Aulas 01 a 06 Flashcards

1
Q

Defina parasitologia.

A

Estudo dos organismos que vivem em íntima e estreita relação de dependência com outros seres e, quando tem o homem como hospedeiro, podem ou não causar doenças.

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2
Q

Quais são as formas de associação entre seres vivos e suas principais características?

A

Parasitismo: benefício unilateral que promove danos ao hospedeiro.
Comensalismo: benefício unilateral sem promoção de danos a outra parte.
Mutualismo: benefício mútuo.

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3
Q

Defina parasitismo.

A

Associação entre organismos de espécies diferentes na qual se observa uma relação de dependência metabólica de grau variado, sendo o caráter patogênico incidental.

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4
Q

Por que a associação parasitária tende ao equilíbrio?

A

A morte do hospedeiro prejudica o parasito, assim, em associações ocorridas a milhares de anos, nas quais as espécies evoluiram juntas, raramente o parasito leva o hospedeiro à morte.

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5
Q

Caso a associação hospedeiro-parasito tenda para o hospedeiro, o que ocorre?

A

Morte do parasito.

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6
Q

Caso a associação hospedeiro-parasito tenda para o parasito, o que o corre?

A

Doença e consequente morte do hospedeiro.

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7
Q

Caso a associação hospedeiro-parasito se encontre em equilíbrio, o que ocorre?

A

O hospedeiro é assintomático, disseminando a parasitose.

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8
Q

Quais são os fatores inerentes ao parasito que afetam a relação hospedeiro-parasito?

A

Carga parasitária.
Virulência da cepa do parasito.
Localização.
Tamanho.
Tempo de exposição.
Tempo de associação com o hospedeiro.

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9
Q

Quais são os fatores inerentes ao hospedeiro que afetam a relação hospedeiro-parasito?

A

Idade.
Sexo.
Nutrição.
Estado emocional.
Tipo da resposta imune desenvolvida.
Órgão acometido.
Hábitos e costumes.
Outras doenças que acometem o hospedeiro.
Genética.
Medicamentos.

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10
Q

Quais são os fatores ambientais que afetam a relação hospedeiro-parasito?

A

Luz, umidade, temperatura, oxigenação…
Saneamento básico.
Densidade populacional.
Ocupação profissional.
Existência de serviços de saúde.

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11
Q

Defina infecção.

A

Penetração, multiplicação e/ou desenvolvimento de um agente infeccioso em determinado hospedeiro.

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12
Q

Defina doença.

A

Consequências das lesões causadas pelo agente e pela resposta do hospedeiro.
Manifesta-se por sintomas e sinais.

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13
Q

Quais são os principais tipos de ação dos parasitos que levam a doença?

A

Mecânica.
Espoliativa.
Traumática.
Tóxica.
Imunogênica.
Irritativa.
Inflamatória.
Enzimática.
Anóxia.

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14
Q

Defina hospedeiro definitivo.

A

Auele que alberga o parasito em sua forma adulta ou reprodutiva final.

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15
Q

Defina hospedeiro intermediário.

A

Aquele no qual se desenvolvem as fases jovens ou assexuadas do parasito.
Geralmente, um molusco ou um artrópode.

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16
Q

Defina parasito acidental.

A

Parasito de uma espécie que acidentalmente infecta outra espécie distinta.

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17
Q

Defina parasito estenoxênico.

A

Parasitam poucas, ou uma, espécies muito próximas.

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18
Q

Defina parasito eurixeno.

A

Parasitam uma ampla variedade de espécies.

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19
Q

O que caracteriza o ciclo de um parasito como monoxênico?

A

Participação de um único hospedeiro, o hospedeiro definitivo, no ciclo biológico.

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20
Q

O que caracteriza o ciclo de um parasito como heteroxênico?

A

Participação de um hospedeiro intermediário, onde se desenvolvem as formas infectantes do parasito, além de um hospedeiro definitivo.

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21
Q

Defina vetor.

A

Veículo capaz de transmitir o parasito entre dois hospedeiros.

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22
Q

Quais são os tipos de vetores e suas características?

A

Vetor Biológico: molusco ou artrópode no qual o parasito se reproduz ou se desenvolve.
Vetor Mecânico: parasito não se reproduz nem se desenvolve no vetor.
Vetor Inanimado: parasito transportado por objetos.

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23
Q

Quais faotres determinam a distribuição mundial das parasitoses?

A

Presença de hospedeiros susceptíveis.
Migrações humanas.
Meio ambiente favorável.
Densidade populacional.
Condições sócio-econômicas.
Hábitos culturais e religiosos.
Condições higiênicas.

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24
Q

Defina fase aguda.

A

Período logo após a contaminação.

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25
Q

Defina fase crônica.

A

Equilíbrio entre parasito e hospedeiro.

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26
Q

Defina zoonose.

A

Doença transmitida naturalmente entre os animais.

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27
Q

Defina agente etiológico.

A

Nome da espécie do parasito causador da doença.

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28
Q

Quais são os agentes etiológicos da amebíase?

A

Protozoários do gênero Entamoeba. Os principais:
* Entamoeba histolytica;
* Entamoeba dispar;
* Entamoeba moshkovskii.

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29
Q

Qual é a espécie infectante responsável pela maior parte dos casos assintomáticos de amebíase e de colite não disintérica?

A

Entamoeba dispar

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30
Q

Qual espécie infectante é responsável pela maior parte dos casos de amebíase?

A

Entamoeba histolytica

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31
Q

Defina amebíase.

A

Infecção sintomáticac ou assintomática causada pela Entamoeba histolytica.

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32
Q

Características dos protozoários do gênero Entamoeba.

A

Núcleo esférico vesiculoso.
Ciclo monoxênico.
Locomoção através de pseudópodes.
Ingestão de alimentos por fagocitose e por pinocitose.
Multiplicação por divisão binária dos trofozoítos.
Apresentam cistos como forma de resistência.

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33
Q

Descreva o ciclo biológico da Entamoeba histolytica.

A
  1. Ingestão de cistos maduros.
  2. Movimento dos cistos pelo trato intestinal até o final do intestino delgado/início do intestino grosso.
  3. Desencistamento: saída do metacisto através de uma pequena fenda na parede cística.
  4. Divisões sucessivas do metacisto até que formem-se oito trofozoítos.
  5. Trofozoítos colonizam-se no intestino grosso, onde geralmente ficam aderidos à mucosa.
  6. Sob certas circunstâncias, os trofozoítos se desprendem da parede intestinal: sofrem desidratação e eliminam substâncias nutritivas citoplasmáticas, formando pré-cistos.
  7. Os pré-cistos secretam membrana cística, transformando-se em cistos tetranucleares.
  8. Cistos são eliminados em fezes formadas.
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34
Q

Por que a Entamoeba histolytica passa pelo estômago para chegar ao intestino grosso?

A

Os cistos da Entamoeba histolytica são resistentes a ação do suco gástrico.

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35
Q

Qual a forma do protozoário Entamoeba histolytica encontrada em fezes formadas?

A

Cistos

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36
Q

Qual a forma do protozoário Entamoeba histolytica encontrada em fezes liquefeitas ou desintéricas?

A

Trofozoíto

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37
Q

Descreva o ciclo patogênico da Entamoeba histolytica.

A

Com o rompimento do equilíbrio parasito-hospedeiro a favor do parasito, trofozoítos aderidos fortemente à mucosa intestinal rompem a barreira epitelial e, por movimentos ameboides e por liberação de enzimas proteolíticas, seguem pela mucosa em direção à submucosa. Ali, formam ulceraçõs em “botão de camisa” onde multiplicam-se ativamente.
Caso atinjam a corrente sanguínea, pela circulação porta, podem afetar outros órgãos além do intestino.

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38
Q

Qual é a forma do trofozoíto presente nas úlceras em “botão de camisa”?

A

Forma invasiva/virulenta: não forma cistos; hematófatos; muito ativos.

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39
Q

Qual é a via de transmissão da Entamoeba histolytica?

A

Orofecal

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40
Q

Por quanto tempo o cisto da Entamoeba histolytica é viável no ambiente externo?

A

Até 20 dias.

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41
Q

Por que os trofozoítos da Entamoeba histolytica não são responsáveis pela contaminação?

A

Não resistem ao suco gástrico.

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42
Q

Como a amebíase é transmitida?

A

Ingestão de cistos maduros.

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43
Q

Por que a amebíase pode ser considerada uma IST?

A

Contato anal-oral.

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44
Q

O que é ameboma?

A

Resposta inflamatória proliferativa com formação granulomatosa que pode ser induzida pelos parasitos.

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45
Q

Quais são as formas clínicas da amebíase?

A

Formas assintomáticas.
Formas sintomáticas:
* Intestinais: colite não disentérica e colite disentérica.
* Extraintestinais: hepática, cutânea, no pulmão, no cérebro, no baço, no rim…

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46
Q

Qual é o período de incubação da Entamoeba histolytica?

A

Entre 2 e 4 semanas.

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47
Q

Manifestações clínicas da colite não disentérica (amebíase intestinal crônica).

A

Alternância entre períodos silenciosos e de manifestações clínicas:
* Duas a quatro evacuações diárias, diarreicas ou não (fezes pastosas).
* Fezes contendo muco.
* Desconforto abdominal e cólicas.
* Febre pouco frequente.

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48
Q

Manifestações clínicas da colite amebiana.

A
  • Oito a dez evacuações diárias diarréicas.
  • Disenteria (fezes com muco e sangue).
  • Cólicas intensas.
  • Tenesmo.
  • Náuseas e vômitos.
  • Calafrio e febre.
  • Em casos mais graves, prostação, desidratação e perfuração intestinal.
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49
Q

Quais são as possíveis complicações da amebíase intestinal?

A

Colite amebiana fulminante:
* Febre elevada e contínua;
* Dor abdominal Intensa e difusa;
* Evacuações mucossanguinolentas com pus e odor fétido (contaminação bacteriana);
* Perfuração intestinal;
* Peritonite;
* Hemorragia;
* Apendicite;
* Ulcerações;
* Ameboma.

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50
Q

Manifestações clínicas da amebíase hepática.

A
  • Febre;
  • Dor no hipocôndrio direiot;
  • Hepatomegalia;
  • Anorexia;
  • Perda de peso;
  • Febre irregular.
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51
Q

Como é feito o diagnóstico de amebíase?

A

O histórico da doença e o exame físico são importantes, mas o diagnóstico só deve ser considerado definitivo pelo encontro de parasitos nas fezes.

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52
Q

O que trofozoítos Entamoeba histolytica com hemácias fagocitadas encontrados nas fezes indicam?

A

Invasão da parede intestinal.

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53
Q

Qual é o tratamento da amebíase?

A

Imidazólicos: secnidazol, metronidazol ou tinidazol.

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54
Q

Profilaxia da amebíase.

A

Educação sanitária.
Consumo de água potável.
Exames em pessoas manipuladoras de alimentos.
Lavar bem os alimentos.
Proteção em práticas sexuais.
Tratar os doentes.

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55
Q

Qual é o mecanismo das vacinas em desenvolvimento contra amebíase?

A

Evitar o agravametno das reações granulomatosas ao redor do parasito no ameboma.

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56
Q

Qual é o agente etiológico da giardíase?

A

Giardia lamblia

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57
Q

Qual é o conceito de giardíase?

A

Parasitose intestinal causada pelo protozoário Giardia lamblia.

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58
Q

Qual é o modo de infecção da giardíase?

A

Transmissão Fecal-Oral

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59
Q

Qual é a forma infectante do protozoário Giardia lamblia?

A

Cisto

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60
Q

Qual forma do protozoário Giardia lamblia é encontrada em fezes formadas?

A

Cisto

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61
Q

Qual forma do protozoário Giardia lamblia é encontrada em fezes diarréicas?

A

Trofozoíto

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62
Q

Qual é a forma resistente da Giardia lamblia? Por quê?

A

Cisto: parede cística resistente permite a sobrevivência no ambiente sob condições favoráveis por até 60 dias e garante a resistência ao ácido gástrico e a cloro e desinfetantes.

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63
Q

Onde os cistos do protozoário Giardia lamblia eclodem?

A

Intestino Delgado

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64
Q

Qual forma da Giardia lamblia é responsável pelos sintomas clínicos?

A

Trofozoíto

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65
Q

Características cito-histológicas do cisto da Giardia lamblia?

A

Bi ou tetranucleado.
Formato oval.
Membrana dupla (parede resistente).
Presença de fibrilas.

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66
Q

Características cito-histológicas do trofozoíto da Giardia lamblia?

A

Par anterior, par ventral, par posterior e par caudal de flagelos.
Simetria bilateral.
Binucleado.
Corpos medianos ou parabasais.
Disco adesivo.

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67
Q

O que é e qual é a função do disco adesivo do trofozoíto da Giardia lamblia?

A

Conjunto de proteínas que permitem a aderência do trofozoíto à mucosa intestinal, do duodeno ao início do jejuno.

68
Q

Por que a eliminação de cistos nas fezes não é contínua?

A

Encistamento não é diário (depende de condições específicas).

69
Q

Por que os trofozoítos da Giardia lamblia são responsáveis por causar Síndrome da Má Absorção?

A

A adesão dos trofozoítos à mucosa intestinal impede a absorção dos nutrientes pelos enterócitos e a liberação das enzimas pelas células intestinais (má digestão de lipídeos, principalmente).

70
Q

Característica do ciclo da Giardia lamblia?

A

Monoxênico

71
Q

Qual é o período de incubação da Giardia lamblia?

A

7 a 14 dias

72
Q

Quais são os sintomas da fase aguda da giardíase?

A

Diarreia;
Fezes fétidas;
Esteatorreia;
Mal-estar;
Dor abdominal;
Flatulência;
Náusea;
Perda de peso;
Vômito;
Febre;
Constipação.

73
Q

Quais são as manifestações clínicas da fase crônica da giardíase?

A

Intestino solto, normalmente, sem diarreia;
Esteatorreia;
Perda de peso;
Síndrome da má-absorção;
Mal-estar;
Fadiga;
Cólica abdominal;
Flatulência.

74
Q

Qual é a principal complicação da giardíase em crianças?

A

Mal desenvolvimento físico e cognitivo devido a deficiências nutricionais.

75
Q

Como se dá o diagnóstico de giardíase?

A

Sintomas clínicos.
Identificação de cistos nas fezes formadas (3 amostras alternadas) ou de trofozoítos nas fezes diarreicas.

76
Q

Qual é o tratamento da giardíase?

A

Metronidazol
Tinidazol
Secnidazol

77
Q

Quais são as medidas profiláticas contra giardíase?

A

Educação sanitária;
Saneamento básico;
Lavagem dos alimentos;
Medidas de higiêne para manipuladores de alimentos;
Tratamento de assintomáticos;
Prática de sexo seguro;
Uso de preservativos.

78
Q

Qual é o agente etiológico responsável pela tricomaníase?

A

Trichomonas vaginalis

79
Q

Qual é a forma infectante do Trichomonas vaginalis?

A

Trofozoíto

80
Q

Qual é a forma de resistência do Trichomonas vaginalis?

A

Não tem.

81
Q

Características cito-histológicas do trofozoíto do Trichomonas vaginalis?

A

Piriforme ou oval.
Quatro flagelos anteriores (movimento).
Membrana ondulante.
Núcleo.
Axóstilo (sustentação).

82
Q

Características de um ambiente propício para o Trichomonas vaginalis?

A

5<pH<7,5
20ºC<T<40ºC
Baixa tensão de oxigênio.

83
Q

Qual alteração fisiológica da vagina favorece o crescimento do Trichomonas vaginalis?

A

Durante a menstruação o pH vaginal (3,4 a 4,4) aumenta naturalmente e a quantidade de microrganismos presentes ali diminui.

84
Q

Mecanismos de evasão do sistema imune do Trichomonas vaginalis.

A

Auto-revestimento com proteínas plasmáticas do hospedeiro.
Fagocitose de leucócitos.

85
Q

Forma reprodutiva do Trichomonas vaginalis.

A

Divisão binária longitudinal.

86
Q

Caracterize o ciclo do Trichomonas vaginalis.

A

Monoxênico

87
Q

Modo de infecção do Trichomonas vaginalis.

A

IST
Parto
Roupas íntimas e toalhas contaminadas.
Fômites (espéculo vaginal).

88
Q

Manifestações clínicas da tricomaníase em mulheres.

A

Secreção vaginal bolhosa com odor forte.
Colpits macularis: edema e/ou eritrema da vagina e cérvice com erosão e pontos hemorrágicos (Cérvice com Aspecto de Morango).
pH vaginal maior que 5.
Lesões cervicais vulvares.
Uritrite.
Dor abdominal baixa.
Disúria.
Dispareunia.

89
Q

Manifestações clínicas da tricomaníase em homens.

A

Maioria assintomática.
Uretrite.
Epidimite.
Prostatite.
Dor abdominal baixa.
Disúria.
Dispareunia.

90
Q

Como se dá o diagnóstico de tricomaníase?

A

Sintomas clínicos inespecíficos.
Mulher: coleta de fluido vaginal com swab ou espéculo, após 24 horas sem higiêne.
Homem: swab subprepucial ou da saída da uretra; sêmen; primeira urina do dia.

91
Q

Qual é o tratamento da tricomaníase?

A

Metronidazol
Secnidazol
Tinidazol
Ornidazol

92
Q

Qual é o tratamento para gestantes com tricomaníase?

A

Creme vaginal.

93
Q

Quais são as medidas profiláticas da tricomaníase?

A

Prática de sexo seguro;
Uso de preservativos;
Abstinência de contatos sexuais com pessoas infectadas;
Tratamento imediato de parceiros sexuais de pessoas infectadas.

94
Q

Quais são os agentes etiológicos da malária?

A

Plasmodium falciparum
Plasmodium vivax
Plasmodium malariae
Plasmodium ovale
Plasmodium knowlesi

95
Q

Quais são os mecanismos de transmissão da malária?

A

Picada da fêmea do mosquito Anopheles infectada.
Transfusões sanguíneas.
Compartilhamento de agulhas.
Parto.

96
Q

Quais são as formas de vida do Plasmodium spp.?

A

Esporozoítos
Esquizontes Teciduais
Merozoítos
Esquizontes Sanguíneos
Trofozoítos
Gametócitos (macrogameta e microgameta)
Zigoto
Oocineto
Oocisto

97
Q

Quais espécies de Plasmodium apresentam estado de latência e qual estado é esse?

A

P. vivax e P. ovale apresentem hipinozoítos.

98
Q

Característica do ciclo da malária.

A

Heteroxênico:
* Homem é o hospedeiro intermediário.
* Mosquito Anapheles é o hospedeiro definitivo.

99
Q

Explique a patogenia da febre malárica.

A

A febre coincide com o tempo do ciclo eritrocítico dos parasitos porque o rompimento das hemácias, liberando os merozoítos, desencadeia processo inflamatório:
* 48 horas: P. falciparum, P. vivax, P. ovale.
* 72 horas: P. malariae.

100
Q

Quais são as manifestações clínicas da malária aguda?

A

Mal-estar;
Cefaleia;
Cansaço;
Mialgia;
Acesso Malárico: calafrios, sudorese, febre alta, fraqueza intensa;
Síndrome de Esplenomegalia Tropical (hepatoesplenomegalia, anemia, leucopenia e plaquetopenia).

101
Q

Quais são as manifestações clínicas da malária complicada?

A

Hipoglicemia;
Convulções;
Vômitos repetidos;
Hiperpirexia;
Icterícia;
Distúrbios de consciência;
Hemoglubinúria;
Hemorragias.
Insuficiência renal aguda;
Edema pulmonar agudo;
Malária cerebral.

102
Q

Qual espécie de Plasmodium apresenta maior virulência? Por quê?

A

P. falciparum
Sequestro de hemácias e capacidade de parasitar qualquer hemácia (eritrócitos e reticulócitos).

103
Q

Como se dá o diagnóstico de malária?

A

Sintomas clínicos aliados à avaliação epidemiológica;
Imunocromatografia (anticorpos monoclonais);
Gota espeça ou esfregaço delgado.

104
Q

Qual droga tem ação contra os hipinozoítos no tratamento de malária?

A

Primaquina

105
Q

Quais são as medidas profiláticas da malária?

A

Quimioprofilaxia para viajantes de áreas endêmicas.
Medidas de proteção individual (ex.: uso de repelentes).
Medidas de proteção coletivas: combate ao vetor, comunicação social.

106
Q

Qual é o agente etiológico da Doença de Chagas?

A

Trypanosoma cruzi

107
Q

Quais são as formas de transmissão da Doença de Chagas?

A

Oral (consumo de alimentos infectados por fezes do barbeiro);
Contato com fezes do barbeiro;
Transfusões de sangue;
Agulhas compartilhadas;
Transplantes de órgãos;
Congênita.

108
Q

Quais são os hospedeiros do Trypanosoma cruzi?

A

Hospedeiro Vertebrado: homem, animais silvestres e animais domésticos.
Hospedeiro Invertebrado: Triatoma infestans, Rhodnius prolixus, Panstrogylus megistus.

109
Q

Quais são as formas de vida do Trypanosoma cruzi?

A

Amastigota
Epimastigota
Tripomastigota

110
Q

Onde se encontra a forma amastigota do Trypanosoma cruzi?

A

Hospedeiro Vertebrado
* Células do Sistema Fagocítico Mononuclear
* Céluals Musculares Cardíacas, Esqueléticas e Lisas

111
Q

Onde se encontra a forma epimastigota do Trypanosoma cruzi?

A

Inseto vetor.

112
Q

Qual é a forma infectante do Trypanosoma cruzi?

A

Tripomastigota

113
Q

Qual característica cito-histológica do Trypanosoma cruzi favorece sua resistência à drogas?

A

Cinetoplasto

114
Q

Características patogênicas da forma delgada do Trypanosoma cruzi?

A

Penetração rápida.
Altamente infectante.
Sensível à ação dos anticorpos.
Preferência por células do sistema fagocítico mononuclear.

115
Q

Características patogênicas da forma larga do Trypanosoma cruzi?

A

Penetração lenta.
Pouco infectante.
Resistente à ação dos anticorpos.
Preferência por células musculares cardíacas, esqueléticas e lisas.

116
Q

Manifestações clínicas da forma cardíaca da Doença de Chagas.

A

Insuficiência cardíaca congestiva.
Formação de trombos e êmbolos (podem causar infartos teciduais).
Comprometimento do sistema nervoso autônomo: dispnéia de esforço, congestão visceral, edema dos membros inferiores.

117
Q

Os ninhos de amastogotas são caractersíticos de qual fase da doença de chagas?

A

Fase Aguda

118
Q

Manifestações clínicas da forma digestiva da Doença de Chagas.

A

Megaesôfago: disfagia, odinogia, pirose, sialose, dor esternal, regurgitação, soluço, tosse.
Megacólon: obstrução intestinal, perfuração com peritonite.

119
Q

Manifestações clínicas da fase aguda da Doença de Chagas.

A

Específicas: sinal de romaña, chagoma de inoculação.
Inespecíficas: febre, mal-estar, falta de apetite, anorexia, hepatoesplenomegalia, poliadenite.

120
Q

Manifestações clínicas da forma indeterminada da Doença de Chagas.

A

Assintomática.
Positividade dos exames sorológicos.

121
Q

Manifestações clínicas da Doença de Chagas transfusional.

A

Febre;
Linfadenopatia;
Esplenomegalia;
Palidez;
Edema periorbital e dos membros;
Exantema;
Hepatomegalia;
Distúrbios cardíacos;
Sonolência;
Fadiga;
Tremores.

122
Q

Manifestações clínicas da forma congênita da Doença de Chagas.

A

Nascimento prematuro: PIG, insuficiência cardíaca congestiva, hepatoesplenomegalia, abdômen distendito, meteorismo.
Abortamento e natimortalidade;
Placentite chagásica.

123
Q

Como se dá o diagnóstico da Doença de Chagas?

A

Sintomas clínicos e avaliação epidemiológica.
Transmissão congênita.
Fase Aguda: exame de sangue a fresco ou em gota espessa; xenodiagnóstico; hemocultura.
Fase Crônica: xenodiagnóstico; exames sorológicos.

124
Q

Qual é o trataemtno da doença de chagas?

A

Benzonidazol (fase aguda).
Tratamento paliativo (fase crônica é incurável).

125
Q

Quais são as medidas profiláticas contra Doença de Chagas?

A

Melhoria da habitação.
Controle dos alimenots (vigilância sanitária).
Ação sobre as fontes de infecção.
Controle vetorial.
Controle do doador de sangue e de órgãos.
Proteção aos susceptíveis.

126
Q

Quais são os agentes etiológios da leishmaniose?

A

Protozoários Leishmania spp.

127
Q

O que determina se a leishmaniose é tegumentar ou visceral?

A

A espécie do parasito.

128
Q

Quais são os mecanismos de transmissão da leishmaniose?

A

Picada da fêmea do mosquito Lutzomya longipalpis (“mosquito palha”) infectada.
Transfusões sanguíneas.
Compartilhamento de agulhas.

129
Q

Quais são as formas de vida do Leishmania spp.?

A

Amastigota
Promastigota Metacíclica

130
Q

Qual é a forma infectante do Leishmania spp.?

A

Promastigota Metacíclica

131
Q

Onde a forma amastigota do Leishmania spp. se encontra?

A

Hospedeiro Vertebrdo (células do sistema fagocítico mononuclear).

132
Q

Característica do ciclo do Leishmania spp.

A

Heteroxênico

133
Q

Manifestações clínicas da Leishmaniose Tegumentar Americana cutânea (fases iniciais).

A

Úlcera(s) arrendondada(s), com bordas bem delimitadas e elevadas e fundo granular (há grande quantidade de parasitos na borda da lesão).
Lesão papular eritematosa e pruriginosa.

134
Q

Manifestações clínicas da Leishmaniose Tegumentar Americana cutâneamucosa (uma das possibilidades de curso crônico).

A

Afeta as mucosas e as cartilagens do nariz (nariz de tapir ou anta), da boca, da faringe e da laringe.

135
Q

Manifestações clínicas da Leishmaniose Tegumentar Americana cutânea difusa (uma das possibilidades de curso crônico).

A

Lesões cutâneas difusas não ulceradas.
Erupções nodulares.
Disseminação linfática ou migração de macrófagos.
Deficiência imunológica.

136
Q

Quais são as espécies envolvidas na Leishmaniose Tegumentar Americana cutânea?

A

Leishmania braziliensis (evolui para Leishmaniose Tegumentar Americana cutaneomucosa).
Leishmania amazonesis (evolui para Leishmaniose Tegumentar Americana cutânea difusa).

137
Q

Quais são as espécies envolvidas na Leishmaniose Visceral Americana?

A

Leishmania infantum
Leishmania chagasi

138
Q

Manifestações clínicas da Leishmaniose Visceral Americana sintomática aguda.

A

Febre alta;
Anorexia;
Palidez de mucosas;
Hepatoesplenomegalia discreta.

139
Q

Manifestações clínicas da Leishmaniose Visceral Americana sintomática crônica (Calazar Clássico).

A

Febre irregular;
Hepatoesplenomegalia acentuda;
Perda de peso;
Dor abdominal;
Anorexia;
Apatia;
Astenia;
Ascite;
Anemia;
Hemorragias diversas (gengivais, intestinais…);
Epistaxes;
Tosse seca;
Bronquite;
Albuminúria;
Hematúria;
Caquexia.

140
Q

Como se dá o diagnóstico da Leishmaniose Tegumentar Americana?

A

Apresentações clínicas (características das lesões) e dados epidemiológicos.
Raspagem da borda da lesão para exame parasitológico.

141
Q

Como se dá o diagnóstico da Leishmaniose Visceral Americana?

A

Sintomas clínicos inespecíficos.
Sorológico (imunológico ou Elisa) e parasitológico (punção de medula óssea ou de baço).

142
Q

Como é o tratamento da Leishmaniose?

A

Glucantime.

143
Q

Quais são as medidas profiláticas contra leishmaniose?

A

Proteção individual.
Construção de casas a mais de 500 m da mata.
Combate ao vetor.
Diagnóstico precoce e tratamento dos doentes.
Eliminação de cães parasitados.

144
Q

Qual é o agente etiológico da toxoplasmose?

A

Toxoplasma gondii

145
Q

Quais são os modos de transmissão da toxoplasmose?

A

Alimentos ou bebidas contaminados com oocistos de Toxoplasma gondii.
Carne crua contendo cistos de Toxoplasma gondii.
Transmissão Vertical.
Transplante de órgãos.
Inalação de oocistos de Toxoplasma gondii.

146
Q

Quais são as formas de vida do Toxoplasma gondii? Quais delas são infectantes?

A

Taquizoítos.
Bradizoítos.
Oocistos.

Todas as formas de vida são infectantes.

147
Q

Qual é a forma proliferativa do Toxoplasma gondii? Como essa proliferação ocorre?

A

Taquizoítos se proliferam por endodigenia.

148
Q

Onde taquizoítos do Toxoplasma gondii são encontrados?

A

Encontrados no vacúolo parasitóforo de células diversas durante a fase aguda e no leite materno.

149
Q

Qual forma do Toxoplasma gondii é responsável pela transmissão transplacentária?

A

Taquizoítos

150
Q

Onde bradizoítos do Toxoplasma gondii são encontrados?

A

Cérebro, retina e músculos.

151
Q

Onde oocistos do Toxoplasma gondii são encontrados?

A

Fezes de felinos.

152
Q

Qual é a forma de resistência do Toxoplasma gondii?

A

Oocistos

153
Q

Características citológicas do taquizoíto do Toxoplasma gondii.

A

Conoide.
Micronemas (renonhecimento e adesão).
Roptrias (penetração).

154
Q

Característica do ciclo do Toxoplasma gondii.

A

Heteroxênico.

► Felinos são os hospedeiros definitivos onde ocorre o ciclo completo (sexuado e assexuado).

155
Q

Manifestações clínicas da toxoplasmose sintomática.

A

Linfadenopatia cervical discreta.
Febre.
Mal-estar.
Sudorese noturna.
Mialgias.
Dor de garganta.
Retinocoroidite.

(Maior parte dos casos é assintomática.)

156
Q

Quais são as formas clínicas do Toxoplasma gondii?

A

Tipo I (maior virulência).
Tipo II (virulência intermediária).
Tipo III (baixa virulência).

157
Q

Manifestações clínicas da toxoplasmose congênita.

A

Retinocoroidite;
Calcificações intracranianas;
Hidrocefalia;
Distúrbios neurológicos.

Terceiro trimestre de gestação é o de maior risco (fluxo intenso sanguíneo para a criança).

158
Q

Manifestações clínicas da toxoplasmose ocular.

A

Retinocoroidite.

159
Q

Manifestações clínicas da toxoplasmose ganglionar ou febril aguda.

A

Comprometimento ganglionar;
Febre alta;
Uveíte;
Coriorretinite.

160
Q

Manifestações clínicas da toxoplasmose cutânea.

A

Lesões generalizadas na pele.

161
Q

Manifestações clínicas da toxoplasmose cefaloespinal ou meningoencefálica.

A

Lesões nos hemisférios cererais, gânglio basal e cerebelo.
Cefaléia;
Febre;
Paralisia muscular;
Confusão mental;
Convulsões;
Letargia.

162
Q

Manifestações clínicas da toxoplasmose generalizada.

A

Comprometimento meningoencefálico, cardíaco, pulmonar, ocular, digestivo e testicular.

163
Q

Como se dá o diagnóstico de toxoplasmose?

A

Sintomas clínicos inespecíficos.
Imunodiagnóstico: Elisa e teste de avidez para IgG.

164
Q

Como se dá o diagnóstico de toxoplasmose congênita?

A

Fundoscopia ocular.
Avaliações neurológica e auditiva.
Ultrassonografial transfontanelar ou tomografia sem contraste.
Hemograma completo.
Análise do líquido cefalorraquidiano.
Sorologia para toxoplasmose (IgG e IgM) da mãe e da criança.

165
Q

Qual é o tratamento de toxoplasmose?

A

Pirimetamina, sulfadiazina e ácido folínico.

166
Q

Qual é o tratamento para gestantes com toxoplasmose?

A

Até 18 semanas: espiramicina.
Realização de aminocentese:
* Negativo: espiramicina.
* Positivo: piretamina, sulfadiazina e ácido folínico.

167
Q

Quais são as medidas prfiláticas contra toxoplasmose?

A

Água filtrada;
Higiêne dos alimentos;
Atenção à população de gatos;
Descarde adequado da areia utilizada por gatos e proteção das caixas de areia;
Não se alimentar de carnes cruas ou mal passadas ou de leite cru;
Acompanhamento pré-natal de gestantes.