo uso desse por 21 dias.
Condições que fazem parte do AVE hemorrágico
Hemorragia subaracnoidea e intraparenquimatosa
Quadro clínico da hemorragia subaracnóidea
Cefaleia intensa súbita, síncope, rigidez de nuca
Fatores de risco para HSA
Tabagismo, Alcoolismo, Hipertensão arterial, História familiar positiva, Uso de cocaína, Rim policístico Síndromes genéticas
Fisiopatologia da HSA (explicar as manifestações clínicas)
Ruptura de um aneurisma sacular (>35 anos de idade) ou de uma malformação vascular arteriovenosa (10-30 anos de idade) no espaço subaracnoideo, sendo caracterizada como espontânea.
Irritação do espaço subaracnóideo (causa edema e dor excruciante)
Irritação da medula (rigidez de nuca)
Edema do SNC causando hipertensão intracraniana (vômitos, síncope)
Inflamação do SNC – hipertermia
Conceito de aneurisma
Dilatação anormal, localizada, de um vaso sanguíneo, especialmente em artéria. Pela forma pode ser fusiforme, sacular, etc. Quando rompe o aneurisma é chamado roto.
Se na suspeita de HSA a TC estiver normal o que fazer para confirmar o diagnóstico
Punção lombar
O que se espera encontrar no líquido da punção se for mesmo HSA
Poderemos verificar a presença de xantocromia (amarelado) do sobrenadante pós-centrifugação. Se vier sanguinolento, realizar o teste dos frascos (pega-se 3 frascos de líquor com a mesma quantidade, se o primeiro estiver mais sanguinolento que os seguintes, a chance de ter sido acidente de punção é maior do que a chance de ser HSA. Entretanto, se todos vierem com a mesma quantidade, o inverso é verdadeiro).
O que é a xantocromia
Coloração amarelada decorrente da presença de bilirrubina plasmática, que pode ser resultado de uma hemorragia subaracnóidea ou da transudação de proteínas do soro para o LCR ou presença de bilirrubina na icterícia
No HSA qual exame usar para localizar e confirmar a HSA e qual o padrão ouro?
Angio-TC ou angio-RNM
O padrão-ouro é a angiografia convencional de quatro vasos (duas vertebrais e duas carótidas).