asfixia perinatal Flashcards
Principal causa de mortalidade perinatal?
ASFIXIA PERINATAL
- conceito: síndrome clínico neurológica com hipoxemia, acidose e hipercapnia.
- 3 a 5mil nascidos vivos
Fisiopatologia da hipoxemia?
- ocorre alteração no padrão respiratório fetal -> movimentos respiratórios rápidos no início.
- se acentua ou persiste a hipoxemia => apnéia primária.
como se caracteriza apnéia primária?
- sem movimentos respiratórios.
- FC normal, diminuída ou aumentada.
- PA normal ou aumentada.
4. responde a estímulos táteis.
Como se caracteriza apnéia secundária?
- hipoxemia persiste ou acentua.
- feto apresenta gasping que pode evoluir para nova parada respiratória.
3. queda da FC e PA
- Não responde a estímulos
5. Necessário VPP e outras manobras de reanimação.
=> RN que nasce em apneia secundária = padrão circulatório fetal.
Tratar todo RN em apnéia como se fosse secundária.
GANHO DE TEMPO
Características da hipoxemia inicial?
- acionado mecanismos de defesa de orgãos nobres:
a) vasocontrição periférica e vasodilatação cerebral.
b) aumento do débito cardíaco e fluxo cerebral.
características da hipoxemia avançada?
A) falência dos mecanismos de defesa.
B) diminuição do fluxo sanguíneo cerebral.
Etiopatogenia da asfixia neonatal?
1) Perfusão placentária inadequada: associada a hipertensão crônica, doença renal e colgenoses.
2) Insuficiência placentária: diminuição do fluxo de O2 e nutrientes; hipoxemia crônica (sofrimento fetal crônico, aumentsa risco de asfixia perinatal).
3) Alteração da troca gasosa ao nível de palcenta (Descolamento Prematuro de Placenta, placenta baixa, hipotensão arterial materna) : diminuição nas trocas gasosa na placenta e hipoxemia fetal grave.
Etiopatogenia da asfixia neonatal? (2)
4. Interrupção da circulação umbilical: compressão dos prolapsos do cordão, nó verdadeiro, circulares apertadas de cordão(nó envolta do pescoço).
5. hipoxemia materna: insuficiência respiratória ou cardiopatia materna.
6. falha na adaptação cardiopulmonar: fetal -> neonatal
Diagnóstico neonatal de asfixia?
- durante a gestação, trabalho de parto e parto:
a) diminuição da movimentação fetal.
b) alteração no ritmo cardíaco fetal (permanece alterada após contração).
c) diminuição do líquido amniótico.
d) diminuição do fluxo sanguíneo fetal.
e) líquido meconial ou acidose metabólica.
Diagnóstico - Academia americana de pediatria:
a) pH da artéria umbiical menor que 7.
b) APGAR menor que 3 no 5’
c) sinais de comprometimento neurológico
d) sinais de comprometimento sistêmico.
* Obs: maioria dos autores => APGAR < 3 no 5’ e acidose ao nascimento*
Quais as repercusões metabólicas decorrentes de asfixia perinatal?
1. Acidose: devido ao metabolismo anaeróbio pela isquemia e hipoxemia.
2. hipoglicemia: se manifesta após reanimação,decorrente do aumento do consumo de reservas de glicogênio com baixa produção de energia.
3.hipocalcemia: decorrente do aumento de calcitonina, que aumenta incorporação de cáclio no osso.
4. hiponatremia: pode ser dilucional, pelo aumento da vasopressina com tendência a retenção de líquidos.
5. hipercalemia e hiponartremia podem aparecer na insuficiência renal
Repercurssões pulmonares da asfixia perinatal?

1. Síndrome da aspiração de mecônio: presença de líquido amniótico meconial + gasping intra útero. Ocorrendo aspiração de grande quantidade de mecônio.
2. Hipetensão pulmonar: decorre da vasoconstrição pulmonar provocada por hpoxemia intensa.
3. Síndrome do desconforto respirtório: resulta do edema pulmonar provocado por lesão do endotélio capilar causada pela hipoxemia, com extravasamento de líquido para dentro doas alvéolos e inativação do surfactante pulmonar.
4. Hemorragia pulmonar: pode ocorrer por alteração da coagulação sanguínea.
Repercurssões cardiovasculares da asfixia perinatal?

=> Hipovolemia, hipotensão ou lesão isquêmica do miocárdio.
- miocardiopatia pós asfixia - difusa ou localizda
a) lesões dos músculos papilares: lesão mitral e tricúspide. -> sinais de insuficiência cardíaca com baixo débito + hipotensão.
* - laboratorialmente: aumento da área cardiaca, congestão pulmonar e elevação das enzimas cardíacas.*
* - ECG: alterações difusas de isquemia e lesão miocárdica.*
* - ECO: regurgitação através das vávulas tricúspide ou mitral.*
Repercurssões renais da asfixia perinatal?

=> insuficiência renal pré-renal ou insuficiência renal por isquemia renal renal:
a) ocorre em 60%
b) a lesão mais comum é necrose tubular aguda.
c) as mais graves são necrose cortical e medular.
Repercurssão supra-renal?

A Hemorragia supra-renal é geralmente unilateral e assintomática.
- pensar no diagnóstico na presença de massa palpável os flancos.
- US de rotina em paciente asfíxico aumenta a chance de diagnóstico.
Repercurssões grstrintestinais da asfixia perinatal?

1. enterocolite necrosante devido a isquemia mesentérica.
2. alterações hepáticas com elevação das enzimas.
Repercurssões neurológicas da asfixia perinatal?

1. Encefalopatia hipóxico - isquêmica
2. Edema cerebral.
3. Hemorragia intracraniana.
Cite outras repercussões da asfixia perinatal.
1. Síndrome da secreção inapropriada de hormônio antidiurético por lesão hipofisária.
2.Alterações do sistema de coagulação sanguínea com sangramentos em diversos locais.
3. Bexiga asfixica: por necrose da mucosa vesical, com hematúria franca.
CONDUTA no RN asfíxico?
=> a conduta imdiata é a reanimação neonatal.
- após, o RN pode apresentar diversas intercorrências clínicas, necessitando de cuidados intensivos.
- principalmente a encefalopatia hipóxico - isquemica:* sofre consequências das alterações metabólicas, circulatória e hemodinâmicas que ocorrem após reanimação.
Cuidados pós - asfíxico? (1)
1. Manipulação mínima: procedimentos dolorosos alteram a oxigenação e PA -> repercurtindo na perfusão cerebral.
2.Controle de temperatura: manter em ambiente de neutralidade térmica -> incubadora de autro controle.
3. Assistência ventilatória: o RN que necessitou de reanimação prolongada, mesmo que apresente ventilação espontânea, deve ser mantido em ventilação assistida por 24 a 72h, na dependência da evolução neurológica.
- hipoventilação ou apneia podem agravar a lesão neurológica.
Cuidados pós - asfixico? (2)
4. controle hemodinâmico: miocardiopatia pós - asfixica -> usar drogas vasoativas + expansores de volume (criteriosamente).
a) dopamina 2 - 4 mcg/kg/min nos asfixiadores graves = melhora perfusão renal e mesentérica.
b) dopamina 5 - 10 mcg/kg/min efeito inotrópico positivo= contratilidade miocárdica.
c) dopamina 15 - 2mcg/kg/min efeito cronotrópico= aumenta FC, resistencia periférica e PA.
1 - 2 mcg/kg/min aumenta PA numa relação dose-dependene.
O que usar na miocardiopatia pós - asfíxica com ICC, cardiomegalia, edema pulmonar, hepatomegalia, regurgitação das valvas tricúspide e pulmonar?

DIGOXINA
a) dose de ataque de 20 - 25mcg/kg, em 24h aplicar metade.
b) dose restante dividida em 2x a cada 8h EV.
c) dose de manutenção de 8mcg/kg/dia.
Como é feito o controle hemodinâmico de hipovolemia isolada sem hiopotensão?
=> nesse caso há vasoconstrição periférica importante mantendo a PA, sendo indicado expansores de volume antes da descompensação com acidose metabólica.