Aula 1 Flashcards

1
Q

Defina Sociedade Moderna

A

A sociedade moderna é caracterizada pela diferenciação entre indivíduos e grupos, e essa distinção leva a conflitos em relação à gestão dos recursos públicos.

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2
Q

Quais são as duas abordagens possíveis para solucionar os conflitos da sociedade moderna?

A

1° A coerção: imposição da vontade de um soberano ou de um grupo sobre os indivíduos.

2° A política: a mediação dos conflitos pela negociação.

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3
Q

Defina política para Hannah Arendt.

A

Para Hannah Arendt, política é: Procedimentos que visam a permitir a “convivência entre diferentes”.

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4
Q

O que é “polity”?

A

A dimensão institucional “polity”: “se refere à ordem do sistema político, delineada pelo sistema jurídico, e à estrutura institucional do sistema político-administrativo”. (Klaus Frey)

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5
Q

O que é “politics”?

A

A dimensão processual “politics”: “tem-se em vista o processo político, frequentemente de caráter conflituoso, no que diz respeito à imposição de objetivos, aos conteúdos e às decisões de distribuição”. (Klaus Frey)

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6
Q

O que é “policy”?

A

A dimensão material “policy”: “refere-se aos conteúdos concretos, à configuração dos programas políticos, aos problemas técnicos e ao conteúdo material das decisões políticas”. (Klaus Frey)

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7
Q

Conceitue sobre políticas públicas.

A

“Políticas Públicas são reflexos da atuação do Estado em direção à sociedade.” , “As políticas públicas (policies) são outputs, resultantes da atividade política (politics)”. (Graças Rua) e “A dimensão material da política desemboca em políticas públicas. “.

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8
Q

Qual é a definição de política pública como um output?

A

Existe um sistema político aberto, que interage com a sociedade, recebe inputs da sociedade. Esse sistema político também gera internamente alguns incentivos internos (withinputs) e depois gera para a sociedade um conjunto de produtos (outputs).

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9
Q

Quais e quantos são os produtos que o sistema político pode gerar?

A

Os dois produtos gerados são:
1° A decisão política, que é uma definição baseada em questões surgidas socialmente.
2° A política pública, fluxo de decisões públicas, orientado a manter o equilíbrio social ou a introduzir desequilíbrios destinados a modificar essa realidade.” (Enrique Saraiva)
Sempre terá como foco algum aspecto da realidade social que se queira afetar, seja para mantê-lo ou para modificá-lo.

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10
Q

Explique a relação que há entre as decisões políticas e as políticas públicas.

A

Embora nem toda decisão política
desencadeie em uma política pública, toda política pública parte de uma decisão política. “Uma política pública geralmente envolve mais do que uma decisão e requer diversas ações estrategicamente selecionadas para implementar as decisões tomadas.” (Graças Rua)

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11
Q

Qual é a definição de política pública feito por Enrique Saraiva?

A

Em suma, políticas públicas podem ser definidas como “Um sistema de decisões públicas que visa a ações ou omissões, preventivas ou corretivas, destinadas a manter ou modificar a realidade de um ou vários setores da vida social, por meio da definição de objetivos e estratégias de atuação e da alocação dos recursos necessários para atingir os objetivos estabelecidos.” (Enrique Saraiva)

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12
Q

Qual a definição de política pública feita pela Maria Paula Dallari Bucci?

A

“Coordenação dos meios à disposição do Estado, harmonizando as atividades estatais e privadas para a realização de objetivos socialmente relevantes e politicamente determinados.” (Maria Paula Dallari Bucci)

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13
Q

Qual o sentido de “politicamente determinado”?

A

Toda política pública é uma escolha do sistema político, que visa a atender algo que a sociedade considera relevante.

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14
Q

Quais e quantos são os componentes da política pública?

A

A política pública é composta por quatro componentes: institucional, decisório, comportamental e causal.

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15
Q

Ao que se refere o componente INSTITUCIONAL da política pública?

A

“A política é elaborada ou decidida por autoridade formal legalmente constituída, no âmbito da sua competência, e é coletivamente vinculante”. De uma forma geral, entende-se que a política pública demanda a atuação do Estado. Não basta que a questão discutida seja pública, o ente que a resolve também deve ser público, atuando sozinho ou em conjunto com outras instituições. Uma ação que não emana do poder público, ainda que atenda à demanda social, não é considerada política pública pela doutrina majoritária.

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16
Q

Ao que se refere o componente DECISÓRIO da política pública?

A

“A política é um conjunto de decisões, relativo à escolha de fins e meios, de longo ou curto alcance, numa situação específica e como resposta a problemas e necessidades”; (Enrique Saraiva)

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17
Q

Ao que se refere o componente COMPORTAMENTAL da política pública?

A

“Implica ação ou inação, fazer ou não fazer, na política significa a escolha de um curso de ação.”

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18
Q

Ao que se refere o componente CAUSAL da política pública?

A

“São os produtos de ações que têm efeitos no sistema político e social” (Enrique Saraiva)

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19
Q

Descreva o sistema político.

A

Existe um sistema político que interage com a sociedade. Esse sistema recebe estímulos e demandas de fora e de dentro. No fim das contas, entrega os chamados outputs, que são os produtos para a sociedade.

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20
Q

Quais são os estímulos externos e como estas interferem no sistema político.

A

Os apoios e demandas são oriundos de fora do sistema político. As demandas envolvem aquilo que a sociedade quer. Os apoios envolvem aquilo que a sociedade apoia, como partidos, projetos, programas etc. Sempre que a sociedade respeita as autoridades ou paga os seus tributos, está gerando um apoio ao sistema.

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21
Q

Quais são os produtos (outputs) gerados através do processamento do sistema político?

A

Esses apoios e demandas serão processados pelo sistema político, gerando dois tipos de produtos (outputs):
• Decisões políticas; e
• Políticas públicas.

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22
Q

Quais são os tipos de inputs de Apoio?

A

• Obediência e cumprimento de leis e regulamentos;
• Atos de participação política, como o simples ato de votar e apoiar um partido político;
• Respeito à autoridade dos governantes e aos símbolos nacionais;
• Disposição para pagar tributos e para prestar serviços, como, por exemplo, o serviço militar;
• Envolvimento na implementação de programas governamentais;
• Participação em manifestações públicas.
Os apoios podem ser resumidos como sendo aquilo que a sociedade faz para suportar o funcionamento de todo o sistema estatal (especialmente o sistema político), ou mesmo apoio a um agente específico, a uma política específica ou a uma manifestação de interesse específica.

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23
Q

Quais são os tipos de inputs de Demanda?

A

• Reivindicações de bens e serviços, como: saúde, educação, transportes, segurança
pública, previdência social;
• Exigência de desenvolvimento social e econômico;
• Demandas por participação no sistema político;
• Exigência de maior controle da corrupção e de mais transparência pública;
• Demandas pela atuação regulamentar do setor público.

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24
Q

Quantas e quais são as demandas do sistema político?

A

Existem basicamente três tipos de demandas para o sistema político:
• As demandas novas são aquelas que não existiam antes e passaram a existir. Isso
pode se dar pelo surgimento de um novo ator político ou de um novo problema.
• As demandas recorrentes são aquelas que podem vir de problemas de natureza recorrente. Pode ser recorrente em virtude de a política pública não ser capaz de resolvê-lo ou não conseguir atingir uma solução adequada.
• A demanda reprimida é aquela que o sistema político não processa, isto é, decide não atuar. Ela acaba levando ao chamado estado de coisas.

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25
Q

Quais são as seis etapas do ciclo de políticas públicas?

A

• Identificar o problema;
• Encaixar na agenda política;
• Formulação da política pública;
• Implementação;
• Acompanhamento/ Monitoramento;
• Avaliação.

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26
Q

Como se dá a relação entre as etapas do ciclo de políticas públicas?

A

O ciclo de políticas públicas não deve ser entendido como sendo um processo plenamente linear, pois, no mundo real, existe uma grande interseção e/ou sobreposição dessas etapas. Ou seja, é possível que as etapas de formulação, implementação e avaliação aconteçam simultaneamente.

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27
Q

Explique o modelo da ‘policy arena’, de acordo com Klaus Frey.

A

“O modelo da ‘policy arena’ refere-se, portanto, aos processos de conflito e de consenso dentro das diversas áreas de política. “As reações e expectativas das pessoas afetadas por medidas políticas têm um efeito antecipativo para o processo político de decisão e de implementação.” (Klaus Frey)

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28
Q

O que é a tipologia de Lowi?

A

As políticas públicas podem assumir quatro formas, as quais podem ser distinguidas de acordo com seu caráter distributivo, redistributivo, regulatório ou constitutivo. O processo político pode ser mais conflituoso ou mais consensual, o que depende do tipo de política pública em discussão.

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29
Q

Caracterize as políticas DISTRIBUTIVAS.

A

Caracterizadas por um baixo grau de conflito dos processos políticos, pois parecem somente distribuir vantagens e não acarretar custos para outros grupos. Caracterizadas por consensos e indiferença amigável. Em geral, beneficiam um grande número de destinatários, e potenciais opositores podem ser incluídos na distribuição de benefícios.

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30
Q

Caracterize as políticas REDISTRIBUTIVAS.

A

Caracterizadas pelo conflito, pois busca-se, de forma deliberada, o deslocamento de
recursos entre camadas sociais ou entre diferentes grupos da sociedade. Nesse caso, o processo político costuma ser polarizado e envolver relações de poder sobre recursos diversos, com lideranças duradouras e pouca presença de alianças e barganhas.

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31
Q

Caracterize as políticas REGULATÓRIAS.

A

Utilizam instrumentos normativos diversos para regular a atuação dos diferentes
grupos na sociedade. Os efeitos relacionados aos custos e benefícios não são determináveis previamente, dependendo da configuração concreta das políticas. Os processos de conflito, consenso, coalizão, barganhas e concessões podem se alterar de acordo com a configuração específica das políticas.

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32
Q

Caracterize as políticas CONSTITUTIVAS / ESTRUTURADORAS.

A

Políticas que determinam as regras do jogo e, assim, definem a estrutura dos processos e conflitos políticos. Estabelecem as condições gerais conforme as quais serão desenvolvidas as demais políticas públicas (distributivas, redistributivas e regulatórias). Trata da própria esfera da política e suas instituições.

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33
Q

Quais os três níveis das agendas políticas?

A

As agendas podem ser analisadas em três níveis: geral, governamental e decisória. Para que um problema seja resolvido, ele deve entrar na agenda de discussão do sistema político, não bastando que a questão seja discutida na agenda geral (entre a população, apenas). Dentro da agenda governamental, após discussões, é possível que o problema avance à agenda decisória que desencadeia uma política pública para a resolução do problema.

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34
Q

O que são os múltiplos fluxos das políticas públicas?

A

• O de reconhecimento do problema;
• O da formulação de soluções (policy);
• O da política (politics).
A convergência de três processos ou fluxos relativamente independentes explica
os motivos pelos quais certos problemas vão para a agenda de decisão, enquanto
outros, apesar de reconhecidos, não provocam, necessariamente, uma ação efetiva
do governo.

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35
Q

Conceitue a respeito da ‘janela de oportunidade’.

A

O surgimento de uma política pública depende da identificação de um problema e priorização do mesmo. Além disso, é preciso haver a identificação de políticas públicas possíveis capazes de resolver o problema. Por fim, é preciso que haja interesse político em levar as possíveis soluções adiante. Tudo isso combinado abre uma janela de oportunidade que possibilita o surgime

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36
Q

O reconhecimento de um problema pode se dar em função de?

A

• Uma crise ou evento dramático (crises ou eventos dramáticos mobilizam os atores públicos à resolução de um problema que, muitas vezes, já existia, mas não tinha recebido atenção);
• Um indicador, pois tanto a magnitude de um dado como sua mudança chama a
atenção das autoridades;
• Acumulação de informações e experiências da execução das políticas existentes,
cuja prática proporciona o relevo de novos problemas.

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37
Q

Qual é o fluxo da formulação de soluções?

A

“A formulação das soluções depende dos especialistas da comunidade técnico-científica, que desenvolvem e apresentam diferentes propostas. Estas serão selecionadas sob os critérios de viabilidade técnica, financeira (custos toleráveis) e política (aceitação pública), de acordo com o momento e o contexto em que se dá o processo. Kingdon considera que as ideias geradas no fluxo das soluções não estão, necessariamente, relacionadas ao reconhecimento de problemas específicos.”

38
Q

Qual o fluxo do interesse político na formulação das políticas públicas?

A

“Uma conjuntura política favorável para um problema entrar na agenda pode vir tanto de uma mudança de governo, que traz novos atores ao poder, como da atuação das forças organizadas da sociedade, que têm sucesso em levar suas demandas ao governo, como ainda das mudanças no “clima nacional” (national mood), ou seja, de uma situação onde as pessoas, por um determinado período de tempo, compartilham das mesmas questões.”

39
Q

Qual a importância e função dos “empreendedores da política”?

A

“Para a junção dos três fluxos, apesar disso, são necessárias a existência e a atuação dos “empreendedores da política” (policy entrepreneurs), que são pessoas dispostas a investir seus recursos numa ideia ou projeto visando à sua concretização.”

40
Q

Quem são os “empreendedores da política”?

A

“Tais empreendedores, que são especialistas na questão, hábeis negociadores e têm conexões políticas, são encontrados dentro dos governos (dirigentes, burocratas, servidores de carreira) e na sociedade civil (lobistas, acadêmicos, jornalistas). Por conseguinte, desempenham papel essencial na articulação entre problemas e soluções, problemas e forças políticas, e entre estas e as propostas existentes.”

41
Q

Quais são os três modelos de processo decisório?

A

1°- Processo Racional (Racionalidade Absoluta e Racionalidade Limitada);
2°- Incrementalismo, e;
3°- Mixed-Scanning .

42
Q

Conceitue o processo decisório racional.

A

Um processo racional de tomada de decisão se inicia com a identificação de um
problema/oportunidade. A partir daí, faz-se um diagnóstico, tentando compreender a abrangência do problema (causas raízes, pessoas afetadas, efeitos etc.), sendo concebidas, então, alternativas para resolver o problema ou aproveitar a oportunidade. Essas, serão comparadas para que seja tomada a decisão sobre qual delas é a melhor. Em algum momento, essa decisão será avaliada a fim de se compreender se de fato foi a melhor.

43
Q

Qual é o modelo da RACIONALIDADE ABSOLUTA?

A

Os tomadores de decisão deveriam ter um extremo grau de controle sobre as situações que enfrentam. Possuir um grau de controle extremo não significa conseguir fazer acontecer tudo que se deseja, mas conhecer as coisas perfeitamente. Neste modelo, a decisão racional segue o seguinte processo:
– O ator conscientiza-se de um problema;
– Define uma meta;
– Analisa cuidadosamente os meios alternativos;
– Escolhe entre os meios aquele que melhor se alinha com o resultado pretendido.

44
Q

Qual o problema do método da RACIONALIDADE ABSOLUTA?

A

Esse modelo racional implica que há informações perfeitas, completas, precisas e tempestivas sobre tudo que cerca aquele problema e ter uma capacidade perfeita de processamento de informações faria que o ser humano olhasse para todas as alternativas e escolhesse a que maximiza o resultado, a chamada resposta ótima. No mundo real, isso não acontece, pois há uma série de limitações que levam o ser humano à racionalidade limitada.

45
Q

Qual é o modelo da RACIONALIDADE LIMITADA?

A

Nesse caso, a melhor decisão a ser tomada não será a decisão perfeita ou decisão
ótima, mas uma decisão considerada satisfatória. Quando se trata de políticas públicas, há uma complexidade adicional que é a presença de vários indivíduos decidindo.
– (1) soluções satisfatórias ao invés de otimizadoras;
– (2) a substituição de objetivos abstratos e globais por objetivos menores tangíveis;
– (3) a divisão da tarefa do processo decisório entre muitos especialistas, coordenando seu trabalho através de uma estrutura de comunicação e relações de autoridade.

46
Q

Porque a RACIONALIDADE ABSOLUTA é meramente teórica enquanto a RACIONALIDADE LIMITADA pode ser viável?

A

A racionalidade do ser humano é LIMITADA
• A perfeita racionalidade está além das reais capacidades dos atores decisórios. Na maioria dos casos, não existe clareza sobre os valores que orientam a decisão;
• Nem sempre é possível distinguir perfeitamente as alternativas, os valores e os
fatos, os meios e os fins;
• As informações sobre os impactos das alternativas são imperfeitas e falhas;
• Não existem recursos técnicos nem tempo para uma escolha perfeitamente racional;
• Os critérios do indivíduo são múltiplos e possivelmente ambíguos;
• Os critérios de decisão dependem do contexto;
• As decisões são afetadas por fatores inconscientes:
– Até mesmo fatores fisiológicos como o cansaço e o sono afetam a tomada de decisão.

47
Q

Quais as características do método da RACIONALIDADE LIMITADA?

A

O modelo racional-compreensivo parte de um pressuposto ingênuo de que a informação é perfeita e não considera adequadamente o peso das relações de poder na tomada de decisões!
– Mais demorado;
– Traz mais riscos;
– Porém, mais transformador.

48
Q

Qual é o modelo decisório do INCREMENTALISMO?

A

Busca resolver os problemas que existem de pouco em pouco.
• Busca solucionar problemas de maneira gradual, sem introduzir grandes modificações nas situações existentes e sem rupturas;
• Em vez de especificar objetivos, os tomadores de decisão escolhem mediante a
comparação de alternativas específicas (próximas do que já existe);
• A melhor decisão não é a que maximiza os valores, mas a que assegura o melhor
acordo entre os interesses envolvidos;
• Tipicamente, são decisões que dizem respeito a ajustes ou a medidas experimentais de curto alcance no atendimento das demandas;
• Pode ser importante estratégia para a adoção de políticas com alto potencial de conflito, ou que implicam limitação de recursos ou de conhecimentos

49
Q

Quais são as condições de validade do INCREMENTALISMO?

A

– Os resultados das políticas atuais devem ser satisfatórios, pois assim é possível
aceitar que mudanças apenas marginais possam produzir uma taxa de melhora aceitável nas políticas;
– A natureza dos problemas não pode variar muito;
– A disponibilidade dos meios para atender aos problemas deve permanecer constante.

50
Q

Quais as características do método do INCREMENTALISMO?

A

O modelo incremental mostra-se pouco compatível com as necessidades de
mudança e pode apresentar um viés conservador!
– Toma-se decisões mais rapidamente, visto que não se buscam amplos diagnósticos etc.
– É seguro pois a decisão tomada estará próxima ao que já existe.
– Não permite grandes transformações.

51
Q

Qual é o modelo decisório MIXED-SCANNING?

A

Há 2 tipos de decisão: as estruturantes e as ordinárias;
• As decisões estruturantes estabelecem os rumos básicos das políticas públicas e
proporcionam o contexto para as decisões incrementais;
• As decisões ordinárias decorrem das decisões estruturantes e envolvem análise
mais detalhada de alternativas específicas.

52
Q

Quais as características do método MIXED-SCANNING?

A

• O mixed-scanning requer que os tomadores de decisão se engajem em uma ampla revisão do campo de decisão, para definir alternativas fundamentais;
• A partir das alternativas estrategicamente selecionadas, são realizadas análises detalhadas para escolha da melhor opção;
• Não seria tão exaustiva como o racionalismo e seria mais estratégica e inovadora do que o incrementalismo.

53
Q

Qual a diferença entre as decisões programada e não programadas?

A

• Decisões Programadas propõem soluções para problemas rotineiros, aos quais a organização está familiarizada.
– Situações repetitivas
• Decisões Não Programadas propõem soluções específicas para problemas não repetitivos, por intermédio de um processo não estruturado para resolução.
– Situações novas

54
Q

Como a racionalidade e a intuição interferem no processo decisório?

A

O processo decisório ocorre com a combinação da racionalidade e da intuição.
• Quanto mais informação utilizada mais racional é o processo.
– Coletar dados, trazer evidências etc.
• Quanto mais opinião e sentimento utilizados mais intuitivo é o processo.

55
Q

Qual a diferença quanto à concentração da decisão entre: Autocracia x Compartilhamento x Delegação

A

A escolha de se ter mais ou menos centralização da autoridade decisória dependerá
do caso.
• Se tomada somente pelo líder, Autocracia;
• Delegada à equipe, Delegação;
• Compartilhada entre o líder e a equipe, Compartilhamento.

56
Q

Conceitue a respeito das diferenças entre as decisões Individuais x Coletivas.

A

• Não necessariamente há hierarquia entre as pessoas;
• Nem sempre a decisão em grupo é democrática (pode ser enviesada).
• Interação entre os indivíduos:
– Habilidade de liderança
– Persuasão
– Formação de subgrupos
– Características individuais
• Em grupo: aumento da propensão ao risco. A responsabilidade é dividida, por isso, existe uma propensão maior em a correr risco.
Embora se esteja em grupo, muitas vezes as decisões atenderão interesses individuais, justamente pelas características de interação entre os indivíduos.

57
Q

Quais e quantas são as principais armadilhas cognitivas do processo decisório?

A

São sete sendo elas:
• Armadilha da ancoragem;
• Armadilha do status quo;
• Armadilha do custo afundado;
• Armadilha da confirmação das evidências;
• Armadilha da formulação;
• Armadilhas de estimativa e previsão;
• Armadilha da previsão retrospectiva .

58
Q

Qual é a Armadilha da Ancoragem?

A

Corresponde à tendência da mente humana de prestar maior atenção às informações apresentadas preliminarmente sobre uma determinada questão, as quais funcionam como âncoras ao processo decisório.

59
Q

Qual é a Armadilha do Custo Afundado (Custo Irrecuperável/sunk cost)?

A

Consiste em tomar decisões que justifiquem ou ratifiquem decisões passadas, mesmo quando elas não parecem mais válidas. Nessa armadilha, o indivíduo se recusa a fazer mudanças necessárias, inclusive porque isso seria admitir um erro.

60
Q

Qual é a Armadilha da Status Quo?

A

Decorre do desejo humano de proteger o ego: estudos demonstram que as pessoas preferem evitar mudanças quando instadas a escolher entre a manutenção de uma situação vigente e a mudança. A decisão que mantém a situação vigente sempre parece ser mais confortável e segura.

61
Q

Qual é a Armadilha da Confirmação das Evidências?

A

Consiste na busca de informações que confirmem ponto de vista interno, evitando-se a busca das informações conflitantes com aquilo que já se acredita. A armadilha afeta não apenas a busca de informações, mas também a interpretação para favorecer um ponto de vista. Essa tendência de buscar informações que confirmem o ponto de vista da pessoa pode coloca-la na situação de perpetuar o erro.

62
Q

Qual é a Armadilha da Formulação ou da Formatação?

A

Consiste na influência da forma como uma questão é apresentada sobre as decisões das pessoas. A formatação de uma questão é uma das etapas mais perigosas da tomada de decisões.
• Se ao tratar de um problema de mobilidade urbana o sujeito diz ser um problema de “falta de metrô”, já há formatação do problema de maneira equivocada.

63
Q

Qual é a Armadilha da Estimativa ou Previsão?

A

Abrange: armadilha do excesso de confiança, que consiste na crença elevada nas estimativas pelos seus respectivos formuladores; armadilha da prudência, que consiste na preocupação excessiva conferida a previsões; armadilha da lembrança, que consiste na interferência de experiências pessoais em decisões tomadas.

64
Q

Qual é a Armadilha da Previsão Retrospectiva?

A

Ocorre quando, ao analisar as coisas que já ocorreram, tem-se a sensação de que elas eram óbvias de se prever. Importante ter cuidado com ela no processo de avaliação da decisão

65
Q

Conceitue sobre o monitoramento.

A

O monitoramento é o acompanhamento que é feito concomitantemente à execução da política, à implementação da política para verificar se essa execução, se essa implementação segue o que foi esperado ou se é necessário corrigir os rumos de forma tempestiva.

66
Q

Conceitue sobre a avaliação.

A

“Avaliação é um termo bastante abrangente que acomoda muitas definições. No entanto, o que todas elas têm em comum é a noção de julgamento de mérito, baseado em critérios, segundo um método específico”. Para Weiss: a avaliação é “a análise sistemática do processo e/ou dos resultados de um programa ou política, em comparação com um conjunto explícito ou implícito de padrões, com o objetivo de contribuir para o seu aperfeiçoamento”.

67
Q

Conceitue sobre o sistema M&A.

A

Um Sistema de M&A pode ser entendido como o conjunto de atividades articuladas, sistemáticas e formalizadas, para produção, registro, análise crítica e acompanhamento de informações geradas nos processos de gestão das políticas públicas, seus programas, produtos e serviços. Seu propósito é subsidiar a tomada de decisão quanto aos esforços necessários para aprimoramento da ação pública. Sua função é prover evidências para os tomadores de decisão visando melhorar a política pública em questão.
Embora as atividades de monitoramento e avaliação sejam tratadas de forma integrada no âmbito dos sistemas de M&A, são consideradas abordagens avaliativas distintas, com objetivos complementares.

68
Q

O que é a avaliação de políticas?

A

• Avaliar uma política é um dos estágios do ciclo das políticas públicas.
• Integra-se ao ciclo como atividade permanente:
– Isso não é uma fase isolada. E isso será cobrado em prova dessa maneira.
• Acompanha todas as fases da política pública, desde a identificação do problema
da política até a análise das mudanças sociais advindas da intervenção pública.

69
Q

Quais são os objetivos da avaliação de políticas?

A

• Encontrar alternativas de intervenção.
• Assegurar a efetividade do processo de implementação, detectando possíveis
desvios.
• Verificar a adequação e disponibilidade dos recursos necessários.
• Aferir a adequação dos resultados previstos aos propósitos e objetivos da ação.
• Avaliar os resultados obtidos e os impactos gerados.
• Aumentar a transparência das organizações públicas.

70
Q

Quais são as dificuldades na avaliação de políticas?

A

• Há políticas que não estabelecem de forma precisa seus objetivos, metas ou indicadores.
• Há políticas com múltiplos objetivos, sem indicação de prioridades.
– Se a prioridade não é indicada, haverá limitação na realização da avaliação.
• Os aspectos socioeconômicos são, em regra, interrelacionados, sendo complicado
isolar cada fator para avaliar os efeitos da política.
– Exemplo: políticas para o aumento do nível de emprego: muitas vezes é difícil avaliar se o nível de emprego aumentou em razão das políticas ou por outros fatores.
• Ocorrem efeitos das políticas em questões distintas daquelas inicialmente objetivadas.

71
Q

Quais são os tipos de classificação das avaliações?

A

• CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO AGENTE;
• CLASSIFICAÇÃO QUANTO À NATUREZA;
• CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MOMENTO;
• CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO ENFOQUE.

72
Q

Quais são os tipos de classificação de agente?

A

• Avaliação Interna;
• Avaliação Externa;
• Avaliação Mista;
• Avaliação Participativa.

73
Q

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO AGENTE: Avaliação Interna

A

• Realizada dentro da instituição responsável, com maior colaboração das pessoas
que participam do programa.
• Vantagens: eliminação da resistência a um avaliador externo, possibilidade de
reflexão e aprendizagem sobre a atividade da instituição.
• Problemas: menor objetividade, pois os que avaliam tendem a estar de alguma
forma envolvidos com a formulação e a execução do programa.

74
Q

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO AGENTE: Avaliação Externa

A

• Realizada por pessoas de fora da instituição responsável pelo programa, em geral
com experiência neste tipo de atividade.
• Vantagens: isenção e objetividade dos avaliadores externos, facilidade de comparação dos resultados obtidos com os de outros programas similares.
• Problemas: o acesso aos dados é normalmente mais difícil e os que vão ser avaliados podem se colocar em posição defensiva.

75
Q

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO AGENTE: Avaliação Mista

A

• Procura combinar os tipos de avaliação anteriores (interna e externa).
• Objetiva que os avaliadores externos tenham contato estreito com os participantes do programa a ser avaliado, buscando manter as vantagens e superar os problemas das avaliações interna e externa.

76
Q

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO AGENTE: Avaliação Participativa

A

• Realizada principalmente para pequenos projetos.
• Prevê a participação dos beneficiários das ações no planejamento, na programação, na execução e na avaliação.

77
Q

Quais são os tipos de classificações quanto à natureza?

A

• Avaliação Formativa;
• Avaliação Somativa.

78
Q

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À NATUREZA: Avaliação Formativa

A

• Está relacionada à formação do programa.
• É adotada para a análise e produção de informação sobre as etapas de implementação.
• Gera informações para os que estão diretamente envolvidos com o programa, com o objetivo de fornecer elementos para a realização de correções de procedimentos e melhorias no programa.

79
Q

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À NATUREZA: Avaliação Somativa

A

• Está relacionada à análise e produção de informações sobre etapas posteriores.
• É realizada quando o programa está sendo implementado ou após a sua implementação, para verificar a sua efetividade e apurar seus resultados e valor geral.
• Existe para ajudar a tomar decisões sobre o que fazer com a política pública (continuar, encerrar etc.)
• No mundo real, pode-se combinar as duas no mesmo processo.

80
Q

Quais são os tipos de classificação quanto ao momento?

A

• Avaliação Ex-Ante;
• Avaliação “Em curso”;
• Avaliação Ex-Post.

81
Q

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MOMENTO: Avaliação Ex-Ante

A

• É realizada no início de um programa, para dar suporte à decisão de implementar
ou não o programa, e também para ordenar as alternativas segundo sua capacidade de alcançar os objetivos.
• O elemento central da avaliação ex-ante é o diagnóstico.
• Para esta avaliação podem ser utilizadas as técnicas de Análise Custo-Benefício e
Análise Custo-Efetividade.

82
Q

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MOMENTO: Avaliação “Em curso

A

• Realizada durante o curso da política pública.

83
Q

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MOMENTO: Avaliação Ex-Post

A

• É realizada durante a execução de um programa ou ao seu final, quando as decisões são baseadas nos resultados alcançados.
• Quando um programa está em execução, é avaliado se ele deve continuar ou não, se deve manter a formulação ou sofrer modificações.
• Quando o programa já foi concluído, avalia-se o resultado final e utiliza-se essa informação para decisões futuras.
• É a avaliação com metodologia mais desenvolvida e com maior aplicação.

84
Q

Quais são os tipos de classificação quanto ao enfoque?

A

• Avaliação de Processos;
• Avaliação de Metas (enfoque no produto);
• Avaliação de Impacto.

Há diversos processos de trabalho, que por sua vez geram produtos e desses produtos decorrem impactos. Produto é o que está sendo entregue à população (vacina, remédios, escolas funcionando etc.). Quanto a isso, existem metas de produto. Impacto é o que mudou nas vidas das pessoas.

85
Q

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO ENFOQUE: Avaliação de Processos

A

• É realizada durante a implementação do programa, e diz respeito à dimensão
de gestão.
• É uma avaliação periódica que procura detectar as dificuldades que ocorrem durante o processo para efetuar correções ou adequações.
• Serve de suporte para melhorar a eficiência operativa.

86
Q

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO ENFOQUE: Avaliação de Metas (enfoque no produto)

A

• É o tipo mais tradicional de avaliação. Tem como objetivo aferir o grau de êxito que um programa obtém com relação ao alcance das metas previamente estabelecidas.
• Entende-se como “metas do programa” os produtos imediatos que dele decorrem.
• Exemplos de metas: quantidade de pessoas atendidas em centros de saúde e número de leitos hospitalares disponíveis.

87
Q

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO ENFOQUE: Avaliação de Impacto

A

• É realizada para responder em que grau o programa funcionou.
• Procura verificar em que medida o programa alcança seus objetivos e quais são os
seus efeitos (indaga se houve modificações na situação-problema que originou a
formulação do programa).
• Serve de suporte para decisão sobre política, como continuação do programa e formulação de novas alternativas.

88
Q

INDICADORES - DEFINIÇÃO

A

No momento em que se estabelecem metas, estas são estabelecidas sobre os indicadores, utilizando o Guia Metodológico do Ministério do Planejamento.

• Indicadores são instrumentos que permitem identificar e medir aspectos relacionados a um determinado conceito, fenômeno, problema ou resultado de processo ou programa.
• A principal finalidade é traduzir, de forma mensurável, aspectos da realidade, a fim
de tornar operacional a sua observação e avaliação.

Os indicadores são utilizados para dar uma descrição um pouco mais objetiva da realidade, seja a realidade que existe no mundo, das características, dos fatores sociais, econômicos e ambientais, seja, a realidade construída pela ação de uma política pública.

89
Q

INDICADORES - COMPONENTES

A

• Medida: grandeza qualitativa ou quantitativa que permite classificar as características, resultados e consequências dos produtos, processos ou sistemas;
• Fórmula: padrão matemático que expressa à forma de realização do cálculo;
• Índice (número): valor de um indicador em determinado momento;
• Padrão de comparação: índice arbitrário e aceitável para uma avaliação comparativa de padrão de cumprimento; e
• Meta: índice (número) orientado por um indicador em relação a um padrão de comparação a ser alcançado durante certo período.

90
Q

INDICADORES - FUNÇÕES

A

• Função Descritiva: ou de posicionamento, consiste em aportar informação sobre
uma determinada realidade empírica, situação social ou ação pública como, por
exemplo, a quantidade de famílias em situação de pobreza.
• Função Valorativa: ou avaliativa, implica em agregar informação de juízo de valor à
situação em foco, a fim de avaliar a importância relativa de determinado problema
ou verificar a adequação do desempenho de um programa como, por exemplo, o
número de famílias em situação de pobreza em relação ao número total de famílias.

91
Q

INDICADORES - PROPRIEDADES

A

• Validade ou Representatividade: capacidade de representar, com a maior proximidade possível, a realidade que se deseja medir e modificar. Um indicador deve ser significante ao que está sendo medido e manter essa significância ao longo do tempo.
• Confiabilidade: indicadores devem ter origem em fontes confiáveis, que utilizem metodologias reconhecidas e transparentes de coleta, processamento e divulgação.
• Mensurabilidade: é a capacidade de alcance (periodicidade) e mensuração (mensurabilidade) quando necessário, na sua versão mais atual, com maior precisão possível e sem ambiguidade.
• Sensibilidade: é a capacidade que um indicador possui de refletir tempestivamente
as mudanças decorrentes das intervenções realizadas.
• Desagregabilidade: capacidade de representação regionalizada de grupos sociodemográficos, considerando que a dimensão territorial se apresenta como um componente essencial na implementação de políticas públicas.
• Economicidade: capacidade do indicador de ser obtido a custos módicos; a relação
entre os custos de obtenção e os benefícios advindos deve ser bastante favorável.
• Estabilidade: capacidade de estabelecimento de séries históricas, que permitam
monitoramentos e comparações (comparabilidade).
• Simplicidade: indicadores devem ser de fácil obtenção, construção, manutenção, comunicação, entendimento e reconhecimento pelo público em geral, interno ou externo.
• Auditabilidade: ou transparência, qualquer pessoa deve sentir-se apta a verificar a boa aplicação das regras de uso dos indicadores (obtenção, tratamento, formatação, difusão, interpretação).

92
Q

INDICADORES - PROPRIEDADES ESSENCIAIS

A

Mnemônico UVCD:
• Utilidade
• Validade
• Confiabilidade
• Disponibilidade
O indicador tem como propriedade essencial ser útil para a tomada de decisão. A Validade e a Confiabilidade existem na anterior classificação e a Disponibilidade
tem uma ideia semelhante à Mensurabilidade, aquilo que consegue ser medido na hora em que se precisa medir.