Auditoria Operacional Manual TCU Flashcards

1
Q

DEFINIÇÃO DE AUDITORIA OPERACIONAL

A

A auditoria operacional é o exame independente, objetivo e
confiável que analisa se empreendimentos, sistemas, operações, programas, atividades ou organizações do governo estão funcionando de acordo com os princípios de economicidade, eficiência, eficácia e efetividade e se há espaço para aperfeiçoamento (ISSAI 3000/17).

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2
Q

Dentro do contexto de auditoria operacional, o que é “valor público”?

A

Valor público são os produtos e resultados gerados, preservados ou entregues pelas atividades de uma organização que representem respostas efetivas e úteis às necessidades ou às demandas de interesse público e modifiquem aspectos do conjunto da sociedade ou de alguns grupos específicos reconhecidos como destinatários legítimos de bens e serviços públicos.

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3
Q

Dentro do contexto de auditoria operacional, o que é “economicidade”?

A

A economicidade é a minimização dos custos dos recursos
utilizados na consecução de uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade (GUID 3910/38). Os recursos usados devem estar disponíveis tempestivamente, em quantidade suficiente, na qualidade apropriada e com o melhor preço (ISSAI 300/11). Refere-se à capacidade de uma organização gerir adequadamente os recursos financeiros colocados à sua disposição.

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4
Q

Dentro do contexto de auditoria operacional, o que é “eficiência”?

A

A eficiência é definida como a relação entre os produtos (bens
e serviços) gerados por uma atividade e os custos dos insumos empregados para produzi-los, em um determinado período, mantidos os padrões de qualidade (GUID 3910/39). Essa dimensão refere-se ao esforço do processo de transformação de insumos em produtos. Pode ser examinada sob duas perspectivas: minimização do custo total ou dos meios necessários para obter a mesma quantidade e qualidade de produto; ou otimização da combinação de insumos para maximizar o produto quando o gasto total está previamente fixado (COHEN; FRANCO, 1993).

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5
Q

Dentro do contexto de auditoria operacional, o que é “eficácia”?

A

A eficácia é definida como o grau de alcance das metas programadas (bens e serviços) em um determinado período, independentemente dos custos implicados (COHEN; FRANCO, 1993). O conceito de
eficácia diz respeito à capacidade da gestão de cumprir objetivos imediatos, traduzidos em metas de produção ou de atendimento, ou seja, a capacidade de prover bens ou serviços de acordo com o estabelecido no planejamento das ações.

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6
Q

Dentro do contexto de auditoria operacional, o que é “efetividade”?

A

A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo. Refere-se à relação entre os resultados
de uma intervenção ou programa, em termos de efeitos sobre a população-alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos esperados), traduzidos pelos objetivos finalísticos da intervenção. Trata-se de verificar a ocorrência de mudanças na população-alvo que se poderia razoavelmente atribuir às ações do programa avaliado (COHEN; FRANCO, 1993).

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7
Q

Dentro do contexto de auditoria operacional, o que é “equidade”?

A

O exame da equidade, que pode ser derivado da dimensão
de efetividade da política pública, baseia-se no princípio que reconhece a diferença entre os indivíduos e a necessidade de tratamento diferenciado.

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8
Q

O que são auditorias integradas?

A

As auditorias que combinam auditorias operacionais, de conformidade e financeira.

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9
Q

Quais são algumas características das auditorias operacionais que as diferenciam das auditorias financeiras ou de conformidade?

A

Ao contrário das auditorias de conformidade e financeiras, que adotam padrões relativamente fixos, as auditorias operacionais, devido à variedade e complexidade das questões tratadas, possuem maior flexibilidade na escolha de temas, objetos de auditoria, métodos de trabalho e forma de comunicar as conclusões de auditoria. Empregam ampla seleção de métodos de avaliação e investigação de diferentes áreas do conhecimento, em
especial das ciências sociais. Além disso, esse tipo de auditoria requer do auditor flexibilidade, imaginação e capacidade analítica.

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10
Q

Quais são algumas características dos relatórios de conclusão de auditorias operacionais?

A

Os relatórios de auditoria operacional podem variar consideravelmente em escopo e natureza, informando, por exemplo, sobre a adequada aplicação dos recursos, sobre o impacto de políticas e programas e propondo mudanças destinadas a aperfeiçoar a gestão.

Pela sua natureza, as auditorias operacionais são mais abertas a julgamentos e interpretações e seus relatórios, consequentemente, são mais analíticos e argumentativos.

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11
Q

Quais são os conceitos-chave das auditorias operacionais, de conformidade e financeiras, respectivamente?

A

Auditoria operacional: Economia, eficiência, eficácia, efetividade

Auditoria de conformidade: Conformidade com leis e regulamentos

Auditoria financeira: Materialidade, demonstrações financeiras livres de erros materiais

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12
Q

Qual é o papel do auditor nas auditorias operacionais, de conformidade e financeiras, respectivamente?

A

Auditoria operacional: Avaliar o desempenho

Auditoria de conformidade: Verificar se há discrepância entre a situação encontrada e a lei ou norma

Auditoria financeira: Expressar opinião quanto a estarem as
informações financeiras livres de distorções relevantes devido a
fraude ou erro

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12
Q

Quais são os objetivos das auditorias operacionais, de conformidade e financeiras, respectivamente?

A

Auditoria operacional: Contribuir para a melhoria da gestão pública

Auditoria de conformidade: Verificar se o gestor atuou de acordo
com normas aplicáveis

Auditoria financeira: Aumentar o grau de confiança nas demonstrações por parte dos usuários previstos

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13
Q

Quais são os principais critérios para avaliação utilizados nas auditorias operacionais, de conformidade e financeiras, respectivamente?

A

Auditoria operacional: Normas legais, boas práticas, valores
profissionais, modelos, experiências

Auditoria de conformidade: Normas, que incluem leis e regulamentos, resoluções, políticas, códigos, termos acordados
ou princípios gerais

Auditoria financeira: Estrutura de relatório financeiro aplicável
(normas contábeis) e marco regulatório aplicável

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14
Q

Quais são os funcionamentos esperados do objeto auditado do ponto de vista das auditorias operacionais, de conformidade e financeiras, respectivamente?

A

Auditoria operacional: Atividades executadas da melhor maneira
possível

Auditoria de conformidade: Atividades, transações, informações
aderentes às normas aplicáveis

Auditoria financeira: Demonstrações financeiras de acordo
com a estrutura de relatório financeiro aplicável

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15
Q

Em uma auditoria operacional, quais são os principais insumos, de forma geral?

A

Informações diversas sobre o órgão auditado e o objeto a ser auditado.

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16
Q

Em uma auditoria operacional, quais são os principais requisitos, de forma geral?

A

Disposições normativas em geral quanto à auditoria, tais como as normas de auditoria dos órgãos regulamentadores, leis e normas que regulam o funcionamento das organizações envolvidas e do objeto de auditoria, padrões de trabalho estabelecidos pela entidade de auditoria e controle, bem como o objetivo e escopo de cada trabalho de auditoria em particular, quando são pré-definidos.

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17
Q

Em uma auditoria operacional, quais são os principais recursos necessários, de forma geral?

A

Recursos materiais, tecnológicos e humanos para realizar o trabalho, incluindo as competências técnicas em termos de conhecimento, habilidades e atitudes dos auditores e demais profissionais que concorrem para a produção do resultado da auditoria.

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18
Q

Em uma auditoria operacional, quais são os principais produtos gerados, de forma geral?

A

São os achados, as avaliações, as opiniões e conclusões e as
recomendações e determinações propostas no relatório de auditoria.

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19
Q

Quais são os principais usuários de uma auditoria operacional?

A

Os usuários da auditoria do setor público abrangem os relatores e colegiados dos tribunais de contas, quem solicitou a auditoria, podendo ser o Legislativo ou o próprio auditado, os órgãos ou as
pessoas que compõem a gestão superior do auditado, os dirigentes de órgãos supervisores e, em última instância, a sociedade.

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20
Q

Quais são as fases do ciclo de uma auditoria operacional?

A

Seleção dos temas: inicia o ciclo de auditoria operacional.

Planejamento: definição de uma estratégia global e elaboração do plano de auditoria, que tem por finalidade detalhar os objetivos do trabalho, as questões a serem investigadas, os procedimentos a serem desenvolvidos e os resultados esperados com a realização da auditoria. (Os documentos principais que compõem o planejamento são a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria. O programa de auditoria é parte do plano de auditoria, detalha os procedimentos e é sintetizado na matriz de planejamento)

Execução: Fase em que realiza-se a coleta dos dados e informações e sua análise.

Relatório preliminar

Comentários do gestor sobre relatório preliminar.

Análise dos comentários do gestor pela equipe de auditoria, quando efetuam-se as alterações necessárias (se for o caso), obtendo-se o relatório final.

Apreciação: apreciação do ministro-relator e do plenário sobre relatório final.

Divulgação: após apreciação, divulga-se relatório final para chegar às mais diversas partes interessadas e aumentar a chance de implementação das deliberações do TCU, na forma
de recomendações e determinações.

Monitoramento: Destina-se a acompanhar as providências adotadas pelo auditado em resposta às deliberações proferidas, de modo que os efeitos pretendidos possam ser alcançados, assim como a aferir os benefícios decorrentes de sua implementação.

21
Q

Quais são os elementos de uma auditoria operacional?

A

O AUDITOR, a PARTE RESPONSÁVEL, os USUÁRIOS PREVISTOS, os CRITÉRIOS PARA AVALIAR O OBJETO DE AUDITORIA e a INFORMAÇÃO RESULTANTE DA AVALIAÇÃO DO OBJETO. Esses elementos apresentam aspectos peculiares nos diferentes tipos de auditoria.

22
Q

Qual a definição do elemento AUDITOR?

A

É o titular da Entidade Fiscalizadora Superior e as pessoas a quem é delegada a tarefa de conduzir auditorias (ISSAI 100/25).

23
Q

Qual a definição do elemento PARTE RESPONSÁVEL?

A

Em auditoria operacional, o papel de uma parte responsável pode ser compartilhado por uma variedade de indivíduos ou entidades, cada uma com certas responsabilidades por um aspecto diferente
do objeto. A parte responsável pode incluir responsáveis pelo objeto
auditado, mas pode também referir-se às pessoas responsáveis por
implementar as deliberações proferidas pelo Tribunal e efetuar as mudanças requeridas.

24
Qual a definição do elemento USUÁRIOS PREVISTOS?
São as pessoas ou organizações para quem o auditor elabora o relatório de auditoria. Os poderes executivo e legislativo, as entidades governamentais, pessoas ou entidades interessadas no relatório e o público em geral são exemplos de usuários previstos (ISSAI 100/25, ISSAI 3000/26).
25
Qual a definição do elemento CRITÉRIOS PARA AVALIAR O OBJETO DA AUDITORIA?
Objeto: O objeto de auditoria refere-se à questão “o que é auditado” e a sua delimitação chama-se escopo. Os objetos de auditoria operacional podem ser programas específicos, empreendimentos, sistemas, entidades ou fundos e podem incluir atividades ou situações existentes, incluindo causas e efeitos (ISSAI 3000/30). O objeto da auditoria operacional é determinado pelo objetivo e especificado nas questões de auditoria (ISSAI 300/19). O objeto de auditoria deve ser identificável e passível de avaliação consistente baseada em critérios, bem como permitir a obtenção de evidências suficientes e apropriadas para fundamentar as conclusões de auditoria (ISSAI 100/26). Critérios de auditoria: São as referências usadas para avaliar o objeto (ISSAI 100/27).
26
Qual a definição do elemento INFORMAÇÕES RESULTANTES DA AVALIAÇÃO DO OBJETO?
Refere-se ao resultado da avaliação ou mensuração do objeto de acordo com os critérios (ISSAI 100/28). Em auditoria operacional, é o auditor quem mensura ou avalia o objeto de acordo com os critérios e produz a informação do objeto. Em auditoria financeira, por exemplo, a parte responsável apresenta a informação do objeto (as demonstrações financeiras), sobre a qual o auditor então obtém evidência de auditoria suficiente e apropriada para proporcionar uma base razoável para expressar uma conclusão.
27
Quais são os oito princípios de independência estabelecidos na ISSAI 10 (Declaração do México)?
1. A existência de um marco constitucional/legal adequado e efetivo e que seja aplicado na prática. 2. Independência dos dirigentes da EFS, incluindo segurança do mandato e imunidade legal para exercer suas atribuições. 3. Um mandato suficientemente amplo e discricionariedade para exercer suas funções. 4. Acesso irrestrito à informação. 5. Direito e obrigação de relatar os resultados do seu trabalho. 6. Liberdade para decidir o conteúdo e o calendário dos relatórios de auditoria, e de publicá-los e disseminá-los. 7. Existência de mecanismos efetivos de monitoramento das recomendações. 8. Autonomia financeira, gerencial e administrativa e disponibilidade de recursos humanos, materiais e financeiros adequados.
28
Defina os dois aspectos da independência: : independência de fato e independência na aparência (ISSAI 130/36).
A independência de fato é uma situação em que os indivíduos são capazes de realizar atividades sem serem afetados por relacionamentos que podem influenciar e comprometer o julgamento profissional, permitindo que eles ajam com integridade e exerçam objetividade e ceticismo profissional. Independência na aparência é a ausência de circunstâncias que levariam um terceiro sensato e informado, com conhecimento de informações relevantes, a duvidar da integridade, objetividade ou ceticismo profissional do auditor ou concluir que eles foram comprometidos.
29
O auditor necessita exercer sua independência durante todo o processo da auditoria operacional para tomar decisões-chave em diversos momentos, tais como (NAT, 48.1; GUID 3910/11):
a. escolha do tema e dos objetivos da auditoria; b. identificação de critérios; c. definição da abordagem metodológica; d. obtenção e avaliação das evidências; e. discussão dos critérios e achados com a entidade auditada; f. elaboração das conclusões da auditoria; g. avaliação de opiniões, dados e informações obtidos das várias partes interessadas; h. elaboração de relatório justo, objetivo e equilibrado.
30
De acordo com a GUID 3910/10, como se define ética no contexto das auditorias?
Princípios morais de um indivíduo, que incluem independência, integridade, objetividade, competência profissional e devido zelo, confidencialidade e comportamento profissional.
31
O que significa dizer que toda auditoria é um trabalho de ASSEGURAÇÃO?
Significa que o auditor fornece informações confiáveis e válidas a um usuário previsto sobre as atividades de uma parte responsável. A função de auditoria pública pode ser interpretada, no nível macro, como um serviço prestado pelos Tribunais (auditor) que fornece ao Poder Legislativo e à sociedade (usuários previstos) asseguração sobre as informações financeiras e a situação de desempenho e de conformidade do Poder Executivo e demais gestores (parte responsável).
32
O conceito de asseguração é inseparável do conceito de risco de auditoria. O que é RISCO DE AUDITORIA?
Risco de auditoria, é o risco de que o relatório de auditoria possa ser inadequado, apresentar conclusões incorretas ou incompletas, fornecer informações desequilibradas ou deixar de agregar valor para os usuários (ISSAI 100/40; ISSAI 300/28).
33
De que maneira deve-se fornecer asseguração em auditoria operacional, conforme estabelecido na ISSAI 100/32?
O auditor fornece aos usuários o grau de confiança necessário descrevendo explicitamente, de uma maneira equilibrada e fundamentada, como os achados, os critérios e as conclusões foram desenvolvidos e por que as combinações de achados e critérios resultaram em uma determinada conclusão geral ou recomendação. Sendo assim, é fundamental que o relatório de auditoria explique o método e os procedimentos adotados para desenvolver o trabalho e chegar às conclusões. O relatório de auditoria tem um papel importante na comunicação da asseguração, porque ele contém todos os elementos da auditoria, a descrição do método, as evidências, as limitações, os achados e as conclusões. O auditor deve garantir que o relatório de auditoria não levará o usuário a concluir erroneamente com relação ao nível de asseguração apresentado.
34
Como os auditores devem gerenciar ativamente os riscos de auditoria?
Os documentos de planejamento da auditoria devem indicar os possíveis riscos da auditoria em curso e mostrar como esses riscos serão tratados (ISSAI 300/28). Para gerenciar o risco de auditoria, o auditor precisa identificar e avaliar os riscos; desenvolver e implementar estratégias para prevenir e mitigar esses riscos; monitorar o risco de auditoria e as estratégias de mitigação durante toda a auditoria, aplicando uma abordagem de gerenciamento do risco (GUID 3910/62).
35
Como mitigar o risco CONCLUSÕES INCORRETAS OU INCOMPLETAS?
a. os auditores devem ter as competências necessárias para realizar a auditoria; b. a equipe de auditoria, coletivamente, deve ter conhecimento adequado do objeto e das técnicas de auditoria; c. os critérios de auditoria devem ser cuidadosamente escolhidos e discutidos com o auditado; d. as evidências devem ser suficientes e apropriadas; e. a matriz de achados deve ser validada por painel de referência; f. o relatório preliminar deve ser enviado ao gestor para comentários; g. o controle de qualidade deve ser exercido; h. os recursos alocados para a auditoria (quantidade de auditores, prazo etc.) devem ser compatíveis com o objetivo e escopo da fiscalização.
36
Como mitigar o risco RELATÓRIO DESEQUILIBRADO (Essa situação pode ocorrer quando o relatório não registra boas práticas e esforços desenvolvidos pelos auditados e foca somente nas deficiências e falhas)?
a. buscar informações de diferentes fontes; b. manter um fluxo de comunicação constante e amigável com o auditado desde o planejamento da auditoria; c. dar ao auditado a oportunidade de comentar o relatório preliminar.
37
Como mitigar o risco de NÃO AGREGAÇÃO DE VALOR?
a. o tema auditado deve ser selecionado de acordo com os critérios de significância e auditabilidade, previstos nas normas internacionais; b. deve haver supervisão adequada; c. os objetivos da auditoria devem ser definidos considerando o impacto que a auditoria poderá gerar; d. a equipe de auditoria, durante a fase de planejamento do trabalho, deve aprofundar os conhecimentos sobre o objeto auditado, por meio de avaliação de riscos ou análise de problema; e. a equipe de auditoria deve validar a matriz de planejamento em painel de referência e discuti-la com os auditados; f. as deliberações propostas devem ser lógicas, práticas, baseadas nos achados e principalmente voltadas a resolver as causas das deficiências de desempenho identificadas ou, se não for possível identificá-las, mitigar seus efeitos; g. o relatório de auditoria deve ser amplamente divulgado.
38
Como mitigar o risco de DIFICULDADE DE ACESSO À INFORMAÇÃO OU INFORMAÇÃO DE BAIXA QUALIDADE?
a. documentar, durante o planejamento, as possíveis fontes de evidência e as técnicas de coleta de dados a usar para obter as evidências; b. avaliar a possibilidade e a viabilidade de obtenção de informações e a qualidade dessas informações durante a definição do escopo da auditoria; c. avaliar a qualidade dos controles internos aplicados ao objeto auditado; d. obter evidências de distintas fontes; e. registrar no relatório de auditoria possíveis limitações referentes à obtenção e à qualidade dos dados obtidos. Essa situação pode, eventualmente, ser caracterizada como um achado de auditoria.
39
Como mitigar o risco de OMISSÕES OU INFORMAÇÕES ENGANOSAS DEVIDO A ERRO DE INTERPRETAÇÃO OU FRAUDE?
a. a equipe de auditoria, coletivamente, deve ter os conhecimentos necessários para identificar lacunas e inconsistências, bem como para avaliar a plausibilidade das explicações fornecidas; b. as informações devem ser confirmadas ou refutadas com fontes distintas; c. as informações prestadas devem ser passíveis de verificação por meio de consultas e cruzamentos de bases de dados.
40
Como mitigar o risco DIFICULDADE DE ANÁLISE DOS DADOS?
a. o objeto de auditoria selecionado deve ser auditável; b. a proposta de auditoria deve conter informações sobre as competências necessárias para a realização da auditoria; c. a equipe de auditoria, coletivamente, devem ter os conhecimentos necessários para realizar a auditoria; d. os critérios devem ser bem selecionados ou bem elaborados; e. deve ser prevista a participação de especialista; f. os procedimentos de análise de dados presentes na matriz de planejamento devem ser bem detalhados.
41
Como mitigar o risco DIFICULDADE DE LIDAR COM TEMAS COMPLEXOS OU POLITICAMENTE SENSÍVEIS?
a. a EFS deve se manter neutra politicamente e ser percebida dessa maneira; b. o auditor deve manter sua independência durante todo o trabalho; c. a equipe de auditoria não deve questionar as intenções e decisões da política; d. deve haver ampla consulta a diversos stakeholders durante a auditoria, incluindo especialistas e entidade auditada.
42
Quais são os requisitos de comunicação que devem ser observados em uma auditoria?
O auditor deve planejar e manter uma comunicação eficaz e adequada dos aspectos-chave da auditoria com a entidade auditada e as partes interessadas relevantes durante todo o processo de auditoria (ISSAI 3000/55). O auditor deve ter o cuidado de garantir que a comunicação com as partes interessadas não comprometa a independência e a imparcialidade da EFS (ISSAI 3000/59). A EFS deve comunicar claramente as normas que foram seguidas na realização da auditoria operacional (ISSAI 3000/61).
43
Quais são os requisitos de habilidade que devem ser observados em uma auditoria?
A EFS deve garantir que a equipe de auditoria possua, coletivamente, a competência profissional necessária para realizar a auditoria (ISSAI 3000/63).
44
Qual a definição do requisito "supervisão"?
A EFS deve garantir que o trabalho dos auditores de todos os níveis e em todas as fases da auditoria seja adequadamente supervisionado durante o processo de auditoria (ISSAI 3000/66). Supervisionar significa fornecer orientação e direção à equipe de auditoria. O supervisor deve ter competência e conhecimentos em metodologia de auditoria, planejamento e monitoramento dos trabalhos, gestão de projetos, pensamento estratégico, visão prospectiva e resolução de problemas. O nível de supervisão do trabalho pode variar de acordo com a experiência da equipe e a complexidade do objeto auditado (ISSAI 3000/66-67). A supervisão é essencial para garantir o alcance dos objetivos da auditoria com qualidade. É um dos elementos do controle de qualidade (seção 2.8).
45
Qual a definição dos requisitos "ceticismo profissional" e "julgamento profissional"?
O auditor deve exercer julgamento e ceticismo profissionais e analisar as questões a partir de diferentes perspectivas, mantendo uma atitude aberta e objetiva em relação aos vários pontos de vista e argumentos (ISSAI 3000/68). O auditor deve avaliar o risco de fraude ao planejar a auditoria e manter-se alerta à possibilidade de fraude durante todo o processo e auditoria (ISSAI 3000/73). O auditor deve manter um alto padrão de comportamento profissional (ISSAI 3000/75). O auditor deve estar disposto a inovar durante todo o processo de auditoria (ISSAI 3000/77). Julgamento profissional refere-se à aplicação de conhecimento coletivo, habilidades e experiência ao processo de auditoria. Envolve conduzir a auditoria com cuidado e aplicar de forma diligente as normas profissionais e os princípios éticos relevantes (ISSAI 3000/70). Ceticismo profissional significa que o auditor deve manter distanciamento profissional da entidade auditada e atitude alerta e questionadora na avaliação das evidências obtidas (ISSAI 3000/71). Deve também fazer avaliações racionais e desconsiderar preferências pessoais (ISSAI 300/31).
46
Auditorias operacionais auditam fraudes?
Não faz parte do escopo da auditoria operacional auditar fraudes, mas considerar seu impacto na auditoria que está sendo realizada. Assim, o auditor deve identificar e avaliar os riscos de fraude relevantes para os objetivos da auditoria e manter-se alerta à sua possibilidade durante todo o processo de auditoria. Se o risco for significativo, é importante obter um bom entendimento dos sistemas de controle interno e verificar se há indícios de irregularidades que possam prejudicar o desempenho do objeto auditado (ISSAI 3000/73-74).
47
Qual a definição dos requisitos "controle e asseguração de qualidade"?
A EFS deve estabelecer e manter um sistema para salvaguardar a qualidade, que deve ser observado pelo auditor, a fim de garantir que todos os requisitos sejam atendidos, dando ênfase a relatórios apropriados, equilibrados e imparciais, que agreguem valor e respondam às questões de auditoria (ISSAI 3000/79). Controle de qualidade em auditoria é o conjunto de procedimentos executados ao longo do trabalho como parte integrante do processo de auditoria para garantir que os relatórios de auditoria tenham alta qualidade e satisfaçam as normas e padrões profissionais estabelecidos (BRASIL, 2017b). Asseguração de qualidade, por sua vez, é o processo de monitoramento estabelecido pela EFS para garantir que as políticas e procedimentos relativos ao sistema de controle de qualidade são relevantes, adequados e funcionam efetivamente na prática (ISSAI 140/6). Pode ser exercida por meio de revisões internas ou externas dos papéis de trabalho e dos relatórios produzidos, após a conclusão da auditoria.
48
Quais são os princípios chave de um sistema de controle de qualidade, que se desdobram em seis elementos?
a. Responsabilidades da direção pela qualidade na instituição b. Requisitos éticos relevantes c. Aceitação e continuidade d. Recursos humanos e. Desempenho das auditorias e outros trabalhos f. Monitoramento
49
Qual a definição do requisito "materialidade"?
O auditor deve considerar a materialidade em todas as fases do processo de auditoria, incluindo os aspectos financeiros, sociais e políticos do objeto, com o objetivo de agregar tanto valor quanto seja possível (ISSAI 3000/83). Materialidade pode ser definida como a importância relativa (ou significância) de um assunto dentro do contexto na qual é considerada. Além do valor monetário, a materialidade inclui questões de importância social e política, conformidade, transparência, governança e accountability. A materialidade pode variar ao longo do tempo e pode depender da perspectiva dos usuários previstos e das partes responsáveis (ISSAI 300/33, 2013; ISSAI 3000/84). A ISSAI 100/41 considera três aspectos da materialidade (valor, natureza e contexto), que devem ser considerados na auditoria. Valor refere-se à perspectiva econômica, à melhor forma de usar os recursos públicos. Natureza está relacionada ao mandato constitucional da auditoria, que permite reduzir a assimetria de informações entre o legislativo e o executivo. Contexto refere-se a outros aspectos relacionados ao ambiente em que cada EFS opera, voltados à aprendizagem e ao desenvolvimento da administração pública (HEMSEN KILVIK; PAULSRUD, 2018).
50
Qual a definição do requisito "documentação"?
O auditor deve documentar a auditoria de maneira suficientemente completa e detalhada (ISSAI 3000/86).