Avaliação N2 Flashcards

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1
Q

O que monitorar durante uma anestesia?

A

Profundidade anestésica, consequências cardiovasculares, consequências pulmonares e temperatura corporal.

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2
Q

O que devemos monitorar na anestesia sobre a profundidade anestésica?

A

Avaliar de acordo com algumas respostas que o paciente vai tendo durante o procedimento (globo ocular, relaxamento de mandíbula e relaxamento muscular).

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3
Q

O que devemos monitorar na anestesia sobre as consequências cardiovasculares?

A

Monitorar a frequência cardíaca e alterações de pressão arterial, podendo ter hipotensão ou hipertensão, as anestesias dissociativas mais comumente causam hipertensão, já a anestesia inalatória causa hipotensão (o isofurano é vasodilatador e isso gera uma queda de pressão).

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4
Q

O que devemos monitorar na anestesia sobre consequências pulmonares?

A

Bradpneia, apneia, hipóxia, aumento de CO2.

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5
Q

O que devemos monitorar na anestesia sobre temperatura corporal?

A

Tem que estar constantemente verificando se o paciente vai estar com a temperatura dentro da normalidade, a anestesia desliga a função do sistema nervoso central de regular a temperatura.

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6
Q

Quais são os estágios anestésicos de Guedel?

A

Estágio I, estágio II, estágio III (dividido de 1 a 4).

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7
Q

Descreva o ESTÁGIO I dos estágios anestésicos de Guedel.

A

No estágio 1, o paciente ainda está acordado e respirando espontaneamente. A respiração, tanto torácica quanto abdominal, é normal. A pupila apresenta uma leve midríase, o que é comum devido aos opioides da medicação pré-anestésica (MPA). O movimento ocular é normal, e o globo ocular está intacto, sem alterações, pois o animal ainda está consciente. O reflexo palpebral permanece presente, assim como o reflexo corneano, que responde ao toque. O reflexo laringotraqueal ainda está ativo, podendo provocar uma leve tosse. O reflexo interdigital também está presente, indicando resposta à dor, e o tônus muscular ainda é rígido. A salivação continua e o batimento cardíaco está dentro dos parâmetros normais. Este é o início do processo de sedação.

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8
Q

Descreva o ESTÁGIO II dos estágios anestésicos de Guedel.

A

O estágio 2, que é o da excitação ou delírio, é o que idealmente se deve evitar, buscando avançar diretamente para o estágio 3. Nesse estágio, a respiração acelera, com o animal apresentando taquipneia e respiração predominantemente torácica. A pupila se dilata (midríase) e os reflexos palpebral, corneano, laringotraqueal e interdigital ficam exacerbados. O tônus muscular permanece, mas o animal se agita, podendo salivar excessivamente e apresentar taquicardia devido à excitação.

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9
Q

Descreva o ESTÁGIO III dos estágios anestésicos de Guedel.

A

O estágio de anestesia cirúrgica caracteriza-se por inconsciência, com depressão progressiva dos reflexos. Sobrevém relaxamento muscular, e a ventilação torna-se lenta e regular. Os reflexos do vômito e da deglutição estão ausentes. Em seres humanos, este estágio foi dividido em 1 a 4 planos, para maior diferenciação. Outros preferem a classificação mais simples de leve, médio e profundo. A anestesia leve persiste até que o movimento do globo ocular cesse.

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10
Q

Descreva o ESTÁGIO III - PLANO I dos estágios anestésicos de Guedel.

A

No plano 1, a respiração começa a diminuir, tanto torácica quanto abdominal, e a pupila retorna ao tamanho normal. O globo ocular se rotaciona, e os reflexos palpebral e corneano podem estar presentes. Os reflexos laringotraqueal e interdigital também persistem, assim como o tônus muscular, embora já enfraquecido. A salivação cessa e o batimento cardíaco permanece estável.

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11
Q

Descreva o ESTÁGIO III - PLANO II dos estágios anestésicos de Guedel.

A

No plano 2, é possível realizar a intubação, pois o reflexo laringotraqueal diminui, permanecendo ativo apenas em felinos. Nos gatos, a laringe ainda se move durante a intubação, sendo necessário o uso de lidocaína para inibir temporariamente o reflexo. Nos cães, o reflexo laringotraqueal já está ausente. Os reflexos palpebral e interdigital desaparecem, o tônus muscular diminui e o batimento cardíaco começa a reduzir. Esse é o plano ideal para a realização do procedimento cirúrgico, que ocorre entre os planos 2 e 3.

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12
Q

Descreva o ESTÁGIO III - PLANO III dos estágios anestésicos de Guedel.

A

No plano 3, o paciente ainda respira, com a pupila em posição normal e o globo ocular rotacionado. O reflexo palpebral geralmente está ausente, embora possa estar presente em gatos. O reflexo corneano permanece, mas o laringotraqueal já está ausente, exceto nos felinos. O reflexo interdigital desaparece, o tônus muscular está bastante diminuído, e a salivação está ausente. A frequência cardíaca também se encontra reduzida.

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13
Q

Descreva o ESTÁGIO III - PLANO IV dos estágios anestésicos de Guedel.

A

No plano 4, algumas alterações já começam a surgir no final do plano 3. A respiração torácica desaparece, restando apenas a abdominal, que também começa a falhar até cessar completamente, levando à apneia. O globo ocular se centraliza e a pupila fica levemente midriática. O reflexo palpebral está ausente e o corneano começa a desaparecer. Reflexos como o interdigital e o laringotraqueal, assim como o tônus muscular e a salivação, já estão ausentes. A frequência cardíaca diminui progressivamente, podendo evoluir para bradicardia.

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14
Q

Descreva o ESTÁGIO IV dos estágios anestésicos de Guedel.

A

No estágio 4, o paciente está em um estado muito profundo de anestesia, apresentando respiração agônica. Não há mais respiração abdominal, a pupila está centralizada e extremamente dilatada. Todos os reflexos estão ausentes, não há salivação, e o batimento cardíaco vai caindo até cessar por completo.

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15
Q

Qual a frequência cardíaca ideal em cães grandes?

A

60-120 bpm.

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16
Q

Qual a frequência cardíaca ideal em cães pequenos?

A

80-160 bpm.

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17
Q

Qual a frequência cardíaca ideal em gatos?

A

120-220 bpm.

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18
Q

Qual a frequência cardíaca ideal em ruminantes?

A

70-90 bpm.

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19
Q

Qual a frequência cardíaca ideal em equinos?

A

35-45 bpm.

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20
Q

Quais são as possíveis consequências da frequência cardíaca (FC) alterada durante a anestesia?

A

Bradicardia e taquicardia excessiva, podendo causar uma queda do débito cardíaco e consequentemente com o tempo uma queda da pressão arterial.

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21
Q

O que ocorre na bradicardia excessiva durante a anestesia?

A

O sangue fica parado por muito tempo no coração, se acumulando nos ventrículos.

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22
Q

O que ocorre na bradicardia reflexa durante a anestesia?

A

Exclusivo de alfa 2 agonistas (xilazina ou dexmedetomidina), causa hipertensão resultando em uma bradicardia, esperar uns 10 minutos que vai normalizar a frequência depois.

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23
Q

Quando tratar uma bradicardia reflexa durante a anestesia?

A

Bradicardia só precisa ser tratada quando tiver hipotensão junto.

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24
Q

Quando tratar a bradicardia durante a anestesia?

A

Cães com menos de 50bpm (observar o MPA — pode ser uma bradicardia reflexa), gatos com menos de 90bpm, equinos com menos de 25bpm e ruminantes com menos de 55bpm.

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25
Q

Como tratar a bradicardia durante a anestesia?

A

Se for um alfa 2, reverter a medicação, se não for, utiliza-se a atropina. Se for plano, reverte o plano.

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26
Q

O que acontece durante a taquicardia excessiva na anestesia?

A

O coração enche na diástole, então a taquicardia leva a diminuição da quantidade de sangue saindo do coração (redução do débito cardíaco).

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27
Q

Quais as causas comuns de se ocorrer uma taquicardia durante a anestesia?

A

Causas comuns: nocicepção e plano superficial. Se for por nocicepção, deve-se aumentar a taxa de analgésico, se for plano superficial deve-se aprofundar o paciente. Se o paciente já estava com taquicardia na hora da indução, provavelmente não vai mudar.

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28
Q

Quando devo corrigir a taquicardia durante a anestesia?

A

Sempre fazer uma comparação com estado fisiológico do paciente e esperar alterações de 20% para mais ou para menos.

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29
Q

O que ocorre durante a onda P?

A

Sístole atrial.

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30
Q

O que ocorre durante o complexo QRS?

A

Sístole ventricular.

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31
Q

O que ocorre durante a onda T?

A

Diástole ventricular.

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32
Q

O que caracteriza o bloqueio átrio-ventricular (AV) de GRAU I na análise do ECG?

A

Prolongamento do PR. Toda P é seguida por QRS. Benigno.

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33
Q

O que caracteriza o bloqueio átrio-ventricular (AV) de GRAU II TIPO I na análise do ECG?

A

Prolongamento gradual do PR até não haver condução do QRS. Benigno.

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34
Q

O que caracteriza o bloqueio átrio-ventricular (AV) de GRAU II TIPO II na análise do ECG?

A

Não há prolongamento do PR e há falhas na condução AV com ondas P “soltas”. Indicado marcapasso.

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35
Q

O que caracteriza o bloqueio átrio-ventricular (AV) de GRAU III na análise do ECG?

A

Não há condução AV. As ondas P não tem correlação com o QRS. Indicado marcapasso.

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36
Q

Quais os valores de pressão arterial sistólica, média e diastólica em cães e gatos?

A

PAS (100-160), PAD (60-100) e PAM (80-120).

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37
Q

Quais os valores de pressão arterial sistólica, média e diastólica em equinos e ruminantes?

A

PAS (90-130), PAD (60-90) e PAM (70-110).

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38
Q

O que é a pressão arterial sistólica?

A

É a força do sangue contra a parede do vaso na hora da sístole (o que vemos no Doppler).

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39
Q

O que é a pressão arterial diastólica?

A

Força do sangue contra a parede do vaso durante a diástole.

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40
Q

O que é a pressão arterial média?

A

É a média da força nas arteriais durante o ciclo cardíaco completo, soma as sistólica e diastólica e divide.

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41
Q

Quais parâmetros da pressão sistólica e média são considerados preocupantes?

A

Preocupante: sistólica < 80mmhg — média < 60mmhg.

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42
Q

Quais parâmetros da pressão sistólica e média são considerados ideais?

A

Ideal: sistólica > 100mmhg — média > 80 mmhg.

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43
Q

Qual a pressão arterial média considerada de emergência?

A

Emergências: 60mmhg de PAM.

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44
Q

Qual é o melhor tipo de pressão arterial para se monitorar?

A

O ideal é sempre olhar a pressão arterial média, pois reflete melhor como o corpo está perfundindo.

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45
Q

Quais as causas de hipotensão durante a anestesia?

A

Plano anestésico errado (principal), desidratação, hemorragia e alteração na função cardíaca.

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46
Q

Como o plano anestésico errado pode causar hipotensão?

A

Animal está muito profundo na anestesia. Se eu olho o globo ocular centralizando, tem que reduzir o uso de anestésico, reduzir o isofurano normaliza a pressão.

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47
Q

Como a desidratação pode causar hipotensão?

A

A animal anestesiado, está com a cavidade aberto perdendo líquido, fluidoterapia as vezes resolve.

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48
Q

Como a hemorragia pode causar hipotensão?

A

Perdeu o coto uterino, começa a perder sangue, começa a cair a pressão arterial (enquanto a hemorragia está acontecendo, não há muito que se possa fazer, não pode aumentar a fluidoterapia nesse momento, só depois que a hemorragia foi corrigida é que pode tentar corrigir a hipotensão).

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49
Q

Como a alteração na função cardíaca pode causar hipotensão?

A

As vezes o coração já não tem mais força de contração.

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50
Q

Como tratar a hipotensão em casos de plano anestésico muito profundo?

A

Reduzir a profundidade, ajustando para o plano ideal.

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51
Q

Como tratar a hipotensão em casos de hemorragia?

A

Esperar o cirurgião controlar o sangramento e depois aumentar a fluidoterapia. Se a hemorragia for muito grave, pode ser necessário fazer uma transfusão de sangue.

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52
Q

Como tratar a hipotensão em casos de alteração na função cardíaca?

A

Dobutamina, para aumentar a força de contração do coração.

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53
Q

Qual é o uso recomendado de medicações que fazem vasoconstrição em casos de hipotensão?

A

Ajudam a aumentar a pressão.

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54
Q

Quais as consequências da hipotensão?

A

Lesão renal e bradicardia.

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55
Q

Por que a lesão renal é uma complicação da hipotensão?

A

Como não está indo sangue para o rim, devido ao fluxo de sangue reduzido, o corpo prioriza mandar o sangue para o coração e cérebro.

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56
Q

Por que a bradicardia é uma complicação da hipotensão?

A

Não está indo sangue para o coração, não tem o que bombear, podendo levar a uma parada.

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57
Q

Quais as causas da hipertensão?

A

A doença em si, nocicepção, plano anestésico superficial e medicações vasoconstritoras.

58
Q

Por que a doença em si é uma causa da hipertensão?

A

Paciente hipertenso (o cardiopata e doente renal geralmente tem hipertensão). Se ele é hipertenso, o ideal é que tome a medicação corretamente dias antes do procedimento cirúrgico.

59
Q

Por que a nocicepção é uma causa da hipertensão?

A

Ocorre durante a cirurgia. Tem que analgesiar bastante pra evitar que ocorra a nocicepção e a pressão aumente.

60
Q

Por que o plano anestésico é uma causa da hipertensão?

A

Devido a estímulos dolorosos e fármacos em doses reduzidas.

61
Q

Por que as medicações vasoconstritoras é uma das causas da hipertensão?

A

Por exemplo, as medicações alfa 2 agonistas (hipertensão transitória, ou seja, vai passar sozinho).

62
Q

Como tratar a hipertensão em casos de ser causada pela doença em si?

A

Estabilizar com o cardiologista.

63
Q

Como tratar a hipertensão em casos de nocicepção?

A

Fazer uma analgesia mais potente.

64
Q

Como tratar a hipertensão em casos de plano anestésico superficial?

A

Aprofundar o plano.

65
Q

Quais os métodos de aferição de pressão durante a anestesia?

A

Oscilométrico, doppler e método de pressão arterial invasiva.

66
Q

Como funciona o método oscilométrico de aferição de pressão?

A

Consegue-se aferir a pressão sistólica, diastólica e média. Em pacientes pequenos não é tão fidedigno.

67
Q

Como funciona o doppler na aferição de pressão?

A

É possível aferir a pressão arterial sistólica (com um ouvido bom da pra ver a diastólica).

68
Q

Como funciona o método de pressão arterial invasiva?

A

Conecto o manguito direto na artéria. Afere a pressão arterial em tempo real, indicada para emergências.

69
Q

Quais cuidados se deve ter ao escolher o tamanho do manguito?

A

É preciso escolher o manguito do tamanho certo para o pulso do animal. Se for muito grande ou muito pequeno, ele pode apertar a artéria de forma errada e o resultado da medição não será confiável.

70
Q

Quais os parâmetros de frequência respiratória de cães e gatos?

A

Frequência respiratória pode variar muito, pois tem um valor limitado. Cães (10-20mpm) e gatos: (15-25mpm).

71
Q

Qual é a importância de medir a frequência respiratória de um animal durante a anestesia?

A

Controlar o volume de ventilação (quantidade de oxigênio que o paciente está conseguindo inspirar pela quantidade de oxigênio que tem no sangue e a quantidade de CO2 que ele está inspirando).

72
Q

Qual é a causa de bradipneia em animais durante a anestesia?

A

Normalmente causado pela anestesia profunda, deve-se mudar o plano em alguns casos.

73
Q

De que forma a hipotermia pode levar à bradipneia em animais anestesiados?

A

Na hipotermia, o animal respira menos (bradipneia) porque está tentando economizar energia. Isso é uma forma do corpo reduzir o gasto de energia e manter a temperatura, já que está mais frio do que o normal.

74
Q

Qual é o efeito dos opioides na frequência respiratória de pacientes anestesiados?

A

Paciente anestesiado ele vai hipoventilar, vai reduzir a frequência respiratória porque estou fazendo infusão de opioides, que causam depressão respiratória (o que é normal, contanto que esteja com ETCO2 e SPO2 dentro da normalidade).

75
Q

Quais são as causas de taquipneia durante a anestesia?

A

Pode ser causada por um plano anestésico muito superficial e por nocicepção. Se o animal começa a ter aumento da frequência cardíaca durante a cirurgia, a primeira coisa a verificar é se ele está no plano anestésico correto e se o cirurgião está causando algum estímulo doloroso.

76
Q

Quais as causas de taquipneia e esforço respiratório exagerado?

A

Nível leve de anestesia, nível profundo de anestesia, hipoxemia, hipercapnia, hipertermia, hipotensão, atelectasia, obstrução e via respiratório, distúrbio do preenchimento do espaço pleural, doença pulmonar parenquimatosa, estágio de excitação da recuperação, dor pós-operatória, delírio pós-operatório (qualquer fármaco, mas em particular opioides e benzodiazepínicos) e distensão pós-operatória da bexiga.

77
Q

Como é feita a avaliação da eficácia de volume respiratória?

A

Através do PCO2.

78
Q

Qual é o intervalo ideal de PCO2 para avaliar a eficácia do volume respiratório durante a anestesia?

A

35 a 45 mmhg.

79
Q

O que significa um PCO2 acima de 60 mmHg em pacientes anestesiados?

A

É considerado uma acidose respiratória por hipoventilação.

80
Q

O que indica um PCO2 abaixo de 20 mmHg durante a anestesia?

A

É alcalose respiratória com baixo fluxo para o cérebro (hiperventilando — acontece por plano superficial ou por dor, tem que ajeitar o plano e fazer analgesia).

81
Q

O que é PCO2?

A

É a porcentagem da CO2 no sangue.

82
Q

O que fazer quando o PCO2 está alto?

A

É preciso aumentar a FR desse paciente, respirando por ele.

83
Q

Qual a relação da hiperventilação com o PCO2 alto e o que causa?

A

Quando ele está hipoventilando (PCO2 alto) ele começa a acumular CO2, pois está ventilando mal, causando acidose.

84
Q

Qual é a técnica de aferição?

A

Utiliza um feixe de luz infravermelha para detectar e medir as concentrações de CO2.

85
Q

O que pode indicar se houver uma parada súbita do capnógrafo?

A

A ausência de leitura no capnógrafo é um sinal crítico que pode indicar: bradpneia, apneia, grave e parada cardíaca.

86
Q

Quais as possíveis alterações na capnometria?

A

Hipocapnia (diminuição do CO2) e hipercapnia (aumento de CO2).

87
Q

Como ocorre a hipercapnia?

A

Ocorre quando há um aumento nos níveis de CO2 expirado, sendo que o valor normal varia entre 35 e 50 mmHg. Esse aumento é prejudicial às células, comprometendo o funcionamento ideal do organismo, incluindo o sistema cerebral.

88
Q

O que é o ETCO2?

A

É a pressão parcial de CO2 no final da expiração.

89
Q

Qual a vantagem de monitorar o ETCO2?

A

A grande vantagem de monitorar o ETCO2 (pressão parcial de CO2 no final da expiração) é que ele indica a profundidade anestésica.

90
Q

O que significa se o ETCO2 estiver elevado?

A

Se o ETCO2 está muito elevado, isso sugere que o plano anestésico está muito profundo. Nesse caso, há duas opções: reduzir o plano anestésico ou aumentar a ventilação assistida para o paciente.

91
Q

Em que situações ocorre a hipercapnia?

A

Acontece em casos de plano profundo e leva a acidose (hipoventilação).

92
Q

Como ocorre a hipocapnia?

A

É a baixa do CO2 expirado, ou seja, abaixo de 35 no ETCO2. Ocorre quando o animal esta em plano superficial (hiperventilação).

93
Q

Como funciona a capnometria?

A

Registra a medição de CO2 dos gases expirados (porcentagem de CO2 expirado).

94
Q

Quais as possíveis causas da hipocapnia?

A

Nível leve de anestesia, hipoxemia, hipertermia, hipotensão, ajustes impróprios do ventilador, doença pulmonar parenquimatosa em estágio de excitação pós-operatória da recuperação, delírio, dor, distensão da bexiga e sepse (equilibrar o organismo, pra ter mais oxigênio — mais energia).

95
Q

Quais as possíveis causas da hipercapnia?

A

Anestesia muito profunda (hipoventila, aparece a hipercapnia), doença a neuromuscular, obstrução de via respiratória (animal com muita secreção no pulmão), distúrbio do preenchimento do espaço pleural, doença pulmonar parenquimatosa em estágio tardio, ajustes impróprio do ventilador, mau funcionamento do aparelho de anestesia (válvulas unidirecionais entupidas, esgotamento da cal de soda da), fluxo baixo de gás fresco com circuitos não respiratórios.

96
Q

Quais os tipos de capnógrafo?

A

Mainstream (quebra muito fácil) e sidestream (o sensor está no aparelho, da um delay da respiração, mas ele é mais seguro porque não quebra tão fácil).

97
Q

O que é a PaO2?

A

Pressão parcial de oxigênio dissolvido no sangue, é uma medida da capacidade pulmonar de mover o oxigênio da atmosfera para o sangue — é muito mais fiel, mas precisa de hemogasometria.

98
Q

Quais os parâmetros da PaO2?

A

Normal varia entre (80 a 110), hipoxemia grave (< 60), hiperóxia (> 110).

99
Q

O que é SPO2?

A

Saturação de oxigênio no sangue — mais precisamente o O2 da hemoglobina.

100
Q

Quais os parâmetros de SPO2?

A

Normal (98% a 99%), hipoxemia: (< 95%) e hipoxemia grave (< 90%).

101
Q

Quais as causas de hipoxemia durante a anestesia?

A

Baixa concentração de O2 inspirado, hipoventilação e atelectasia.

102
Q

Como a hipoventilação durante a anestesia pode causar hipoxemia?

A

Comprometimento neuromuscular (doença intracraniana ou anestesia geral, distúrbio neuromuscular periférico), obstrução de via respiratória superior distensão abdominal causando deslocamento anterior do diafragma, pneumotórax aberto ou distúrbios do preenchimento do espaço pleural.

103
Q

Como a atelectasia durante a anestesia pode causar hipoxemia?

A

Redução do conteúdo do oxigênio venoso: queda do débito cardíaco ou fluxo sanguíneo periférico lento (choque).

104
Q

Como a baixa concentração de O2 inspirado durante a anestesia pode causar hipoxemia?

A

Devido ao funcionamento impróprio do aparelho ao qual o animal está conectado, depleção do suprimento de oxigênio e altitude.

105
Q

Em quais situações faz-se o uso da pré-oxigenação em processos de indução anestésica?

A

Paciente muito sedado após a MPA e está hipoventilando e a língua começa a ficar cianótica, braquiocefalico, quando preciso criar uma reserva de oxigênio para um paciente cardiopata ou com doenças respiratórias e em Pacientes idosos ou filhotes porque seu sistema respiratório está comprometido ou pouco desenvolvido.

106
Q

Como funciona a indução anestésica?

A

A indução vai ser sempre dose resposta, de acordo com a resposta do paciente sempre respeitando o tempo de equilíbrio, vai fazer a quantidade que o paciente precisar (ex: 1mg/kg/min e vai observando como está o reflexo do paciente).

107
Q

Como saber quando é o momento de entubar o animal?

A

Reflexo palpebral ausente ou bem reduzido e a mandíbula relaxada (principal), se tem resistência, ainda não está na hora.

108
Q

No gato, qual é o principal parâmetro para avaliar o momento de entubação?

A

Relaxamento da mandíbula (as vezes ele vai manter o reflexo palpebral).

109
Q

Como ter certeza de que o animal foi corretamente entubado?

A

Vai ver o ar passando — se for muito pequeno você não consegue, mas pode colocar a mão e ver se sente o ar vindo ou então usar o capnógrafo.

110
Q

Qual é a importância da monitoração durante a indução?

A

A monitoração durante a indução é muito importante porque o paciente está saindo do plano acordado para o plano anestésico.

111
Q

Quais as consequências da hipertensão?

A

Lesão de néfron, cegueira (raro) e edema pulmonar (principalmente em cardiopatas).

112
Q

O que é EGG, qual a sua composição e utilização na anestesia de grandes animais?

A

O EGG é um relaxante muscular composto por Éter Gliceril Guaiacólica, é utilizado em procedimentos de curta duração a campo em equinos, em clínicas e hospitais de grandes animais pode ser utilizado durante a realização de uma anestesia total intravenosa em assoiação com Xilazina e Cetamina (na forma de infusão contínua) para procedimentos de longa duração.

113
Q

Qual o tempo de jejum indicado para equinos?

A

Recomenda-se o jejum alimentar de 12 a 24 horas e hídrico de 6 horas.

114
Q

Quais cuidados são necessários ao por um equino em decúbito para a anestesia?

A

O animal deve estar em uma superfície acolchoada para evitar que, em decúbito lateral prolongado, haja compressão dos nervos supraescapular e radial.

115
Q

Qual a utilização do bloqueio locorregional do nervo supraorbitário?

A

Intervenções cutâneas nas pálpebras e áreas circunvizinhas.

116
Q

Qual a utilização do bloqueio locorregional do nervo infraorbitário?

A

Usado em extrações dentárias (nos incisivos superiores), palatites, suturas cutâneas, excisões tumorais, manipulações nas narinas e suturas nos lábios superiores e no nervo.

117
Q

Qual a utilização do bloqueio locorregional do nervo mentoniano?

A

Intervenções tanto a nível cutâneo como profundas, possibilitando extrações dentárias (incisivos inferiores), suturas gengivais, labiais e de bochechas inferiores correspondentes.

118
Q

Como funciona a anestesia de BIER?

A

Técnica anestésica empregada para procedimentos na região distal dos membros de grandes animais, primeiro deve-se deixar escoar o sangue venoso. É uma anestesia regional intravenosa que consiste na deposição do anestésico local no lúmen de uma veia, após a colocação de um torniquete proximal ao local de punção. Após a administração, o anestésico se difunde para as vênulas e migra para o endoneuro, bloqueando a condução nervosa.

119
Q

Qual é a utilização da anestesia de BIER?

A

Indicado para remover membranas inflamadas, sutura de feridas nas extremidades, remover neoplasias, tratamento de pododermatite, amputação da terceira falange, tenotomias e neurectomias.

120
Q

Quais as técnicas de bloqueio que podem ser usadas para a descorna em bovinos?

A

Anestesia perineural do nervo cornual e anestesia infiltrativa circular subcutânea.

121
Q

Como funciona a anestesia perineural do nervo cornual?

A

Depositando lidocaína 2% por via SC na depressão localizada na linha média imaginária entre o canto lateral do olho e a base do corno. Técnica utilizada principalmente em raças europeias.

122
Q

Como funciona a anestesia infiltrativa circular subcutânea?

A

Aplicar lidocaína 1% abaixo da transição do tecido querato córneo. Técnica aplicada principalmente em raças zebuínas.

123
Q

Como funciona a técnica de bloqueio para enucleação em bovinos?

A

Infiltrando-se ambas as pálpebras com uma anestesia local subcutânea com lidocaína 1% com uma agulha e, posteriormente, introduzindo uma agulha no canto interno do olho, tangencialmente ao globo ocular e rente ao tabique ósseo, aprofundando até atingir os nervos óptico, oculomotor, abducente, troclear, lacrimal e oftálmico a nível retrobulbar.

124
Q

O que é a técnica de anestesia em L invertido e quais suas
utilizações?

A

É realizada com a deposição do anestésico local de forma subcutânea e intramuscular, formando duas linhas que se encontram no vértice dorso-cranial.

125
Q

Em quais casos é indicado a utilização da anestesia peridural em bovinos?

A

É utilizada em pequenas intervenções no reto, na vagina, no ânus (prolapsos, suturas, imperfurações), também é prática para pequenas intervenções obstétricas ou nos membros posteriores.

126
Q

Qual o passo a passo da utilização da anestesia peridural em bovinos?

A

Abaixar e elevar a cauda, sentindo, pela palpação, a vértebra fixa e a móvel, depois, com o mandril, perfurando a pele, o ligamento interespinhoso e entrando no espaço peridural, injetar o medicamento e aguardar o abaixamento da cauda.

127
Q

Como funciona a técnica de anestesia dissociativa em bovinos?

A

Permite intervenções cirúrgicas rápidas, desde que não haja manipulações cruentas no abdome ou tórax. Utiliza-se levomepromazina, clorpromazina ou acepromazina associada ou midalozam e aplica-se via intravenosa de forma lenta, depois, aguardar 15 minutos e aplicar lentamente cetamina via endovenosa.

128
Q

Como funciona a técnica de anestesia dissociativa em equinos?

A

As anestesias dissociativas são comumente usadas em equinos devido sua praticidade e segurança, permitindo que possam ser praticadas a campo, sem maiores complicações. Entretanto, é bom que se ressalte que a técnica apresenta limitações, visto causam efeito cumulativo e possui um período de duração curto (15 minutos).

129
Q

O que é o reflexo oculocardíaco que pode ocorrer durante cirurgias oftálmicas?

A

É uma alteração do ritmo cardíaco que é induzida, durante as cirurgias oftálmicas, é uma resposta do coração à estimulação física do olho e anexos oculares (gerando estimulação dos nervos trigêmeo-vagal).

130
Q

Como evitar o reflexo oculocardíaco?

A

O ROC é evitado quando se utiliza bloqueadores neuromusculares durante a cirurgia, isso ocorre porque o olho fica centralizado e imóvel durante o procedimento. O bloqueio retrobulbar é uma técnica que causa redução do risco de ROC.

131
Q

Em qual caso se utiliza bloqueador neuromuscular na cirurgia oftálmica?

A

Utiliza-se para evitar a ocorrência de ROC e a prevenção de movimentos do paciente durante a cirurgia oftálmica.

132
Q

Qual possível efeito adverso pode ter no sistema respiratório?

A

Eles podem causar taquicardia ou bradicardia, hipotensão e parada cardiorrespiratória.

133
Q

Quais cuidados pré-operatórios são necessários em pacientes neonatos?

A

No pré-operatório de neonatos, o jejum alimentar deve ser de até 6 horas e o hídrico, 2 horas, para evitar hipoglicemia e estresse. Monitorar glicemia e tratar dor são essenciais. Evitar tranquilizantes e anestésicos metabolizados no fígado. Usar opioides (meperidina ou morfina) e induzir com propofol, mantendo com isoflurano para rápida recuperação.

134
Q

Quais cuidados transoperatórios são necessários em pacientes neonatos?

A

Em neonatos, os cuidados transoperatórios incluem monitoramento de glicemia, sinais vitais e capnografia, uso de fluidoterapia com glicose 5% para prevenir hipoglicemia, medidas para evitar hipotermia, como sistemas de aquecimento, e anestesia inalatória com isoflurano devido à rápida indução e recuperação.

135
Q

Qual efeito deletério a anestesia pode fornecer aos animais geriátricos por conta do envelhecimento do sistema respiratório?

A

A anestesia pode fornecer efeitos deletérios, como, diminuição da reserva respiratória; suporte com oxigênio e ventilação é necessário para a maioria dos pacientes.

136
Q

Qual efeito deletério a anestesia pode fornecer aos animais geriátricos por conta do envelhecimento do sistema nervoso?

A

Os seus efeitos são redução na capacidade de recuperação, sensibilidade aumentada aos anestésicos e diminuição da regulação térmica.

137
Q

Qual efeito deletério a anestesia pode fornecer aos animais geriátricos por conta do envelhecimento do sistema hepático?

A

Tem uma duração de ação dos fármacos com depuração hepática, podendo prolongar o tempo de recuperação.

138
Q

Qual efeito deletério a anestesia pode fornecer aos animais geriátricos por conta do envelhecimento do sistema urinário?

A

Tem duração de ação prolongada dos fármacos com depuração renal; podendo
prolongar o tempo de recuperação; tolerância diminuída a uma carga hídrica, não hiper-hidratar.

139
Q

Qual o mecanismo de ação dos agentes bloqueadores não despolarizantes?

A

Atuam como antagonistas competitivos dos receptores da ACH situados na placa terminal.

140
Q

Ao utilizar um bloqueador neuromuscular, ele inicia o bloqueio respeitando uma
sequência de músculos, qual é essa sequência?

A

Os primeiros a serem afetados são os músculos extrínsecos do olho e os pequenos músculos da face, dos membros e da faringe. Os músculos da respiração são os últimos a serem afetados e os primeiros a se recuperarem.

141
Q
A